"más notícias me dás", poema de Carlos d'Abreu

[vc_row][vc_column width="1/2"][vc_column_text]"más notícias me dás"

más notícias me dás da nossa loisa
de trancoso e do nordeste e do país

triste tempo

terão ardido os alcornoques e os pinhos
por ti      por mim      por nós plantados

amarga constatação

ainda se ao menos o fogo
resultasse do combate
entre os tiranos e o nosso povo…

lapso de tempo

natureza atenta
ecologia do lume
parição da terra

hora serôdia

mas das ruas dos campos e dos montes
a multidão perscruta e decide alvoroçada
romper o fumo              e AVANÇAR

Carlos d'Abreu[/vc_column_text][/vc_column][vc_column width="1/2"][zoomsounds_player source="https://ia801509.us.archive.org/23/items/podcastpoemario-25masnoticiasmedas/Podcastpoem%C3%A1rio%2325masnoticiasmedas.mp3" type="detect" config="sample--skin-wave-with-multisharer-button-and-embed" artistname="``más notícias me dás``" songname="Poemário de Carlos d'Abreu" enable_likes="on" enable_download_button="on" wrapper_image="2487" wrapper_image_type="zoomsounds-wrapper-bg-center" play_target="footer"][/zoomsounds_player][vc_btn title="OUVIR MAIS DO PODCAST POEMÁRIO | Rubrica de Carlos d'Abreu" size="sm" align="left" i_type="openiconic" i_icon_openiconic="vc-oi vc-oi-headphones" button_block="true" add_icon="true" link="url:https%3A%2F%2Fnoticiasdonordeste.pt%2Fpoemario%2F|||"][vc_column_text]“más notícias me dás”, integra o livro de poesia “[des(en)]cantos e (alguns) gritos“, de Carlos d’Abreu, editado em 2017 sob a chancela da editora Lema d’Origem.

A narratividade dos poemas, associada ao tom coloquial, constitui outro traço distintivo da poética do autor. Muitos dos carmes, em todos os andamentos, evocam as narrativas mágicas e imemoráveis que vão passando de geração em geração. Esta narratividade, coadjuvada pelo ritmo rápido e cadenciado da quadra, predetermina a atenção do leitor para a reflexão e a procura de ‘novos sentidos e possibilidades’”.

Do prólogo de Norberto Veiga[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

naufragar em teu corpo

[vc_row][vc_column width="1/2"][vc_column_text]naufragar em teu corpo

no meu navegar à vista
rio acima entre montanhas
após o meandro da dobra
enxergo ao longe o páramo

(não obstante a névoa)

e se não avisto já o pélago
diviso pelo menos a entrada
algo escura e viscosa do abrigo
a que o eflúvio me conduz

transporei o remoinho
naufragarei em teu corpo
deixar-me-ei engolir uma
e muitas vezes com o ímpeto
da maré invadindo a praia

como o ir e vir do mar
aparentemente furibundo

e sem queixumes deixar-me-ei
pelas vagas tuas agigantar
contribuindo apenas para quebrar
a quietude do teu corpo
até então adormecido

Carlos d'Abreu[/vc_column_text][/vc_column][vc_column width="1/2"][zoomsounds_player source="https://ia601500.us.archive.org/21/items/prod-podcast-poemario-17uce/ProdPodcast%20Poem%C3%A1rio%2317uce.mp3" type="detect" config="sample--skin-wave-with-multisharer-button-and-embed" artistname="naufragar em teu corpo" songname="Poemário de Carlos d'Abreu" enable_likes="on" enable_download_button="on" wrapper_image="2487" wrapper_image_type="zoomsounds-wrapper-bg-center" play_target="footer"][/zoomsounds_player][vc_btn title="OUVIR MAIS DO PODCAST POEMÁRIO | Rubrica de Carlos d'Abreu" size="sm" align="right" i_type="openiconic" i_icon_openiconic="vc-oi vc-oi-headphones" button_block="true" add_icon="true" link="url:https%3A%2F%2Fnoticiasdonordeste.pt%2Fpoemario%2F|||"][vc_column_text]“naufragar em teu corpo”, integra o livro de poesia “[des(en)]cantos e (alguns) gritos“, de Carlos d’Abreu, editado em 2017 sob a chancela da editora Lema d’Origem.

A narratividade dos poemas, associada ao tom coloquial, constitui outro traço distintivo da poética do autor. Muitos dos carmes, em todos os andamentos, evocam as narrativas mágicas e imemoráveis que vão passando de geração em geração. Esta narratividade, coadjuvada pelo ritmo rápido e cadenciado da quadra, predetermina a atenção do leitor para a reflexão e a procura de ‘novos sentidos e possibilidades’”.

Do prólogo de Norberto Veiga[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

"Ah, vã glória...", poema de Carlos d'Abreu

[vc_row][vc_column width="1/2"][vc_column_text]Ah, vã glória...

Já lhe não basta
o nome do civil
para se afirmar
e parecer ainda mais vil

precisa ter casta
por isso o adjectiva
qualifica e determina
se viscondessa ou barão
malata ou cabrão
mas isso é passado!

O homem moderno
porque inovador
criou novas rimas:

Presidente,           Doutor
Engenheiro,         Administrador
Comandante,       Director
Chefe e                   (sub-repticiamente) Ditador

Mas nunca olvidar               do EX.MO SENHOR!
............................[por vezes ainda Comendador]

Carlos d'Abreu[/vc_column_text][/vc_column][vc_column width="1/2"][zoomsounds_player source="https://ia601508.us.archive.org/3/items/podcast-poemario-15/Podcast%20Poem%C3%A1rio%2315.mp3" type="detect" config="sample--skin-wave-with-multisharer-button-and-embed" artistname="Ah, vã glória..." songname="Poemário de Carlos d'Abreu" enable_likes="on" enable_download_button="on" wrapper_image="2487" wrapper_image_type="zoomsounds-wrapper-bg-center" play_target="footer"][/zoomsounds_player][vc_btn title="OUVIR MAIS DO PODCAST POEMÁRIO DE CARLOS D'ABREU" size="sm" align="center" i_type="openiconic" i_icon_openiconic="vc-oi vc-oi-headphones" button_block="true" add_icon="true" link="url:https%3A%2F%2Fnoticiasdonordeste.pt%2Fpoemario%2F|||"][vc_column_text]“Ah, vã glória...”, integra o livro de poesia “[des(en)]cantos e (alguns) gritos“, de Carlos d’Abreu, editado em 2017 sob a chancela da editora Lema d’Origem. Um poema em lembrança da passagem do comboio no sítio de Vale de Ferreiros.

A narratividade dos poemas, associada ao tom coloquial, constitui outro traço distintivo da poética do autor. Muitos dos carmes, em todos os andamentos, evocam as narrativas mágicas e imemoráveis que vão passando de geração em geração. Esta narratividade, coadjuvada pelo ritmo rápido e cadenciado da quadra, predetermina a atenção do leitor para a reflexão e a procura de ‘novos sentidos e possibilidades’”.

Do prólogo de Norberto Veiga[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

“Lá em cima” promove turismo no Porto e Norte de Portugal

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1594283236129{margin-bottom: 150px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""]

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[/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1594283219232{margin-left: 25px !important;}"]

A Entidade Regional do Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP) e a Associação de Turismo do Porto (ATP) lançaram ontem, dia 8 de julho, com a presença da Secretária de Estado do Turismo, uma campanha de promoção da região do Porto e Norte de Portugal e que tem como destinatários, numa primeira fase, os turistas nacionais.

“Lá em cima” é o lema desta campanha que pretende levar os portugueses a redescobrir o que de melhor o território tem para oferecer no Porto, no Minho, no Douro e em Trás-os-Montes.

O storytelling que arranca com o claim “Lá em Cima” leva-nos a uma viagem emocional, que percorre os principais valores do Norte. Enaltece-se a experiência ao indicar que os sabores, as sensações, as ondas, o silêncio e tantas outras emoções racionais estão lá em cima, no topo!

Os objetivos passam por potenciar o Porto e Norte como destino turístico entre os portugueses, potenciar o consumo turístico do destino, descobrir insights a ativar no futuro e conhecer o perfil do turista que visita a região.

A campanha vai incidir, numa primeira fase, no mercado interno, procurando potenciar o destino junto dos turistas nacionais, apresentando ofertas em áreas como as ‘City & Short Breaks’, o ‘Turismo de Gastronomia e Vinhos’, de ‘Natureza’, ou de ‘Saúde e Bem Estar’, o ‘Religioso’, o ‘Cultural e Paisagístico’, ou o ‘Turismo Náutico’, entre outros.

Apresentando como atrativo adicional, e muito valorizado pelos turistas perante a pandemia da COVID-19, o facto de a região do Porto e Norte ser aquela que tem mais selos Clean & Safe atribuídos aos empreendimentos turísticos e aos estabelecimentos de restauração. Para atrair os turistas nacionais a campanha será multimeios, que conta com um vídeo longo e outros de versões mais curtas. Tendo uma forte aposta no digital com micro segmentação configurada pelas características do próprio destino e research prévio. Serão os insights que vão permitir desenvolver os temas mais eficazes, segmentados por regiões, serviços ou experiências personalizadas, de acordo com diferentes critérios.

Destaca-se a página onortelaemcima.pt [icon name="external-link" class="" unprefixed_class=""] onde os utilizadores podem entrar em contacto com um live chat para receberem, em tempo real e de forma personalizada, sugestões sobre o seu destino ou atividades, e inclusive reservar experiências turísticas no destino.

O Porto e Norte têm uma gastronomia única, locais de excelência e paisagens arrebatadoras que merecem ser conhecidas pelos portugueses”, refere Luís Pedro Martins, presidente da TPNP. Para este responsável, “depois de um tempo de confinamento e numa altura em que ainda existem muitas restrições às viagens internacionais, este é o momento para os portugueses partirem à descoberta do que de melhor o nosso país tem para desfrutar”.

Ricardo Valente, presidente da ATP, recorda que “a região é muito mais do que o Porto e o Douro. Há locais deslumbrantes para visitar no Minho ou em Trás-os-Montes, praias de excelência distinguidas pela Associação Bandeira Azul da Europa. Destinos a duas, três horas de viagem, com a excelência do bem receber das gentes do Norte e a essência do seu dedo mágico na gastronomia”.

A aposta seguinte desta campanha de promoção, que vai assentar em suportes digitais para assim chegar a mais públicos, passa pela atração do mercado espanhol. “Temos um mercado enorme mesmo aqui ao lado, num país que ainda está a sofrer muito com a pandemia de COVID-19, e que pode ter em Portugal um destino privilegiado”, salienta Ricardo Valente.

Luís Pedro Martins acrescenta ainda que a aposta no mercado espanhol é uma “opção natural e irá continuar a aproveitar as sinergias e os laços já existentes com a Galiza e Castela e Leão”. “Temos destinos que já são muito procurados pelos turistas dos dois lados da fronteira, só temos de aproveitar estas mais-valias para apresentar a quem coloca o nosso País na lista de opções para viajar nestas férias”, frisa o presidente da TPNP.

Numa terceira fase, e com a crescente reposição das ligações áreas e da abertura das fronteiras na Europa, a TPNP e a ATP pretendem apostar na promoção internacional da região que tinha no Brasil, EUA, Alemanha e Reino Unido, além de Espanha, alguns dos principais mercados emissores de turistas, bem como alguns mercados asiáticos que chegavam à região através das rotas da Emirates.

Com esta aposta, aliada ao trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pela TPNP e pela ATP, Luís Pedro Martins e Ricardo Valente estão convictos que será possível recuperar algumas das avultadas perdas sofridas pelo Turismo no primeiro semestre deste ano.

Não sendo possível inverter as perdas estimadas para 2020 perante o cenário de crise sanitária, estamos, no entanto, convictos que com esta campanha de promoção será possível atenuar as perdas”, explicam os referidos responsáveis.

[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Canastreiro, uma profissão em desaparecimento

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css="" custom-css-class="" custom-id=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1594202635629{margin-left: 25px !important;}"]A obra começa com o corte. Escolher a madeira é um ato de pormenor que só o canastreiro sabe fazer. Entre as touças de castanho escolhe os melhores paus que logo de seguida haverão de crestar levemente numa fogueira branda.

Depois vem o rachar da madeira para emparelhar as cavacas que darão forma à canastra. As operações não são simples, necessitam de alguma mestria e uma mão certeira que só se consegue com a experiência feita pelo acumulo dos anos.

Sentado no seu cavalete o canastreiro apara a última cavaca. É agora a altura de começar a tecer. No chão, sobre uma tábua, dispõe 5 cavacas ao comprido e 6, 7 ou 8 perpendicularmente. No topo uma fina corda amarra o conjunto e a obra, a pouco e pouco, começa a nascer.

Um video produzido pelo Museu da Memória Rural [icon name="external-link" class="" unprefixed_class=""][/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Poema "Cemitério de Cidade" de Celso Emilio Ferreiro

[vc_row][vc_column width="1/2"][vc_column_text]Celso Emilio Ferreiro (1912-1979)

Celso Emilio Ferreiro foi um escritor galego. Era de família remediada, camponesa e galeguista. Aos 22 anos, em 1934, fundou com José Velo Mosquera a Federação de Mocedades Galeguistas.
Quando estalou a guerra Celso Emílio foi obrigado a entrar no exército franquista. Esteve condenado a morte e, nas quatro noites que passou no cárcere até a família conseguir o indulto, escreveu o poema “Longa noite de pedra“, núcleo central do livro do mesmo título.[/vc_column_text][/vc_column][vc_column width="1/2"][zoomsounds_player source="https://ia601408.us.archive.org/24/items/podcast-poemario-27/Podcast%20Poem%C3%A1rio%2327.mp3" type="detect" config="sample--skin-wave-with-multisharer-button-and-embed" artistname="``Cemitério de Cidade``" songname="Poemário de Carlos d'Abreu" enable_likes="on" enable_download_button="on" wrapper_image="2487" wrapper_image_type="zoomsounds-wrapper-bg-center" play_target="footer"][/zoomsounds_player][vc_btn title="OUVIR MAIS DO PODCAST POEMÁRIO" size="sm" align="center" link="url:https%3A%2F%2Fnoticiasdonordeste.pt%2Fpoemario%2F|||"][/vc_column][/vc_row]

"Vale de Ferreiros", poema de Carlos d'Abreu

[vc_row][vc_column width="1/2"][vc_column_text]Vale de Ferreiros

Pou ca–te rra pou ca–te rra
Puii-puiiiiiii
Quem assim ronceiro andava
e rouco silvava
cansado vinha.

Olhei pró Cabeço da Mua
e quase fumo não vi
da velhinha locomotiva.

De alegre brilho metálico
passara a encardido tição.

O minério que a trouxera,
era agora impuro em demasia
e quem a exigira         já partira.

Nela de gente apenas
o maquinista e o fogueiro
e de carga adubo pouco.
P’ra baixo mais ninguém traria
e de grão já pouco havia.

Tinha os dias contados,
pois de “viação acelerada”
passara a lenta e criminosa
no dizer dos mercenários:
pirómana, pirómana! (– apontavam)

Carlos d'Abreu[/vc_column_text][/vc_column][vc_column width="1/2"][zoomsounds_player source="https://ia601503.us.archive.org/32/items/podcast-poemario-006_202006/%23PodcastPoem%C3%A1rio006.mp3" type="detect" config="sample--skin-wave-with-multisharer-button-and-embed" artistname="``Vale de Ferreiros``, poema de Carlos d'Abreu" songname="Poemário de Carlos d'Abreu" enable_likes="on" wrapper_image="2487" wrapper_image_type="zoomsounds-wrapper-bg-center" play_target="footer"][/zoomsounds_player][vc_btn title="OUVIR MAIS DO PODCAST POEMÁRIO" size="sm" align="center" i_type="openiconic" i_icon_openiconic="vc-oi vc-oi-headphones" add_icon="true" link="url:https%3A%2F%2Fnoticiasdonordeste.pt%2Fpoemario%2F|||"][vc_column_text]“Vale de Ferreiros”, integra o livro de poesia “[des(en)]cantos e (alguns) gritos“, de Carlos d’Abreu, editado em 2017 sob a chancela da editora Lema d’Origem. Um poema em lembrança da passagem do comboio no sítio de Vale de Ferreiros.

A narratividade dos poemas, associada ao tom coloquial, constitui outro traço distintivo da poética do autor. Muitos dos carmes, em todos os andamentos, evocam as narrativas mágicas e imemoráveis que vão passando de geração em geração. Esta narratividade, coadjuvada pelo ritmo rápido e cadenciado da quadra, predetermina a atenção do leitor para a reflexão e a procura de ‘novos sentidos e possibilidades’”.

Do prólogo de Norberto Veiga[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

"As pessoas curvas", poema de Jesús Lizano

[vc_row][vc_column width="1/2"][vc_column_text]As pessoas curvas

A minha mãe dizia: eu gosto
das pessoas rectas.


Pois eu gosto das pessoas curvas,
das ideias curvas,
dos caminhos curvos,
porque o mundo é curvo
e a terra é curva
e o movimento é curvo;
e gosto das curvas
e dos peitos curvos
e dos cus curvos,
dos sentimentos curvos;
a embriaguez: é curva;
as palavras curvas;
o amor é curvo;
o ventre é curvo!
o diverso é curvo.

Eu gosto dos mundos curvos;
o mar é curvo,
o riso é curvo,
a alegria é curva,
a dor é curva;
as uvas: curvas;
as laranjas: curvas;
os lábios: curvos;
e os sonhos: curvos;
os paraísos: curvos
(não há outros paraísos);
eu gosto da anarquia curva.

O dia é curvo
e a noite é curva;
a aventura é curva!
E não gosto das pessoas rectas,
do mundo recto,
das ideias rectas;
eu gosto das mãos curvas,
dos poemas curvos,
das horas curvas:
contemplar é curvo!
(nas que podes contemplar as curvas
e conhecer a terra);
os instrumentos curvos,
não as facas, não as leis:
não gosto das leis porque são rectas,
não gosto das coisas rectas,
os suspiros: curvos;
os beijos: curvos;
as carícias: curvas.

E a paciência é curva.

O pão é curvo
e a metralha recta.

Não gosto das coisas rectas
nem da linha recta:
perdem-se
todas as linhas rectas;
não gosto da morte porque é recta,
é a coisa mais recta, a mais escondida
por trás das coisas rectas;
nem dos professores rectos
nem das professoras rectas:
eu gosto dos professores curvos,
das professoras curvas.

Não dos deuses rectos:
livrem-nos os deuses curvos dos deuses rectos!
O banho é curvo,
a verdade é curva,
eu não resisto às verdades rectas.
Viver é curvo,
a poesia é curva,
o coração é curvo.

Eu gosto das pessoas curvas
e fujo, por serem peste, das pessoas rectas.

Jesús Lizano[/vc_column_text][/vc_column][vc_column width="1/2"][zoomsounds_player source="https://ia601505.us.archive.org/26/items/podcast-poemario-29/podcast%20Poem%C3%A1rio%2329.mp3" type="detect" config="sample--skin-wave-with-multisharer-button-and-embed" artistname="``As pessoas curvas``, poema de Jesús Lizano" songname="Poemário de Carlos d'Abreu" enable_likes="on" enable_download_button="on" wrapper_image="2487" wrapper_image_type="zoomsounds-wrapper-bg-center" play_target="footer"][/zoomsounds_player][vc_btn title="OUVIR MAIS DO PODCAST POEMÁRIO" size="sm" align="center" i_type="openiconic" i_icon_openiconic="vc-oi vc-oi-headphones" add_icon="true" link="url:https%3A%2F%2Fnoticiasdonordeste.pt%2Fpoemario%2F|||"][vc_column_text css=".vc_custom_1592649675097{margin-bottom: 200px !important;}"]




Jesús Lizano foi um poeta e um pensador libertário espanhol, ligado ao movimento anarquista. Defendeu o Misticismo Libertário que concebia a evolução a partir do mundo selvagem, onde convergem todos os animais excepto a espécie humana, que agora está estagnada no mundo político real, a caminho do mundo real poético .

Estudou filosofia e leccionou, onde foi alcunhado “Antiseñor Lizano” por garantir a aprovação de todos os alunos. Publicou periodicamente “A coluna poética e o poço político” na revista libertária Polémica publicada em Barcelona. Escreveu em jornais.A Sua poesia era oral, o que o levou a participar em numerosos recitais participativos e apaixonados, dos quais existem alguns testemunhos em vídeo que ele editou.

“…exemplo de luta em defesa da humanidade
e de todas aquelas causas justas às quais dedicou a vida… que a sua figura e a sua obra de luta social a favor dos desiguais seja seguida e recordada por muito tempo…”









[/vc_column_text]

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[/vc_column][/vc_row]

"Solidão" poema de Carlos d'Abreu

[vc_row][vc_column width="1/2"][vc_column_text]"Solidão"

Solidão Ão ão
Ladro a esta companheira
e faço-o por antecipação
mesmo sabendo que cairei na ratoeira
para a qual ela de supetão me empurrará

O ardil é a escrita, não digo poesia,
digo escrita, em geral descrita
como fatalidade, como resignação

A escrita são palavras,
umas chochas outras gradas,
manifestações verbais que entretêm o solitário
é exercício que anestesia
e ameniza a ocasião escura e fria

Não haverá compenetração
sem retiro ou mesmo clausura,
apenas apócrifa e erma vastidão

Ladro à solidão merencória e pesarosa
mas procuro o momento, a sós, inspirador
À outra digo: Não!

E com ela embarco e retomo a busca
incessante, esgotante, castradora
esperando mais um naufrágio…

Mas enquanto e não
ladro também ao vento
ão ão ão
pode ser que ouça lamento
de canita à deriva como eu

Carlos d'Abreu[/vc_column_text][/vc_column][vc_column width="1/2"][zoomsounds_player source="https://ia601402.us.archive.org/14/items/podcast-poemario-14/Podcast%20Poem%C3%A1rio%2314.mp3" type="detect" config="sample--skin-wave-with-multisharer-button-and-embed" artistname="``Solidão``" songname="Poemário de Carlos d'Abreu" enable_likes="on" enable_download_button="on" wrapper_image="2487" wrapper_image_type="zoomsounds-wrapper-bg-center" play_target="footer"][/zoomsounds_player][vc_btn title="OUVIR MAIS DO PODCAST POEMÁRIO" size="sm" align="center" link="url:https%3A%2F%2Fnoticiasdonordeste.pt%2Fpoemario%2F|||"][vc_column_text]“Solidão”, integra o livro de poesia “[des(en)]cantos e (alguns) gritos“, de Carlos d’Abreu, editado em 2017 sob a chancela da editora Lema d’Origem.

A narratividade dos poemas, associada ao tom coloquial, constitui outro traço distintivo da poética do autor. Muitos dos carmes, em todos os andamentos, evocam as narrativas mágicas e imemoráveis que vão passando de geração em geração. Esta narratividade, coadjuvada pelo ritmo rápido e cadenciado da quadra, predetermina a atenção do leitor para a reflexão e a procura de ‘novos sentidos e possibilidades’”.

Do prólogo de Norberto Veiga

[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

"À Tecedeira", poema de Carlos d'Abreu

[vc_row][vc_column width="1/2"][vc_column_text]À Tecedeira

Revela-me ó tecedeira
como urdes com versos de malha
nesse mágico e sóbrio apresto
o poema-manta que me agasalha

Eu só o fio do poema conheço

Esguia e veloz lançadeira
barcarola-canela de linhas
que roça fricciona insinua
em mão esbelta da tecedeira
qual surfista navegante

vem depois o pente e mistura
a textura do instante

Eu só entrelaçar versos sou capaz

Vai e vem           leva e traz
fios linhas cores ideias
lenços telas e tafetás
e muitas e muitas teias

Eu só tecer poemas sei

Enquanto tu ó tecedeira
após cardar fiar e dobar
teces mantilha-floreira
xaile-manta        amictório
com que me hás-de velar

Carlos d'Abreu[/vc_column_text][/vc_column][vc_column width="1/2"][zoomsounds_player source="https://ia601408.us.archive.org/10/items/podcast-poemario-30/Podcast%20Poem%C3%A1rio%2330.mp3" type="detect" config="sample--skin-wave-with-multisharer-button-and-embed" artistname="``À Tecedeira``" songname="Poemário de Carlos d'Abreu" enable_likes="on" enable_download_button="on" wrapper_image="2487" wrapper_image_type="zoomsounds-wrapper-bg-center" play_target="footer"]https://ia601408.us.archive.org/10/items/podcast-poemario-30/Podcast%20Poem%C3%A1rio%2330.mp3[/zoomsounds_player][vc_btn title="OUVIR MAIS DO PODCAST POEMÁRIO" size="sm" align="center" i_type="openiconic" i_icon_openiconic="vc-oi vc-oi-headphones" add_icon="true" link="url:https%3A%2F%2Fnoticiasdonordeste.pt%2Fpoemario%2F|||"][vc_column_text]“Rostos Transmontanos”, integra o livro de poesia “[des(en)]cantos e (alguns) gritos”, de Carlos d’Abreu, editado em 2017 sob a chancela da editora Lema d’Origem.

No poema “À Tecedeira”, que, de imediato, reenvia a memória do leitor para a Odisseia, de Homero, e para o episódio da rainha Penélope, o autor apresenta o seu modus faciendi, isto é, a sua arte poética. O escritor, empregando metáforas que associam a poesia às artes do tear e do bordado, compara o texto/poema a um “poema- -manta”, realçando os significados de “tecer, entrelaçar os fios” que escoram a etimologia do vocábulo texto. O labor poético entrelaça vogais, consoantes, sons, palavras e ritmos para formar o texto, ou o “poema-manta”. Esta composição patenteia, ainda, a dificuldade
do trabalho poético, que é comparado ao labor doméstico, ou seja, à renda e ao tear, atividades que exigem muita atenção e concentração. Nota-se, ainda, uma gradação ascendente desse processo, prefigurada nos versos “eu só o fio do poema conheço” (v. 5), “eu só entrelaçar versos sou capaz” (v. 13) e, por fim, “eu só tecer poemas sei” (v. 18). Em suma, enquanto a Tecedeira/Penélope entrelaça.

[Do prólogo de Norberto Veiga][/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

"Mamíferos", poema de Jesús Lizano

[vc_row][vc_column width="1/2"][vc_column_text]Mamíferos

Eu vejo mamíferos.
Mamíferos com nomes estranhíssimos.
Esqueceram-se que são mamíferos
e creem-se bispos, canalizadores,
leiteiros, deputados. Deputados?
Eu vejo mamíferos.

Polícias, médicos, porteiros,
professores, alfaiates, cantautores.
Cantautores?
Eu vejo mamíferos…

Presidentes, criados, escriturários, mestres d’obra,
Mestres d’obra!
Como pode crer-se mestre d’obra um mamífero?
Membros, sim, membros, creem-se membros
do comité central, da ordem dos médicos…
académicos, reis, coronéis.
Eu vejo mamíferos.

Actrizes, putas, assistentes, secretárias,
directoras, lésbicas, puericultoras…
Na verdade, eu vejo mamíferos.
Ninguém vê mamíferos,
ninguém, ao que parece, se lembra que é mamífero.
Serei eu o último mamífero?
Democratas, comunistas, xadrezistas,
jornalistas, soldados, camponeses.
Eu vejo mamíferos.

Marqueses, executivos, sócios,
italianos, ingleses, catalães.
Catalães?
Eu vejo mamíferos.

Cristãos, muçulmanos, coptas,
inspectores, técnicos, beneditinos,
empresários, caixeiros, cosmonautas…
Eu vejo mamíferos.

Jesús Lizano[/vc_column_text][/vc_column][vc_column width="1/2"][zoomsounds_player source="https://ia601400.us.archive.org/32/items/poemarioparamamiferos/poemarioparamamiferos.mp3" type="detect" config="sample--skin-wave-with-multisharer-button-and-embed" artistname="``Mamíferos``" songname="Poemário de Carlos d'Abreu" enable_likes="on" enable_download_button="on" wrapper_image="2487" wrapper_image_type="zoomsounds-wrapper-bg-center" play_target="footer"][/zoomsounds_player][vc_btn title="OUVIR MAIS DO PODCAST POEMÁRIO" size="sm" align="center" i_type="openiconic" i_icon_openiconic="vc-oi vc-oi-headphones" add_icon="true" link="url:https%3A%2F%2Fnoticiasdonordeste.pt%2Fpoemario%2F|||"][vc_column_text]Jesús Lizano foi um poeta e um pensador libertário espanhol, ligado ao movimento anarquista. Defendeu o Misticismo Libertário que concebia a evolução a partir do mundo selvagem, onde convergem todos os animais excepto a espécie humana, que agora está estagnada no mundo político real, a caminho do mundo real poético .

Estudou filosofia e leccionou, onde foi alcunhado “Antiseñor Lizano” por garantir a aprovação de todos os alunos. Publicou periodicamente “A coluna poética e o poço político” na revista libertária Polémica publicada em Barcelona. Escreveu em jornais.A Sua poesia era oral, o que o levou a participar em numerosos recitais participativos e apaixonados, dos quais existem alguns testemunhos em vídeo que ele editou.

“…exemplo de luta em defesa da humanidade
e de todas aquelas causas justas às quais dedicou a vida… que a sua figura e a sua obra de luta social a favor dos desiguais seja seguida e recordada por muito tempo…”[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

"Fazer telha", um video produzido pelo Museu da Memória Rural

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css="" custom-css-class="" custom-id=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text]“Fazer Telha” é um trabalho videográfico realizado e montado pelo Museu da Memória Rural de Carrazeda de Ansiães [icon name="university" class="" unprefixed_class=""], aquando da inauguração de um núcleo museológico destinado a preservar a memória da construção de telha artesanal, actividade tão característica desta vila duriense entre finais do séc.XIX e meados do séc. XX.


Na primeira metade do séc. XX, a zona situada entre a aldeia de Luzelos e as portas da vila de Carrazeda de Ansiães chegou a concentrar sete unidades artesanais de fabrico de telha tradicional. Foi uma atividade que marcou a história do trabalho destas duas localidades, ficando a lembrança desse passado agora imortalizada no projeto de musealização de uma das telheiras que conseguiu sobreviver ao processo de abandono desta antiga actividade, abandono esse que ocorreu com o desenvolvimento tecnológico das últimas cinco décadas.


Este vídeo é a tentativa de reconstrução de todo esse ancestral processo, sendo que todos os dados que permitiram a montagem desta reconstituição foi baseado num trabalho preliminar de recolha das memórias de quem participou neste duro trabalho.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

"Rostos Transmontanos", poema de Carlos d'Abreu

[vc_row][vc_column width="1/2"][vc_column_text]Rostos Transmontanos

São rostos que não deixam ninguém indiferente
são o rosto de uma região inteira.
Contêm toda a Geografia Transmontana,
revelada pelos sulcos neles impressos
durante a passagem do khrónos.
Tempo e telurismo, juntos.
Solo e clima agrestes.
Ladeiras, fragas e arroios.
Moroiços, socalcos, cepas, oliveiras e amendoeiras.
Janeiros geadeiros e canículas estivais.
As leiras.
Afinal daimosos porque dobrados pela vontade
inquebrantável de sobreviver no território
que lhes calhou para viverem.
São retratos, são gente,
gente que povoa um território que se despovoa.
São metáforas.
Mensagens de canseira, de solidão,
de sofrimento, de mágoa, de privações,
de sobrevivência, por vezes de resignação.
Mas também os há, de confiança, de grandeza,
de fé e até esplendor.
Todos dignos.
Este conjunto de telas é um registo in extremis
de um corpo extenuado, que definha
porque o seu sangue embarca todos os dias.
Já não é só o vinho que desce o Douro,
é também quem plantou as cepas.

Carlos d'Abreu
"Rostos transmontanos", entrevista a Paulo Patoleia [icon name="video-camera" class="" unprefixed_class=""] 

[/vc_column_text][/vc_column][vc_column width="1/2"][zoomsounds_player source="https://ia601502.us.archive.org/35/items/podcast-poemario-23/Podcast%20Poem%C3%A1rio%2323.mp3" type="detect" config="sample--skin-wave-with-multisharer-button-and-embed" artistname="``Rostos Transmontanos``" songname="Poemário de Carlos d'Abreu" enable_likes="on" enable_download_button="on" wrapper_image="2489" wrapper_image_type="zoomsounds-wrapper-bg-center" play_target="footer"][/zoomsounds_player][vc_btn title="OUVIR MAIS DO PODCAST POEMÁRIO" size="sm" align="center" i_type="openiconic" i_icon_openiconic="vc-oi vc-oi-headphones" add_icon="true" link="url:https%3A%2F%2Fnoticiasdonordeste.pt%2Fpoemario%2F|||"][vc_column_text]“Rostos Transmontanos”, integra o livro de poesia “[des(en)]cantos e (alguns) gritos", de Carlos d’Abreu, editado em 2017 sob a chancela da editora Lema d’Origem.

“A narratividade dos poemas, associada ao tom coloquial, constitui outro traço distintivo da poética do autor. Muitos dos carmes, em todos os andamentos, evocam as narrativas mágicas e imemoráveis que vão passando de geração em geração. Esta narratividade, coadjuvada pelo ritmo rápido e cadenciado da quadra, predetermina a atenção do leitor para a reflexão e a procura de ‘novos sentidos e possibilidades’”.

Do prólogo de Norberto Veiga

[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

"Futuro Suspenso" é o novo tema do músico brigantino MK Nocivo

[vc_row][vc_column width="1/2"][vc_column_text]MK Nocivo, compositor e intérprete de temas Hip Hop,  natural da cidade de Bragança, lançou o seu último projecto musical intitulado "Futuro Suspenso".

Neste trabalho o artista brigantino aborda o tema do momento, o COVID19, o estado da nação e do mundo através da perspectiva de um artista transmontano, emigrado em Paris, confinado em casa, em isolamento social mas nunca impedido de se exprimir e entregar a sua perspectiva realista, directa e interventiva como tem vindo a habituar o seu público.[/vc_column_text][/vc_column][vc_column width="1/2"][zoomsounds_player source="https://ia801401.us.archive.org/18/items/mk-nocivo-futuro-suspenso-prod.-ihaksi/MK%20Nocivo%20-%20Futuro%20Suspenso%20%28Prod.%20Ihaksi%29.mp3" type="detect" config="sample--skin-wave-with-multisharer-button-and-embed" artistname="MK Nocivo" songname="Futuro Suspenso" enable_likes="on" wrapper_image="5322" wrapper_image_type="zoomsounds-wrapper-bg-center" play_target="footer"][/zoomsounds_player][vc_btn title="Ver video promocional" size="xs" align="left" i_align="right" i_icon_fontawesome="fab fa-youtube" add_icon="true" link="url:https%3A%2F%2Fwww.youtube.com%2Fwatch%3Fv%3DGFv7VUQvojs|||" css=".vc_custom_1587898350639{margin-top: -15px !important;}"][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column width="1/4"][vc_single_image image="5330" img_size="500x749" add_caption="yes" css=".vc_custom_1587898462902{margin-top: -10px !important;}"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1587896760905{margin-top: 30px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1587898454390{margin-top: -10px !important;margin-left: 15px !important;}"]A música também recebe um suporte visual, com imagens capturadas apenas com um telemóvel, dentro de quatro paredes em confinamento.

Este trabalho foi lançado sexta-feira, dia 24 de abril, e está a ter uma óptima aceitação e feedback da parte do público, tendo sido já o artista entrevistado pela RTP, jornais de Portugal e França e diversas rádios onde o single também já se encontra em rotação.

MK Nocivo é natural de Bragança. Despertado pelo Hip Hop em 1998, depois de ouvir o clássico "It’s Like That" dos RUN DMC. Rapper e produtor é considerado um artista diferente, "A Excepção À Regra" é como o próprio se define, seguindo uma linha maioritariamente interventiva e incisiva, apresentando também uma versatilidade e adaptação a diferentes estilos musicais que não deixa ninguém indiferente.

Foi vencedor do Rock Rendez Worten 2008 e finalista do concurso de bandas Sumol Summer Fest, em 2014. No ano seguinte sagrou-se vencedor do NOS Live Act, tendo marcado presença no cartaz do NOS Alive. Foi também homenageado e nomeado Sócio Honorário pelos Bombeiros Portugueses pelo tema "Soldado da Paz".

Em termos de discografia, conta com dois álbuns e 5 mixtapes, além de várias participações em projectos nacionais e internacionais, tendo tido o prazer de apresentar os mesmos um pouco por todo o território nacional, Espanha, França, Suiça e Luxemburgo.

É um artista de causas, tendo apoiado várias acções de solidariedade e apoio social, como a iniciativa "Ser Humano - Hip-Hop por Uma Causa", a missão "Santa Claus", o "Movimento Vencer e Viver" da Liga Portuguesa Contra o Cancro, iniciativa "Santo Contestável", entre outros.

Actualmente encontra-se a residir em Paris a preparar o seu novo trabalho "RONIN - Samurai Sem Mestre" ainda sem data de lançamento mas já com o primeiro single disponível, o tema "Igual" com a participação de Lu Semedo.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

A liberdade, sim, a liberdade!

[vc_row][vc_column width="2/3"][vc_column_text]A liberdade, sim, a liberdade!

A liberdade, sim, a liberdade!
A verdadeira liberdade!
Pensar sem desejos nem convicções.
Ser dono de si mesmo sem influência de romances!
Existir sem Freud nem aeroplanos,
Sem cabarets, nem na alma, sem velocidades, nem no cansaço!

A liberdade do vagar, do pensamento são, do amor às coisas naturais
A liberdade de amar a moral que é preciso dar à vida!
Como o luar quando as nuvens abrem
A grande liberdade cristã da minha infância que rezava
Estende de repente sobre a terra inteira o seu manto de prata para mim...
A liberdade, a lucidez, o raciocínio coerente,
A noção jurídica da alma dos outros como humana,
A alegria de ter estas coisas, e poder outra vez
Gozar os campos sem referência a coisa nenhuma
E beber água como se fosse todos os vinhos do mundo!

Passos todos passinhos de criança...
Sorriso da velha bondosa...
Apertar da mão do amigo [sério?]...
Que vida que tem sido a minha!
Quanto tempo de espera no apeadeiro!
Quanto viver pintado em impresso da vida!

Ah, tenho uma sede sã. Dêem-me a liberdade,
Dêem-ma no púcaro velho de ao pé do pote
Da casa do campo da minha velha infância...
Eu bebia e ele chiava,
Eu era fresco e ele era fresco,
E como eu não tinha nada que me ralasse, era livre.
Que é do púcaro e da inocência?
Que é de quem eu deveria ter sido?
E salvo este desejo de liberdade e de bem e de ar, que é de mim?

Álvaro de Campos

[/vc_column_text][/vc_column][vc_column width="1/3"][zoomsounds_player source="https://ia601503.us.archive.org/1/items/aliberdade/aliberdade.mp3" type="detect" config="sample--skin-wave-with-multisharer-button-and-embed" artistname="A liberdade, sim, a liberdade!" songname="Poemário de Carlos d'Abreu" enable_likes="on" enable_download_button="on" wrapper_image="2487" wrapper_image_type="zoomsounds-wrapper-bg-bellow" play_target="footer"][/zoomsounds_player][vc_btn title="OUVIR MAIS DO PODCAST POEMÁRIO" size="sm" align="center" link="url:https%3A%2F%2Fnoticiasdonordeste.pt%2Fpoemario%2F|||"][vc_wp_text]Poema de Fernando Pessoa, no pseudónimo de Álvaro de Campos, dito por Carlos d'Ábreu no dia 25 de Abril de 2020. Os créditos do arranjo instrumental Grandola Vila Morena pertencem a António Teixeira.

[/vc_wp_text][/vc_column][/vc_row]

Coisas simples... tempos difíceis

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css="" custom-css-class="" custom-id=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1585931748944{margin-left: 15px !important;}"]Coisas simples, tempos difíceis é um vídeo produzido em plena crise epidémica da Covid-19, pretendendo ser um documento de reflexão sobre a natureza. A simplicidade das coisas que nós temos acesso no dia-a-dia e que quase não valorizamos por ser demasiadamente banal, mas que em tempos difíceis, como o que estamos a atravessar, quase desejamos como se estivéssemos reclusos de anos.

Neste período de confinamento doméstico, em que permanecemos encerrados entre quatro paredes, a natureza lá fora continua o seu percurso normal, alheada do drama que a humanidade atravessa. Ainda mais num tempo de explosão de vida e de reconversão de tudo, como é o tempo da primavera.

Este vídeo transporta essa mensagem de normalidade exterior, dessa normalidade que num futuro muito próximo todos podemos voltar a usufruir, e quem sabe, se calhar apreciar com outros olhos…porque este é um tempo de interregno e tudo voltará ao que era.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Poema “A Sentença” (para una nueva cultura del agua)

[vc_row][vc_column width="1/2"][vc_column_text]É este o primeiro poemário, publicado, de Carlos d’Abreu (abreu@usal.es), raiano do Douro Transmontano (1961), circunstância que o levou ao iberismo (sem estado espanhol), com vivências em Angola (onde teria nascido não fora o início da luta armada anti-colonialista desviar-lhe a rota, mas ainda assim aí voltou e se criou), Brasil e Espanha.

Muito cedo se aproximou da Poesia e nela se foi exercitando, publicando aqui e ali em jornais, revistas e uma ou outra antologia (sendo alguns desses poemas aqui incluídos) sobretudo com o pseudónimo de Álvaro Diz, a que acrescentou “de Mazores” a partir da lei da RATA (que extinguiu a freguesia a que mais pertence).

Libertário por timbre, Geógrafo (USAL), Arqueólogo (UP) e Historiador (UPT) por formação, investigador por vocação (onde os territórios e patrimónios da Ibéria, da Raia e do Durius sobressaem), associativista e cultivador por devoção, amante da Poesia dita e escrita (sem que esta alguma vez o tivesse asseverado). Nunca foi examinado como poeta, aguarda por isso o veredicto da potestade poético-tribunícia.[/vc_column_text][/vc_column][vc_column width="1/2"][zoomsounds_player source="https://ia601404.us.archive.org/4/items/sentencacarlosdabreunn/senten%C3%A7acarlosdabreuNN.mp3" type="detect" config="sample--skin-wave-with-multisharer-button-and-embed" cover="2489" artistname="Poema “A Sentença” (para una nueva cultura del agua)" songname="Poemário de Carlos d'Abreu" wrapper_image="2489" wrapper_image_type="zoomsounds-wrapper-bg-bellow" play_target="footer"][/zoomsounds_player][vc_btn title="OUVIR MAIS DO PODCAST POEMÁRIO" size="sm" align="center" i_type="openiconic" i_icon_openiconic="vc-oi vc-oi-headphones" add_icon="true" css=".vc_custom_1583602619505{margin-top: -15px !important;}" link="url:https%3A%2F%2Fnoticiasdonordeste.pt%2Fpoemario%2F|||"][/vc_column][/vc_row]

Fuga da Estufa, poema de Jesús Lizano dito por Carlos d'Abreu

[vc_row][vc_column width="1/2"][vc_column_text]"Fuga da estufa", poema de Jesús Lizano dito por Carlos d’Abreu. Jesús Lizano foi um poeta e um pensador libertário espanhol, ligado ao movimento anarquista. Defendeu o Misticismo Libertário que concebia a evolução a partir do mundo selvagem, onde convergem todos os animais excepto a espécie humana, que agora está estagnada no mundo político real, a caminho do mundo real poético .

Estudou filosofia e leccionou, onde foi alcunhado "Antiseñor Lizano" por garantir a aprovação de todos os alunos. Publicou periodicamente "A coluna poética e o poço político" na revista libertária Polémica publicada em Barcelona. Escreveu em jornais.A Sua poesia era oral, o que o levou a participar em numerosos recitais participativos e apaixonados, dos quais existem alguns testemunhos em vídeo que ele editou.[/vc_column_text][/vc_column][vc_column width="1/2"][zoomsounds_player source="https://ia801404.us.archive.org/29/items/estufa/estufa.mp3" type="detect" config="sample--skin-wave-with-multisharer-button-and-embed" artistname="Fuga da Estufa" songname="Poema de Jesús Lizano dito por Carlos d’Abreu" wrapper_image="2489" wrapper_image_type="zoomsounds-wrapper-bg-bellow"][/zoomsounds_player][vc_btn title="OUVIR MAIS DO PODCAST POEMÁRIO" size="sm" align="center" i_type="openiconic" i_icon_openiconic="vc-oi vc-oi-headphones" add_icon="true" link="url:https%3A%2F%2Fnoticiasdonordeste.pt%2Fpoemario%2F|||" css=".vc_custom_1583602478221{margin-top: -10px !important;}"][/vc_column][/vc_row]

Entrevista a André Gago

[vc_row][vc_column width="1/2"][vc_column_text]Entrevista de André Gago ao Notícias do Nordeste aquando da sua passagem pelo Centro Cultural de Macedo de Cavaleiros.

Nesta entrevista, o ator fala-nos sobre o teatro, mas também da sua vasta coleção de máscaras que deu orígem a uma exposição itenerante.[/vc_column_text][/vc_column][vc_column width="1/2"][zoomsounds_player source="https://ia902905.us.archive.org/6/items/EntrevistaaAndr__Gago/entrevistaadregago.mp3" type="detect" config="sample--skin-wave-with-multisharer-button-and-embed" cover="2489" artistname="Entrevista" songname="André Gago" wrapper_image="1551" wrapper_image_type="zoomsounds-wrapper-bg-bellow" play_target="footer"][/zoomsounds_player][vc_btn title="OUVIR MAIS ÁUDIO NA SECÇÃO PODCAST" color="black" size="sm" align="center" i_icon_fontawesome="fas fa-headphones-alt" add_icon="true" link="url:https%3A%2F%2Fdescobrir.net%2Fnn%2Fpodcast%2F|||"][/vc_column][/vc_row]

Carrazeda de Ansiães rebentou com o "pai da fartura"

[vc_row][vc_column width="1/2"][vc_column_text]Aoriginalidade e a manutenção dos traços tradicionais do Carnaval de Carrazeda de Ansiães mantêm-se ainda bem vivos entre a população da vila duriense e na terça-feira passada, durante a noite, teve lugar mais uma queima do "pai da fartura".

O rebentamento do "pai da fartura" caracteriza-se fundamentalmente pela sátira social, sendo esta alimentada por um conjunto de quadras que revêem os acontecimentos mais marcantes da actualidade, servindo assim para enterrar o entrudo e colocar fim a um período de excessos e de muita folia.

A iniciativa é da Associação de Zíngaros e da Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães que de ano para ano têm mantido a tradição viva e têm também atraído um cada vez maior número de pessoas até ao largo do pelourinho da localidade, onde é dada a setença ao "pai da fartura".

Este ano o centro histórico da vila foi invadido por largas dezenas de pessoas para assistir à leitura da sentença e conduzir o "pai da fartura" até ao recinto da feira onde foi cumprido o veredito final, o que, inevitavelmente, ditou o seu rebentamento.[/vc_column_text][/vc_column][vc_column width="1/2"][zoomsounds_player source="https://ia600202.us.archive.org/21/items/22223_201602/22223.mp3" type="detect" config="sample--skin-wave-with-multisharer-button-and-embed" artistname="Carrazeda de Ansiães" songname="Carrazeda de Ansiães rebentou com o ``pai da fartura``" wrapper_image="1553" wrapper_image_type="zoomsounds-wrapper-bg-bellow" play_target="footer"][/zoomsounds_player][vc_btn title="OUVIR MAIS ÁUDIO NA SECÇÃO PODCAST" color="black" size="sm" align="center" i_icon_fontawesome="fas fa-headphones-alt" add_icon="true" link="url:https%3A%2F%2Fdescobrir.net%2Fnn%2Fpodcast%2F|||"][/vc_column][/vc_row]

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