Terra, a estrela da tarde marciana

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-user-listing-4 columns="1" title="" icon="" hide_title="1" heading_color="" heading_style="default" title_link="" filter_roles="0" roles="" count="1" search="" order="DESC" order_by="user_registered" offset="" include="9" exclude="" paginate="none" pagination-show-label="0" pagination-slides-count="3" slider-animation-speed="750" slider-autoplay="1" slider-speed="3000" slider-control-dots="off" slider-control-next-prev="style-1" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" custom-css-class="" custom-id="" override-listing-settings="0" listing-settings="" bs-text-color-scheme="" css=""][vc_single_image image="9391" img_size="500x160" onclick="link_image"][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1615244903245{margin-left: 26px !important;}"]«Observe o ponto uma vez mais. É aqui. É a nossa casa. Somos nós. Nele vivem ou viveram todas as pessoas que ama, todas as pessoas que conhece, todas as pessoas de quem ouviu falar, todos os seres humanos que alguma vez existiram.» Estas são palavras do famoso astrónomo e divulgador de ciência Carl Sagan e descrevem o que sentiu quando viu a imagem do nosso planeta fotografado pela sonda Voyager 1, a uma distância de 6,4 mil milhões de quilómetros, no dia 14 de fevereiro de 1990.

O “ponto azul-claro” mal se destacava na imensidão do Universo. Um ponto luminoso, debruado fragilmente pela luz solar, uma centelha reflectida para o cosmos. É nesse ponto minúsculo e insignificante que existimos. Você e eu e todos aqueles que conhecemos e que revivem na nossa memória. Nele, as vitórias beligerantes são pálidas e insignificantes, as arrogâncias autoritárias não acrescentam brilho ao nosso planeta.

O fascínio pela imagem do nosso planeta visto a partir do espaço começou com as primeiras fotos tiradas a 7 de Março de 1947 através de câmaras fotográficas instaladas em foguetes V-2 alemães, no lugar ocupado anteriormente por ogivas bélicas. Tiradas a uma altura de 160 quilómetros da superfície terrestre, as primeiras imagens do nosso planeta trouxeram uma mensagem de paz contemplativa.

Mas estas imagens mostravam apenas partes da Terra. A primeira imagem do nosso planeta só foi possível com o início da exploração lunar através de satélites. A 23 de agosto de 1966, a sonda Lunar Orbiter 1, da NASA, olhou para trás e captou, a cerca de 350 mil quilómetros, a primeira imagem da Terra a partir do espaço profundo. Só então foi possível uma perspectiva do nosso mundo como um pequeno astro celeste no panorama cósmico.

Contudo, estas eram fotos da Terra em crescente e em tons de cinzento sobre o negro espaço sideral! Teríamos de esperar pela missão Apolo 17 (NASA) que a 7 de Dezembro de 1972, pouco depois do seu lançamento, e aproveitando um bom alinhamento com o nosso planeta, tirou aquela que continua a ser uma das mais famosas imagens completas e iconicamente azuis da Terra. A partir dela passamos a designar o nosso mundo como o planeta azul!

A partir da Lua foram captadas muitas impressões visuais do nosso mundo terrestre. Com a continuação e expansão das missões de exploração do sistema solar muitas outras imagens do planeta foram sendo registadas na paleta do nosso álbum cósmico (veja, por exemplo). Cada vez mais distantes, os nossos fotógrafos espaciais foram enviando imagens de como a Terra se avista dos outros planetas que connosco orbitam o Sol.

[caption id="attachment_9408" align="alignright" width="300"]IMAGEM - Terra a estrela da tarde marciana - António Piedade Terra a estrela da tarde marciana[/caption]

Assim que a humanidade colocou robôs no solo de Marte, também estes tiraram e enviaram para nós imagens de como a Terra se vê a partir do solo vermelho. E como é? É como nós aqui vemos os outros planetas a olho nu: estrelas errantes, as primeiras estrelas da manhã e da tarde. Somos uma “estrela” errante no céu marciano!

A primeira imagem da Terra como estrela da manhã em Marte foi tirada pelo robô Spirit (NASA) a 8 de Março de 2004, uma hora antes do Sol nascer no horizonte marciano.

Volvidos dez anos, recebemos outra imagem da Terra a partir da superfície de Marte: a Terra como estrela da tarde! A imagem vespertina foi captada pelo robô Curiosity, da NASA, no dia 31 de Janeiro de 2014, a uma distância de 160 milhões de quilómetros da Terra, durante o crepúsculo marciano. Nesta imagem, a Terra surge como o ponto mais brilhante do céu crepuscular marciano. Um simples e frágil astro errante no mar do Universo.

Agora que o mais complexo e sofisticado robô-veículo amartou no solo do planeta vermelho, o Perserverance no passado dia 18 de Fevereiro de 2021, ficamos a aguardar novas fotos do nosso planeta a partir de Marte! É a ciência e a tecnologia a contemplar o “ponto azul-claro”que é a nossa casa numa perspetiva cósmica![/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

3 milhões de euros para formar futuros investigadores em Meteorologia Espacial e Física Solar

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1591216960364{margin-bottom: 50px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""][better-ads type="banner" banner="3816" campaign="none" count="2" columns="1" orderby="rand" order="ASC" align="center" show-caption="1" lazy-load=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1591216944947{margin-left: 20px !important;}"]Oito universidades europeias e empresas juntaram-se para estabelecer um programa de doutoramento único em Space Weather (Meteorologia Espacial) na Europa, no âmbito do projeto SWANET - Space Weather Awareness Training Network- que acaba de conquistar três milhões de euros de financiamento do programa H2020 (Marie Sklodowska-Curie Innovative Tarining Newtworks).

A Universidade de Coimbra (UC) é a instituição de ensino superior portuguesa que participa no consórcio, através dos departamentos de Física (DF) e de Matemática (DM) e do Centro de Investigação da Terra e do Espaço (CITEUC) da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCTUC).

O SWANET, com a duração de quatro anos, vai centrar-se na formação da próxima geração de investigadores em Meteorologia Espacial e Física Solar, combinando investigação e transferência de conhecimento para benefício da sociedade, tendo em conta que a área de Space Weather tem um forte impacto em setores económicos como a aviação, sinais de GNSS (Sistemas Globais de Navegação por Satélites), redes elétricas, entre outros.

Os jovens investigadores vão frequentar um programa doutoral na universidade para a qual se candidatam, mas a investigação para a tese de doutoramento inclui intercâmbio entre as universidades envolvidas no consórcio e as empresas.

A equipa da FCTUC, para além da formação no programa doutoral, vai também ser responsável pelo «desenvolvimento de novos métodos de análise da atividade solar, que permitam monitorizar a atividade do Sol que poderá beneficiar determinados setores económicos», refere Teresa Barata, coordenadora do projeto em Portugal.

A investigadora do Centro de Investigação da Terra e do Espaço da FCTUC sublinha que «desde há cerca de oito anos que a nossa investigação tem-se centrado na

Meteorologia Espacial (Space Weather) e no seu impacto na sociedade. Naturalmente que esta investigação é consequência do vasto espólio que a UC tem de observações solares e magnéticas. Trata-se de uma área de investigação recente, principalmente em Portugal, e este projeto para nós tem elevada importância, não só porque teremos financiamento para ter jovens investigadores a frequentar um programa doutoral da UC, como também nos permite, enquanto investigadores, integrar uma equipa de cientistas de reconhecido mérito internacional».

Além da Universidade de Coimbra, fazem parte do consórcio as universidades de Helsínquia e Turku, na Finlândia, Universidade de Eotvos Lorand, na Hungria, Universidade de Leuven, na Bélgica, Universidade Di Roma Tor Vergata, em Itália, Universidade Marie Curie, na Polónia, e a Academia de Atenas, na Grécia. A empresa portuguesa envolvida no consórcio é a tecnológica Present Tecnhologies [icon name="external-link" class="" unprefixed_class=""].[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

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