“Lã, da tosquia à manta tradicional”

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css="" custom-css-class="" custom-id=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text]“Lã, da tosquia à manta tradicional” é um vídeo que integra a componente audiovisual do Museu da Memória Rural de Vilarinho da Castanheira (Carrazeda de Ansiães), complementando visualmente o discurso museográfico patente na Sala da Lã da sede do museu em Vilarinho da Castamnheira.

Um processo longo, trabalhoso que começa na tosquia e acaba no agasalho de uma manta tradicional, daquelas que se produziam no concelho de Carrazeda de Ansiães em meados do século XX.

Este vídeo apresenta todo esse antigo processo do saber-fazer tradicional que se tem vindo a perder um pouco por todo o território nacional. O objetivo deste trabalho é o registo, um registo que seja o mais aproximado possível da antiga realidade e capaz de guardar como espólio estas técnicas e tradições.

O Museu da Memória Rural [icon name="university" class="" unprefixed_class=""], concelho de Carrazeda de Ansiães, é uma unidade museológica destinada a trabalhar temáticas relativas à cultura rural e ao património imaterial da região duriense e transmontana.Um projeto de museologia social e coesiva, participado pela comunidade, onde é valorizada uma abordagem participacionista do património, uma visão dinâmica do passado e uma intervenção científico cultural que opera com “metodologias de intervenção comunitária democráticas e participativas”.

Um projeto de museologia rural centrado num edifício sede com núcleos polarizados pelo restante território concelhio. Cinco espaços musealizados disponíveis para visitação.

Video: Fazer Telha
Gravado em: Luzelos
Imagem, Montagem e Realização: Luis Pereira
Produção: Museu da Memória Rural

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Canastreiro, uma profissão em desaparecimento

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css="" custom-css-class="" custom-id=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1594202635629{margin-left: 25px !important;}"]A obra começa com o corte. Escolher a madeira é um ato de pormenor que só o canastreiro sabe fazer. Entre as touças de castanho escolhe os melhores paus que logo de seguida haverão de crestar levemente numa fogueira branda.

Depois vem o rachar da madeira para emparelhar as cavacas que darão forma à canastra. As operações não são simples, necessitam de alguma mestria e uma mão certeira que só se consegue com a experiência feita pelo acumulo dos anos.

Sentado no seu cavalete o canastreiro apara a última cavaca. É agora a altura de começar a tecer. No chão, sobre uma tábua, dispõe 5 cavacas ao comprido e 6, 7 ou 8 perpendicularmente. No topo uma fina corda amarra o conjunto e a obra, a pouco e pouco, começa a nascer.

Um video produzido pelo Museu da Memória Rural [icon name="external-link" class="" unprefixed_class=""][/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

"Fazer telha", um video produzido pelo Museu da Memória Rural

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css="" custom-css-class="" custom-id=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text]“Fazer Telha” é um trabalho videográfico realizado e montado pelo Museu da Memória Rural de Carrazeda de Ansiães [icon name="university" class="" unprefixed_class=""], aquando da inauguração de um núcleo museológico destinado a preservar a memória da construção de telha artesanal, actividade tão característica desta vila duriense entre finais do séc.XIX e meados do séc. XX.


Na primeira metade do séc. XX, a zona situada entre a aldeia de Luzelos e as portas da vila de Carrazeda de Ansiães chegou a concentrar sete unidades artesanais de fabrico de telha tradicional. Foi uma atividade que marcou a história do trabalho destas duas localidades, ficando a lembrança desse passado agora imortalizada no projeto de musealização de uma das telheiras que conseguiu sobreviver ao processo de abandono desta antiga actividade, abandono esse que ocorreu com o desenvolvimento tecnológico das últimas cinco décadas.


Este vídeo é a tentativa de reconstrução de todo esse ancestral processo, sendo que todos os dados que permitiram a montagem desta reconstituição foi baseado num trabalho preliminar de recolha das memórias de quem participou neste duro trabalho.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Coisas simples... tempos difíceis

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css="" custom-css-class="" custom-id=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1585931748944{margin-left: 15px !important;}"]Coisas simples, tempos difíceis é um vídeo produzido em plena crise epidémica da Covid-19, pretendendo ser um documento de reflexão sobre a natureza. A simplicidade das coisas que nós temos acesso no dia-a-dia e que quase não valorizamos por ser demasiadamente banal, mas que em tempos difíceis, como o que estamos a atravessar, quase desejamos como se estivéssemos reclusos de anos.

Neste período de confinamento doméstico, em que permanecemos encerrados entre quatro paredes, a natureza lá fora continua o seu percurso normal, alheada do drama que a humanidade atravessa. Ainda mais num tempo de explosão de vida e de reconversão de tudo, como é o tempo da primavera.

Este vídeo transporta essa mensagem de normalidade exterior, dessa normalidade que num futuro muito próximo todos podemos voltar a usufruir, e quem sabe, se calhar apreciar com outros olhos…porque este é um tempo de interregno e tudo voltará ao que era.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Paulo Patoleia: o fotógrafo da Alma Transmontana

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css="" custom-css-class="" custom-id=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text]Paulo Patoleia fotografa rostos. Rostos de gente simples, de gente digna. Pela objectiva do fotógrafo transmontano entra a alma do seu povo. A essência antiga de um povo resistente, envelhecido, simples e humano.


O fotógrafo tem o condão de captar sentimentos e expressões que constituem verdadeiros documentos antropológicos.


Nas fotografias de Paulo Patoleia surgem pinceladas de uma estética realista que transformam o seu autor num dos mais interessantes retratistas da região transmontana.


Paulo Patoleia iniciou-se na fotografia em 1995 e desde aí não parou de fazer o registo das pessoas que mais gosta de fotografar.


Para além da exposição “Rostos Transmontanos”, que Paulo Patoleia gostaria de ver circular por toda a região transmontana, existe ainda o projecto do lançamento de um livro para o próximo mês de Setembro.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Projecto de arquivo particular salva mais de 100.000 registos fotográficos antigos

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1609976837869{margin-bottom: 40px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1609976822091{margin-left: 26px !important;}"]É um projecto particular que teve a sua materialização no Núcleo Museológico da Fotografia do Douro Superior. Neste espaço, da iniciativa do professor Arnaldo Silva, guardam-se mais de 100.000 registos fotográficos.

São documentos de imagem fundamentais para o estudo da história contemporânea da região. Os registos mais antigos remontam aos primórdios da fotografia, e alguns deles estão datados de 1884.

O projecto tem sido conquistado aos poucos pela vontade e iniciativa de Arnaldo Silva que recuperou a casa de um antigo fotógrafo dentro do Centro Histórico de Torre de Moncorvo onde montou um espaço físico para guardar um antigo arquivo de imagem. A iniciativa tem sido levada a cabo sem quaisquer subsídios ou apoios institucionais.

Apesar de ser um espaço de arquivo e de divulgação da história local e regional que foi constituído sem quaisquer apoios, Arnaldo Silva considera que tal facto não é um entrave ao desenvolvimento do seu trabalho, que, faz questão de sublinhar, partilha com toda a comunidade.

O interior do espaço museológico apresenta ainda um conjunto de painéis alusivos aos movimentos populacionais, população agrícola, à cultura da amendoeira, ao gado ovino, produção de vinho, caminhos de ferro e à actividade da Ferrominas.

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Entrevista a Sérgio Godinho: "A criação tem que ser solitária"

[vc_row][vc_column width="1/2"][vc_wp_text]Sérgio Godinho, o trovador, o poeta, o compositor, o actor, o escritor, o ilustrador... o artista que representa um dos maiores marcos da música e da cultura portuguesa, com a afabilidade e a simpatia que lhe são tão peculiares, esteve à conversa com o Notícias do Nordeste.

O encontro foi em Torre de Moncorvo no ano 2008, onde o músico proporcionou um magnífico espectáculo num cine-teatro completamente esgotado.

Nesta entrevista, Sérgio Godinho fala-nos do seu novo álbum "Nove e Meia no Maria Matos", mas também expõe o seu pensamento sobre diferentes realidades. Além do regresso ao palco em muito curto prazo do actor Sérgio Godinho, poderemos esperar por um seu novo disco de originais em 2009.[/vc_wp_text][/vc_column][vc_column width="1/2"][zoomsounds_player source="https://ia801502.us.archive.org/28/items/sergioipodfinal_202001entresergiogodinho/sergioipodfinal.mp3" type="detect" config="sample--skin-wave-with-multisharer-button-and-embed" artistname="Entrevista" songname="Sérgio Godinho" enable_likes="on" enable_views="on" enable_download_button="on" wrapper_image="1106" wrapper_image_type="zoomsounds-wrapper-bg-bellow" play_target="footer"][/zoomsounds_player][vc_btn title="OUVIR MAIS ÁUDIO NA SECÇÃO PODCAST" color="black" size="sm" align="center" i_icon_fontawesome="fas fa-headphones-alt" add_icon="true" link="url:https%3A%2F%2Fdescobrir.net%2Fnn%2Fpodcast%2F|||"][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]Noticias do Nordeste (NN) - O seu novo álbum chama-se "Nove e Meia no Maria Matos" e nele está assessorado por um grupo de músicos muito competentes. O que é este seu novo disco?

Sérgio Godinho (SG) - Este trabalho é a gravação ao vivo dos espectáculos feitos em Lisboa no Teatro Maria Matos, em Maio do ano passado. O "Assessorado"…, essa pergunta vem do facto da minha banda ter o nome de "Os Assessores". Foi um nome que apareceu por alturas de um outro disco, em que havia uma canção que se chamava "Bem-vindo Senhor Presidente". Falava-se nos assessores do presidente e começou-se a chamar por piada à banda "Os Assessores". De facto, este grupo de músicos já está comigo, chamemos-lhe assim, desde o princípio deste século.

NN - É uma provocação?

SG - (Risos) É piada, não é provocação sequer. Até porque isto é um colectivo, embora eu seja aqui o presidente (risos) não oficial deste colectivo. Mas eu não sou o presidente de coisa nenhuma, excepto o de ajudar a organizar a desordem criativa. Ajudar muitas vezes a pô-la em ordem, sobretudo o que é importante, é que este grupo de músicos são meus cúmplices desde há muito, como digo, desde o princípio deste século XXI. E, há uma cumplicidade evidente, uma troca musical que eu acho que é muito profícua. Uma troca de experiências. Eles trazem-me visões também da música, que provavelmente algumas delas completam muito aquilo que existe no âmbito da canção que é a criação. A criação à partida é solitária, embora no caso de uma parceria possa ser partilhada com outra pessoa. Mas a canção tem que ser sempre solitária. É necessária essa solidão no acto primeiro de compor, de criar. Mas depois é preciso trocar. Digamos que a canção, adquira um corpo definitivo com os instrumentos, com os arranjos, com a própria atitude perante a canção, se é mais rápida, se é mais lenta, se o ritmo é um pouco alterado. E, na sequência dos espectáculos que já tínhamos vindo a fazer a seguir ao disco "Ligação Directa", chegamos a Lisboa, ao Maria Matos, e achamos que era altura de registar isso tudo, e, dar a ouvir o nosso momento de forma, que me parece muito bom.

NN - O registo ao vivo é uma das particularidades do disco. Escolheu-o porquê?

SG - Eu gosto que as versões das canções, não sejam sempre as únicas e definitivas. Eu acho que o "ao vivo" permite ter uma outra escuta de canções. Umas em versões bastantes parecidas aos discos quando estão na sua versão original, mas outras muito transformadas. Há canções aqui, como o "Homem Fantasma" ou como o "Dias úteis" ou como "O Primeiro Gomo da Tangerina", que é como começa o disco, que são muito transformadas, que têm uma outra atitude. Aliás, nós estamos a andar a ler um corpo de base que é imutável, mas, que depois sofre transformações ao longo do tempo. E, eu acho isso muito interessante.

 

"É necessária essa solidão no acto primeiro de compor"

 

NN - A indústria discográfica está num processo de reestruturação que foi quase como que imposto por uma nova instrumentaria, por um novo instrumento, que é a Internet. A Internet possibilita hoje uma forma diferente da distribuição da música. Muitas vezes até com prejuízos para os autores. O que é que pensa deste novo mundo de distribuir a música?

SG - Eu acho que é inevitável. É uma coisa que está a acontecer. O que é preciso é regulamentá-la. O que aconteceu é que a Internet apareceu e a lei vai sempre um bocadinho atrás. Começou a achar-se que era um mundo em que tudo podia ser gratuito. O que é certo é que está envolvido o trabalho de muitos criadores de muitos agentes, não é só de criadores. Eu como autor, como cantor, os músicos…, estou a falar do meu caso só para lhe dar um exemplo. Os músicos, os técnicos, os técnicos de som que gravam os temas, os editores que editam… tem é que haver uma regulamentação de maneira que a música continue a existir como actividade profícua e criativa. Porque senão pode ser a morte da música. Mas eu acho que não. Acho que por outro lado a Internet dá possibilidades de divulgação que são novas e às quais nós temos que nos adaptar muito simplesmente.

NN - Sérgio Godinho é um gigante da música e da Cultura de Portugal. O seu nome além de ser grande é um nome que se mantém grande ao longo de décadas, e isto é importante. Mas mantém-se sempre fresco, com novidade… com a capacidade de surpreender, o que faz com que tenha admiradores que vão surgindo ao logo de diferentes gerações. Sente-se um autor inter-geracional? Isto é, quando está a compor as suas músicas está a pensar que essas músicas vão ser ouvidas pelo senhor de sessenta ou pelo jovem de dezoito?

SG - Não. Não penso nada disso! É facto que sou um bocado inter-geracional ou pelo menos transversal em relação a idades e até as minhas canções mais antigas às vezes transitam. Por exemplo, neste disco "Nove e Meia no Maria Matos" há canções que têm vinte anos e outras que têm dois. Há canções que transitam de época para época. Mas eu quando componho não tenho essa preocupação. E até nas roupagens das canções não há essa preocupação. Eu acho que essa ponte se faz naturalmente entre as pessoas que ouvem e aquilo que eu tenho para dar. Eu acho que se for uma coisa muito calculista e calculada, a não ser que possa haver uma canção que tenha um alvo específico, e isso pode ter acontecido numa ou noutra canção, mas não é um ponto de partida. A ponte estabelece-se naturalmente.

NN - O Sérgio Godinho tem-se rodeado de músicos jovens que vêm da pop ou do rock português. Aconteceu com os Despe e Siga, aconteceu com os Clã. Pode-se então concluir que existe uma preocupação da sua parte em refrescar com a irreverência da malta mais nova, da malta jovem as suas canções mais antigas?

SG - Mas o que é irónico é que esses dois casos que referiu, aconteceu exactamente ao contrário. Três destes músicos eram do núcleo duro dos "Despe e Siga", começaram a tocar comigo, ficaram muito entusiasmados e depois vieram ter comigo a dizer-me que: "nós vamos abandonar os "despe e Siga" e queríamos tocar contigo e fazer parte integrante deste projecto, e foi assim que aconteceu. No caso dos "Clã", foram os "Clã" que vieram ter comigo, para um projecto que foi feito na altura da EXPO chamado "Afinidades" e que deu origem aos espectáculos ao vivo e a posterior fixação em disco. Portanto, esses dois exemplos, até foram no sentido contrário. Embora como é evidente eu também goste muito destes músicos e sinto-me muito bem, não só musicalmente mas também pessoalmente. Somos amigos. E isso é muito curioso, não há diferença geracional quando estamos a trabalhar ou no dia-a-dia quando jantamos juntos, ou quando almoçamos juntos. Ainda hoje, viemos em mais do que um carro, mas fomos almoçar ao mesmo sítio. Gostamos de nos reencontrar e isso é bom.

NN -Este seu novo disco evoca os Amigos do Gaspar através do tema "É Tão Bom". Esta série televisiva marcou a malta toda que hoje está entre os vinte e tal e os trinta e tal anos de idade. Os "Amigos do Gaspar" foi uma incursão de Sérgio Godinho pela Música Infantil que ainda hoje continua estética e pedagogicamente interessante e muito actual. Pensa repetir essa experiência, da música e da produção dirigida à infância?

SG - Eu fiz várias coisas até. Nos "amigos de Gaspar", depois fiz um disco com as canções todas da série, as letras eram minhas, mas as músicas eram de outro participante da série o Jorge Constante Pereira. Fiz também uma peça infantil, muito representada ao longo dos anos chamada "eu, tu, ele, nós vós, eles". Tinha havido também uma outra série da mesma equipa dos "amigos de Gaspar". Fiz mais do que um livro para crianças. Fiz um livro que tem sido inclusivamente estudado que se chama "o pequeno livro dos medos", que também o ilustrei. É um livro que tem ido a muitas escolas e bibliotecas. Os alunos fazem trabalhos sobre o livro, sobre os medos, conceptualizando um bocado esse tema que é tão vasto. Fiz ainda outras coisas. Eu gosto de ter esse olhar sobre o universo infantil porque o compreendo naturalmente. Se calhar porque tive filhos de idades diferentes, Uma pessoa habitua-se a contar histórias. Mas eu acho que é um link natural o universo da infância. Deixe-me dizer só uma coisa, em princípio este ano, estamos ainda em negociações, para que saia em DVD "os amigos de Gaspar". As negociações com a RTP tem sido bastante morosas, mas vamos lá ver se chegamos a bom porto.

 

"Estou neste momento a ensaiar uma peça"

 

NN -Nós sabemos que Sérgio Godinho não é só um compositor, músico, um poeta, é também actor, dramaturgo e até realizador…enfim, esteve sempre muito perto das artes de representação. Há quem anuncie que vai voltar à sua faceta teatral. Quando teremos de volta o homem de teatro novamente em palco?

SG -Estou neste momento a ensaiar uma peça, que vai estrear em Abril, encenada pelo Jorge Silva Melo, pelos artistas unidos, uma peça dum dramaturgo português jovem, que é duma excelente qualidade o José Maria Vieira Mendes. Esta peça que vai ser encenada pelo Jorge Silva Melo, foi um convite dele. Eu tenho tido convites para o teatro que tenho recusado, seja por o projecto não me interessar tanto como isso, seja porque, e isso aconteceu várias vezes, porque o timing era realmente muito mau. Um dos convites por exemplo, foi quando eu ia para o estúdio para o "Ligação Directa", era impossível, era incompatível nessa altura. Mas desta vez, embora também me atrase, queria estar a compor neste momento, mas por outro lado, tenho muita necessidade de voltar ao teatro, pelo gozo, e digamos que para praticar outra vez o ser actor. Estar integrado num colectivo que está a funcionar muito bem. Estamos em ensaios activos, aliás eles estão a ensaiar hoje, eu não estou lá porque tenho este espectáculo aqui, e com todo o prazer. Aliás eu, gosto muito de vir aqui, mas isto é outra história e já falaremos disso. Em Abril lá estarei. A estreia é em Lisboa, não sei se vamos fazer outros espectáculos noutras cidades. A peça é chamada "onde vamos morar".

NN - Vou-lhe fazer uma pergunta provocatória: ainda pergunta ao seu "amigo Manuel como vai Trás-os-Montes"?

SG - O meu amigo Manuel já morreu. A esse amigo Manuel não pergunto. Esse Manuel que eu refiro na canção é o meu amigo Manuel Hermínio Monteiro que foi o editor da Assírio & Alvim, transmontano de gema de Parada do Pinhão. Um tipo excepcional, e a canção era mesmo dirigida a ele. Fala de um caderno que uma irmã tinha que realmente existia. Eu não pergunto, mas tenho umas saudades enormes do Hermínio, todos temos, e cantei essa canção num espectáculo que fizemos em homenagem ao Hermínio, depois da morte dele. Ele esteve dois anos muito doente, teve um cancro, foi uma coisa muito dura. Ele foi realmente extraordinário, mesmo durante essa altura. Eu tenho uma ligação com Trás-os-Montes, não só através do Hermínio, mas também através de outros amigos e do facto de eu conhecer Trás-os-Montes desde muito pequeno, porque eu sou do Porto e vínhamos muito em viagens por estas bandas nessa altura. Quer dizer, estas terras eram mais inacessíveis nessa altura. Eu gosto muito do Minho, Douro Trás-os-Montes, é realmente um território que me é muito familiar e que me dá muito prazer. As pessoas são realmente muito calorosas e recebem muito bem. Voltarei aqui, penso que no 25 de Abril a Bragança, portanto estamos sempre aí.

NN - Ainda bem que diz que o Manuel era o Hermínio de Parada de Pinhão o editor conhecidíssimo no nosso país e que nós muito admiramos enquanto transmontanos. Eu fiz-lhe a pergunta porque queria referir-me a esse álbum, salão de Festas em 1984. E eu interpreto sinceramente o tema como uma abordagem de uma certa interioridade. Veio hoje a Moncorvo e com certeza que tem uma percepção particular deste interior. Qual é a sua opinião, enquanto cidadão, relativamente a este pais cada vez mais cindido entre um litoral a abarrotar e um e interior cada vez mais deserto?

SG - Só pode ser uma perspectiva preocupante. Eu acho que é preciso que haja pólos de atracão na interioridade. É certo que se fez um caminho, num certo reforço. Hoje em dia há pólos universitários, em cidades do interior. Desde o sul em Évora e à Covilhã, e continuando por aí a cima. Falo deste casos, mas podia falar doutros. Não é verdade portanto que esteja tudo perdido. Eu conheço gente que foi para o interior, seja para leccionar, seja para aprender, seja para trabalhar. Mas é verdade que o fluxo cinde o país em dois. Este é já um problema que se arrasta há muito tempo, porque a emigração, e que infelizmente ainda não acabou, porque as condições estão duras em Portugal. A emigração foi a primeira desertificadora, sobretudo das regiões do interior. Este é portanto um problema que se arrasta há muito tempo, mas tem que haver coragem politica sobretudo, de apostar cada vez mais no interior. Se isto é feito a certos níveis, e os acessos como digo, vão permitindo digamos que essa penetração, mas por outro lado há muito por fazer, muito por fazer neste país e no interior nomeadamente.

NN - Acha que ainda há espaço e sobretudo motivos para a intervenção política e social dos artistas musicais?

SG - Esse ainda, nem sequer se põe. Claro que sempre haverá, não é? Eu acho que olhamos à nossa volta, apoiando, preocupando-nos com outras coisas, denunciando muitas situações. Falando das insuficiências que existem. É sempre uma vertente nas minhas canções, embora haja muitas vertentes. Há vertentes mais da observação da realidade, uma realidade a nível psicológico, a nível de relações amorosas, a nível das interrogações filosóficas muitas vezes, a nível da construção de tipos populares que muitas vezes trazem em si uma moral, uma história. Há jogos de palavras, há o lado mais lúdico, o lado mais de contar histórias, portanto tudo isso se intermeia, digamos.

NN - Para quando um disco de temas originais?

SG - Isto atrasou-me um bocado. Penso que este ano vai ser um bocado difícil, mas trabalharei este ano para que no próximo ano haja um disco de originais.

Video da entrevista:
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Pão

Pão é um vídeo que ilustra o processo da sementeira e da cegada do trigo, o transporte para a eira e a sequente malhada manual. Este vídeo foi produzido para o Museu da memória Rural com o intuito de integrar a componente audiovisual do discurso museográfico que ilustra o Ciclo do Pão, patente no edifício sede deste museu.

Memórias da pesca tradicional no rio Douro

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css="" custom-css-class="" custom-id=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text]A pesca tradicional no rio Douro foi desde sempre um complemento económico de vital importância para algumas das famílias que habitavam a zona ribeirinha. O barco em madeira era o apetrecho indispensável a esta actividade, sendo usado para a pesca e também como o único meio de transporte que permitia a comunicação entre as várias comunidades que habitavam as margens do rio.


Este barco, ou barca, também assim muitas vezes designado, precisava de destro manuseamento, sendo impelido por dois remos movidos pela força braçal de um homem (remador) que em pé, em frente à proa, orientava cirurgicamente a embarcação por entre os inúmeros obstáculos, assoreamentos e rápidos que integravam o leito do rio Douro antes deste ser represado pelas barragens.


A proliferação destes barcos de passagem era uma constante ao longo do curso fluvial, uma vez que eram eles, dado o reduzido número de pontes, que permitiam a ligação entre margens.


A pesca surgia neste contexto como um complemento económico com alguma rentabilidade. O barqueiro, além de atravessar pessoas e bens entre quintas e lugares, também era habitual dedicar-se à pesca.


Ao cair da noite as redes eram lançadas no rio, em lugares estratégicos e previamente seleccionados, para depois, no romper da madrugada, serem recolhidas. Logo pelo início da manhã, e muito antes do meio-dia, o peixe era distribuído pelas redondezas, constituindo o suplemento de pescado que iria ser consumido frito ou em modo de escabeche pelas famílias de camponeses que habitavam as povoações que polarizam ambas as margens.


Ainda hoje assim é. O já reduzidíssimo número de pescadores que pratica o lançamento das redes em embarcações tradicionais no rio Douro continua a vender o seu peixe entre a já escassa população dos aglomerados locais, mas o mais habitual é encontrarmos alguns restaurantes que o confeccionam e o comercializam frito, estaladiço e condimentado com muito piripiri; ou então envinagrado, mergulhado num molho saborosíssimo, onde abunda a cebola cortada às rodelas.


As imagens deste vídeo foram recolhidas no concelho de Carrazeda de Ansiães e constituem um dos testemunhos ainda existentes desta antiga actividade. O vídeo foi produzido para estar disponível no sistema multimédia do Museu da Memória Rural de Vilarinho da Castanheira, onde pode ser visualizado em alta qualidade e em ecrãs de grande dimensão, constituindo um complemento visual produzido no âmbito do discurso museográfico que foi elaborado para este ofício tradicional. No fundo, este vídeo é uma intenção. A intenção de fazer um registo que nada mais pretende do que tentar perpetuar no tempo as memórias de um tempo de que quase já não há memória.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Passeio Pedestre pela Serra do Reboredo e Ecopista do Sabor

A Junta de Freguesia de Torre de Moncorvo com o apoio da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo promoveu no passado dia 1 de Maio, Dia do Trabalhador, mais um passeio pedonal pela Serra do Reboredo e Ecopista do Sabor.


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Cerca de 90 caminhantes percorreram os 12 km de extensão, de dificuldade média, que fizeram parte deste passeio.

Com início no Jardim Trindade Coelho, o percurso seguiu pela Serra do Reboredo passando pela Capela de Nossa Senhora da Conceição e a Casa do Guarda até à fonte das Lamelas. Aqui entrou na Ecopista do Sabor e desenrolou-se até à antiga Estação do Larinho, onde decorreu uma aula de zumba.

O passeio pedestre seguiu depois em direção a Torre de Moncorvo onde se realizou um almoço convívio entre todos os participantes.

O percurso ficou marcado pelas paisagens ricas em contrastes e pela passagem em locais bucólicos e singelos da Serra do Roboredo e da Ecopista do Sabor.

Luciana Raimundo

Centena e meia de pessoas ligaram os Castelos de Numão e de Ansiães através de um passeio pedestre

As câmaras municipais de Carrazeda de Ansiães e de Vila Nova de Foz Côa resolveram, este ano, comemorar o dia Internacional dos Monumentos e Sítios em conjunto, tendo para o efeito realizado um passeio pedestre que uniu os castelos de Numão e de Ansiães, situados, respectivamente, na margem sul e na margem norte do rio Douro.


No passado domingo, dia 17 de abril, cerca de 150 pessoas integraram um grupo de caminheiros que partiu de Carrazeda de Ansiães com destino à localidade de Numão para daí, e depois de uma vista guiada ao Centro Interpretativo e ao Castelo, calcorrearem toda a encosta sul do vale do Douro, num percurso de 8 quilómetros que os conduziu até ao apeadeiro do Vesúvio.

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Embarcados numa composição de comboios da CP, o grupo dirigiu-se até à estação de Foz Tua, onde retemperou forças e energias, numa refeição servida num restaurante local, ficando assim preparada para a segunda fase do percurso que culminaria na vila amuralhada de Ansiães.

A iniciativa pretendeu promover e divulgar o património monumental dos dois concelhos ribeirinhos, fruindo, deste modo, de toda a riqueza patrimonial e paisagística que esta zona possui.

De entre o grupo de participantes muitas foram as manifestações de agrado pela
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forma como as duas autarquias fizeram a promoção destes dois exemplares de património classificado existente nos seus territórios, tendo sido enaltecido a oportunidade da iniciativa e a maneira como a história da região que está associada a estes dois castelos medievais foi explicada a quem neste passeio cultural participou.

O convívio, a informação histórico/cultural, a prática de exercício físico e até a gastronomia constituíram os motivos para um dia de sã confraternização entre os participantes que se deslocaram de vários pontos do norte de Portugal, como Porto, Mirandela, Mondim de Bastos, Vila Flor, Marco de Canavezes ou Vila Real.

O Passeio pedestre “Entre Castelos” foi uma iniciativa da Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães e da Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Côa e contou com a colaboração e apoio da Junta de Freguesia de Numão e da Direcção Regional de Cultura do Norte.

Município de Torre de Moncorvo participou na Feira de Produtos Regionais Portugueses e da Ruralidade em Nanterre 2016

Nos dias 18, 19 e 20 de Março a Câmara Municipal de Torre de Moncorvo esteve presente na Feira de Produtos Regionais Portugueses e da Ruralidade que se realiza em Nanterre, a 6 Km de Paris.[ Fotografias de autor]


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Os emigrantes portugueses em França e os restantes visitantes tiveram a oportunidade de comprar os diversos produtos característicos do concelho de Torre de Moncorvo, nomeadamente, vinhos, azeite, enchidos, queijos, amêndoa coberta, amêndoa torrada e caramelizadas, frutos secos, mel, compotas e bolos de amêndoa.

Presente no decorrer da feira e durante a abertura, no dia 18 de Março, esteve o Vice-Presidente da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, Victor Moreira, o Presidente da ARCOP, o Cônsul Português em Paris e o Presidente da Maire de Nanterre.

Como tem acontecido em anos anteriores a participação do Município de Torre de Moncorvo foi um sucesso, sendo que o stand teve sempre uma grande a afluência de visitantes.


Luciana Raimundo

Exposição de Bronzes e Instrumentos Musicais tradicionais Chineses está patente ao público até ao dia 2 de maio

Inaugurou no passado dia 19 de março, no Museu da Seda e do Território, a Exposição de Bronzes e Instrumentos Musicais Tradicionais Chineses. A exposição faz parte do espólio do Comissário da exposição Paulo Sá Machado, e já percorreu 19 cidades portuguesas, aproximando desta forma Portugal e China.

Maria do Céu Quintas, presidente da Câmara Municipal de Freixo de Espada à Cinta, começou por dizer, no seu discurso, que esta exposição é mais um “momento de afirmação cultural do nosso Município”, recordando ainda os missionários, navegadores e marinheiros que “transmitiram pelo mundo fora os nossos valores e receberam dos Povos orientais pormenores de cultura e de hábitos sociais dignos de realce que ainda hoje perduram e nos aproximam.

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Hoje, a séculos de distância, somos nós que nos encantamos ao observar, na nossa terra, os instrumentos e objetos utilizados à época nas festas, rituais e cerimónias nas terras do oriente.”

Shu Jianping, Conselheiro Cultural da Embaixada da República Popular da China, enalteceu o facto de Freixo de Espada à Cinta ser uma Terra pequena, mas com muita cultura para oferecer, reforçando o desejo de ver “mais acontecimentos culturais desta envergadura em Freixo” acrescentando ainda que com esta aproximação de Freixo e a China espera que mais “chineses visitem Freixo, uma terra de encantos”.

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Após a visita à exposição de Bronzes e Instrumentos Musicais Tradicionais Chineses, comentada pelo comissário da mesma, Paulo Sá Machado, seguiu-se, no Auditório Municipal de Freixo de Espada à Cinta, um concerto que juntou, novamente, a cultura chinesa e portuguesa, numa atuação da maestrina chinesa Lu Yanan como solista da Banda de Música de Freixo de Espada à Cinta. O concerto foi dividido em duas partes, sendo que inicialmente Yanan brindou o público com música tradicional chinesa, tocando instrumentos tradicionais chineses. A ela juntou-se a Banda de Música de Freixo de Espada à Cinta, e juntos, interpretaram músicas tradicionais portuguesas.

Sara Alves (Conteúdo fornecido por CM freixo de Espáda à Cinta)

Celebrações da Semana Santa com Via Sacra ao Vivo em Torre de Moncorvo

De 18 a 27 de Março decorrem em Torre de Moncorvo as celebrações da Semana Santa. Um dos pontos altos destas comemorações é a realização da Via Sacra ao Vivo, que teve lugar no dia 20 de Março.


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Inserida na Procissão do Encontro, a Via Sacra ao Vivo, teve início na Igreja da Misericórdia e terminou na Praça Francisco Meireles com a crucificação de Jesus. Durante o percurso foram representadas, pelo Grupo Alma de Ferro Teatro, as 13 estações da Via Sacra. Junto da Igreja da Misericórdia realizaram-se as duas primeiras estações, “Jesus é Condenado à Morte” e “Jesus Toma a Sua Cruz”, já na Praça Francisco Meireles teve lugar a terceira estação onde “Jesus Encontra a sua Mãe” e no Largo Diogo Sá a quarta estação em que “Jesus Cai pela Primeira Vez”.

Na quinta estação, no Largo de Santo António, “Cireneu Ajuda a Levar a Cruz de Jesus”, na sexta, na Praça Francisco
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Meireles “ Verónica Limpa o Rosto de Jesus” e na sétima e oitava, na Rua dos Sapateiros “ Jesus Cai pela Segunda Vez” e “Jesus Consola as Mulheres de Jerusalém.” Na nona estação “ Jesus Cai pela Terceira Vez”, na Rua da Misericórdia, tendo lugar as restantes na Praça Francisco Meireles, onde “Jesus é Despojado das Suas Vestes”, “Jesus é Pregado na Cruz”, “Jesus Morre na Cruz” e “Jesus é Descido da Cruz”.

A realização da Via Sacra ao Vivo desenrola-se pelo centro histórico da vila com as luzes apagadas e contou, nesta edição, com mais de 30 figurantes do Grupo Alma de Ferro Teatro e mais de 200 pessoas a assistir.

Conteúdo fornecido por Gabinete de Informática, Comunicação e Multimédia CM Torre de Moncorvo
(Luciana Raimundo)


Exposição “Primeiro Olhar” inaugurou no dia 20 de Março em Freixo de Espada à Cinta

A exposição de fotografia digital de recém nascidos, “Primeiro Olhar”, inaugurou no Auditório Municipal de Freixo de Espada à Cinta. Elodie Teixeira, autora do trabalho, estreia-se, na sua terra, com um conjunto de fotografias a que ninguém consegue ficar indiferente.
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Artur Parra, Vice Presidente da Câmara, que abriu a sessão, elogiou o trabalho de uma conterrânea e a importância da divulgação dos projetos realizados por pessoas do concelho de Freixo de Espada à Cinta.

A autora revelou que o gosto por este tipo de trabalho surgiu quando frequentou um workshop de fotografia e lhe interessaram as técnicas e os cuidados utilizados com os bebés.

O trabalho está patente no Auditório Municipal até ao dia 15 de abril.

Joana Vargas

Rota das Amendoeiras contou com cerca de 150 participantes

No passado dia 13 de Março realizou-se, na Açoreira, o percurso pedestre Rotas das Amendoeiras.


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A população respondeu ao convite e mais de 150 pessoas participaram neste percurso marcado pelas belíssimas paisagens naturais e de amendoeiras que, durante os meses de Fevereiro e Março, se cobrem de um manto branco e rosado digno de admiração.

Ao longo do percurso de cerca de 12 Km, de dificuldade média, destacamos como pontos de interesses a antiga escola primária, Igreja Matriz, Capela de Santa Bárbara, Casa da Família Ramiro Salgado, Casa da Família Canijo, Capela Divino Espírito Santo, Fontalém, Serra do Roboredo, Fraga da Pinga e nabais.No final, realizou-se um almoço convívio entre todos.

A iniciativa é da Junta de Freguesia da Açoreira e Associação Recreativa e Cultural da Açoreira (ARCA), com o apoio do Município de Torre de Moncorvo.

Luciana Raimundo

Casa cheia no Concerto de Natal da Banda de Música de Freixo de Espada à Cinta

No dia 27 de Dezembro a Banda de Música de Freixo de Espada à Cinta voltou a atuar no Auditório Municipal para um concerto de Natal. 


 Edson Pereira, que assumiu recentemente a direção da Banda, referindo estar muito satisfeito com o projeto e que espera, para o ano que se aproxima, muitos e bons desafios. Agradeceu ainda o apoio da Câmara Municipal revelando que a Banda de Música, com a ajuda do Executivo autárquico, irá em breve realizar um documentário sobre a sua história.

Antes do espetáculo iniciar foram ainda chamados ao palco os três elementos mais antigos da Banda de Música de Freixo de Espada à Cinta, ainda em funções, Manuel Sapage, José Martins e António Massano, que receberam uma pequena homenagem pelo esforço e dedicação àquela “casa” ao longo de todos estes anos.

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O espetáculo musical começou com o coro da Escola de Música de Freixo onde os “pequenos” músicos iniciam a sua formação musical para depois mais tarde fazerem parte da Banda.

Seguiu-se a tão esperada atuação da Banda de Música que interpretou vários temas de conceituados compositores como Tchaikovsky e o público presente não arredou pé, atribuindo longos aplausos a todos os músicos.

Depois de um período conturbado a Banda de Música voltou com a qualidade a que sempre habituou o seu público e com a força de quem busca sempre novos desafios. Depois de terminarem o reportório escolhido o público pediu que tocassem mais uma peça e foi desta forma que o espetáculo encerrou.

Joana Vargas

‘Lacre’: uma das revelações mais interessantes da música portuguesa de qualidade

É uma das revelações mais interessantes dos últimos tempos da música portuguesa de qualidade. E sim, são transmontanos de gema, nados e criados atrás destes montes onde nos pretendem esquecer, mas onde jamais seremos esquecidos, pelo menos enquanto existirem vozes e artistas com o talento e a grandeza dos Lacre.

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Provenientes “da recôndita capital transmontana (Bragança), esquecida pelo país e pelo mundo” o grupo formou-se por um mero acaso, mas com o objectivo comum em “criar música genuína”.

O grupo apostou em fazer um som intimista “e que tocasse na alma dos ouvintes”. E está a conseguir, porque os Lacre, são, sem qualquer sombra de dúvida, uma das mais interessantes revelações da música que atualmente se faz em Portugal.

“Com o seu género canção de influências eruditas e levemente adornadas com a tristeza e melancolia do fado, esta formação pretende transportar-nos para um estado de alma mais elevado. Assim, com este semblante, pretendem encher as almas dos portugueses e aquecer todas as salas de espectáculos onde venham a actuar, passando para o público uma calma inquietante, que os faça pensar, sentir e levitar.”.


E os Lacre estão a conseguir tudo isto, e no futuro conseguirão muito mais, porque a consistente qualidade acústica do grupo e a voz maravilhosa de Carolina Franco Vieira, chegarão, mais tarde ou mais cedo, ao conhecimento de todos os portugueses com uma sonoridade “made in Trás-os-Montes” de excelentíssima qualidade.

Constituição: Carolina Franco Vieira – Voz, Miguel Moita Fernandes - Guitarra Clássica, Yazalde Afonso - Guitarra Clássica, Rómulo Ferreira – Violoncelo, Igor Ferreira - Violino

Museu da Memória Rural de Vilarinho da Castanheira

O Museu da Memória Rural é uma estrutura cultural do concelho de Carrazeda de Ansiães exclusivamente dedicada ao património imaterial. Trata-se da primeira unidade museológica a trabalhar de forma abrangente temáticas relativas à cultura rural da região duriense e transmontana.

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O Museu da Memória Rural de Vilarinho da Castanheira é um espaço destinado ao estudo e à recolha das tradições e saberes concelhios e regionais que atulamente estão a cair em desuso, iniciando-se o seu discurso museográfico, numa primeira fase, com a exposição de temáticas relacionadas com as antigas práticas das culturas da vinha e dos cereais.

Aqui estão também representados ofícios tradicionais como o do ferrador, canastreiro, pescador do rio Douro, padeira, queijeira, pastor, tanoeiro, sapateiro, funileiro, moleiro e no futuro técnicas antigas relacionadas com a economia local como os fornos de secagem de figos, construção de carros de bois ou os antigos fornos de produção de telha.


“Suportado num conjunto de recursos tecnológicos, onde se incluem as mais recentes soluções multimédia, o Museu da Memória Rural assume-se com um caráter fundamentalmente didático, constituindo uma homenagem à cultura rural de um povo que possui uma longa história e uma ancestral tradição cultural que urge preservar, estudar e difundir”, refere a autarquia de Carrazeda de Ansiães.

O Museu situa-se na aldeia de Vilarinho da Castanheira, a cerca de 14 quilómetros da sede de concelho, Carrazeda de Ansiães. Encontra-se aberto de terça-feira a domingo das 9 horas às 12: 30 horas e das 14 horas às 17:30 horas.

'A Espiral de Morte do Ártico e a Bomba-Relógio de Metano'

O planeta atravessa um momento de verdadeira crise, mas esta não é uma crise artificial gerada pelos mercados financeiros ou pelos ciclos ou contra-ciclos económicos que medem o melhor ou pior desempenho das economias; a crise de que falamos é uma crise ambiental que tem sido  negligenciada ou mesmo ocultada de forma incompreensível pelos meios de comunicação social de massas, embora o debate exista e o pessimismo dos cientistas seja de um realismo que não repousa em qualquer visão mais ortodoxa ou "fundamentalista".

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Afinal, confirma-se, ou tem-se vindo a confirmar, que o fundamentalismo não está do lado de quem ao longo das últimas décadas sempre propôs estratégias sustentáveis de criação de riqueza e racionalidade na exploração e fruição dos recursos planetários, mas sim do lado de quem no seu cego percurso de avidez conduziu este planeta, que é de todos, a uma espiral de crise sem precedentes e que não sabemos muito bem como vai acabar. Mas os prognósticos não são os melhores.

Guy McPherson, Professor Emérito de Recursos Naturais, Ecologia e Biologia Evolutiva da Universidade do Arizona, afirmou recentemente que "os novos dados científicos prevêem que o processo de extinção da humanidade já começou, é irreversível, e estará terminado por volta de 2040."

Parece demasiado catastrófica a afirmação do conceituado professor, mas a verdade é que os dados científicos que estão a ser recolhidos conduzem a esta lamentável conclusão.

O documentário que aqui se apresenta parece ser elucidativo quanto a esses factos e um documento fundamental para começarmos a centrar a nossa atenção no que realmente tem importância.

www.CodeNirvana.in

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