Novo diagnóstico precoce da cárie dentária em crianças

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1608300945172{margin-bottom: 40px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""][better-ads type="banner" banner="3816" campaign="none" count="2" columns="1" orderby="rand" order="ASC" align="center" show-caption="1" lazy-load=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1608300924574{margin-left: 26px !important;}"]Um estudo desenvolvido por uma equipa do Instituto de Odontopediatria e Medicina Dentária Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), em colaboração com o CICECO-Instituto de Materiais de Aveiro, laboratório associado da Universidade de Aveiro (UA), traz novas perspetivas para o diagnóstico precoce da cárie dentária em crianças, a doença mais prevalente em todo o mundo nesta faixa etária.


O trabalho, intitulado “Perfis metabolómicos salivares na cárie dentária em idade pediátrica”, centrou-se em identificar uma “assinatura salivar” com o objetivo de detetar atempadamente crianças de alto risco para a cárie dentária, através de uma abordagem simples e não invasiva.


A cárie dentária em idade pediátrica «representa um grave problema de saúde pública, uma vez que constitui a doença mais prevalente em todo o mundo nesta faixa etária, com um considerável impacto na qualidade de vida das crianças e suas famílias. Contudo, até à data, ainda não foi identificado um preditor de risco consistente que permita a Um estudo desenvolvido por uma equipa do Instituto de Odontopediatria e Medicina Dentária Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), em colaboração com o CICECO-Instituto de Materiais de Aveiro, laboratório associado da Universidade de Aveiro (UA), traz novas perspetivas para o diagnóstico precoce da cárie dentária em crianças, a doença mais prevalente em todo o mundo nesta faixa etária.


O trabalho, intitulado “Perfis metabolómicos salivares na cárie dentária em idade pediátrica”, centrou-se em identificar uma “assinatura salivar” com o objetivo de detetar atempadamente crianças de alto risco para a cárie dentária, através de uma abordagem simples e não invasiva.


A cárie dentária em idade pediátrica «representa um grave problema de saúde pública, uma vez que constitui a doença mais prevalente em todo o mundo nesta faixa etária, com um considerável impacto na qualidade de vida das crianças e suas famílias. Contudo, até à data, ainda não foi identificado um preditor de risco consistente que permita a sinalização precoce de crianças de alto risco para a doença. A metabolómica salivar, uma ferramenta que permite a caracterização de muitos metabolitos simultaneamente em amostras de saliva, já possibilitou a identificação de marcadores metabolómicos específicos de várias doenças, como diabetes e cancro oral; no entanto, a aplicação desta inovadora abordagem no contexto da investigação em saúde oral pediátrica permanece pouco explorada», explicam as autoras do estudo, Joana Leonor Pereira e Ana Luísa Costa, da FMUC, e Ana Maria Gil, da UA.


Neste estudo, foram analisadas amostras de saliva de crianças através de espectroscopia de ressonância magnética nuclear (RMN) de protão, o que permitiu «efetuar a caracterização mais completa do metaboloma salivar de crianças até hoje realizada, no nosso melhor conhecimento. Paralelamente foi possível estabelecer, igualmente pela primeira vez, um protocolo apropriado de recolha salivar para este tipo de estudos, tendo-se ainda observado uma assinatura metabólica de cárie em crianças composta por 21 metabolitos, nunca antes reportada», esclarecem.


As investigadoras pretendem confirmar e validar esta promissora assinatura salivar em estudos futuros de larga escala, de modo a esta poder vir a funcionar como um biomarcador de cárie, permitindo o diagnóstico precoce da cárie dentária em crianças.


Este trabalho foi recentemente distinguido com 1º Prémio na categoria “Poster de Investigação” no 29º Congresso da Ordem dos Médicos Dentistas, o maior e mais importante congresso da área da medicina dentária em Portugal.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

O que são Falsos Positivos e qual o seu impacto na interpretação dos resultados nos testes ao SARS-CoV?

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-user-listing-4 columns="1" title="" icon="" hide_title="1" heading_color="" heading_style="default" title_link="" filter_roles="0" roles="" count="1" search="" order="DESC" order_by="user_registered" offset="" include="18" exclude="" paginate="none" pagination-show-label="0" pagination-slides-count="3" slider-animation-speed="750" slider-autoplay="1" slider-speed="3000" slider-control-dots="off" slider-control-next-prev="style-1" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" custom-css-class="" custom-id="" override-listing-settings="0" listing-settings="" bs-text-color-scheme="" css=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1606652277162{margin-left: 25px !important;}"]No actual contexto pandémico, em que é crítica a adopção de medidas profilácticas em comunidade, a correcta interpretação das inúmeras notícias, que diariamente populam os meios de comunicação social, tem um inegável impacto na adesão a essas mesmas medidas. Um exemplo recente prende-se com o caso dos “falsos positivos” dos testes ao SARS-CoV que, numa leitura desatenta e superficial, pode minar a confiança da opinião pública aos testes e, consequentemente, às medidas adoptadas no combate à pandemia. Mas o que significa exactamente um “falso positivo” e que relevância têm esses casos?


Quando é feito um qualquer teste, como é o caso do teste PCR (Polymerase Chain Reaction), vulgo “teste da zaragatoa”, há quatro cenários possíveis, resultantes do cruzamento entre dois possíveis estados acerca da pessoa (infectada ou não com o SARS-CoV) e dois possíveis resultados para o teste (positivo ou negativo): (1) a pessoa testada está efectivamente infectada com o vírus e o resultado do teste é, correctamente, positivo (um verdadeiro positivo); (2) a pessoa testada está efectivamente infectada com o vírus mas o resultado do teste é, erroneamente, negativo (um falso negativo); (3) a pessoa não está infectada com o vírus e o resultado do teste é, correctamente, negativo (um verdadeiro negativo); (4) a pessoa não está infectada mas o resultados do teste é, erroneamente, positivo (um falso positivo). Note-se que, de entre os quatro possíveis cenários, em dois deles o teste fornece um resultado correcto e, nos outros dois, um resultado erróneo: estes últimos, obviamente indesejáveis, são infelizmente impossíveis de eliminar completamente (por exemplo, o material genético sob o qual o teste se baseia existe em concentrações que variam individualmente, a zaragatoa é incorrectamente aplicada, entre outros possíveis factores).


Obviamente, quando é feito um teste, não se conhece de antemão se a pessoa está ou não infectada (caso contrário, o teste seria desnecessário) e, por conseguinte, é impossível determinar, perante um qualquer resultado, se estamos a lidar com um cenário cujo resultado é correcto ou errado. Podemos, contudo, quantificar a nossa convicção acerca do quanto o resultado do teste reflecte o verdadeiro estado da pessoa, sob a forma de probabilidades. Com base em estudos prévios, é possível quantificar as probabilidades de um verdadeiro positivo – a “sensibilidade” do teste – e de um verdadeiro negativo – a “especificidade” do teste. A sensibilidade indica-nos, de entre aqueles casos em que a pessoa está efectivamente infectada, a percentagem de casos em que o resultado do teste é, correctamente, positivo: para o teste PCR este valor é de, pelo menos, 95% (de onde resulta que 5% será a taxa de falsos negativos – isto é, em 5% dos casos em que uma pessoa está infectada, o teste dá um resultado negativo). A especificidade indica a probabilidade de o resultado do teste ser negativo quando a pessoa não está infectada – no caso do teste PCR a especificidade é, igualmente, de pelo menos 95% (ou seja, 5% dos casos serão falsos positivos).


Ainda que não existam testes perfeitos, há testes melhores que outros – um “bom” teste terá não só uma sensibilidade alta mas também uma especificidade alta: ou seja, não basta que o teste seja bom a detectar correctamente a presença do vírus, deve também identificar, tão correctamente quanto possível, a sua ausência. Para esclarecer este ponto, imagine um teste cujo resultado é sempre, sem excepção, “positivo”: seria matematicamente garantido que a sensibilidade deste teste fosse 100%, pois a totalidade das pessoas infectadas com SARS-CoV seria correctamente identificada como tal; porém, em 100% dos casos em que a pessoa não estivesse infectada, o resultado do teste seria, erroneamente, positivo – dito de outra forma, teríamos uma taxa de 100% de falsos positivos e, por conseguinte, uma especificidade de 0%. De igual forma, um teste cujo resultado fosse sempre, sem excepção, “negativo”, teria uma especificidade de 100% (a totalidade das pessoas não infectadas seria correctamente classificada como tal), mas uma sensibilidade de 0% (pois a totalidade das pessoas infectadas seria erroneamente classificada como não infectada – 100% de falsos negativos).


Obviamente, o leitor não confiaria no resultado de nenhum destes testes hipotéticos – um teste será tão mais confiável quanto maior for a sua sensibilidade e especificidade, pese embora seja impossível garantir para ambos uma taxa de 100%. E aqui reside parte do problema: nós, seres humanos, tendemos a sobrevalorizar certezas e nem sempre interpretamos correctamente informação probabilística, o que pode ser especialmente crítico quando essas informam decisões que, por sua vez, acarretam consequências. No que se segue, procuramos responder, de uma forma necessariamente breve, a duas questões: Se existem falsos positivos nos testes ao SARS-CoV, então qual é a probabilidade de uma pessoa estar infectada se o resultado do teste for positivo? Se um resultado num teste não nos fornece uma certeza absoluta, então com que seriedade devemos tomar um resultado positivo?


Sensibilidade, Falsos Positivos e o Teorema de Bayes


Quando um teste PCR é efectuado e um resultado obtido, ainda que exista sim uma certa probabilidade de esse ser erróneo (um falso positivo ou um falso negativo), obtemos informação nova, que não tínhamos previamente – obviamente, a qualidade da informação obtida é tão boa quanto a fidelidade do teste, e daí que seja tão relevante conhecer a sua sensibilidade e a especificidade. Por outro lado, antes da realização de um teste, não somos necessária e totalmente ignorantes: é possível quantificar a nossa convicção à partida acerca da presença/ausência de uma infecção, uma vez mais sob a forma de uma probabilidade. Suponha o leitor que duas pessoas que conhece foram sujeitas ao teste PCR e, para ambas, o teste deu positivo: contudo, enquanto que uma delas sistematicamente falhou em aderir a cuidados básicos, como o distanciamento social e uso de máscara, frequentou várias festas e contactou com pessoas com Covid, a outra manteve um estrito regime de confinamento e distanciamento social. A sua convicção de que um resultado positivo representa um verdadeiro positivo (isto é, a pessoa está efectivamente infectada) será certamente maior para a primeira pessoa. Dito de outra forma, a probabilidade de uma pessoa em específico estar infectada com SARS-CoV, dado um resultado positivo no teste PCR, depende do quão fiável é o teste (a sua sensibilidade e especificidade) mas também da probabilidade à partida de uma infecção.


Qual é, então, a probabilidade de uma pessoa estar efectivamente infectada tendo em conta um resultado positivo no teste [P(Cov|PCR+)]? A resposta a esta questão pode ser obtida com o chamado Teorema de Bayes: esta fórmula permite combinar a informação obtida com um resultado positivo (dado um teste com uma certa sensibilidade e especificidade) com a convicção prévia acerca do quão provável é a pessoa estar infectada [antes de se conhecer o resultado do teste – P(Cov)]:



Para concretizar, vamos assumir que o teste PCR tem uma sensibilidade de 98% (e, logo, uma taxa de falsos negativos de 2%) e uma especificidade de 95% (e, portanto, uma taxa de falsos positivos de 5%). Para a probabilidade à partida de uma infecção, vamos assumir que a pessoa testada foi escolhida aleatoriamente de uma população na qual a prevalência do vírus se situa nos 3%:



O leitor poderá ficar surpreendido com este resultado – não obstante um teste consideravelmente fiável (uma sensibilidade de 98% e uma especificidade de 95%), a probabilidade desta pessoa em particular estar infectada é de “apenas” 37%. Contudo, note que antes de obtermos a informação do teste, a probabilidade desta pessoa estar infectada era já consideravelmente baixa – apenas 3%: ou seja, é relativamente mais provável que o resultado seja um falso positivo. Ainda assim, a nossa convicção de uma infecção aumentou de 3% para 37%, o que representa um considerável ganho de informação. Importa clarificar que esta probabilidade expressa tão somente a convicção acerca do estado de saúde da pessoa: não é um valor imutável e pode ser melhorada com a obtenção de mais informação. Suponha que decidimos testar novamente a mesma pessoa e, uma vez mais, o resultado foi positivo – a probabilidade “à partida” dessa estar infectada já não é 3%, mas sim 37% (após o primeiro teste):



O resultado reflecte aquilo que intuitivamente esperaríamos – dois testes positivos aumentam a nossa convicção de que este é um verdadeiro positivo. Mais que isso, a nossa convicção acerca da probabilidade de uma infecção por SARS-CoV aumentou quando o valor da probabilidade à partida era maior. De forma similar, um resultado positivo numa pessoa que tenha tido contactos de risco e falhado em aderir a recomendações e/ou que apresente sintomas terá uma maior probabilidade de ser um verdadeiro positivo pelo simples facto de que a probabilidade à partida de uma infecção ser também maior. A relevância deste ponto fornece uma nova perspectiva sobre a questão dos “falsos positivos”: quando mais eficazes forem as medidas de controlo da pandemia e adesão às mesmas, menor é a probabilidade de uma qualquer pessoa estar infectada e, por conseguinte, maior a probabilidade de um resultado positivo ser “apenas” um falso positivo. Dito de outra forma, uma taxa relativamente alta de falsos positivos não deve ser tomada levianamente como evidência para desconfiar do próprio teste – na verdade, conhecerem-se mais falsos positivos pode ser tão somente uma consequência da eficácia das medidas adoptadas para controlo da pandemia.


Falsos Positivos, Falsos Negativos e a ponderação de custos e ganhos


Como discutimos na secção anterior, o resultado de um teste não nos informa de forma absolutamente inequívoca acerca da presença de SARS-CoV: conhecemos o resultado do teste (positivo ou negativo) e, quanto muito (na medida em que consigamos aferir correctamente uma probabilidade prévia), uma convicção probabilística de que, dado um teste positivo, estamos perante um verdadeiro positivo. Obviamente, a relevância dessa informação não se esgota em si mesma, antes informando e suportando um ou outro curso de acção – com que seriedade se deverá tomar um resultado positivo (já que pode ser um falso positivo)? Justificar-se-á um período de quarentena e limitação de contactos sociais? Ora, de forma relevante, uma escolha sensível de um curso de acção não poderá somente depender das probabilidades acerca de certos estados do mundo, mas deverá igualmente considerar as consequências associadas a diferentes possíveis cenários. Com efeito, cada um dos quatro cenários possíveis quando se aplica um teste – verdadeiros positivos, verdadeiros negativos, falsos positivos e falsos negativos – acarreta consequências específicas, tanto individuais como sociais.


No caso da actual pandemia, um verdeiro positivo representa ganhos consideráveis: um caso activo é correctamente detectado, a pessoa em causa pode ser isolada, prevenindo assim a propagação da doença, e sujeita a um tratamento adequado, caso seja necessário (eventualmente salvando uma vida). Já um verdadeiro negativo acarreta vantagens para a pessoa envolvida, pois não vê a sua vida afectada e poderá ficar descansada por não ter contraído Covid. Por outro lado, um falso positivo significa que a pessoa envolvida será isolada, o que poderá representar um incómodo desnecessário, ainda que não particularmente gravoso. Finalmente, um falso negativo acarreta custos consideráveis, pois uma pessoa infectada com SARS-CoV que não seja correctamente identificada poderá manter as suas rotinas, contactar com outros e, eventualmente, propagar desnecessariamente a infecção.


Quantificando os custos e os ganhos associados a cada possível cenário, é possível determinar como deverá ser ponderada a evidência disponível para informar uma postura mais radical – tomar seriamente a mínima evidência de que se trata de um verdadeiro positivo (valores de βO inferiores a 1) – ou mais conservadora – tomar com muita cautela evidência de que se está perante um verdadeiro positivo, a menos que se tenha um grau razoável de confiança (valores de βO superiores a 1) –, e agir em concordância (a fórmula seguinte é baseada nalguns aspectos normativos, fundados na Teoria da Escolha Racional, da Teoria de Detecção de Sinal):



É sempre difícil tentar quantificar numericamente custos e ganhos de eventos que envolvam a vida e o bem-estar das pessoas – contudo, pode frequentemente ser um exercício necessário. O leitor deverá tomar o que se segue não como uma solução prescritiva, mas sim como um exercício de reflexão, e poderá ensaiar soluções distintas da que é aqui apresentada. Imaginemos uma pessoa que, perante um resultado positivo no PCR, e conhecendo o Teorema de Bayes, repete os cálculos que fizemos na secção anterior, e determina ter uma probabilidade de 37% de estar efectivamente infectada. Contudo, antes de concluir apenas que “é muito pouco provável eu estar contaminada”, reflecte sobre os custos e ganhos de cada possível cenário: se estiver realmente infectada (verdadeiro positivo), poderá isolar-se, tomar as medidas necessárias e proteger-se a si e aos outros, o que estima ter um valor de 100 pontos; já um verdadeiro negativo tem pouco impacto na sua vida, para além de algum alívio de não estar infectada, o que estima valer 5 pontos; um falso positivo significaria que exercitaria um confinamento desnecessário, o que representa algum desconforto pessoal, com um custo estimado de -10 pontos; finalmente, um falso negativo significaria que não obstante estar infectada, levaria a sua vida rotineira sem alterações, potencialmente infectando outras pessoas, o que estima ter um custo considerável de -150 pontos. Aplicando a fórmula anterior temos que:



Note-se que, não obstante a relativamente baixa probabilidade desta pessoa estar infectada, os custos associados a um falso negativo e os ganhos associados a um verdadeiro positivo, compensam largamente aqueles associados a um falso positivo e um verdadeiro negativo. O resultado, bastante inferior a 1 traduz a conclusão, de si óbvia, que neste caso é preferível “jogar pelo seguro” e tomar seriamente um resultado positivo no teste, mesmo que seja somente um “mero” falso positivo.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Anemia e infeção: uma relação difícil que prejudica muitos doentes

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1606567223677{margin-bottom: 30px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""][better-ads type="banner" banner="3816" campaign="none" count="2" columns="1" orderby="rand" order="ASC" align="center" show-caption="1" lazy-load=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1606567209533{margin-left: 26px !important;}"]Em Portugal, de acordo com o estudo EMPIRE, a prevalência de anemia nos doentes hospitalizados vai além dos 20,6%, com 4% destes a apresentarem um quadro clínico agudo de infeção ou inflamação. Segundo Nuno Marques, Diretor Clínico do Hospital Garcia de Orta, “a anemia é uma manifestação comum de uma patologia infecciosa”. A propósito do Dia da Anemia, que se assinala a 26 de novembro, confirma que grande parte das infeções pode induzir destruição de glóbulos vermelhos, o que significa que “teremos sempre algum grau de anemia associada”.


A estes dados acrescenta outros. “Um estudo recente, realizado num serviço de Medicina Interna em Pádua, Itália, analisou a prevalência de anemia em doentes hospitalizados, num total de 435 doentes estudados. Cerca de 66,6% dos doentes admitidos por infeção, apresentavam anemia. Outro estudo, realizado na China, descreveu uma prevalência de 55% de anemia em doentes hospitalizados e infetados por VIH-1.


O tema vai estar em debate na reunião anual do Anemia Working Group Portugal - Associação Portuguesa para o Estudo da Anemia, este ano sob o lema “Educar para Prevenir” e que se realiza online nos dias 20, 21, 27 e 28 de novembro. De acordo com o especialista, a anemia por doença crónica surge frequentemente em doentes hospitalizados ou associada a diversas patologias, como é o caso de doenças infecciosas, neoplásicas ou autoimunes.


A relação entre infeção e anemia não é fácil. Por um lado, “são várias as patologias infecciosas que podem decorrer de diferentes tipos de anemia e os mecanismos subjacentes não são exclusivos. Uma infeção pode apresentar vários mecanismos contributivos para o aparecimento de anemia”, explica Nuno Marques. Nestes casos, a anemia pode ser proveniente de infeções virais, bacterianas ou infeções associadas à deficiência de vitamina B12 e ao consumo de alguns alimentos, como é o caso de peixe cru.


Mas o facto é que a anemia é uma manifestação comum durante uma infeção. Por isso, o Diretor Clínico do Hospital Garcia de Orta sublinha que “é importante avaliá-la de forma precoce, principalmente em doentes que requeiram internamento por forma a avaliar numa primeira instância a necessidade de tratamento específico”.


Esta rapidez na avaliação é benéfica, por exemplo, para os doentes com insuficiência cardíaca, uma vez que “a anemia requer sempre algum grau de aumento do débito cardíaco para manter uma oxigenação tecidular adequada. Assim, doentes com patologia cardíaca como cardiopatia isquémica ou insuficiência cardíaca têm um benefício claro na rápida identificação e tentativa de compensação da anemia”. O mesmo acontece com os doentes que sofrem de problemas respiratórios, já que a anemia “pode levar também a um mecanismo de compensação respiratório com aumento da frequência respiratória, na tentativa de otimizar a oxigenação tecidular e este mecanismo pode agravar casos de infeção respiratória, sépsis, etc.”.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Dezasseis municípios transmontanos fazem parte da lista do recolhimento domiciliário

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1604182300547{margin-bottom: 30px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""][better-ads type="banner" banner="3816" campaign="none" count="2" columns="1" orderby="rand" order="ASC" align="center" show-caption="1" lazy-load=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1604182280298{margin-left: 26px !important;}"]Alfândega da Fé, Alijó, Bragança, Chaves, Macedo de Cavaleiros, Mesão Frio, Mogadouro, Murça, Peso da Régua, Ribeira de Pena, Mondim de Basto, Sabrosa, Santa Marta de Penaguião, Vila Flor, Vila Pouca de Aguiar e Vila Real são os 16 concelhos transmontanos que fazem parte da lista dos 121 municípios vão ficar abrangidos pelo dever cívico de recolhimento domiciliário.

A partir da próxima quarta-feira, estes territórios ficam abrangidos pelo dever cívico de recolhimento domiciliário, vão ser obrigatórios novos horários nos estabelecimentos comerciais e o teletrabalho. O anúncio foi feito pelo Governo depois de uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros, que se realizou hoje em Lisboa.

Segundo as novas regras, os estabelecimentos comerciais terão de fechar às 22 horas, estão proibidas as feiras, mercados e os eventos e celebrações ficam limitados a cinco pessoas, exceto nos casos em que os participantes pertencem ao mesmo agregado familiar.

Se nada tivermos a fazer de imperioso, devemos ficar em casa. Claro que podemos sair para ir trabalhar, para ir à escola, para fazer as compras, para fazer algum exercício físico nas proximidades, passear animais de companhia, dar assistência a alguma pessoa que precise, mas a regra não podemos esquecer: devemos ficar em casa”, afirmou António Costa, citado pela Agência Lusa.

Como critério para esta decisão esteve o número de casos da covid-19 nos últimos dias. Em todas as situações em que se verifique mais de 240 casos de infeção por 100 mil habitantes, serão aplicadas as medidas restritivas anunciadas hoje pelo Governo, e segundo o primeiro-ministro português esta tomada de posição está em consonância com o critério seguido pelo Centro Europeu de Controlo das Doenças.

A lista será revista a cada 15 dias, esperando-se, segundo António Costa, um mês de novembro “muito duro”.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Projeto SMS quer prevenir a depressão nos jovens e promover a saúde mental

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1602325921643{margin-bottom: 70px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""][better-ads type="banner" banner="3816" campaign="none" count="2" columns="1" orderby="rand" order="ASC" align="center" show-caption="1" lazy-load=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1602325908003{margin-left: 26px !important;}"]Uma equipa da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra (FPCEUC) vai iniciar, este mês, em duas escolas do Agrupamento Figueira Norte, na Figueira da Foz, um plano de intervenção que visa a promoção da saúde mental, a prevenção da depressão e o combate ao estigma social e ao insucesso escolar associados.


A intervenção vai ser aplicada na Escola Básica Pintor Mário Augusto e na Escola Secundária Cristina Torres, no âmbito do projeto “SMS”, acrónimo de “Sucesso, Mente e Saúde”, financiado pelo programa Portugal Inovação Social e pela Câmara Municipal da Figueira da Foz.


O “SMS” traduz-se numa intervenção de “banda larga”, isto é, envolve não só todos os alunos, como também os seus pais e encarregados de educação, professores e outros profissionais das escolas e ainda técnicos da comunidade que estão diretamente relacionados com estabelecimentos de ensino, como, por exemplo, técnicos da autarquia e de centros de saúde.


Além disso, inclui uma forte vertente tecnológica, nomeadamente a plataforma web “SMS eSaúde”, desenvolvida com a colaboração de investigadores do Departamento de Engenharia Informática da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC).


A intervenção é constituída por dois programas, um destinado aos jovens e outro aos educadores. O programa “SMSjovens” é constituído por 10 sessões, aplicadas uma por semana, numa lógica de aprendizagem combinada (presencial e remota). Em cada sessão, com a duração de uma hora, são trabalhadas e treinadas competências baseadas na terapia cognitivo-comportamental, que se têm revelado eficazes na prevenção e tratamento de muitos problemas de saúde mental na adolescência, designadamente o mindfulness (atenção plena) e autocompaixão. As 10 sessões que compõem o programa “SMSeducadores” visam promover competências de comunicação, de resolução de conflitos e de suporte emocional, entre outras, de modo a impactar positivamente na qualidade da relação com os adolescentes.


«Por exemplo, trabalha-se a relação entre pensamentos, comportamentos e emoções, são dinamizadas atividades de lazer para melhorar o estado de humor, treinam-se aptidões de comunicação positiva e de resolução de problemas», esclarece a coordenadora do projeto, Ana Paula Matos.


«Trata-se de uma intervenção preventiva, multinível e baseada em evidência científica. O projeto SMS tem a sua origem num projeto anterior, desenvolvido por esta mesma equipa, onde foram testados programas de prevenção da depressão, para adolescentes e pais, em 27 escolas portuguesas», acrescenta a docente da FPCEUC e investigadora do Centro de Investigação em Neuropsicologia e Intervenção Cognitiva-Comportamental (CINEICC).


Por seu turno, Rosário Pinheiro, outra das investigadoras do projeto, sublinha que «a característica de “banda larga” torna o projeto inovador. Por outro lado, é uma intervenção que aposta fortemente na vertente tecnológica. A plataforma web “SMS eSaúde”, destinada não apenas aos participantes no programa, mas também à população em geral, contém conteúdos relacionados com saúde mental (p. ex., vídeos, jogos, áudios sobre mindfulness e compaixão, fóruns, bancos de informação sobre linhas de apoio e serviços de acompanhamento psicológico)».


Além disso, sustentam Ana Paula Matos e Rosário Pinheiro, «vamos deixar raízes, ou seja, as escolas que vão ser sujeitas a esta intervenção ficarão capacitadas para poderem continuar a realizar a intervenção SMS».


Nos programas “SMS” e nos workshops “SMS Express” sobre literacia e saúde mental, «incluem-se ainda estratégias de educação pelos pares através das quais se capacitam, como “mind coachers”, adolescentes e educadores, com o objetivo de estes impactarem noutros adolescentes e educadores, sensibilizando para a necessidade de cuidar da saúde mental, de procurar, receber e dar ajuda e de combater o estigma associado à doença mental», explicitam.


A equipa, que também integra José Joaquim Costa e Mário Zenha-Rela, explica ainda que os jovens que vão participar na intervenção “SMS” «não têm que ter qualquer tipo de problema relativamente à sua saúde mental. Antes pelo contrário, o objetivo é aumentar a sua resiliência, prevenir a depressão e outras psicopatologias, e sensibilizar para a importância da promoção da saúde mental».[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Gripe: farmácias vacinam para o SNS

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1601496041940{margin-bottom: 100px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""]

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[/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1601496024641{margin-left: 27px !important;}"]As farmácias comunitárias vão vacinar contra a gripe, em todo o país, para o Serviço Nacional de Saúde (SNS). O programa “Vacinação SNS Local” é o nome de um novo serviço farmacêutico de proximidade, prestado por 10 mil profissionais, em 2.750 farmácias.

Os utentes maiores de 65 anos terão direito a vacinar-se gratuitamente numa farmácia da sua preferência, a partir de dia 19 de outubro, à semelhança do que acontece nos centros de saúde.

As farmácias aceitaram o desafio do Ministério da Saúde de vacinarem contra a gripe, e sem custos para o utente, pelo menos 150 mil pessoas maiores de 65 anos, replicando um projeto-piloto que decorreu em Loures, nos últimos dois anos.

A operacionalização será feita em regime de parceria com as Câmaras Municipais que contribuirão para o suporte desta iniciativa, o que deverá fazer subir o número de beneficiários para além deste primeiro contingente. O fundo de emergência. Abem: COVID.19, da Associação Dignitude, facilitará a gestão de beneficiários, município a município, assim como o acesso à vacina por parte dos cidadãos mais carenciados.

«Contamos com a contribuição das câmaras municipais, das empresas e das instituições de solidariedade, a fim de assegurar o acesso à vacinação ao maior número possível de cidadãos de grupos risco nas farmácias próximas da sua residência, com mais comodidade e total segurança», apela Maria de Belém Roseira, embaixadora da Associação Dignitude. «Está demonstrado em todo o mundo que o aproveitamento da rede de farmácias permite aumentar a imunização da população», declara a ex-ministra da Saúde.

O programa “Vacinação SNS Local” teve uma experiência-piloto, implementada nos dois últimos anos no concelho de Loures. A liberdade dada aos munícipes deste concelho para poderem escolher vacinar-se numa farmácia, nas mesmas condições do centro de saúde, aumentou em 33% a imunização contra a gripe da população maior de 65 anos.

«A rede de farmácias garante que as vacinas chegam aos cidadãos mais vulneráveis, em condições de conforto e de segurança, próximo das suas casas», declara Paulo Cleto Duarte, presidente da ANF.

As farmácias asseguraram o acesso a 500 mil vacinas, para o seu próprio serviço de vacinação, que existe há 12 anos, tendo assim Portugal 2,5 milhões de vacinas disponíveis.

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Investigadores da UTAD analisam as implicações da COVID-19 na resistência a antibióticos

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1598441406918{margin-bottom: 30px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""][better-ads type="banner" banner="3816" campaign="none" count="2" columns="1" orderby="rand" order="ASC" align="center" show-caption="1" lazy-load=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1598441357228{margin-left: 25px !important;}"]

"Quais as implicações do uso de antibióticos durante a pandemia de COVID-19?". Esta é uma questão que tem preocupado os investigadores do grupo MicroART – Microbiology and Antibiotic Resistance, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), que há muitos anos investigam a crescente resistência de bactérias aos antibióticos, a qual se tem revelado como um dos problemas mais graves que a humanidade terá de enfrentar num futuro próximo.

A COVID-19 causa principalmente infeções respiratórias graves, tendo sido declarada como uma emergência de saúde pública de interesse internacional em janeiro do presente ano. Além de todas as implicações, já conhecidas, do vírus SARS-CoV-2, na saúde humana, também esta doença poderá estar a agravar “de forma desastrosa” a prevalência mundial de resistência antimicrobiana. Patrícia Poeta, docente da UTAD e líder deste grupo de investigação, alerta para as consequências de saúde pública que poderão estar relacionadas com o tratamento de infeções secundárias em pacientes com COVID-19.

No tratamento de pacientes com COVID-19 têm-se verificado a administração de uma variedade de antimicrobianos, tais como, antivirais, antibióticos e antifúngicos, de forma a combater a infeção viral e as complicações/infeções secundárias adjacentes”, refere a investigadora, adiantando que “embora os antibióticos não sejam usados no tratamento de infeções virais, a infeção bacteriana é, frequentemente, uma consequência secundária das infeções virais sendo que a administração de antibióticos durante a pandemia 2019-2020 poderá agravar de forma desastrosa a prevalência mundial de resistência antimicrobiana”. A DGS recomenda a implementação de Programas de Gestão de Utilização de Antibióticos (ou “Antibiotic Stewardship”) para reduzir a prevalência da resistência aos antimicrobianos, diminuindo os custos com os cuidados de saúde e aumentar a eficácia da terapêutica. Para além dos médicos de medicina humana, os médicos veterinários exercem um papel extremamente importante nesta área visto apenas estas classes possuírem legitimidade para prescrever. Patrícia Poeta, médica veterinária e membro eleito do Comité Executivo do ESGVM pertencente ao ESCMID, reconhece que apenas com uma gestão adequada do uso dos antibióticos, será possível controlar o problema numa perspetiva “One Health”.

Também Carla Miranda, investigadora do grupo, fez questão de salientar que “o uso inadequado e excessivo de antibióticos acelera a resistência antimicrobiana” e, embora poucos estudos refiram especificamente o uso de antibióticos no tratamento de complicações graves de pacientes infetados com o SARS-CoV-2 ou inicialmente como medida profilática, contraindicado pela Organização Mundial de Saúde, “o impacto global no surgimento de resistência a novos antimicrobianos ainda é incerto”.

Estando ciente das quantidades não descritas de antibióticos que foram administradas em todo o mundo em apenas alguns meses, Patrícia Poeta adianta que “deve-se antever por um aumento acentuado destas resistências com consequências potencialmente graves quer para a saúde humana e animal quer para o meio ambiente”.

É sabido que a preocupação é salvar vidas, contudo, segundo a investigadora e líder do grupo “não podemos descuidar as futuras implicações de efeitos colaterais desta pandemia, devido à administração de antibióticos”. Além disso, Patrícia Poeta sublinha que “já anteriormente à pandemia se previa um aumento significativo nas mortes e custos médicos por infeções bacterianas resistentes a antibióticos até 2050”. Contudo, o desenvolvimento de novos antibióticos diminuiu bruscamente nos últimos anos, podendo por em causa o tratamento eficaz de inúmeras doenças. Tal como aconteceu, por exemplo, no caso da Peste Negra que também causou milhões de mortes no século XIV, a qual foi recentemente reportada na Mongólia, resultando possivelmente da capacidade da bactéria Yersinia pestis em adquirir resistência aos antibióticos até então aplicados, levando ao surgimento de novos surtos.

Por estas e inúmeras razões, o combate à resistência antimicrobiana “requer medidas profiláticas urgentes” de forma a reduzir a administração e uso de antibióticos inadequadamente, tais como a consciencialização a população em geral, incluindo a classe médica, do uso inadequado dos mesmos, a implementação de medidas higio-sanitárias de forma a prevenir a infeção e transmissão de doenças infeciosas. Além disso, o investimento, por parte de governos e da indústria, deve ser fulcral, no desenvolvimento de novos medicamentos assim como vacinas, contra infeções resistentes para reduzir com sucesso a resistência antimicrobiana.

O grupo MicroART acaba de publicar um artigo, a 24 de Agosto de 2020, intitulado Implications of antibiotics use during the COVID-19 pandemic: Present and Future numa revista científica internacional de prestígio, a Journal of Antimicrobial Chemotherapy [icon name="file-pdf-o" class="" unprefixed_class=""] com grande impacto na área, sobre esta problemática, alertando sobre os seus perigos.

A COVID-19 já infetou mais de 23,424,844 pessoas com 808,716 mortes registadas em todo o mundo (25 de Agosto de 2020).

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Estímulos acústicos para ajudar doentes com Parkinson

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1596704766105{margin-bottom: 120px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""][better-ads type="banner" banner="3816" campaign="none" count="2" columns="1" orderby="rand" order="ASC" align="center" show-caption="1" lazy-load=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1596704749501{margin-left: 25px !important;}"]


A Escola de Engenharia da Universidade do Minho (EEUM) quer retardar efeitos da doença de Parkinson através de estímulos acústicos e monitorização recorrendo a um leitor de mp3 e a um simples smartwatch no pulso. O objetivo é auxiliar nos processos diários da reabilitação cognitiva e motora daqueles pacientes e no seu acompanhamento por cuidadores e médicos.


O projeto científico, designado “TECA-PARK [icon name="external-link" class="" unprefixed_class=""]- Tecnologias de capacitação acústica para a assistência, monitorização e reabilitação de pacientes com doença de Parkinson”, tem a parceria das universidades Politécnica de Madrid e de Oviedo, em Espanha, e o apoio do Hospital Senhora da Oliveira e Lar de Santa Estefânia, ambos em Guimarães. É financiado pelo Centro Internacional sobre o Envelhecimento, ligado ao programa transfronteiriço INTERREG e ao Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional. A investigação em Portugal é coordenada por Pedro Arezes e Nélson Costa, do Centro Algoritmi da Universidade do Minho (UMinho).


O som é dos principais meios para estimular o ser humano e, nas doenças neuro-degenerativas, a musicoterapia ajuda no estado de espírito e a desbloquear movimentos. O “TECA-PARK” inova ao recorrer a objetos de uso frequente no quotidiano do paciente. Entrega-lhe um kit de estimulação (leitor de mp3 com auriculares, para ouvir duas vezes ao dia uma estimulação de dez minutos) e ainda um kit de monitorização (relógio inteligente, telemóvel ou tablet, para realizar exercícios bissemanais). Esses suportes recolhem a informação gerada e enviam-na para servidores, onde algoritmos de inteligência artificial relacionam os dados com a evolução dos sintomas do paciente e eventuais melhorias fruto desses estímulos acústicos. Na UMinho criou-se ainda uma ferramenta de monitorização do movimento, decisiva para perceber o efeito dos medicamentos na autonomia dos doentes; isto é, traz mais dados para a sua avaliação clínica.


Experiências na Península Ibérica e nos EUA


Na primeira fase do projeto, as tecnologias desenvolvidas foram integradas numa plataforma em nuvem que utiliza técnicas de reconhecimento de padrões e big data. O suporte foi validado com as associações Parkinson Madrid, Jovellanos, Aparkam e com o laboratório AgeLab do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos EUA. No primeiro trimestre deste ano decorreram sessões semanais com pacientes voluntários do hospital e lar de Guimarães, orientadas por Nelson Costa. Mas a pandemia suspendeu os trabalhos e as sessões foram escassas para saber se o estímulo acústico produz efeitos retardadores da evolução da patologia. No entanto, os resultados prévios confirmaram que a ferramenta é útil para acompanhar a evolução da doença, diz aquele investigador do Grupo de Ergonomia & Fatores Humanos do Centro Algoritmi e professor do Departamento de Produção e Sistemas da EEUM.


O responsável acredita que a disponibilidade de informações precisas para os serviços clínicos e de reabilitação poderá melhorar os tempos de resposta na adaptação de protocolos de tratamento farmacológico e de reabilitação, contribuindo para o cuidado e assistência a doentes de Parkinson. Os cientistas querem continuar a melhorar a vida dos doentes de Parkinson através de tecnologias inclusivas, não invasivas e de baixo custo, que favoreçam a estimulação, monitorização e acompanhamento do paciente, facilitando em simultâneo a sua interação com o cuidador e o clínico assistente.


“Iremos prosseguir o projeto logo que possível e estamos a preparar novas candidaturas a financiamento”, explica. O estudo junta engenheiros, neurologistas, neurocientistas e técnicos de reabilitação e assistência. A região transfronteiriça, na qual se insere o “TECA-PARK”, tem uma população tendencialmente envelhecida, dispersa em territórios rurais e com acessibilidade assistencial limitada a nível neuro-degenerativo, um tipo de patologia em que a tecnologia poderá ter um impacto muito positivo nos pacientes.


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Fibrilhação Auricular afeta cerca de 200 mil portugueses e é uma das principais causas de Acidentes Vasculares Cerebrais

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-user-listing-4 columns="1" title="" icon="" hide_title="1" heading_color="" heading_style="default" title_link="" filter_roles="0" roles="" count="1" search="" order="DESC" order_by="user_registered" offset="" include="13" exclude="" paginate="none" pagination-show-label="0" pagination-slides-count="3" slider-animation-speed="750" slider-autoplay="1" slider-speed="3000" slider-control-dots="off" slider-control-next-prev="style-1" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" custom-css-class="" custom-id="" override-listing-settings="0" listing-settings="" bs-text-color-scheme="" css=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1595521152276{margin-left: 25px !important;}"]A Fibrilhação Auricular é a arritmia cardíaca mais frequente em todo o mundo. A sua prevalência aumenta com a idade, atingindo cerca de 10% da população com mais de 65 anos. Estima-se que a sua presença possa estar relacionada com até 30% dos casos de Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC).

Alguns estudos indicam que esta condição aumenta em cinco vezes o risco de AVC, em três vezes o risco de insuficiência cardíaca e que duplica o risco de demência e morte.

Não é clara a razão pela qual algumas pessoas com Fibrilhação Auricular não têm sintomas. No entanto, a maior parte das pessoas descreve sintomas como sensação de palpitações ou batimentos descoordenados do coração, uma pulsação rápida e irregular, tonturas, sensação de desmaio ou perda do conhecimento, dificuldade em respirar, cansaço, confusão ou sensação de aperto no peito.

O diagnóstico precoce continua a ser fundamental para um bom controlo desta arritmia e para evitar possíveis complicações. É também fundamental não esquecer de controlar outros factores de risco cardiovasculares, como o peso, a tensão arterial ou o colesterol, promovendo uma alimentação equilibrada, a prática de exercício físico regular e a avaliação do ritmo cardíaco e das pulsações. Medir a pulsação através da palpação de uma artéria do pulso é uma manobra muito simples e que pode ser ensinada a todos em poucos minutos.

Por se tratar de uma das principais causas de AVC, um diagnóstico de Fibrilhação Auricular pode levar à prescrição de terapêutica anticoagulante, por forma a diminuir a capacidade de coagulação do sangue e assim reduzir a possibilidade de se formarem coágulos.

Até há alguns anos, os medicamentos habitualmente utilizados eram a Varfarina e o Acenocumarol. Contudo, actualmente existem já novos medicamentos disponíveis que vieram revolucionar este tipo de tratamento. Estes fármacos, denominados novos anticoagulantes orais, permitem uma maior comodidade e qualidade de vida aos doentes, uma vez que não é necessário efectuar qualquer controlo e têm muito poucas interacções alimentares, sendo por isso considerados como preferenciais neste tipo de patologia.

Os episódios de Fibrilhação Auricular podem desaparecer sem tratamento, no entanto, deve discutir com o seu médico o que fazer se ocorrer um episódio. Se sentir quaisquer sintomas desagradáveis que o façam sentir-se mal (como náuseas, dores no peito, desmaios, etc.), deve procurar assistência médica.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

COVID-19 e doenças cardiovasculares: esclarecer e informar é o objetivo de série de cinco vídeos

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1595459440923{margin-bottom: 100px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""][better-ads type="banner" banner="3816" campaign="none" count="2" columns="1" orderby="rand" order="ASC" align="center" show-caption="1" lazy-load=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1595459425721{margin-left: 25px !important;}"]A COVID-19 trouxe consigo muitas preocupações, principalmente àqueles que já sofriam de outras patologias, como é o caso dos doentes cardiovasculares. Esta preocupação foi estendida não só aos seus familiares, mas também aos profissionais de saúde que os tratam e há dúvidas que permanecem. Por isso mesmo, um grupo de especialistas liderado por Irene Marques, médica especialista em Medicina Interna e coordenadora da Clínica multidisciplinar de Insuficiência Cardíaca (GEstIC) do Centro Hospitalar Universitário do Porto, com o apoio da AstraZeneca, lançam uma série de cinco vídeos com o objetivo de esclarecer e informar os doentes com patologias cardiovasculares, que representam um dos grupos com “maior risco de complicações graves e morte se contraírem COVID-19”, recorda a especialista.


Em período de emergência ou calamidade nacional, com maior distanciamento social e dos médicos, estes doentes têm maior probabilidade de descompensação da sua doença, com risco de internamento hospitalar e morte.” Segundo Irene Marques “neste período, tem-se verificado um menor número de doentes com Enfarte Agudo do Miocárdio e AVC nas urgências hospitalares, o que é muito preocupante, porque estas doenças continuam a acontecer mas não são tratadas devidamente”. Uma das causas pode estar relacionada com o medo destas pessoas em procurar os serviços de saúde. “Muitos doentes ficam em casa por receio de irem ao hospital e serem infetados pelo coronavírus”. Importa, por isso, transmitir que “os centros de saúde e hospitais estão preparados para os tratar em segurança”.


Esta série de vídeos será uma forma de ajudar a desmistificar alguns destes receios e dúvidas e contará com a participação de uma psiquiatra, para falar sobre saúde emocional; um enfermeiro hospitalar, que irá abordar temas como a alimentação saudável e os autocuidados; uma fisiatra, que irá explicar a importância destes doentes se manterem ativos; e ainda uma assistente social, que irá mencionar os apoios sociais disponíveis, nesta fase de pandemia. Todos os vídeos poderão ser vistos no canal de Youtube da AstraZeneca e no site Diabetes 365.


Episódio 1 [icon name="youtube" class="" unprefixed_class=""]: Preocupações do doente cardiovascular em tempo de pandemia.
Episódio 2 [icon name="youtube" class="" unprefixed_class=""]: Saúde emocional
Episódio 3 [icon name="youtube" class="" unprefixed_class=""]: Alimentação saudável e autocuidados
Episódio 4 [icon name="youtube" class="" unprefixed_class=""]: Atividade física
Episódio 5 [icon name="youtube" class="" unprefixed_class=""]: Apoio social[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Projeto quer prevenir a transmissão do SARS-CoV-2 em unidades de saúde do SNS

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1595149597102{margin-bottom: 150px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""]

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[/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1595149580418{margin-left: 25px !important;}"]Com o objetivo de criar um programa de monitorização para prevenir a transmissão do coronavírus SARS-CoV-2 nas instituições do Serviço Nacional de Saúde (SNS), uma equipa multidisciplinar da Universidade de Coimbra (UC) está a desenvolver um estudo para identificar os pontos críticos de contaminação em diversas superfícies e no ar interior e verificar a eficácia das medidas de higienização implementadas nos espaços.

Intitulado “Environmental monitoring of SARS-CoV-2 in a hemodialysis unit: a quest for preventing transmission in healthcare facilities”, este projeto, que obteve 40 mil euros de financiamento da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) no âmbito da iniciativa “Research4Covid - Projetos de implementação rápida para soluções inovadoras”, envolve investigadores de duas faculdades da UC – Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCTUC) e Faculdade de Medicina (FMUC) – e o Serviço de Nefrologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).

[caption id="attachment_6897" align="alignleft" width="244"] Gil Correia[/caption]

Nesta primeira fase, o trabalho vai incidir numa unidade de hemodiálise, desde logo pelas características dos doentes, que apresentam concomitantemente muitas patologias e são, portanto, uma população com risco acrescido para a Covid-19. Mas também devido às particularidades deste tipo de serviço: as unidades de diálise são habitualmente locais de excelência na aplicação de processos de controlo de infeção, tendo ciclos bem definidos de entrada e saída de doentes e um programa de limpeza e desinfeção bem estabelecido, o que ajudará a estabelecer indicadores para outras unidades de saúde.

Além de identificar os pontos em que o risco de presença de vírus é maior e determinar a melhor metodologia para o monitorizar, o projeto visa ainda avaliar a eficácia de dois equipamentos de purificação de ar no que respeita ao SARS-CoV-2, um que utiliza radiação ultravioleta e outro que usa filtros HEPA (sigla que se refere a High Efficiency Particulate

Air). Assim, é possível perceber o grau de contaminação do ar e avaliar especificamente a eficácia destes aparelhos para garantir que o ar não contém vírus.

«O nosso ponto de partida é a investigação da contaminação no interior de uma unidade de saúde com doentes COVID-19. A transmissão entre pessoas pensa-se que ocorra, sobretudo, por contacto e através da via aérea. A transmissão por contacto pode dar-se por transmissão direta entre pessoas (p. ex., aperto de mão) ou por contactos com superfícies (p. ex., puxadores das portas) em que, depois de contaminada, a pessoa toca na face e é possível que o vírus entre através das mucosas. A transmissão aérea pode ser por gotículas ou por aerossóis em determinadas circunstâncias. Os equipamentos de proteção individual são fundamentais para impedir a transmissão do vírus mas também é fundamental garantir a segurança dos espaços e reduzir a probabilidade de transmissão para todas as pessoas que os frequentam, utentes e profissionais», fundamenta Gil Correia, investigador principal no projeto.

Para isso, os investigadores vão efetuar múltiplas colheitas em várias superfícies, «como mesas, cadeiras, equipamentos médicos, puxadores de portas e outros, de forma a quantificar a presença do vírus nas mesmas. Faremos também várias colheitas de ar para determinar o grau de contaminação do ar interior pelo vírus, bem como nos filtros do sistema de ventilação, para assegurar o seu correto funcionamento e garantir que não existe emissão de vírus por esta via», esclarece.

Essas colheitas vão ser realizadas em momentos diferentes, permitindo aferir os locais com maior propensão para deposição viral. «Todas as colheitas serão feitas em duplicado, antes e após o processo de higienização do espaço. Desta forma, pretendemos confirmar a eficácia dos processos de limpeza e desinfeção», acrescenta o investigador da FMUC.

Com o volume de informação fornecida pela análise das colheitas, a equipa vai determinar quais os pontos críticos que devem ser avaliados futuramente num programa de monitorização de qualidade nas unidades de saúde. Até ao final deste ano, os investigadores

esperam ter concluído um protótipo de programa, para que possa ser testado em diferentes unidades de saúde do SNS.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Teste olfativo online para a COVID-19

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1594198779334{margin-bottom: 150px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""][better-ads type="banner" banner="3816" campaign="none" count="2" columns="1" orderby="rand" order="ASC" align="center" show-caption="1" lazy-load=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1594198765882{margin-left: 25px !important;}"]O teste, chamado SmellTracker, fornece uma maneira simples de avaliar a função olfativa e está disponível em 15 línguas, incluindo português. Resultados preliminares indicam que poderá ajudar as pessoas a monitorizar o seu estado de saúde, servindo para detetar e também para acompanhar a difusão da COVID-19 na população.

As palavras canela, mel e café podem evocar um delicioso pequeno almoço, mas o SmellTracker utiliza de forma inédita estes ingredientes alimentares do nosso quotidiano para rastrear a COVID-19. “Qualquer pessoa pode entrar na página web do SmellTracker [icon name="external-link" class="" unprefixed_class=""] e fazer um teste muito simples para avaliar facilmente se o seu olfacto está alterado – uma indicação de que essa pessoa poderá ter COVID-19”, diz Zachary Mainen, do Centro Champalimaud, cujo grupo está a coordenar um estudo sobre o SmellTracker em Portugal.

A perda do olfato tem vindo a ser um considerada como um dos principais sintomas da COVID-19. Em algumas pessoas, constitui um sintoma precoce, seguido por outros, tais como tosse e febre – enquanto noutras, é o único sinal físico da infeção.

Embora a perda do olfato possa acontecer devido a outras circunstâncias, vários estudos e relatórios sugerem que a alteração repentina da função olfativa é uma característica distintiva da COVID-19. E de facto, este sintoma inusitado, que na maioria dos casos se resolve em poucas semanas, poderá ser uma benesse.

“A elevada taxa de infeção pelo vírus significa que encontrar uma forma fácil e rápida de detetar casos de COVID-19 poderá ser crucial para a saúde pública e individual. No entanto, a realização de testes fisiológicos em grande escala para a COVID-19 é difícil de implementar”, diz Cindy Poo, uma das investigadoras envolvidas no estudo. “É aí que o SmellTracker entra em cena.”

O SmellTracker aborda o problema permitindo que as pessoas monitorizem os seus sintomas, e ao mesmo tempo recolhendo informação vital sobre os padrões de sintomas de COVID-19 na população. Inicialmente desenvolvido no laboratório do cientista israelita Noam Sobel, o teste recolhe, junto dos participantes, as sensações de prazer e de intensidade evocadas por cinco cheiros (escolhidos por cada sujeito numa longa lista de opções). No final deste curto teste, cada participante fica a saber se está, ou não, a apresentar uma resposta olfativa anormal. O teste pode ser repetido as vezes que se quiser, para quem quer fazer uma monitorização em contínuo.

Será o SmellTracker uma forma eficaz de detetar e rastrear a COVID-19? Um estudo realizado na Suécia junto de milhares de pessoas obteve resultados promissores, que sugerem que os dados recolhidos através do teste conseguem prever a incidência da COVID-19 na população, bem como de outros sintomas não-olfativos de COVID-19.

“Trata-se de um tipo inédito de projeto de ciência cidadã”, salienta Poo. “Ao nível individual, pode levar a que um maior número de pessoas tome decisões informadas sobre a sua própria saúde, como procurar ajuda médica mais cedo. E o rastreio destes sintomas numa população alargada pode, por outro lado, ajudar as autoridades de saúde a acompanhar a disseminação da doença com maior precisão e a reagir mais depressa aos surtos.”

De facto, os estudos deste tipo poderão ter um grande impacto sobre as políticas de saúde pública. Por exemplo, no Reino Unido, estudos como este já levaram à revisão das recomendações gerais: agora, é pedido às pessoas que apresentam repentinamente este sintoma que se auto-isolem, mesmo que não tenham qualquer outro sintoma.

Tal como acontece com a maioria dos projetos de ciência cidadã, uma das forças deste estudo é a sua escala. Até à data, tem estado a decorrer em nove países (Suécia, Alemanha, França, Holanda, Noruega, Espanha, Itália, Japão e Portugal) e o número de participantes aumenta a cada dia que passa. “Pedimos às pessoas que visitem a página do SmellTracker e façam o teste. É fácil e mesmo interessante avaliar a nossa acuidade olfativa. Quanto mais pessoas participarem, melhor conseguiremos avaliar a eficácia desta abordagem em termos de saúde pública e pessoal”, conclui Mainen.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Estudo conclui que muitos doentes com artrite reumatoide podem estar com medicação em excesso

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1593872775518{margin-bottom: 150px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""][better-ads type="banner" banner="3816" campaign="none" count="2" columns="1" orderby="rand" order="ASC" align="center" show-caption="1" lazy-load=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1593872757839{margin-left: 25px !important;}"]Uma parte muito significativa de doentes com artrite reumatoide, doença inflamatória das articulações, pode estar com medicação excessiva devido a uma má autoavaliação da sua condição, conclui um estudo realizado por uma equipa liderada por José António Pereira da Silva, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) e diretor do Serviço de Reumatologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).

Uma vez que ainda não há cura para a artrite reumatoide, alcançar o estado de remissão da doença, isto é, a ausência completa de atividade inflamatória, é fundamental para os doentes e para os médicos. Para definir esse estado de remissão, um dos indicadores usados na clínica é a Avaliação Global pelo Doente (PtGA), reportada pelo paciente sobre o seu estado. No entanto, é um indicador que depende da interpretação do doente, podendo afetar o tratamento.

Segundo as normas internacionais estabelecidas para o tratamento da artrite reumatoide, apoiadas pelas associações europeia e americana de reumatologia, a remissão da doença exige que não exista mais do que uma articulação dolorosa ou inflamada e que e avaliação global pelo doente seja, no máximo, de 1, numa escala analógica de zero a 10.

Os investigadores quiseram analisar qual o impacto da avaliação global pelo paciente na obtenção do estado de remissão em doentes com artrite reumatoide. Para tal, foi realizada um meta-análise a oito estudos nacionais e internacionais, refletindo ensaios clínicos e contextos de prática clínica corrente, com dados de 23297 doentes.

Os resultados obtidos neste estudo permitem concluir que a avaliação global pelo doente «é a principal causa isolada de não atingimento do estado remissão. Com efeito, apreciando os resultados destes estudos, incluindo dois da nossa autoria, concluímos que 12% dos 23297 pacientes atingiam remissão completa, enquanto

19% a falhavam apenas pela avaliação global reportada pelo doente», relata José António Pereira da Silva.

Considerando que, em estudos anteriores, já tinha sido demonstrado que «a avaliação global pelo doente não traduz, nestas circunstâncias, a presença de inflamação persistente, antes estando relacionada com doenças concomitantes, dores de outra origem e estados depressivos, estes resultados indicam que uma parte muito significativa dos doentes com artrite reumatoide estará a receber tratamento em excesso, se forem seguidas as recomendações internacionais, visto que a circunstância que impede o atingimento do alvo terapêutico não é passível de melhoria por tratamento dirigido à artrite reumatoide», explica o catedrático da FMUC.

Ou seja, reforça, «esta avaliação global da doença pelo paciente impede, inadequadamente, que uma percentagem elevada de doentes atinja o alvo terapêutico de “remissão”, colocando-os assim em risco de tratamento excessivo». Segundo as diretrizes internacionais estabelecidas, «caso a remissão não seja atingida, o tratamento deve ser reforçado. Isto justifica-se porque a remissão corresponde ao melhor resultado sintomático e também à melhor garantia de preservação a longo prazo da integridade estrutural das articulações e da capacidade funcional do doente».

Este estudo, distinguido no Congresso Europeu de Reumatologia 2020, que decorreu recentemente em formato online devido à atual crise pandémica, insere-se «num movimento com forte impacto internacional, liderado pelo Serviço de Reumatologia do CHUC, no sentido de rever as definições internacionais de remissão e alvo terapêutico nesta importante condição clínica», refere ainda José António Pereira da Silva.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Desenvolvimento rápido de uma vacina para a Covid-19 irá exigir apresentação transparente sobre a sua eficácia e segurança

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1593794318962{margin-bottom: 150px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""][better-ads type="banner" banner="3816" campaign="none" count="2" columns="1" orderby="rand" order="ASC" align="center" show-caption="1" lazy-load=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1593794285376{margin-left: 20px !important;}"]Os primeiros resultados dos testes em humanos de várias vacinas contra a Covid-19 mostraram alguns efeitos secundários, como dores de cabeça e desmaios. Para Miguel Castanho, investigador principal do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes (iMM) e Professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, esta informação não é, por si só, um indicador de insucesso do desenvolvimento da vacina já que apesar de “os primeiros testes de vacinas e medicamentos serem feitos em indivíduos saudáveis, o aparecimento de efeitos secundários deste tipo é relativamente frequente e não compromete o desenvolvimento dos projetos, embora obriguem a afinar estratégias e a introduzir melhorias até que a formulação final seja segura. São ocorrências desta natureza, a par de outras dificuldades frequentes, que levam a que o desenvolvimento de uma vacina tome, em média, 15 anos no total”. Para o investigador, no caso da vacina contra a Covid-19 e tendo em conta os resultados conhecidos até agora, o que poderá estar em causa é “o desenvolvimento excecionalmente rápido de uma vacina segura”.


As mais recentes notícias apontam para a comercialização de uma vacina já a partir do mês de setembro e, inclusivamente, a China acaba de comunicar a aprovação de uma vacina para uso exclusivo dos seus militares. Estas parecem ser boas notícias, mas a verdade é que existe ainda uma desconfiança sobre a verdadeira eficácia destas ‘soluções relâmpago’, se tivermos em conta que o período normal para o seu desenvolvimento é superior a uma década. Por isso, Miguel Castanho afirma que “o desenvolvimento muito rápido de uma vacina contra a Covid-19 vai exigir uma apresentação muito transparente sobre a eficácia e segurança da mesma, sobretudo para quem mais precisa de ser protegido: a população de idade mais avançada”.


Apesar disto, a urgência de uma cura para o novo coronavírus parece ser cada vez maior, sobretudo numa altura em que a ameaça de uma segunda vaga é cada vez mais discutida. A OMS e vários especialistas já alertaram para esta possibilidade, que pode chegar mesmo antes do inverno. Atualmente, “assistimos a um aumento do número de casos explicável pelo desconfinamento. Podemos ter a infelicidade de no próximo inverno surgir uma estirpe mais nociva do vírus SARS-CoV-2, mas nada aponta para que assim seja”. Miguel Castanho recorda o exemplo devastador da segunda vaga da Gripe Espanhola mas considera comparações diretas precipitadas. “No outono de 1918, em algumas áreas geográficas, começaram a surgir focos de gripe com uma mortalidade superior e atacando sobretudo adultos jovens. Crê-se que se tratou de uma nova estirpe do vírus, mais perigosa, que surgiu precisamente com o início do inverno, quando a fisiologia respiratória está mais fragilizada. Esta conjugação de fatores, aliada à debilidade das tecnologias médicas da altura, teve consequências trágicas. Não é o que estamos a viver agora, e estes acontecimentos não são diretamente extrapoláveis para a COVID-19, mas devem deixar-nos alerta.”


Sobre aumento do número de casos em Portugal após o desconfinamento, Miguel Castanho acredita que inicialmente “foi o sentimento de medo que assegurou a disciplina verificada durante a quarentena. Os exemplos de Espanha e Itália eram elucidativos. A disciplina do confinamento desse período inicial conteve, de facto, a expansão das infeções virais”. Contudo, atualmente “passámos da euforia triunfalista dos primeiros tempos a um sentimento de incredulidade. Não existe um plano de ação fixado pela positiva para encontrar as verdadeiras causas dos focos existentes e, por consequência, não há planeamento sólido de estratégias de mitigação. Faltam medidas pró-ativas assumidas para melhor caracterizar e combater o que está a suceder. Ser proibicionista não basta”.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Região Norte sem registo de novos casos de Covid-19

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1591121953344{margin-bottom: 50px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""][better-ads type="banner" banner="3816" campaign="none" count="2" columns="1" orderby="rand" order="ASC" align="center" show-caption="1" lazy-load=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text]Eduardo Pinheiro, Secretário de Estado da Mobilidade e Autoridade de Coordenação da Situação de Calamidade na Região Norte, anunciou hoje os resultados das medidas de combate à Covid-19 na Região Norte. De acordo com os dados publicados no relatório diário da Direção Geral de Saúde, 1 de junho foi o primeiro dia sem registo de novos casos de pessoas infetadas por Covid-19 nesta região, onde foram identificados os primeiros casos da doença.


No período mais crítico da pandemia, entre 27 de março e 2 de abril, registaram-se 3.480 novos casos. Entre 26 de maio e 1 de junho verificaram-se 63 novos casos, o que confirma a contenção da evolução da doença na Região Norte.
Atendendo ao desenvolvimento da situação pandémica desde março, foram alocados recursos materiais e humanos para assegurar uma ação concertada entre Municípios, Autoridade Regional de Saúde-Norte, Agrupamentos de Centros de Saúde, Centros Distritais da Segurança Social, INEM e a Cruz Vermelha, Proteção Civil, Forças e serviços de Segurança Pública.


Nesta região foram realizados mais de 150 mil testes nos meses de março, abril e maio, considerando apenas os testes assegurados pelo Sistema Nacional de Saúde. A estes, acrescem mais de 30 mil testes realizados por entidades de investigação e ensino.


Tendo sido dada especial atenção aos grupos de maior risco, foram testados cerca de 25 mil profissionais de cerca de 860 instituições, entre lares de idosos, unidades de cuidados continuados, serviços de apoio domiciliário e centros de atividades ocupacionais. A taxa de infeção revelada foi de cerca de 2%. Nas creches foram realizados cerca de 9 mil testes a profissionais de 830 instituições. A taxa de infeção foi marginal, abaixo dos 0,3%.


À data de ontem, 1 de junho, estavam confirmados 16.760 casos de doentes infetados pela Covid-19 na Região Norte, assistindo-se à contenção da evolução da linha de casos confirmados, para a qual contribuiu o comportamento cívico dos portugueses. Este deverá manter-se nesta nova fase de regresso aos locais de trabalho, abertura do comércio e da época balnear, bem como a cooperação entre todas as entidades.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Coronavírus pode não ser transmitido através do contacto com superfícies

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1590184324226{margin-bottom: 50px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""][better-ads type="banner" banner="3816" campaign="none" count="2" columns="1" orderby="rand" order="ASC" align="center" show-caption="1" lazy-load=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1590184293891{margin-left: 20px !important;}"]Recentemente, a Organização Mundial de Saúde referiu que não é possível confirmar se o SARS-CoV-2 infeta os humanos após o contacto com superfícies contaminadas. Esta é uma informação aparentemente contraditória às conclusões de alguns estudos científicos, que revelam que o vírus se mantém ativo durante algum tempo sobre superfícies como plástico ou metal.

Miguel Castanho, investigador principal do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes (iMM) e Professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, explica que “os estudos científicos são feitos em condições controladas, tipicamente com superfícies de materiais puros, limpos, em temperatura e humidade controlada. Estes estudos estabelecem que o SARS-CoV-2 tem um potencial de se manter ativo por períodos mais ou menos longos, que variam entre horas e dias. O que a OMS vem dizer é que esse potencial pode eventualmente não se concretizar na maioria das condições práticas do dia a dia, isto é, não existe prova que esse potencial esteja a ser efetivamente uma via de contágio muito significativa”.

"Um vírus não tem metabolismo próprio nem se multiplica por si só – para isso precisa de uma célula. Não é considerado vivo por esta razão, embora consiga interferir com a vida. Quando interage com células onde consegue entrar, transforma as células em 'fábrica' de novos vírus. Contudo, para interferir com uma célula, os vírus têm de ter composições e estruturas bem definidas. As moléculas que compõem os vírus e a sua organização são relativamente frágeis. Dentro do organismo do hospedeiro as condições são amenas para os vírus: a temperatura varia pouco, o pH é relativamente constante e todo o ambiente é biológico”. Contudo, quando fora de um organismo vivo, na maior parte das condições do meio em que vivemos, os vírus ficam sujeitos a condições físicas e químicas, como variações de temperatura, desidratação, oxidações, adesão a superfícies gordurosas, etc, que podem acabar por destabilizá-los e inviabilizar a sua ação.

Miguel Castanho acredita que a “transmissão mais significativa e mais favorável aos vírus é a passagem de uma pessoa diretamente para outra pessoa, em partículas exaladas por uma e inaladas por outra. Havendo contágio através dos objetos, ele não será tão significativo; além das condições adversas que os vírus podem enfrentar sobre os objetos, a transmissão é muito indireta: exalação de uma pessoa – mão dessa pessoa – objeto – mão da outra pessoa – cara da outra pessoa – vias respiratórias”. Ainda assim, o investigador reforça que “devemos ser cautelosos e alguns procedimentos simples podem fazer a diferença: uso de máscara sempre que há proximidade de outras pessoas e lavagem das mãos” e, conclui, “não podemos controlar a desinfeção de todos os objetos, mas podemos controlar a lavagem das nossas mãos e mantermo-nos protegidos”.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Sete em cada dez pessoas com diabetes morrem por doenças cardiovasculares

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1589877717876{margin-bottom: 50px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""]

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[/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1589877702720{margin-left: 20px !important;}"]

70% das pessoas com diabetes morrem por doenças cardiovasculares (1). Um controlo da doença pode ajudar a prevenir não só este desfecho, como o risco de desenvolver complicações a este nível, que é duas vezes maior em pessoas com diabetes tipo 2 em comparação com a população não diabética (2). Para tal, o médico de família desempenha um papel fundamental. “Sendo o médico que melhor conhece a pessoa com diabetes, quer do ponto de vista do seu historial de patologias, mas também do seu estilo de vida e da sua dimensão pessoal, assume uma posição privilegiada para avaliar o risco individual e particular de cada doente, gerindo-o ao longo dos anos, por forma a prevenir a ocorrência de complicações decorrentes do mau controlo da diabetes”, afirma Tiago Maricoto, médico de medicina geral e familiar.


Embora, segundo o especialista, o nosso país tenha vindo a assistir a “uma grande evolução nos últimos anos nos cuidados médicos à diabetes, muito fruto da implementação de um excelente programa de cuidados de saúde primários nesta matéria, ainda estamos longe de conseguir um bom controlo deste problema de saúde”(3). Na opinião de Tiago Maricoto, as razões prendem-se com a má adesão à terapêutica, que passa “não só pela toma de medicação, mas também pela prática de um estilo de vida saudável (4). Infelizmente este é um problema mundial, não é exclusivo da população portuguesa, e compromete significativamente a eficácia dos cuidados de saúde”. Esta baixa adesão está associada a “múltiplas causas, desde uma insuficiente relação médico-doente, a crenças e mitos, a pouca literacia em saúde, a problemas económicos ou dificuldades relacionadas com o estilo de vida profissional e pessoal das pessoas, a efeitos secundários dos medicamentos, entre outras”.


Para tentar minorar este problema, o especialista considera que é importante, durante a consulta, que estes profissionais de saúde procurem “identificar potenciais causas de não adesão, promovendo estratégias para ultrapassá-las, seja por parte do próprio utente, trabalhando nessas barreiras, ou mesmo por parte do próprio profissional, optando por estratégias alternativas, por exemplo”, reforçando que a equipa de saúde familiar, que acompanha estas pessoas ao longo dos anos, deve aproveitar essa proximidade para criar a “oportunidade para intervir de forma mais eficaz neste tipo de obstáculos e barreiras (5). É através do acompanhamento regular que se conseguem identificar as dificuldades que os utentes apresentam e procurar estratégias para as ultrapassar com opções terapêuticas e de estilo de vida que promovam o máximo benefício, com o menor risco”.


Nesta equipa, o Enfermeiro de Família assume também um papel fundamental e ao qual tem sido dado, cada vez mais, um maior destaque. Para Tiago Maricoto, “o Enfermeiro de Família assume uma figura central no apoio à consulta de vigilância de diabetes, não só na realização da avaliação de parâmetros de saúde, mas também no aconselhamento para boas práticas alimentares, de exercício físico e de estilo de vida em geral”. Por isso, é cada vez mais frequente as consultas nos centros de saúde que reúnem enfermeiro e médico de família, com “com significativos ganhos em saúde”, na opinião do especialista.


A articulação desta equipa com os cuidados hospitalares é igualmente importante e deve existir, de forma estreita e eficaz, sempre que necessário. “Frequentemente os médicos de família vêem-se na necessidade de solicitar ajuda a profissionais mais especializados para gerirem problemas específicos da diabetes”, sobretudo quando perante a necessidade de “tratamento de algumas complicações graves (amputações, retinopatia, insuficiência renal ou cardíaca ou mesmo os eventos cardiovasculares, etc..), ou mesmo de outras comorbilidades que podem também influenciar o controlo da diabetes (depressão, obesidade, hipertensão arterial, doença arterial periférica, entre outras)”, diz o especialista.


A 19 de maio assinala-se o Dia Mundial do Médico de Família e, dado o papel que estes profissionais de saúde desempenham no acompanhamento das pessoas com diabetes, a data foi escolhida para lançar o último episódio da série “O Casal”, protagonizada pelas personagens Maria Diabetes e Zé Coração. Ao longo de quatro episódios, o principal objetivo passou por alertar a população em geral para a relação perigosa entre a diabetes e as suas comorbilidades, mas também espelhar a importância do papel da pessoa com diabetes na gestão do seu risco em relação a outras doenças, nomeadamente, renais e cardiovasculares.


Esta foi uma iniciativa da Associação de Apoio aos Doentes com Insuficiência Cardíaca, da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal, do Núcleo de Estudos de Diabetes Mellitus da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna, da Sociedade Portuguesa de Diabetologia e da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia Diabetes e Metabolismo, que contou com o apoio da AstraZeneca, e que neste último episódio contou também com o apoio da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar.


Referências


(1)   Aguiar, C. et al. 2019. Rev Port Cardiol. 38(1):53---63 Nova abordagem para o tratamento da diabetes: da glicemia à doenca cardiovascular


(2)   Gaurav S. Gulsin, Lavanya Athithan and Gerry P. McCann - “Diabetic cardiomyopathy: prevalence, determinants and potential treatments”


(3)   PROGRAMA NACIONAL PARA A DIABETES DESAFIOS E ESTRATÉGIAS, 2019


(4)   Gomes-Villas Boas, L. et al 2011.ADESÃO À DIETA E AO EXERCÍCIO FÍSICO DAS PESSOAS COM DIABETES MELLITUS. Abr-Jun; 20(2): 272-9.


(5)   Dias, A. M., Cunha, M., Santos, A., Neves, A., Pinto, A., Silva, A, Castro, S. (2011). Adesão ao regime Terapêutico na Doença Crónica: Revisão da Literatura. Millenium, 40: 201‐219. [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Investigadores exploram possível ferramenta inovadora na terapia da doença de Alzheimer

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1588952168944{margin-bottom: 50px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""][better-ads type="banner" banner="3816" campaign="none" count="2" columns="1" orderby="rand" order="ASC" align="center" show-caption="1" lazy-load=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1588952154971{margin-left: 20px !important;}"]Uma equipa de investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) da Universidade de Coimbra (UC) descobriu um possível novo alvo terapêutico para a doença de Alzheimer que poderá representar um passo importante para o tratamento desta doença neurodegenerativa.

Atualmente sem terapias eficazes, a doença de Alzheimer é um dos maiores problemas de saúde mundial, tendo um grande impacto económico e social. Caracteriza-se pela progressiva degeneração e morte dos neurónios, especialmente na zona do hipocampo, a região do cérebro responsável pela formação e consolidação de memórias. Acredita-se que a perda de função dos neurónios desta região estará na base da perda de memória observada na doença.

Deste modo, o estudo, já publicado na revista científica Molecular Therapy - Nucleic Acids [icon name="file-pdf-o" class="" unprefixed_class=""], procurou microARNs (pequenas sequências genéticas com um papel regulador nas nossas células) que fossem possíveis alvos terapêuticos inovadores para a doença de Alzheimer, tendo filtrado o microARN-31 como alvo promissor para este tipo de estratégias.

Este trabalho teve como objetivo principal «estudar se seria possível obter, através da modulação de um microARN específico, um efeito benéfico num modelo animal da doença de Alzheimer. Queríamos observar se aumentar os níveis do microARN-31 – já identificado em quantidades mais baixas no plasma de doentes, comparando com pessoas saudáveis da mesma idade - traria benefícios relevantes não só no que diz respeito às características histopatológicas da doença, como ao nível das alterações comportamentais características da patologia», afirma Ana Luísa Cardoso, coordenadora do projeto.

Para avaliar os efeitos benéficos do microARN-31, a equipa de investigadores recorreu a um modelo animal de ratinho para o estudo da doença de Alzheimer, utilizando apenas fêmeas.

Após injeção de um vírus geneticamente modificado que forçasse a expressão do microARN-31, foram avaliados marcadores da doença, como a acumulação de placas beta amilóide (aglomerados tóxicos de um peptídeo, característicos da doença) no cérebro dos animais, assim como a perda de função neuronal na zona do hipocampo. Realizaram-se também ensaios comportamentais, para aferir se o microARN-31 poderia prevenir a perda de memória associada à doença de Alzheimer.

«Uma das principais fases deste estudo focou-se no desenvolvimento de uma estratégia lentiviral, ou seja, uma ferramenta de expressão de um vírus, capaz de entregar o microARN-31 aos neurónios e passível de ser entregue no cérebro do modelo animal da doença de Alzheimer. Posteriormente, quisemos avaliar a deposição de placas beta amilóide, a função neuronal e o comportamento dos animais após a injeção do microARN, e avaliar se existiam melhorias quando comparado com animais não tratados com a sequência genética», explica Ana Teresa Viegas, primeira autora do estudo.

«Observámos que a expressão deste microARN no hipocampo dos animais levava a uma diminuição da deposição de placas beta amilóide, especialmente na zona do subículo – pequena área do hipocampo responsável pela memória de trabalho. Também verificámos que, comparando com os animais não tratados, os animais que receberam o microARN-31 apresentavam menores défices neste tipo de memória, que é recrutada em tarefas simples do dia-a-dia, não implicando vários processos de aprendizagem. Simultaneamente, observámos menores níveis de ansiedade e de inflexibilidade cognitiva – características observadas nos humanos em fases iniciais da doença», realça Ana Teresa Viegas.

A opção de realizar o estudo em modelos animais fêmeas pretendeu «mostrar a relevância de se focarem alguns estudos de doenças neurodegenerativas no sexo feminino, porque, especialmente no caso da doença de Alzheimer, esta é mais prevalente em mulheres, e a grande maioria dos estudos são ou foram feitos em animais machos, ignorando possíveis diferenças entre sexos. Por outro lado, o estudo também abordou, em termos comportamentais, tópicos que não temos visto abordados noutros estudos, como a inflexibilidade cognitiva, sendo que a maioria dos mesmos se focam na memória a longo prazo”, refere Ana Luísa Cardoso.

Na próxima fase do estudo, a equipa vai procurar compreender como a utilização deste microARN-31 poderá ser útil para o desenvolvimento de estratégias terapêuticas para outras doenças neurodegenerativas e explorar melhor como é que esta sequência exerce os efeitos protetores observados. Vai igualmente estudar o papel deste microARN em outros modelos da doença que sejam mais facilmente transponíveis para o ser humano.

Este estudo, que contou ainda com a participação de Vítor Carmona, Elisabete Ferreiro, Joana Guedes, Pedro Cunha, Ana Maria Cardoso, Luís Pereira de Almeida, Catarina Resende de Oliveira e João Peça - também investigadores do CNC - e com a colaboração de João Pedro de Magalhães, investigador da Universidade de Liverpool, Reino Unido, foi financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), pela Bial e pelo programa de ações Marie Curie.

Referência:
“MiRNA-31 improves cognition and abolishes amyloid-Beta pathology by targeting APP and BACE1 in an animal model of Alzheimer’s disease”, DOI: 10.1016/j.omtn.2020.01.010 [icon name="file-pdf-o" class="" unprefixed_class=""].
[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Concluídos testes a funcionários em estabelecimentos residenciais para pessoas idosas na região norte

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css="" custom-css-class="" custom-id=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1588864791568{margin-left: 20px !important;}"]O processo de realização de testes a todos os funcionários de estabelecimentos residenciais para pessoas idosas na Região Norte está concluído, cumprindo-se assim o compromisso assumido há duas semanas por Eduardo Pinheiro, Secretário de Estado da Mobilidade e Coordenador Regional Norte da COVID-19.

Ao todo foram realizados mais de 24 mil testes a funcionários de cerca de 900 instituições de toda a Região Norte. Os resultados já obtidos apontam para uma taxa de infeção inferior a 2%.

A conclusão desta ação de colheita só foi possível através da estreita coordenação e colaboração entre várias organismos dos quais se destacam as autoridades de saúde locais, os centros distritais da Segurança Social, a Cruz Vermelha , o INEM, e todas as entidades que asseguraram a capacidade laboratorial tais como os hospitais, centros de investigação e diversas instituições de ensino.

Concluída esta fase, que incidiu nos Estabelecimentos Residenciais para Pessoas Idosas, o programa de testes irá continuar ao longo das próximas semanas, nomeadamente com a realização de testes aos profissionais das Creches que entrarão em funcionamento durante o mês maio.

O acompanhamento de todos os casos é assegurado continuamente pelas autoridades de saúde e suportados pelos planos de contingência implementados em todas as instituições.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Centros de Testes Covid-19 de Bragança e Mirandela vão ser desativados

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css="" custom-css-class="" custom-id=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1588273150240{margin-left: 20px !important;}"]Os centros de testes Covid-19 de Bragança e Mirandela vão ser desativados. A parceria formada pelas Câmaras Municipais de Bragança e de Mirandela e pelos hospitais privados da Terra Quente e de Bragança, com a colaboração da Unilabs vai deixar de existir.

Esta colaboração institucional foi formada na primeira quinzena de março, altura de grande incerteza quanto ao desenvolvimento da pandemia no distrito de Bragança. Nessa altura foram implementados dois Centros de Testes Covid 19, um em Bragança e outro em Mirandela, como forma de dar resposta às necessidades urgentes de realização de testes Covid 19, devido à escassez de testes no distrito e no país.

Contudo, o processo de desenvolvimento operado no país até à data no combate e prevenção desta doença levou à decisão de desmobilizar os Centros de Testes de Bragança e Mirandela.

Numa nota de imprensa os parceiros deste projeto colaborativo dizem terem já cumprido o objetivo traçado de ajudar a população, com a testagem de várias entidades públicas e privadas, considerando agora a sua não necessidade, uma vez que existe na actualidade uma maior capacidade instalada das entidades públicas capaz de responder às necessidades do distrito em termos de realização de testes Covid 19.

No entanto, para o futuro, as duas câmaras municipais asseguraram junto do Hospital Terra Quente, do Hospital Privado de Bragança e da Unilabs a realização de testes Covid 19, caso os mesmos venham a ser necessários por motivo dos serviços públicos não poderem ou não terem a capacidade de os realizar, caso haja uma evolução negativa da epidemia na região nos próximos meses.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

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