Ciclo de Cinema Judaico chega a Bragança integrado no Terra(s) de Sefarad

O Terra(s) de Sefarad tem também na sua programação uma Mostra de Cinema Judaico e Sefardita, dias 19, 20 e 21, contando com um conjunto de filmes tais como “Uma História de Amor e Trevas”, “Ida”, “Ellis”, “Querido Deus” e “Debaixo do Céu”, que serão projetados no Jardim do Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, com entrada gratuita.

Ciclo de Cinema Judaico chega  Bragança integrado no erra(s) de Sefarad
O filme ”Sefarad”, uma longa-metragem realizada por Luís Ismael, produzido pela Comunidade Israelita do Porto e que foi estreado em janeiro no Miami Jewish Festival – conta a história dos judeus em Portugal ao longo de 500 anos, da Idade Média aos nossos dias, sem esquecer o período da Inquisição —, vai ser exibido no Congresso Internacional “Diásporas, Identidade e Globalização”, dia 19 junho pelas 17h00, no âmbito do Terra(s) de Sefarad — Encontros de Culturas Judaico-Sefardita, que de 19 a 23 de junho faz de Bragança o centro da cultura sefardita.

Esta mostra de cinema judaico e sefardita, da qual consta documentários, curtas e ficção, com curadoria de Elena Piatok, do Festival Judaica, arranca no dia 19 com “Uma História de Amor e Trevas”, de Natalie Portman. Prossegue no dia seguinte, também com início às 22h00, com “Ida”, de Pawel Pawlikowski. Na sexta-feira, dia 21, são projetados três filmes: “Ellis”, de JR, com Robert de Niro; “Querido Deus”, de Erez Tadmor, Guy Nattiv; e “Debaixo do Céu”, de Nicholas Oulman, sempre com entrada gratuita.

Sobre “Sefarad”, o realizador Luís Ismael – conhecido do grande público pela trilogia Balas & Bolinhos, escreveu no Facebook aquando da estreia do filme junto da Comunidade Judaica do Porto o seguinte: “foi uma experiência muito positiva assistir à estreia de um filme português com actores e actrizes nacionais, feito por portugueses e filmado em Portugal, ter a sua antestreia em Miami e obter uma reação tão calorosa e interessada da plateia. Pessoalmente foi um desafio dar imagens a um argumento que não é meu e filmar uma história de época que começa em 1496 e termina em 2018. Épico!Espero que Portugueses tenham a oportunidade de ver o filme e ficar a conhecer a vida do Capitão Barros Basto e da Comunidade Judaica do Porto”.

  Reflexão sobre a memória e o património judaico

É já na próxima semana que Bragança recebe personalidades da área do conhecimento, do empreendedorismo, da cultura, da arte, da música e do cinema, que ao longo de cinco dias, de 19 a 23 de junho, colocam a capital do Nordeste no centro do saber sefardita, acolhendo a segunda edição do Terra(s) de Sefarad — Encontros de Culturas Judaico-Sefardita.

O Congresso Internacional sob o tema “Diásporas, Identidade e Globalização”, com coordenação científica da Cátedra de Estudos Sefarditas ‘Alberto Benveniste’, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, assume particular relevo nesta edição do Terra(s) de Sefarad recolocando Bragança como centro incontornável da reflexão sobre a memória e o património judaico em Portugal e em todo o Norte da Península Ibérica.

O I Fórum Económico e do Empreendedorismo Sefardita, mas também o Encontro da Historiografia Local e Regional Sefardita, exposições, sons da diáspora e a música sefardita, mostra de cinema judaico-sefardita e o mercado Kosher voltam a enriquecer o Terra(s) de Sefarad, alargando às mais diversas áreas a importância e o legado da cultura judaico-sefardita, que por estes dias faz convergir a Bragança figuras e pessoas de renome nacional e internacional, na área do conhecimento, das artes e da música, mas também empreendedores e descendentes sefarditas.

“Alfaião”, filme realizado por André Almeida Rodrigues, distinguido na Índia

“Alfaião”, filme realizado por André Almeida Rodrigues, distinguido com o Prémio de Melhor Filme (Não Ficção) no Ahmednagar International Short Film Festival, que decorreu na Índia.

" Alfaião " ganhou o Prémio de Melhor Filme (Não Ficção) no Ahmednagar International Short Film Festival, que decorreu entre 8 e 10 de março em Amadanagar, Índia. A exibição decorreu no dia 8 de março e só hoje é que foi comunicado o prémio e a exibição de “Alfaião” no Ahmednagar International Short Film Festival.

“Alfaião” é um filme poético sobre a rotina diária de uma aldeia. O filme contemplativo que enaltece os aspetos quotidianos e simples da vida. Por exemplo, o agricultor a cavar a terra, o pastor a guiar o rebanho e o aldeão a encher alheiras.

Este filme é uma das cinco melhores curtas-metragens portuguesas estreadas em 2017, segundo os bloggers cinéfilos portugueses e ganhou 9 prémios. Por exemplo, “Alfaião” é a Melhor Curta-metragem Europeia no International Documentary Festival of Ierapetra (5ª edição) e o Melhor Documentário de Curta-metragem no FICABC – Festival Internacional Cinematográfico del Atlántico, Barranquilla (4ª edição).

Até hoje, “Alfaião” tem 74 seleções/exibições em 28 países. Por exemplo, “Alfaião” foi selecionado para o Pärnu International Documentary and Anthropology Film Festival (31ª edição), o CineEco – Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela (26 ª edição) e o International Film Festival ZOOM – ZBLIZENIA (21ª edição), que são históricos festivais de cinema.

“Alfaião” para além de ser um filme também é o projeto final de Mestrado em Som Imagem na Universidade Católica Portuguesa de André Almeida Rodrigues.

A aldeia de Alfaião é uma pequena aldeia localizada às portas de Bragança e, em 2011, era habitada por 173 pessoas. Esta aldeia tem uma topografia de cariz planáltico e é atravessado pelos rios Fervença e Penacal. Por isso, tem terras muito férteis. Na última ceia de natal comunitária, a aldeia de Alfaião homenageou o cineasta André Almeida Rodrigues com uma placa de agradecimento por ter levado “Alfaião pelo mundo fora”.

André Almeida Rodrigues é um realizador português natural de Leça do Balio, em Matosinhos, com produções premiadas e exibidas em todo mundo. A sua última produção é o videoclipe “Break, Break, Break” dos The Bookkeepers, banda de rock poético de Santa Maria da Feira. Este videoclipe, que é protagonizado pela comunidade piscatória de Angeiras, em Matosinhos, estreou online em janeiro de 2019 e, até hoje, tem 2 prémios e 3 seleções para festivais.

Documentário sobre a aldeia de Alfaião, Bragança, estreia na 17.ª edição dos Encontros de Cinema de Viana

"Alfaião", documentário curto produzido e realizado por André Almeida Rodrigues estreia no próximo dia 6 de maio em Viana do Castelo.

Documentário sobre a aldeia de Alfaião, Bragança, estreia na 17.ª edição dos Encontros de Cinema de Viana
O filme fala sobre o quotidiano da aldeia homónima do concelho de Bragança e vai ser estreado em Viana do Castelo na 17.ª edição dos Encontros de Cinema de Viana. A exibição decorrerá no Teatro Municipal Sá de Miranda e estará em competição para as categorias PrimeirOlhar da secção Olhares Frontais.

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Este filme , com duração de 13 minutos, é o projeto final do mestrado Som e Imagem efetuado por André Almeida Rodrigues na Universidade Católica Portuguesa e foi gravado em janeiro de 2016.

" Neste documentário , interessa-me contemplar o dia-a-dia de uma aldeia. É o quotidiano que nós, os citadinos, sonhamos ter um dia. Por isso, é um retrato contemplativo desta rotina diária. O retrato enaltece os aspetos quotidianos e simples da vida. O agricultor a cavar a terra, o pastor a guiar o rebanho, o aldeão a encher alheira", refere o realizador que é natural de Leça do Balio.

A aldeia de Alfaião está localizada perto de Bragança e de Espanha e, em 2011, era habitada por 173 pessoas. A sua topografia é de cariz planáltico e é atravessada pelos rios Fervença e Penacal. Por isso, tem terras muito férteis. Em relação às suas origens pouco se sabe, porque os primeiros documentos a referir Alfaião são do século XIII.

André Almeida Rodrigues finalizou o mestrado em Som e Imagem na Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa e o Master Dirección Cinematográfica no Campus Universitario Europeo (e-laerning,Espanha). Como aluno, no 1º ano do mestrado, realizou e produziu “O Barbeiro Guitarrista”, um curto documentário que ganhou o Prémio Latino de Melhor Curta Metragem Portuguesa, foi nomeado ao Sophia Estudante, prémio da Academia Portuguesa de Cinema e exibido em 19 países, inclusive na televisão portuguesa no programa Cinemax Curtas da RTP 2.

“Campo de Víboras" vai passar no programa Cinemax da RTP 2

“Campo de Víboras", uma curta metragem da cineasta lusofrancesa Cristèle Alves Meira, com raízes na aldeia do mesmo nome que integra o concelho de Vimioso, vai passar no próximo dia 22, às 00h30, no programa Cinemax da RTP 2, numa estreia absoluta na televisão portuguesa.

“Campo de Víboras"
"Campo de Víboras ", é um dos primeiros trabalhos da realizadora que nasceu em França, mas que permanece profundamente enraizada na aldeia transmontana que viu partir a sua mãe como emigrante para França e onde a cineasta regressa todos os anos para passar parte das suas férias de verão.

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São as pessoas, a paisagem e a luz da aldeia de Campo de Víboras e da região nordestina que captam o interesse e a sensibilidade cinematográfica de Cristèle Alves Meira, cuja matéria prima que integra o seu imaginário narrativo ancora nas lendas, na mitologia e nas histórias pessoais de gente simples que ainda habita neste pequeno aglomerado do concelho de Vimioso.

A curta metragem é rodada na aldeia de Campo de Víboras e na vila de Vimioso, falando de um drama inexplicável: “Num jardim cheio de víboras é encontrada morta uma senhora idosa. A sua filha Lurdes desapareceu sem deixar rasto. Os rumores sobre o que se poderá ter passado e o destino da casa começam a espalhar-se rapidamente”.

Lurdes é em “Campo de Víboras” interpretada pela atriz Ana Padrão, que confere à personagem uma intensidade dramática e realista.

A curta metragem possui fotografia de Rui Poças, Som de  Amaury Arboun, Vincent Pateau, Cédric Lionnet e Montagem de Raphaël Lefèvre. É interpretado por Ana Padrão, Simão Cayatte, Ana Brito e Cunha, Ludovic Berthillot, Jacqueline Corado.A produção é da Fluxus Film, Ukbar e a realização de Cristèle Alves Meira que prepara um novo filme também a rodar na região.

O novo filme já tem título e vai chamar-se "Alma Viva". As rodagens estão prevista para Trás-os-Montes e deverão decorrer "no próximo verão ou no verão de 2018", disse a cineasta. 

“Alma Viva" vai contar a história de Salomé, “uma lusodescendente de 15 anos que regressa à sua aldeia trasmontana, para as férias de verão, e é confrontada com a morte da avó e com a brutalidade da família que não quer pagar uma sepultura".

Cinecôa e o imaginário rupestre

O Festival Internacional de Cinema de Foz Côa – Cinecôa regressa em 2016 com um cartaz diversificado e pensado para diferentes públicos. De 17 a 19 de Novembro, o auditório de Vila Nova de Foz Côa vai exibir oito longas metragens, seis curtas e muitos filmes de animação para os mais pequenos.

Cena de "Amor Impossível" de António Pedro de Vasconcelos a passar no festival no dia 19 de novembro
O destaque desta edição vai para o filme “Altamira”, do conceituado realizador Hugh Hudson, já que permite um paralelismo entre a caverna de Altamira, conhecida como a Capela Sistina da arte rupestre, e as gravuras do Parque Arqueológico do Vale do Côa. “Não é de forma inocente que abrimos assim o Cinecôa. O filme, protagonizado por Antonio Banderas, faz uma grande aproximação entre dois pontos fulcrais da arte rupestre europeia, como são Altamira e Foz Côa”, explica António Valente, membro da organização.

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Hugh Hudson vai estar presente no Cinecôa para mostrar a sua mais recente obra no dia 17. “Trata-se de um realizador inglês que é o autor de ‘Momentos de Glória’, um filme que ganhou quatro Óscares, e que marcou todo um conjunto de gerações”, destaca António Valente.

No dia 18, será exibido o filme-concerto Nosferatu, Eine Symphonie des Grauens, um clássico alemão de 1922, dirigido por Friedrich Wilhelm Murnau, e será acompanhado, em palco, pela Orquestra do Norte.

Do Cinecôa constarão ainda filmes recentemente produzidos em Marrocos, Espanha, Reino Unido, França, Luxemburgo, Brasil e Cuba. A entrada é gratuita e são esperadas cerca de 3 mil pessoas ao longo dos três dias.

O Festival Internacional de Cinema de Foz Côa também vai distinguir António-Pedro Vasconcelos, realizador de obras cinematográficas como “Jaime”, “Os Imortais”, “Call girl” ou “Os gatos não têm vertigens”, filme que abriu o Cinecôa na edição anterior. “Vamos homenagear um dos realizadores mais polémicos e com os filmes mais vistos pelo público português. Será exibido o seu último filme – Amor Impossível, seguido de um concerto da filha, Patrícia Vasconcelos, que acaba de lançar um disco”, refere António Valente.

Organizado pela Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Côa, o Cinecôa acontece ininterruptamente desde 2011, ano da sua estreia, e já homenageou ou contou com a presença de figuras marcantes do cinema como Manoel de Oliveira, Lisandro Alonso, Benoît Jacquot, Teresa Vilaverde ou Tino Navarro.

Festival Internacional de Cinema de Toronto recebe filme rodado no Douro Transmontano

O Festival Internacional de Cinema de Toronto é um marco da cinematografia internacional e como tal vai receber a participação de alguns obras portuguesas, onde se inclui “O Ornitólogo ”, um filme de João Pedro Rodrigues  que é rodado na paisagem do Parque Natural do Douro Internacional.

Filmado nas paisagens de Trás-os-Montes e do Douro, "O Ornitólogo” é uma coprodução entre Portugal, Espanha e Brasil, e segue as deambulações de Fernando por florestas e cenários bucólicos. “Fernando é um ornitólogo solitário, que está à procura de cegonhas negras ameaçadas à extinção ao longo de um remoto rio transmontano. Ele decide viajar pelo curso do rio a bordo de um caiaque, mas quando uma correnteza forte derruba a sua pequena embarcação, ele inicia uma jornada sem volta”. O filme é uma longa-metragem que reinventa o mito da vida de Santo António.

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“O Ornitólogo” já valeu a João Pedro Rodrigues o prémio de melhor realização no Festival de Locarno, evento tradicionalmente associado aos circuitos "alternativos" da produção internacional e agora apresenta-se no Festival Internacional de Cinema de Toronto que  vai desenrolar-se entre os dias 8 e 18 de setembro.

Noémia Delgado, a cineasta que “reabilitou” as Festas de Inverno Transmontano, vai ser homenageada em Lisboa

A realizadora Noémia Delgado , falecida no passado dia 02 de março, vai ser homenageada na segunda-feira em Lisboa no âmbito de Festival Internacional de Marionetas e Formas Animadas.

Filme "Máscaras" de Noémia Delgado
A cineasta é autora de uma obra de referência para entender o processo de reabilitação das festas dos mascarados na região de Trás-os-Montes. A longa-metragem documental "Máscaras", filmada entre 1974 e 1975, recupera para o cinema um conjunto de manifestações que se encontravam num processo de extinção quando se deu o 25 de abril de 1974.

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O filme ilustra rituais seculares do nordeste transmontano, próprios do Ciclo de Inverno, associados ao solstício e à iniciação dos jovens na idade adulta. É uma das obras representativas do Novo Cinema português no documentário e a mais representativa obra do uso do cinema directo na prática da antropologia visual.

Filmado por Noémia Delgado entre o Natal de 1974 e a quarta-feira de cinzas de 1975, em Varge, Grijó da Parada, Bemposta, Pondence, Rio de Onor e Bragança, o filme é exibido na segunda-feira, às 21:30, na sala Félix Ribeiro da Cinemateca Portuguesa, com a presença da gestora cultural Luísa Soares de Oliveira.

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A apresentação do filme documental de Noémia Delgada, no âmbito do Festival Internacional de Marionetas e Formas Animadas (FIMFA-Lx16), justifica-se por refletir a relação "entre a arte da marioneta e artistas de várias áreas, ou a relação entre a marioneta e o cinema", refere em comunicado a Cinemateca Portuguesa , citada pela Agência Lusa.

Nascida em Angola, Noémia Delgado foi com um ano para Moçambique onde viveu a infância e a adolescência, e chegou a Portugal em 1955. Casou-se dois anos depois com o poeta Alexandre O’Neill (1924-1986). Como realizadora, a sua obra mais conhecida é Máscaras, de 1976, inspirada nos trabalhos etnográficos de Benjamim Pereira.

Realizou cerca de 20 filmes, entre os quais «Mafra, o barroco europeu», «O Canto da sereia, «Walpurgis» e «A estranha morte do professor Antena».

Na televisão, assinou, entre outras, as séries «Palavras herdadas», «TV artistas», «Arte Nova e Deco no norte de Portugal» e «O trabalho do ouro e da prata no norte».

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