Linhagem de Bravos

Linhagem de Bravos é uma viagem à Época Medieval, aos primórdios da nacionalidade, ao frio, à lama, à fome e às dificuldades de um povo que luta pelo pão de cada dia.

1289. Um rei. Um foral. Um outeiro. Simão da Cruz é um pedreiro em fuga, por um crime cometido. Trata-se de um delito de honra. De morte de um fidalgo. A justiça segue no seu encalço.

Em simultâneo, uma família – pai e três filhos órfãos de mãe – abandona, pela calada da noite, as terras do fidalgo a quem sempre serviu. A fuga impõe-se pelo desejo de uma vida melhor, mas também pelo roubo perpetrado. Sobre a carroça furtada ao nobre, um arado de ferro é a esperança de uma vida melhor, em terras de Trás-os-Montes, onde – diz-se – el-rei D. Dinis deseja fundar a cidade.

Depois de se furtarem a inúmeras dificuldades avistam finalmente a cidade que começa a ser envolvida pelas muralhas em construção. Desce o lusco-fusco quando, sob o olhar atento de uma estranha personagem - Robalo, o Tolo, cruzam as portas, a família primeiro, a Simão a seguir.

Enquanto um fidalgo tudo tenta para impedir a implantação da cidade e um povo tudo faz pela sua edificação, há uma história que se constrói. Feita de sangue e de lágrimas, de vidas que se erguem, de mortes, mistérios, fantasmas, religião e adultério e amor.

Linhagem de Bravos é um livro de Emílio Miranda, autor de 1089 - O Livro Perdido das Origens de Portugal.

Título: Linhagem de Bravos
Autor:Emílio Gouveia Miranda
Edição:Marcador
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O Hominídeo Humanizado

"Afinal de contas, o maior mistério do homem é o próprio homem. A complexidade do seu ser não se esgota no cogito (como desejava Descartes) pois a sua natureza biológica é também imanente e cognitiva.


As suas necessidades biológicas, o seu sistema físico-químico e neurológico (onde se processam reacções como o amor ou o pensamento), as suas contradições, os seus limites, os seus anseios, a sua utopia, as suas conquistas e frustrações fazem dele um ser dialogante consigo mesmo, em que as diversas componentes concorrem para a consolidação do todo, aquilo a que Morin chama de homo complexus.

Sá Gué, no fundo, explana-nos esse diálogo entabulado do eu para com o eu, a sistematização interior das leis vitais na complexificação genética do ser e sua relação cognitiva com o mundo sensível e as relações exteriores: dúvidas e perplexidades que povoam o fluxus do hominídeo, que sofre as dores do parto do seu próprio conhecimento, a busca da verdade latente em todo ser humano, recuperando nitidamente a maiêutica socrática”.
In: Prefácio
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Título: O Hominídeo Humanizado
Autor: António Sá Gué
Editora: Lema d`Origem
Preço: 9,00€
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“Villa Real alegre. O S. João. A feira de S. Pedro

“Villa Real alegre. O S. João. A feira de S. Pedro” é um trabalho de Ribeiro Aires que nos conduz pela história recente da cidade de Vila Real, um espaço urbano que nas últimas duas décadas teve uma transformação significativa.

Nesta obra o autor recupera as memórias de algumas festividades populares de longa e arreigada tradição. Trata-se de um trabalho onde se percebe que houve uma laboriosa investigação para recuperar a tradição da cidade.

“Villa Real alegre. O S. João. A feira de S. Pedro”, surge-nos como uma espécie de roteiro de evocação histórica que interliga as tradições de um território antigo, não apenas de Vila Real mas também de todo o país.

Dividido em sete capítulos, este livro aborda o processo de cristianização dos costumes pagãos, da vasta simbologia ligada ao S. João, do trevo de quatro folhas, das fogueiras, do manjerico, da alcachofra, do alho porro, da corrida à água nas fontes de Vila Real, dos banhos na Levada do Padre João, etc., tendo a Feira dos Pucarinhos direito a um capítulo individualizado.

A cronologia que corre em “Villa Real alegre. O S. João. A feira de S. Pedro” centra-se nos séculos XIX e XX, analisando todo o processo de apogeu, declínio e revitalização recente das tradições de Vila Real. O livro surge enriquecido com um álbum de fotografias que documentam as festividades num espaço temporal balizado entre 1870 e 2014.

O Reencontro

“O Reencontro” é um livro que "relata um romance passado entre a vila de Vinhais e a cidade de Bragança, tendo como principal a história de um jovem transmontano que vai estudar para Lisboa para a Faculdade de Letras. 

De família pobre e simples mas rica em valores, encontra uma rapariga por quem se apaixona mas, sendo de religião diferente, vê-se obrigada pelos pais a vestir o hábito num convento no Brasil deixando Carlos, transmontano de sangue, na maior das tristezas. Mas nunca desiste! Quando vai de férias para a sua terra volta a acreditar que é possível encontrar Cátia, a sua amada. Com a ajuda psicológica de seu avô que o visita em sonhos, vai conseguir chegar até ela!".

João Diegues começou a descobrir a paixão pela escrita aos 17 anos quando atravessou uma fase obscura  e repleta de adversidades na sua vida, começando por escrever poemas, para libertar todos os pensamentos e mágoas, vendo em outubro de 2013 o seu primeiro livro a nascer. A partir daí continuou experimentando novas formas de escrita lançando a julho de 2015 um romance. Por agora prepara o terceiro livro sobre a guerra colonial,  e de novo mais um livro sobre a sua terra em trás-os-montes, que é Vinhais-Bragança!

Título: O Reeencontro
Autor: João Diegues
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Memórias da Cozinha Transmontana

«Desta forma, estas tão oportunas Memórias da Cozinha Transmontana, que retratam créditos individuais e colectivos – dos aspectos mais humildes às actividades mais ricas e ignoradas, da celebração romeira à rotina do quotidiano, do caldo de lentilhas (da mãe) Domitília aos comeres dos dias de feira nas tabernas da sua Terra ou da perdiz de escabeche à Mariazinha aos caldos ripados dos hábitos do povo cigano – são, acrescidamente, repositórios de adulação ao gozo da mesa e o princípio de grandes sentimentos. Prazeres de agrado e a promessa do futuro que queremos.

«Que este livro de manifestas memórias, que é – também – um acto de Amor, seja, então, mais um dos elogios à vida como exercício de arte e prazer e – elevadamente – o gozo cultural em querer apreciar todos os atractivos que a Natureza Transmontana nos pode oferecer. [Brindo: ao mito dos saberes e sabores das cozinhas identitárias de um território!]»
 António Manuel Monteiro, 
 in Prefácio

Maria Adozinda Marcelino nasceu em Izeda, Bragança, a 23 de Junho de 1955. Oriunda de uma família de agricultores, foi criada no mais puro contacto com os produtos da terra, seus sabores e cheiros, pelos quais cedo se apaixonou, transformando-os em puros manjares com o saber fazer que foi aprendendo ao longo da vida. Possuindo um apurado sentido para as artes da cozinha, capaz de transformar um simples guisado de “sanchas” num manjar digno dos deuses, partilha nesta obra as suas memórias de infância da Gastronomia Transmontana. É Confreira da Confraria dos Enófilos e Gastrónomos de Trás-os-Montes e Alto Douro.

Acúrcio de Jesus Martins nasceu em Izeda, Bragança, a 29 de Janeiro de 1955. Andarilho das sete partidas do mundo, emigrou pela primeira vez aos catorze anos, regressando várias vezes ao torrão natal, emigrando de novo outras tantas. Entre partidas e regressos, pelos sítios por onde andou esteve sempre ligado aos prazeres da mesa. Dotado de um espírito de descoberta dos paladares mais diversos, razão que o levou a transpor para o papel as memórias dos sabores da Cozinha Transmontana da sua criação, deixa neste livro o seu contributo para a manutenção das tradições gastronómicas da sua região.

Memórias de Trás-os-Montes e Alto-Douro

Este livro de Memórias, por intermédio do qual podemos conhecer uma parcela importante da arquitetura popular portuguesa, refere-se à província de Trás-os-Montes e Alto Douro. 

Apresenta algumas das memórias pessoais da jornada, que efetuou juntamente com o seu colega de trabalho Arnaldo Araújo por terras transmontana e alto-durienses. Todo este material, do muito que foi recolhido e preservado pelo autor, saiu agora do "baú", com a finalidade de o libertar de completo esquecimento.

Título: Memórias de Trás-os-Montes e Alto-Douro
Autor: Carlos Carvalho Dias
Editora: Opera Omnia
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Mistérios da biodiversidade do Douro retratados em livro para crianças

Sob o título “Uma Andorinha no Alpendre”, acaba de ser lançada uma obra para crianças, da autoria do escritor transmontano Alexandre Parafita, que se propõe ser um guião didático na rota dos mistérios da biodiversidade do Douro.

Publicado pelas edições “Livro Directo”, com ilustrações de Marta Santos, o livro retrata a aventura de meninos-heróis que lutam em defesa do ambiente e da biodiversidade, transportando os pequenos leitores pelas paisagens do Douro na descoberta e denúncia de alguns dos atos humanos que mais ameaçam o ecossistema e a sobrevivência dos seres que nele habitam.

No correr da narrativa, traçada em bucólicos episódios onde os pequenos heróis se irmanam com a natureza, as crianças adquirem informações valiosas sobre a rotina singular de muitas das espécies no Douro, quer de aves, quer de insetos, batráquios ou peixes.

Aí se conhecem as artimanhas dos cucos quando ursurpam os ninhos de outras aves para aí colocarem os seus ovos, obrigando estas a adotar e a criar filhos alheios, mas também o desleixo das rolas que constroem o ninho em escassos dias, desordenadamente e sem o mínimo de segurança, em contraste com o zelo de outras aves, como os rouxinóis dos canaviais, que costuram as folhas das árvores para acondicionarem os ninhos e garantirem a segurança dos filhos.

Alexandre Parafita, doutor em cultura portuguesa e docente na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), é autor de uma vasta obra quer nos domínios dos estudos do património cultural, quer da literatura infantojuvenil, sendo que grande parte da sua obra está adotada pelo Plano Nacional de Leitura.

A Noite em que a Noite Ardeu

«Epígrafe Se algum dia alguém chegar a lereste dizer agreste,provavelmente pensará: que pálida lanterna;não é deste metal que a luz é feita.Calma. Pois não.Mas quem assiduamentevisita os desvãos onde a noite se acoitanão precisa de mais que o clarão desta trevamdesta cegueira sem cão e sem bengala,para no escuro rasgar o seu caminhoe nele ir progredindo às arrecuas.»

Titulo: A Noite em que a Noite Ardeu
Autor: A. M. Pires Cabral
Editora: Cotovia
Preço: 13 €
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“Vidas Ilegais Sem Pecado”

“Vidas Ilegais Sem Pecado” é o nome da mais recente obra literária de Venâncio Dias Gonçalves, um romance que tem como tema central o contrabando e a emigração na raia.

O enredo do livro passa-se na aldeia raiana de Vilarelho da Raia, concelho de Chaves, e leva os leitores até ao período do Estado Novo e para as temáticas do contrabando e da emigração ilegal em França.

O autor, natural da aldeia de Vilarelho da Raia, escreveu o livro com base na sua “própria vivência rural e experiência enquanto contrabandista não muito distante da data da trama, nas memórias de ouvir contar e numa inestimável recolha etnográfica e histórica promovida pelo Centro Cultural da terra”.

À frente dos andores, mulheres descalças com enormes velas acesas cumpriam promessas. A Maria do Abelha pagava a São Tiago ter-lhe poupado os porquinhos num surto de peste. A Celeste agradecia ao Senhor das Almas a bênção de um bebé robusto e saudável, sem deficiências. Também saudável e sem deficiências havia nascido uma vitela à Maria Loba. Honrava então a promessa a Nossa Senhora de Fátima por lhe ter dado uma fêmea que tinha maior valor que macho. A tia Carmelina retribuía a bondade do Santo António. Dizia que por lhe ter curado os cravos que tinha numa mão, mas, na verdade, agradecia a bênção de lhe ter casado a filha com um guarda-fiscal. Acompanhavam-nas os anjinhos, serenos e inocentes, a imitarem as diversas figuras bíblicas dentro das fardas alugadas. 
 - Ó Michel! – gritava, julgando sussurrar, a Gracinda, emigrante em França, para o filho de sete anos, vestido de Guarda Romano. 

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– Vai direitinho, didon! Olha prós outros enfants, porra! E como ele não atinasse, enfurecia-se. 
- Faz attention, merde!
In Vidas ilegais sem pecado

Titulo:“Vidas Ilegais Sem Pecado”
Autor: Venâncio Dias Gonçalves
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"Amanhã Logo se Vê"

"[...] Hoje perdi aquela que durante anos julguei ser a minha casa. Até me custa dizê-lo, mas perdi a minha casa para o banco. Lembro-me de como em tempos acreditava que este era um mundo de coisas reais, de empregos reais, de produtos reais. Em algum momento, porém, os produtos financeiros passaram a sobrepor-se aos produtos reais, sem que a maioria de nós se apercebesse. 

Eu, pelo menos, não me apercebi. Mas houve talvez muita gente a procurar fazer dinheiro exclusivamente a partir de dinheiro. E lá se foram os produtos reais. Agora, sim, olhando para trás, percebo o estado a que tudo isto chegou, como também tive nisto a minha culpa, pelo menos a minha quota-parte, e como é terrível senti-lo assim na pele. Portanto, voltei hoje para casa dos meus pais. Estou quase a fazer quarenta anos. [...]"

Titulo: Amanhã Logo se Vê
Autor: Vítor Nogueira,
Capa: Adriana Molder.
Preço: 16,00 euros
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Macedo de Cavaleiros - Arte e Cultura dos seus Povos

"Parece-me que poucas são as igrejas do concelho de Macedo de Cavaleiros que não escondam no seu interior conjuntos de pintura, autênticos catecismos vivos para instrução dos fiéis do tempo em que foram executados e para os tempos futuros. Como dissemos, todos estes conjuntos são autênticos tratados de iconografia cristã que entusiasmam pela sua variedade e pela riqueza da simbologia.

E como não falar da riqueza incalculável dos trabalhos de talha estampados nos retábulos de todas as igrejas do concelho? Neste campo, temos peças que rivalizam com as melhores obras de talha de outras regiões do país. [...] "
António R. Mourinho

António Rodrigues Mourinho nasceu em Sendim, concelho de Miranda Douro, no dia 3 de Agosto de 1943. Concluiu a Instrução Primária, em Sendim em 1955 e no mesmo ano ingressou no Seminário das Missões, em Tomar. Em Janeiro de 1957 foi transferido para os Seminários Diocesanos e completou o Curso Teológico no Seminário de Bragança, no mês de Junho de 1967.Ordenou-se sacerdote em Julho do mesmo ano . Licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, em 1978, fez o estágio para professor efetivo do Ensino Secundário, no ano de 1979-1980, na Escola Secundária de Dona Maria , em Coimbra . No ano de 1984-1985, entrou na Faculdade de Filosofia Y Letras da Universidade de Valladolid onde defendeu tese e se doutorou, no ano dia 20 de Dezembro de 1989, com a classificação de APTO CUM LAUDE. Em 21 de Junho obteve a equivalência ao doutoramento, pela Universidade do Porto com a classificação de “COM DISTINÇÃO “, por unanimidade. Em 1970-1971 lecionou no Colégio de Nossa Senhora da Paz, em Sendim e desde o ano lectivo de 1971-1972 ao ano lectivo de 1984 lecionou na Secção Liceal de Mogadouro, (depois Escola Secundária).

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De 1995- 2000 lecionou a disciplina de História e cultura dos povos Europeus na Escola Superior de Educação Jean Piaget, em Macedo de Cavaleiros. DE 1998-2008, lecionou como professor convidado no Polo da UTAD, em Miranda do Douro. Está aposentado, desde Setembro de 2008.

Foi Diretor do MUSEU DAS TERRA DE MIRANDA desde 31 de Maio de 1988 até 11 de Janeiro de 2007. Além de vários trabalhos publicados em jornais e revistas nacionais e estrangeiras, principalmente na Revista Brigantia, são de salientar os livros: A TALHA NOS CONCELHOS DE MIRANDA DO DOURO, MOGADOURO E VIMIOSO, NOS SÉCULOS XVII E XVIII, Livraria Cruz, Braga 1984; A ARQUITECTURA RELIGIOSA NA ANTIGA DIOCESE DE MIRANDA DO DOURO (BRAGANÇA) DE 1945 A 1800, Sendim Sagnor, 1995; DOCUMENTOS PARA O ESTUDO DA ARQUITECTURA RELIGIOSA NA NATIGA DIOCESE DE MIRANDA DO DOURO, Tipalto, Palaçoulo 2009 (os dois volumes fazem parte da tese de doutoramento).

Titulo: Macedo de Cavaleiros - Arte e Cultura dos seus Povos
Autor: António Rodrigues Mourinho
Editora: Poética Edições
Preço: 15,00 euros
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A Alma da Gaita-de-Foles Mirandesa

A Alma da Gaita-de-Foles Mirandesa reúne, num só livro, todo o processo de construção, manutenção e informação da palheta, e do palhão, artefactos nobres que dão vida e beleza à gaita-de-foles.

Esta obra resulta das vivências do autor, através do contacto com a gaita-de-foles, da sua enorme paixão por este instrumento, do conhecimento adquirido com os antigos gaiteiros (Planalto Mirandês, Minho, Estremadura, Castela e Leão, e Galiza), e, em grande parte, da procura incessante de novos conhecimentos para apurar a técnica da feitura daquilo que nos faz identificar o inigualável som da gaita-de-foles. Com este livro, o autor pretende manter viva a memória do presente, para serventia do futuro, deste instrumento secular, tão actual e apreciado nos nossos dias.

Sobre o Autor
Henrique de Jesus Fernandes nasceu a 19 de Julho de 1970, em Fontainebleau, França. Militar de carreira, frequentou o Curso de Engenharia Electrotécnica no Instituto Superior Técnico de Lisboa. Fez a sua formação musical, tendo como base o instrumento de flauta transversal, no Conservatório de Música de Vila Real, onde viria a dar aulas de curso livre de gaita-de-foles. Fundou o Grupo de Música Tradicional Mirandesa, Lenga Lenga – Gaiteiros de Sendim.

Descendente, em quinta geração, da família mais antiga de Gaiteiros Tradicionais da Terra de Miranda, mantém-se fiel às técnicas de digitação desenvolvidas pelos seus antecedentes que, transversais a três séculos, perduram desde 1865 até aos dias de hoje.

Frequentou vários cursos de construção de palhetas para gaitas-de-foles galegas, fagote e oboé, tornando-se, assim, o único português a construir, no seu país, palhetas/palhões para gaitas-de-foles mirandesas bem como outros modelos usuais.

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Gaiteiro conceituado em terras de Miranda, tem a peculiaridade de já ter tocado com quase todos os grupos de pauliteiros dos três concelhos – Miranda do Douro, Mogadouro e Miranda, que formam, geograficamente, o Planalto Mirandês.

Título: A Alma da Gaita-de-Foles Mirandesa
Autor:Henrique de Jesus Fernandes
Editora: Âncora Editora
Preço: 9,00 €
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A Linha do Vale do Sabor, Um caminho-de-ferro raiano entre Pocinho e Zamora

«É este livro dedicado, como atrás tiveram oportunidade de verificar, a muita gente, pois o Caminho-de-Ferro, este e todos os outros, é e será, Obra de muitos e de sucessivas gerações.

Dedicámo-lo em jeito de homenagem póstuma, a todos aqueles que sonharam um Caminho-de-Ferro para a Região, os que o idealizaram, os que o projectaram e os que o construíram (sob condições tão difíceis nesta áspera orografia). Mas nessa homenagem tivemos de incluir dois conterrâneos e Amigos, para tristeza nossa: Amadeu Ferreira, o grande obreiro da Língua Mirandesa – que a morte já não permitiu que nele participasse apesar de ainda convidado – e Leandro Vale, o director do Teatro em Movimento, que levou esse género artístico, durante 40 anos, aos locais mais recônditos do NE português. Mas este, ainda teve oportunidade de connosco rever uma sua peça, na qual chama a atenção para o declínio da ferrovia na nossa Região.

Nesta homenagem, não esquecemos os que ainda hoje acreditam na viabilidade da sua reconstrução, reabertura, conclusão até Miranda do Douro e sua continuação até Zamora – por ter sido essa a ideia inicial de quem foi incumbido de o projectar – para se conectar ao AVE (Comboio de Alta Velocidade), que dentro em breve passará por essa cidade do Baixo Douro»*.
*Do prefácio de Carlos d’Abreu

Título: A Linha do Vale do Sabor, Um caminho-de-ferro raiano entre Pocinho e Zamora
Autor: Vários, Coordenação de Carlos d’Abreu.
Editora: Lema d’Origem
Preço: €19,00
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Que é feito do Pastor João?

Que é feito do Pastor João? é uma Novela histórica cuja acção decorre em 1941 em terras de Mogadouro, Freixo de Espada à Cinta e Torre de Moncorvo, baseada em factos verídicos.

«Não, não! Nunca mais soubemos nada dele. Nadinha! Também, sem família nem ninguém mais chegado a ele, quem é que se ia importar mais com o que lhe aconteceu? Cá na aldeia, nos primeiros dias ainda se foi falando no assunto mas passado pouco tempo já ninguém se lembrava mais disso. Se a gente fosse andar sempre a falar do que se passa!... A vida continua, não é? Mas olhe bem para o que lhe digo: o pastor João meteu-se nalguma! De certeza! Então ia lá desaparecer assim sem mais nem menos, sem motivo nenhum?! De um dia para o outro, zás!, desaparecia sem deixar rastro! Nah! Não me fio! Pode escrever aí: meteu-se nalguma alhada! Sabe: puseram para aí a correr que ele terá caído nalguma fraga e que a bicharada já lhe terá comido a carne! Nah! Eu cá não acredito: conhecedor como ele era daquelas canadas e ladeiras havia lá fraga que o atraiçoasse! Sim, sim, bem sei que tem para lá uns poços do inferno, mas ele era listo e nessas não se metia. Isto é o que se dizia, fique vossemecê a saber. Mas deixe que lhe pergunte: vai mesmo escrever um livro sobre a vida do pastor João?! Não sei o que é que tem de contar mas vossemecê é que sabe!...»

Sobre o Autor
Mário Correia (Praia da Granja, 1952) iniciou em 1970 o seu percurso de crítico e divulgador das músicas tradicionais e populares, bem como de expressão folk e étnica, na revista MC-Mundo da Canção (criada em 1969), da qual chegou a exercer o cargo de director entre 1976 e Abril de 1998.

Como divulgador da música tradicional e popular portuguesa, assim como das suas congéneres europeias e latino-americanas, publicou numerosos artigos em jornais nacionais e revistas, quer nacionais quer estrangeiras. Realizou, também, durante cerca de cinco anos, alguns programas de rádio (RCP/Porto, RDP-Antena 1 e Rádio Nova-Porto/RCP-Lisboa).

Entre 1990 e 1998 integrou a equipa responsável pelo Festival Intercéltico do Porto e, desde 2000, realiza o Festival Intercéltico de Sendim, integrado nas actividades do Centro de Música Tradicional Sons da Terra, fundado em 2001 e com sede em Sendim (Miranda do Douro), com um catálogo de edições de recolhas musicais da tradição oral portuguesa que já ultrapassa uma centena e meia de títulos publicados.

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Investigador na qualidade de membro colaborador do IELT (Instituto de Estudos de Literatura Tradicional) da Universidade Nova de Lisboa, tem vindo a publicar, regularmente, várias obras consagradas às temáticas musicais. Membro da Academia de Letras de Trás-os-Montes e vice-presidente da Associaçon de la Lhéngua i Cultura Mirandesa.

Foram-lhe atribuídos os seguintes prémios: XII Prémio Europeu de Folklore Agapito Marazuela (2007 – Segovia, Espanha) e Chosco de Oro (2010 – Navelgas, Astúrias). No ano de 2012 o Governo de Portugal concedeu-lhe a Medalha de Mérito Cultural.

Titulo: Que é feito do Pastor João?
Autor: Mário Correia
Edição: Âncora Edições
Preço: 10:00€
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Sultão, O Burreco Que Veio De Miranda

«Nesta narrativa a autora traça explicitamente um percurso de revalorização e de reinvenção de um mundo rural, no qual o desempenho da espécie asinina (quase) em vias de extinção é fundamental.

Aliás, a Associação para o Estudo e Proteção do Gado Asinino (AEPGA) considera que “Esta novela não é só uma estória: pouco tem de inverosímil e as peripécias que relata não dizem respeito apenas ao Sultão. Antes, cabem na vida do protagonista as histórias dos muitos burros que povoam e povoaram Trás-­os-­Montes nas últimas décadas, Burros de Miranda ou não. De companheiros de lavoura a fardos dispensáveis, tornou-­se premente a procura de novas funções que justificassem a sua existência e garantissem o seu bem­-estar.

O reconhecimento da importância do seu papel no turismo, na educação ambiental e cívica ou na terapia assistida foi sem dúvida um grande passo. Mas o caminho para a sua dignificação ainda é longo”. Na verdade, o último capítulo da novela intitulado “O regresso ao Palheiro do Sultão” é a porta aberta para essa “dignificação” de que dá conta a AEPGA, porque se trata afinal do que corresponde na realidade atual ao Centro de Acolhimento do Burro de Pena Branca, Miranda.


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Em suma, este episódio retrata o final de um ciclo de vida que se (re)inicia no Centro de Valorização do Burro de Miranda, em Atenor, ou na loja de qualquer criador devidamente preparado e responsável».

Titulo: Sultão, O Burreco Que Veio De Miranda
Autora: Isabel Maria Fidalgo Mateus
Ilustrações: Cristina Borges Rocha
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“A quem encontrar este Livro” João Pina de Morais – Diário de Guerra (1917-1918)

O presente diário, escrito por João Pina de Morais entre Abril de 1917 e Junho de 1918, atravessa a totalidade da presença do jovem oficial do Corpo Expedicionário Português nos campos da Flandres, na I Guerra Mundial, e tem como destinatária Lídia da Assunção Monteiro, com quem mantinha, na época, uma relação de afecto que viria a resultar no matrimónio, celebrado a 29 de Novembro de 1923.

Encontrado num cofre há muito encerrado, por indicação de uma amiga próxima de Lídia Monteiro, o manuscrito deste diário de guerra de Pina de Morais é publicamente divulgado na presente data porque, segundo a mesma fonte, era vontade do casal que este testemunho, dado o seu carácter intimista, apenas viesse a ser publicado após a morte de ambos, acontecida em 1953, com Pina de Morais e em 1998 no caso de Lídia Monteiro.

Pretende-se, com a edição do presente volume, dar mais um contributo para o conhecimento da vida e obra do autor, bem como das condições que envolveram a participação do Corpo Expedicionário Português na guerra das trincheiras. O título atribuído, retirado do pedido expresso pelo autor na abertura deste diário, tem como objectivo convocar à leitura todos aqueles que com ele se cruzarem, não no fundo de uma trincheira, como pressagiava Pina de Morais, mas no escaparate de uma livraria.

Assim ficarão a conhecer o drama de amor e de guerra de um dos mais generosos soldados das tropas portuguesas.

Sobre o Autor
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João Luís Sequeira Rodrigues nasceu em Vila Real, em Junho de 1966. É licenciado em Filosofia, pela Faculdade de Filosofia de Braga da Universidade Católica Portuguesa, e mestre em Cultura Portuguesa pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.

É autor das obras João Pina de Morais: Vida, Pensamento e Obra; Pina de Morais – Crónicas no Jornal de Notícias (1942-1950); Viajar com… Pina de Morais.

Coordenou a publicação do livro Obra Poética de Aires Torres. Exerceu funções na Direcção Regional de Cultura do Norte de 2005 a 2014. É professor de Filosofia no ensino secundário.

Actualmente dirige o Espaço Miguel Torga, em São Martinho de Anta, no concelho de Sabrosa.

Inverno Mágico – Ritos e Mistérios Transmontanos, António Pinelo Tiza lança o Volume II e reedita o Volume I

Inverno Mágico – Volume I 

Tempo e espaço são dois elementos essenciais a qualquer estudo antropológico ou etnográfico.
Neste contexto, os ritos festivos do Inverno Mágico – Volume I acontecem no tempo cíclico da estação que, no espaço da Terra Fria do Nordeste Transmontano, se inicia no mês dos Santos e se prolonga até aos alvores da Primavera. São ritos de culto aos mortos, festas solsticiais herdeiras das antigas Saturnais, ritos de passagem de uma a outra idade na vida dos jovens iniciados, mascaradas de esoterismo espontâneo e funcional, festas da fertilidade ou de culto ao pão, bacanais das Calendas de Janeiro, libações, comidas comunitárias e celebrações dos prolegómenos da tão ansiada Primavera, com a ritualidade que a práxis cristã e medieval determinam e que ciclicamente se cumpre.

Por tudo isto, é justamente este o mais emblemático ciclo festivo deste “reino maravilhoso”. O clima rigoroso, as neves e geadas de rachar, as terras de montanha e de povoamento concentrado forçam o aconchego do lar e o convívio comunitário, carregado de ritos ancestrais de uma magia tão profunda que só aquele que os vivencia os poderá assimilar em toda a sua plenitude. O autor deste livro, sendo um filho desta terra, aprofundou o conhecimento destes rituais através do método que os antropólogos designam de investigação-acção, ao longo de três décadas de vivências conjuntas com aquelas comunidades que teimam em manter vigentes estas tradições milenares.

Inverno Mágico – Volume II

No decurso da década seguinte à publicação do Inverno Mágico, foi o autor constatando que “outros ritos e mistérios” persistiam em celebrar-se com força e vigor. Sentiu, pois, que muito havia para fazer/pesquisar. Da continuação dos trabalhos de campo resultou uma reflexão sobre o evoluir da práxis decorrente da contemporaneidade, constatada nas novas tecnologias da comunicação, da revitalização de celebrações perdidas ou da introdução de encenações que, embora radicados na tradição, se orientam agora para a inevitável “turistização”.

Rituais perdidos que renasceram ou que ganharam uma dimensão nunca sonhada, adequação de celebrações festivas à modernidade, reconstrução de ritos de inspiração antiga, de tudo um pouco ocorreu nesta década do pós-Inverno Mágico. O aprofundamento dos ritos “esquecidos” no primeiro volume é neste uma constante, a par de algumas revelações. Era inevitável que assim fosse; num território tão vasto e tão rico, nem tudo era possível conhecer e muito menos aprofundar; a sua coincidência no tempo cíclico exige mais tempo para a todos acorrer; provavelmente, este processo de reconhecimento não terminou. Assim, os ritos de entrada na estação escura consolidam os anteriores da lenha dos Santos, acrescidos das celebrações do vinho novo; outras festas solsticiais (antes adormecidas) renasceram e as mesinhas do milagroso e mártir Sebastião ganharam agora um vigor nunca antes visto. Como consequência destes fenómenos, o presente Inverno Mágico alargou o seu âmbito espacial a uma boa parte do território de Trás-os-Montes; o seu tempo cíclico prolongou-se até à Semana Santa que, sendo movediça, se celebra ainda no Inverno (o transmontano) que neste “reino”, é de “nove meses”. E, acima de tudo, mágico.

Sobtre o autor

António Pinelo Tiza é natural de Varge, Bragança. Estudou Teologia em Bragança e Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, tendo concluído a licenciatura. Defendeu a tese de doutoramento em Ciências Sociais na Universidade de Valladolid, com a classificação de “Sobresaliente cum laude”. Foi professor do ensino básico, secundário e superior.

É autor das seguintes obras, entre outras: Máscara e Danças Rituais – Ritos Ibéricos do Solstício de Inverno; O Diabo e as Cinzas (contos); Inverno Mágico – Ritos e Mistérios Transmontanos; Máscara Ibérica (com Hélder Ferreira); Estudo Antropológico das Mascaradas de Zamora, Bragança e Douro (com Jesús Nuñez); Portugal y España – Vidas Paralelas (com Isidoro González). Participa em antologias e revistas com artigos sobre Etnografia e Educação: Brigantia, de Bragança; Tellus, de Vila Real; Jornal de Letras, de Lisboa; Stvdia Zamorensia, de Zamora, El Filandar/O Fiadeiro, de Zamora, Jentilbaratz – Cuadernos de Folklore do País Basco e outras.

Foi Presidente da Região de Turismo do Nordeste Transmontano (1998-2002). Actualmente desempenha as funções de Presidente da Direcção da Academia Ibérica da Máscara e Vice-Presidente da Academia de Letras de Trás-os-Montes. É membro da Associação Portuguesa de Escritores.

Titulo: Inverno Mágico (2 volumes)
Autor: António Pinelo Tiza
Editora: Âncora Editora

"Por Longos Dias, Longos Anos, Fui Silêncio", Uma Breve Antologia de Autoras Transmontanas

Com a organização de Hercília Agarez e Isabel Alves, a obra "Por Longos Dias, Longos Anos, Fui Silêncio", Uma Breve Antologia de Autoras Transmontanas, foi ontem lançada numa sessão da primeira edição do Festival Literário de Bragança,na Biblioteca Municipal da cidade.

"Com este projecto, a Academia pretende ir ao encontro da literatura transmontana, da poesia, da arte e da investigação (neste caso, produzidas por mulheres); estamos a prosseguir as finalidades que presidiram à criação da nossa instituição: a valorização e a promoção das duas línguas do nosso País porque uma delas, o Mirandês, é no território transmontano que vive e floresce agora, mais do que nunca. Este desígnio ficou formalmente expresso na Introdução da obra, pelas suas coordenadoras: “embora se apresente como uma antologia ligada a uma região concreta de Portugal — Trás-os-Montes e Alto Douro—, tentou cultivar-se um olhar abrangente do ponto de vista geográfico, cultural e linguístico. Daí, por exemplo, alguns dos textos surgirem em mirandês” – a prova provada da nossa riqueza linguística e literária", refere-se no prefácio da obra da autoria de António Tiza.

As autoras
Adelaide Monteiro nasceu a 16 de Maio de 1949, em Especiosa - Miranda do Douro. Professora aposentada do Ensino Secundário e artista plástica, participou nas antologias: Antre Monas i Sbolácios (2010); A Terra de Duas Línguas: Antologia de Autores Transmontanos (2011); A Terra de Duas Línguas II: Antologia de Autores Transmontanos (2013).

Alcina Pires
, nasceu na freguesia de Genísio, concelho de Miranda do Douro, em 1953. Exerceu a sua atividade profissional no Ensino Básico e ao mesmo tempo dedicou-se à pintura e à escrita da língua mirandesa. Licenciou-se pelo ISEC, no ano de 2002, em Apoios Educativos. Em 2010 publicou um livro em mirandês, "Lucrécia cunta-moscumo era".

Ana da Conceição Bernardo — pseudónimo Ana Bárbara de Santo António — é natural de Torre de D. Chama onde nasceu em 1965. Trabalha no concelho da Maia em serviços administrativos. Publicou Penas da alma para a mão (poesia, 2006); Teu Cancro Meu; Russa a burrinha tecedeira (infanto-juvenil, 2008) e À Flor da Pele dos Sentidos da Alma (poesia, 2012).

Ana Ribeiro nasceu em Poiares (Peso da Régua), no ano de 1966. É professora no Departamento de Estudos Portugueses e Lusófonos da Universidade do Minho. Publicou, entre outros: A escola do paraíso, de José Rodrigues Miguéis: um romance de aprendizagem, Colecção Hespérides/Literatura, Braga, Universidade do Minho/Centro de Estudos Humanísticos, 1998; “Itinerários femininos no Portugal colonial segundo A árvore das palavras” in Narrativas do poder feminino, Universidade Católica, Publicações da Faculdade de Filosofia, 2012, pp. 461-469; “À volta dos livros: o que revelam as cintas”, in Revista Galega de Filoloxía, 13, 2012, pp. 85-120; “Para além dos clássicos: os escritores contemporâneos de João de Araújo Correia na biblioteca do autor”, in Geia, 3, 2013, pp. 40-55.

Bina Cangueiro ye Piçporra i Ribeirinha. Naciuen 1956, en Augas Bibas i bibiuenUbaadondefizolascuola i adondelabó, fuonte de sabedorie i guardadora de mimórias, alhimentou l sou maginairo. Fizo l lhiceuenBergância, bibiuen Paris i studiou na Sorbonne. Fizo 1 purmeiro curso de mirandês cun Amdeu i zdende ten dado passicos a la par de las pessonas cun quiem daprendiu todo i a quien d´s bida nas sues cuntas de quando 1 tiempo tenie tiempo.

Cremilde da Conceição Esteves Alonso, nascida em Prado Gatão, Miranda do Douro em 1948, é licenciada em Germânicas pela Universidade de Lisboa, tendo também frequentado o curso superior de Português na mesma Instituição. Exerceu a profissão de professora e colaborou em jornais regionais. Publicou o livro de memórias mirandesas Uma casa de sete por sete (2014).

Eduarda Chiote nasceu em Bragança em 1930. Licenciada em Histórico-Filosóficas, foi directora de um centro psicotécnico e gerente comercial de uma empresa de estudos e realizações ligada ao cinema. Trabalhou também numa galeria de pintura. Incluída em várias antologias, divide-se entre ficção e poesia, tendo sido distinguida nesta última com o Prémio Teixeira de Pascoaes em 2006 com O Meu Lugar à Mesa.

Graça Morais é o nome da pintora nascida em Vieiro, Trás-os-Montes, em 1948. Tirou o curso de pintura na Escola Superior de Belas Artes do Porto. Foi bolseira da Fundação Gulbenkian em Paris. É membro da Academia Nacional de Belas Artes e de outras Associações culturais. Tem feito numerosas exposições individuais em Portugal e no estrangeiro. Em 1997 foi condecorada pelo então Presidente da República, Jorge Sampaio, com o grau de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique. No Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, em Bragança, podem apreciar-se quadros desta pintora transmontana.

Guida Nunes nasceu em Mondrões, Vila Real, em 1952. Emigrou para o Rio de Janeiro, Brasil, onde realizou a sua formação intelectual, com uma licenciatura em Comunicação Social e outra em Direito. Exerceu o jornalismo naquele país por dez anos e é advogada em Portugal desde 1981. Publicou no Brasil, pela editora Vozes, "Rio, Metrópole de 300 Favelas"; "Catumbi-Rebelião de um Povo Traído" e "Favela-Resistência pelo Direito de Viver". Em Portugal, como edição de autor, "Cidadãos do Mundo - Cidadãos de Portugal?" e "Lavradores de Volfrânio"; e pela Editora Tartaruga: "Casa Minha - Vida Não", "Europa Escondida" e "25 sem Abril".

Isabel M Fernandes Alves nasceu em Carva, Murça, em 1964. É docente na UTAD, com um doutoramento em Literatura Norte-Americana: Fragmentos de Memória e Arte: Os Jardins na Ficção de Willa Cather, Colibri (2006). Nos últimos anos, e para além de estudar autores americanos, tem vindo a interessar-se pela relação entre literatura e paisagem. Tem também desenvolvido estudos na área da literatura comparada; nesse âmbito, escreveu sobre Júlio Dinis, Miguel Torga e A.M. Pires Cabral. Co-editou Aqui e Agora Assumir o Nordeste : Antologia de Textos de A. M. Pires Cabral, Âncora (2011).

Isabel Mateus nasceu em 1969 em Torre de Moncorvo (Quintas do Corisco – Felgueiras). Publicou: A Viagem de Miguel Torga, Gráfica de Coimbra (2007);Outros Contos da Montanha, Gráfica de Coimbra (2009); O Trigo dos Pardais (contos da infância), Gráfica de Coimbra (2009); A Terra do Chiculate – Relatos da Emigração Portuguesa, Gráfica de Coimbra (2011); Contos do Portugal Rural/Tales of Rural Portugal (1.º volume da colecção “Portuguese Insights – BilingualTextCollection”), Gráfica de Coimbra (2012); A Terra da Rainha – Retratos Portugueses no Reino Unido, Gráfica de Coimbra (2013); Farrusco – Um Cão de Gado Transmontano, Gráfica de Coimbra (2013); Contos do Portugal Rural/葡萄牙鄉村故事 (2.º volume da colecção “Portuguese Insights – Bilingual Text Collection”), Gráfica de Coimbra (2014).

Lara de Leon, pseudónimo de Maria Idalina Alves Brito, nasceu em Felgueiras, Moncorvo, a 2 de dezembro 1954. É licenciada em Serviço Social (1977), Sociologia (1991) e possui uma Pós-Graduação em Direito e Interioridade (2012). Vive na cidade de Bragança onde é Técnica Superior no Centro Distrital Segurança Social. Colaborou durante alguns anos no jornal "Verde Planura" da vila de Izeda. Tem obra publicada no âmbito da ficção narrativa, do ensaio e da poesia. Integra a Antologia Autores Transmontanos, "A Terra de Duas Línguas II.

Laura Mónica Bessa-Luís Baldaque nasceu no lugar de Ariz, Peso da Régua, em 1946. Retrata o Douro na sua pintura e na sua ficção. Está ligada à actividade museológica como conservadora principal, nomeadamente dos museus municipais do Porto. Tem realizado inúmeras exposições individuais e colectivas. Publicou cinco livros, dois dos quais fazem parte do Plano Nacional de Leitura. Destaque para Contos Sombrios (2011) e Vinte Anos na Província (2013).

Lucília da Glória Verdelho da Costa Ladoucette é historiadora e crítica de arte; nasceu em Mirandela, a 11 de Abril de 1958, licenciou-se em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (1980), e obteve os títulos de Mestre em História da Arte (1985), e de Doutora em História, especialidade História da Arte (1996), pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Das obras publicadas destaca Ernesto Korrodi: 1889-1944. Arquitectura. Ensino e Restauro do Património (Lisboa, Editorial Estampa, 1997), Alfredo d’Andrade. Da Pintura à Invenção do Património (Lisboa, Editora Vega, 1997), e Fialho d’Almeida. Um decadente em revolta (Lisboa, Editora Frenesi, 2004).

Luísa Dacosta nasceu em Vila Real em 1927 e faleceu em Matosinhos a 15 de Fevereiro de 2015. Formou-se em Lisboa em Histórico-Filosóficas, mas a sua actividade docente foi dedicada ao ensino de português a alunos do segundo ciclo, na cidade do Porto. Participou na experiência de Veiga Simão para o lançamento dos sétimo e oitavos anos de escolaridade, Esteve em Timor, em 1975, acedendo ao convite para reformular os programas de ensino. A sua obra conta com cerca de vinte e cinco títulos. Como escritora cultivou o romance, o ensaio, o conto infanto-juvenil, a diarística, a poesia. Entre outros, foi agraciada com o Prémio Vergílio Ferreira da Universidade de Aveiro. Foi a escritora homenageada na Correntes de Escrita, na Póvoa de Varzim, em 2011.

Maria da Assunção Anes Morais nasceu em Chaves em 1972. Licenciada em Humanidades (Ensino de) pela Faculdade de Filosofia de Braga (Universidade Católica Portuguesa); Mestre em Ensino da Língua e Literatura Portuguesas, pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (Vila Real). Professora de Português e de Literatura Portuguesa no Agrupamento de Escolas de Vila Pouca de Aguiar. Pertence a várias associações culturais: Grupo Cultural Aquae Flaviae, Círculo Cultural Miguel Torga, Tertúlia João de Araújo Correia e Academia de Letras de Trás-os-Montes. Tem obra publicada dedicada, principalmente, ao Escritor Miguel Torga.

Maria da Assunção F. Morais Monteiro, nasceu em Vila Real, em 17 de Novembro de 1950. Professora Catedrática da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Autora, entre muitas outras obras e artigos, de: Camões de Simeone Sografi (1990); Romantismo e Realismo no Amor de Perdição (1990); O Conto no Diário de Miguel Torga (1998); Da heteronímia em Eça de Queirós e Fernando Pessoa à alteronímia em Miguel Torga (2003); Acerca de Miguel Torga... (Com depoimentos de Padre Avelino e cartas) (2003).

Maria da Conceição Martins Pacheco nasceu em Salto, Montalegre, em 1920. Fez os estudos secundários em Braga e licenciou-se em Filologia Clássica em Coimbra. Foi a primeira mulher da sua região a frequentar a universidade. Leccionou em Braga, nos ensinos público e particular. Muito ligada ao seu Barroso nativo, publicou, em 2008, Salto: apelos do torrão natal. Os seus outros escritos encontram-se registados na imprensa regional.

Maria Hercília Agarez de Campos Marques nasceu em Vila Real em 1944. É professora aposentada do Ensino Secundário. Tem-se dedicado à investigação e à crítica literária. É estudiosa de Miguel Torga, Camilo Castelo Branco, João de Araújo Correia e Luísa Dacosta. Publicou um livro de crónicas, A Brincar Que o Digas..., (2001) dois ensaios sobre Miguel Torga —A Força das Raízes e Dois Homens Num Só Rosto (2007 e 2013) e o livro de contos Histórias que o Povo Tece. (2012) É membro da direcção da Tertúlia João de Araújo Correia e da Academia de Letras de Bragança. É sócia da Associação Portuguesa de Escritores. Tem estudos publicados em várias revistas literárias e está representada em antologias.

Maria José Corrêa Pinto nasceu em Chaves. É licenciada em Filologia Românica pela Universidade de Coimbra e pós-graduada em Ciências Pedagógicas e Museologia. Tem uma intensa actividade no campo da cultura como museóloga, promotora de exposições e conferências, como dinamizadora de acções educativas com as escolas. Publicou, em 2003, uma monografia sobre Cascais - Cascais 1900 e em 2013 o romance Terra Fria Terra Quente.

Maria José Quintela Claro da Fonseca nasceu em Vila Real, em 6 de Agosto de 1955, e reside em Lamego. Está aposentada desde Junho de 2014. Até à data, publicou: Vozes e Ecos (2000), Um Olhar não Basta (2006), O mundo é irreal mas não me importa (2007), Pertence à água a escolha dos náufragos (2014). Está representada em várias antologias e em publicações periódicas como Eito fora (Fev. 2001), Inútil (Out. 2009) e Aquilino (2010)

Maria Júlia Ferreira Barros Guarda Ribeiro, nasceu em Moncorvo, em 17 de Agosto de 1938. Licenciou-se em Filologia Germânica; é Mestre em Ciências da Educação. É professora aposentada. Leccionou no Ensino Secundário e no Ensino Superior. Publicou: Constantino, Rei dos Floristas (2003), Os contos da minha avó (2003), Mulheres de Marinha Grande, histórias de luta e de coragem, (2008); A parábola dos três anéis (2009), Contos Temperados...(2012), Contos no Terreiro ao Luar de Agosto (2014).

Marília Miranda Lopes nasceu acidentalmente no Porto em 22 de Maio de 1969, mas viveu sempre em Vila Real onde reside e está envolvida em diversas iniciativas de carácter literário enquanto poeta, contista, dramaturga, "cantautora". Formou-se em Línguas e Literaturas Modernas. É professora do ensino secundário. Foi bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian ao abrigo do programa "Dramaturgia Portuguesa". Além de publicações individuais, está representada em diversas antologias. O seu livro Duendouro - Era uma vez um rio está incluído no Plano Nacional de Leitura.

Paula Salema nasce a 16 de Maio de 1974, na vila Transmontana Torre de Moncorvo, onde passa a sua infância e adolescência. Licenciada em Românicas, variante Português e Francês (ensino de), com uma pós-graduação em Cultura Portuguesa, ambas atribuídas pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Presentemente faz parte da secção da Cultura e Turismo do Município de Torre de Moncorvo. Janela Indiscreta foi o primeiro livro de poesia da Autora.

Raquel Serejo Martins nasceu em Vilarandelo, a 13 de Agosto de 1974. Licenciada em Economia e pós-graduada em Direito Penal Económico e em Direito Administrativo. Trabalhou na Rádio Universitária de Coimbra, no Diário de Coimbra, no Banco BPI, SA. Actualmente desempenha funções de inspecção na Autoridade Tributária e Aduaneira. Autora dos romances: A Solidão dos Inconstantes (2009) e Pretérito Perfeito (2013).

Regina dos Santos Sousa Gouveia nasceu no Brasil em 14 de Outubro de 1945, mas veio viver para Alfândega da Fé com apenas dois anos. É licenciada em C. Físico Químicas pela Universidade do Porto onde leccionou após ter concluído o mestrado em Supervisão. Tem uma dezena de obras publicadas nas áreas da poesia, da ficção e da literatura infanto-juvenil (poesia e teatro). Está representada em diversas antologias literárias.

Teresa Almeida Subtil nasceu em Lagoaça, concelho de Freixo de Espada à Cinta, em 1946. Vive em Miranda do Douro - Portugal. Estudou em Escola do Magistério Primário de Vila Real e Instituto Superior de Educação e Trabalho do Porto. Dedicou a sua vida à causa da educação, ora no ensino, ora na área da gestão e administração escolar. Faz parte da direção da Associação de professores do Planalto Mirandês. É autora do livro Ousadia (Corpus Editora) e está representada em várias Antologias.

Virgínia do Carmo nasceu em Champagnole, França, 1973. Veio para Trás-os-Montes aos dois anos. Licenciada em Comunicação Social, exerceu jornalismo no início da sua vida profissional. Mais tarde tornou-se livreira e actualmente desenvolve também um pequeno projecto editorial. É autora das obras Tempos Cruzados (poesia, Pé de Página Editores, Coimbra, 2004), Sou, e Sinto (poesia, Temas Originais, Coimbra, 2010), Uma luz que nos nasce por dentro (contos, Lua de Marfim Editora, Lisboa, 2011) e Relevos (poesia, Poética Edições, Setembro de 2014).

A Navalha de Palaçoulo

«Pedi uma bica e dispus-me a observar discretamente o Poeta.
O Poeta, de quando em quando, parava de escrever e relia o poema e não parecia particularmente satisfeito com ele. 

Às vezes levantava os olhos do papel e olhava na direcção do tecto, absorto, indiferente ao bulício do café em hora de ponta. Devia acreditar que alguma coisa interessante esvoaçava no ar, à semelhança das moscas, e, à semelhança dos camaleões, esperava fisgá-la com um golpe certeiro de língua - perdão, de génio. E na verdade fisgava, porque subitamente pegava resoluto na esferográfica - ah, e como eu teria desejado do fundo da alma, santo Deus, que se estivesse servindo de uma velha e gorda Pelikan de tinta permanente, em vez de uma Bic baratucha! -, riscava uma palavra ou mesmo um verso inteiro e substuía-os por algo melhor que acabara de fisgar. Por vezes tamborilava no tampo da mesa algum metro mais renitente.

Visto do sítio privilegiado onde eu me encontrava, o poema parecia agora um emaranhado de riscos e rabiscos, que só o seu autor entenderia, por certo. E, com efeito, passada quase uma hora, o Poeta pareceu dar-se por satisfeito. Imaginei então que, aprisionada naquela martirizada folha de papel e naquelas estrofes trabalhosas, estivesse agora alguma Inês - uma bela, cantável e provavelmente ingrata Inês. Ou Mécia.

O papel estava visivelmente mais pesado. Era o peso da imortalidade

Titulo: A Navalha de Palaçoulo
Autor: A.M. Pires Cabral
Editora: Livros Cotovia
Preço: € 14,00
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Contos Bárbaros

Esta nova edição dos Contos Bárbaros, publicada em conjunto com a Tertúlia de João de Araújo Correia, respeita a 2.ª edição da obra, revista e aperfeiçoada pelo autor. 

O livro, de 1939, é uma das mais expressivas colectânes de contos, - histórias de ficção da terra natal de Joãp de Araújo Correia, Canelas do Douro. É através destes contos bárbaros que o autor procura dar-nos a conhecer a verdadeira essencia do Homem.
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Titulo: Contos Bárbaros
Autor: João de Araújo Correia
Editora: Âncora Editora
Preço: 12:00€

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