Inseto da Austrália reduz significativamente o potencial invasor da acácia-de-espigas em Portugal

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css="" custom-css-class="" custom-id=""][better-ads type="banner" banner="3816" campaign="none" count="2" columns="1" orderby="rand" order="ASC" align="center" show-caption="1" lazy-load=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1619803935116{margin-left: 26px !important;}"]Um pequeno inseto australiano libertado em Portugal para o controlo natural da acácia-de-espigas está a reduzir de forma significativa a capacidade de propagação desta espécie, uma das piores invasoras no litoral português. A conclusão é de um estudo que acaba de ser publicado no Journal of Environmental Management [icon name="external-link-alt" style="solid" class="" unprefixed_class=""].

Em 2015, Portugal foi o primeiro país da Europa continental a efetuar a libertação intencional de um agente para controlar biologicamente uma planta invasora, depois de mais de uma década de estudos efetuados por uma equipa do Centro de Ecologia Funcional (CFE), da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), e da Escola Superior Agrária (ESAC), do Instituto Politécnico de Coimbra (IPC).

[caption id="attachment_9798" align="alignleft" width="1200"]Acacia longifolia - © Elizabete Marchante Acacia longifolia - © Elizabete Marchante[/caption]

Os investigadores do CFE e da ESAC efetuaram a libertação deste agente de controlo biológico – uma pequena vespa australiana formadora de galhas (Trichilogaster acaciaelongifoliae), muito específica – para controlar a acácia-de-espigas (Acacia longifolia), desde 2015, em 61 locais ao longo da costa portuguesa. Esta introdução foi depois acompanhada pela equipa, nos anos seguintes, para estudar o estabelecimento, dispersão e efeitos ao longo dos primeiros anos pós-libertação do inseto.

Os resultados dessa monitorização, agora publicados, mostram que, embora o estabelecimento inicial «tenha sido limitado pelo facto de o agente ter sido introduzido a partir do hemisfério sul, as taxas de estabelecimento aumentaram muito após a sincronização de seu ciclo de vida com as estações do hemisfério norte e fenologia da acácia-de-espigas. Atualmente observa-se um crescimento exponencial das populações, que se afastam cada vez mais dos locais de libertação. Observou-se que passados poucos anos os ramos de acácia-de-espigas com galhas de Trichilogaster acaciaelongifoliae diminuíram a produção de vagens (menos 84%), sementes (menos 95%) e ramos secundários (menos 33%)», sublinham Hélia Marchante e Elizabete Marchante, coordenadoras do estudo.

A acácia-de-espigas, esclarecem, é uma das plantas invasoras «com maior dispersão ao longo do litoral português, onde forma extensas áreas monoespecíficas; produz milhares de sementes anualmente, que se acumulam no solo por várias décadas, e promovem a rápida reinvasão de áreas intervencionadas. A vespa australiana introduzida promove a formação de galhas nas gemas florais e vegetativas da acácia-de-espigas, reduzindo o seu potencial invasor».

[caption id="attachment_9799" align="alignleft" width="1200"]galhas do agente controlo - © Elizabete Marchante (1) Galhas do agente controlo - © Elizabete Marchante[/caption]

Francisco López-Núnez, investigador do CFE e primeiro autor do estudo, observa que «apesar de a introdução e estabelecimento deste agente de controlo biológico ainda ser recente e ter distribuição limitada ao longo do território, os resultados agora publicados confirmam o estabelecimento com sucesso do agente em Portugal e mostram que este está a afetar de forma negativa a capacidade da acácia-de-espigas se reproduzir e crescer».

As espécies invasoras «são uma das principais causas de perda de biodiversidade a nível global, promovendo também prejuízos elevados a nível económico e de saúde humana. A gestão destas espécies é um desafio complexo e muito dispendioso. O controlo biológico de plantas invasoras é uma ferramenta chave para a gestão mais sustentável destas espécies, mas ainda é muito pouco utilizado na Europa», concluem Hélia Marchante e Elizabete Marchante.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

“Barbatus”: o livro-novela que é um tributo aos abutres e um grito de alerta para a importância da sua conservação

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css="" custom-css-class="" custom-id=""]

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[/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1619166727905{margin-left: 26px !important;}"]O livro "Barbatus - Um Abutre Quebra-Ossos e os Outros", recém-lançado, é uma novela que tem como protagonista o Barbatus, personagem que faz parte de um trio de quebra-ossos – espécie de abutre europeu com estatuto de ameaça "Regionalmente Extinto" em Portugal – que veio para o território nacional a fim de se estabelecer no Douro Internacional e, assim, contrariar o seu destino. A obra é divulgada publicamente na véspera de se assinalar o Dia Mundial do Livro, 23 de abril.

[caption id="attachment_9741" align="alignleft" width="230"]Isabel Mateus Isabel Mateus[/caption]

Da autoria de Isabel Maria Fidalgo Mateus, esta é a sexta e a mais recente novela da coleção “Dos Bichos", que a autora dedica a espécies autóctones ameaçadas de extinção e da qual fazem parte “Farrusco - Um Cão de Gado Transmontano”, “Sultão - O Burreco Que Veio De Miranda”, “Signatus - O Lobo do Fojo de Guende”, “Santiago - O Lince da Herdade das Romeiras” e “Mariana, O Urso-Pardo Sábio dos Saltimbancos”.

Com prefácio da ONG de ambiente Palombar [icon name="external-link-alt" style="solid" class="" unprefixed_class=""] - Conservação da Natureza e do Património Rural , que desenvolve vários projetos dedicados à conservação dos abutres europeus, esta obra é um tributo aos abutres, um grupo de aves essencial para a natureza e para o equilíbrio dos ecossistemas, e uma imersão nos seus périplos, com apontamentos factuais sobre as espécies do Velho Mundo, inseridos numa narrativa ficcional que chega onde deve chegar: na consciência de cada um de nós, ecoando como um grito de alerta para a importância de os conservar e combater as ameaças que sobre eles pairam.

O livro também tem como personagens centrais o abutre-do-Egito, o abutre-preto, o grifo e ainda o grifo-de-Rüppell, uma espécie de abutre africana que tem sido registada com cada vez maior frequência na Península Ibérica nos últimos anos.

Isabel Mateus escolheu abordar os abutres no volume VI da coleção “Dos Bichos” “acima de tudo, porque são aves ameaçadas. Aliás, o lema desta coleção é debruçar-se sobre espécies autóctones ameaçadas de extinção, e, nalguns casos, já extintas em Portugal, a começar pelo cão de gado transmontano, o burro de Miranda, o lobo-ibérico, o lince-ibérico e o urso-pardo. Mas, mormente, pela função essencial que estas aves necrófagas desempenham no meio natural”, explica a autora.

"Não obstante as medidas de conservação implementadas no terreno e um crescente respeito pela biodiversidade, os abutres continuam a enfrentar grandes desafios e muitos perigos que vêm de trás, tanto devido a causas naturais, como de intervenção humana, sendo o veneno a sua principal causa de morte, em Portugal e no mundo", sublinha Isabel Mateus.

O livro encontra-se à venda nas plataformas Wook [icon name="cart-plus" style="solid" class="" unprefixed_class=""] e Amazon [icon name="cart-plus" style="solid" class="" unprefixed_class=""] Espanha, França e Reino Unido (). Está ainda disponível no Palheiro Ti Grabulha, em Quintas do Corisco (Torre de Moncorvo), "um palheiro com livros" inaugurado em 2018, como refere a autora, um centro literário-cultural de divulgação da sua obra, e da criação de outros autores transmontanos, com destaque para Miguel Torga. É também possível ler gratuitamente um dos capítulos do livro no site oficial da autora [icon name="external-link-alt" style="solid" class="" unprefixed_class=""].

Sobre a autora

Transmontana de nascimento, Isabel Maria Fidalgo Mateus é uma escritora portuguesa radicada no Reino Unido desde 2001. Contando já com uma vasta obra, a autora é mais conhecida por abordar temáticas que incidem sobre a ruralidade e a diáspora. Em 2011, o seu livro de contos da infância rural “O Trigo dos Pardais” foi incluído no Plano Nacional de Leitura (PNL). Depois, em 2018, foi a vez de “Santiago, O Lince da Herdade das Romeiras” integrar a lista de livros recomendados pelo PNL 2017, tendo-se-lhe seguido “Mariana, O Urso-Pardo Sábio dos Saltimbancos” em 2019. Já o livro “A Terra do Chiculate - Relatos da Emigração Portuguesa” teve tradução francesa, em 2015. “Contos do Portugal Rural” existe em inglês e chinês, e “O Trigo dos Pardais” possui uma versão chinesa.

Tendo-se licenciado em Português-Francês Via Ensino na Universidade de Évora, lecionou em Portugal durante dez anos. Posteriormente, obteve o grau de doutora em Literatura Portuguesa pela Universidade de Birmingham, onde ensinou Língua e Literatura. Em seguida, conciliou ainda o ensino do Português na Universidade de Liverpool com a escrita ficcional e a investigação. Na atualidade, dedica-se exclusivamente ao velho sonho da escrita.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Fundo Ambiental pretende promover economia circular nas freguesias

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css="" custom-css-class="" custom-id=""][better-ads type="banner" banner="9531" campaign="none" count="2" columns="1" orderby="rand" order="ASC" align="center" show-caption="1" lazy-load=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1619080405109{margin-left: 26px !important;}"]Foi já publicado o aviso do Fundo Ambiental “Economia Circular em Freguesias (JUNTAr+)” para a implementação de soluções locais de economia circular que demonstrem benefícios económicos, sociais e ambientais associados. A 3ª edição do JUNTAr+ incidirá no setor da construção, nos materiais e componentes resultantes das obras de construção, demolição e reabilitação, nos têxteis, mobiliário pós-consumo e equipamentos elétricos e eletrónicos com potencial de reutilização.

Dirigido a todo o território nacional, podem candidatar-se até 21 de maio, Juntas de Freguesia ou Uniões Juntas de Freguesias, autonomamente ou em parceria com universidades, empresas, ONGA, associações culturais e socais, entre outras entidades.

O JUNTAr+ dispõe de uma dotação de 500.000 euros, com cofinanciamento de 85%, com um valor máximo de 31.250 euros atribuído por candidatura.

Este Aviso apresenta como objetivos o desenvolvimento de soluções enquadradas na agenda de transição para o setor da construção do Plano de Ação para a Economia Circular (PAEC). Prossegue, assim, a intenção de acelerar, nas cadeias de valor das atividades económicas e junto das comunidades, a interiorização e implementação dos conceitos associados à economia circular: circuitos curtos de produção e consumo, reutilização e extensão de vida útil de produtos e equipamentos, promoção e valorização de recursos locais.

O Fundo Ambiental tem contribuído, desde 2018, para acelerar a transição para um modelo de economia circular, através do financiamento de projetos alinhados com os objetivos do PAEC. Com uma dotação global de dois milhões de euros, através da publicação dos Avisos Juntar (2018) e Juntar+ (2019), as Juntas de Freguesia submeteram diversos projetos para o desenvolvimento de soluções locais no âmbito da economia circular.

A experiência das primeiras edições evidencia que as comunidades estão atentas e sensibilizadas para o uso eficiente dos recursos locais e que as Juntas de Freguesia têm um papel fundamental enquanto catalisadores junto de outros agentes.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Habitats artificiais de água doce requerem boa gestão da sua biodiversidade

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css="" custom-css-class="" custom-id=""][vc_single_image image="9391" img_size="500x160" onclick="link_image"][better-ads type="banner" banner="9531" campaign="none" count="2" columns="1" orderby="rand" order="ASC" align="center" show-caption="1" lazy-load=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1617041865333{margin-left: 26px !important;}"]Má planificação e gestão de estruturas como barragens, canais, lagos artificiais e arrozais é fatal para muitas espécies, alerta um estudo mundial coordenado por Ronaldo Sousa, da Universidade do Minho.

Os habitats artificiais de água doce podem tornar-se “armadilhas ecológicas” devido a gestão danosa ou falta de condições para certas espécies, sobretudo em áreas do planeta em que os habitats naturais foram reduzidos. O alerta é do investigador Ronaldo Sousa, da Universidade do Minho, coordenador de uma investigação agora publicada na revista científica Global Change Biology [icon name="external-link-alt" style="solid" class="" unprefixed_class=""] (), que envolveu 36 autores de 22 países e analisou 228 espécies presentes em habitats artificiais distribuídos por todo o mundo.

Muitos ambientes naturais do globo são destruídos e substituídos por lagos artificiais, canais, barragens e arrozais, para servir necessidades humanas, como a produção de eletricidade ou alimentos. O estudo acerca da biodiversidade nessas estruturas tem sido negligenciado a nível internacional, diz Ronaldo Sousa, investigador do Centro do Biologia Molecular e Ambiental (CBMA) da Universidade do Minho. Nesse sentido, recolheu uma amostra de 709 registos de habitats artificiais de todo o mundo, colonizados por 228 espécies de mexilhões de água doce, um grupo de organismos altamente ameaçado. A maioria dos exemplos inclui canais e barragens da Europa e América do Norte, sendo que um total de 34 espécies registadas são consideradas ameaçadas pela União Internacional para a Conservação da Natureza.

Ronaldo Sousa concluiu que alguns daqueles refúgios artificiais “podem ter condições com estabilidade suficiente para um grande número de espécies, incluindo invertebrados e vertebrados como peixes, anfíbios, aves e mamíferos”. Porém, outros refúgios “podem funcionar como armadilhas ecológicas, devido a más práticas de gestão ou por não haver condições ambientais para determinadas espécies”.

Respeitar o potencial do ecossistema

“As grandes barragens são altamente prejudiciais para animais que preferem viver em zonas de corrente, levando em alguns casos ao seu desaparecimento”, frisa o biólogo. Por outro lado, os canais de rega podem ser sujeitos a atividades de manutenção ou limpeza, que requerem a retirada de sedimento ou o esvaziamento temporário da água naquelas estruturas. “Este tipo de ações pode levar à morte de grande parte dos organismos aquáticos”, frisa Ronaldo Sousa.

“Os habitats artificiais não devem ser vistos como uma panaceia para resolver os problemas de conservação da biodiversidade”, reforça o professor do Departamento de Biologia da Escola de Ciências da Universidade do Minho. Assim, continua, é necessário perceber melhor o uso humano daquelas estruturas e o seu valor, para se preservar certas espécies e encontrar as melhores formas de gestão que mitiguem impactos na fauna e flora. Para Ronaldo Sousa, isso é especialmente decisivo em áreas do planeta cujos habitats naturais foram reduzidos ou altamente perturbados.

O caso português

Também em Portugal há habitats artificiais colonizados, como canais de moinhos antigos com uma grande diversidade de organismos, incluindo o mexilhão de rio Margaritifera margaritifera, espécie criticamente ameaçada na Europa. Em termos de gestão, há um bom exemplo na mini-hídrica de Mirandela, no rio Tua, cujos trabalhos de manutenção em 2018 incluíram a monitorização das populações de bivalves e peixes; os indivíduos que ficavam em risco eram translocados para águas mais profundas. Um ano antes, uma ação de manutenção num açude em Vila Real, no rio Corgo, deixou os animais sem água, levando à sua morte.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Empresas e universidades juntas em projeto tecnológico inédito para a valorização e defesa da floresta

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1616680197379{margin-bottom: 40px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""]

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[/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1616680181628{margin-left: 26px !important;}"]Monitorizar a floresta através de câmaras óticas, simular e prever o comportamento do fogo, desenvolver novos modelos de gestão florestal sustentável para as principais espécies florestais portuguesas ou utilizar a robótica nas operações florestais. Estas são algumas das muitas iniciativas do projeto rePLANT, que se desenvolverá até junho de 2023 e junta vinte entidades, entre empresas líderes do setor, universidades e centros de investigação, com o objetivo de valorizar a floresta através do uso de novas tecnologias, criando novos produtos e serviços nas áreas da gestão integrada da floresta e do fogo.

Com um investimento de 5,6 milhões de euros, apoiado pelo Compete/Portugal 2020, através dos programas POCI e Lisboa 2020, o rePLANT vai ter impacto em todo o ecossistema produtivo e empresarial do setor e melhorar a segurança das populações que vivem em espaços florestais, os sistemas de prevenção e combate aos incêndios, reduzir as ameaças à biodiversidade, aumentar a resiliência da floresta e das infraestruturas e a competitividade do setor. Serão introduzidos produtos e serviços inovadores no setor, que terão um impacto positivo em toda a cadeia, nomeadamente nos seus prestadores de serviços e nos produtores florestais. Será ainda desenvolvida investigação em espécies mais adaptadas às alterações climáticas e novos modelos de gestão florestal sustentável para as principais espécies florestais portuguesas.

Será criado um sistema de vigilância através da instalação de câmaras óticas nos postes da REN situados na floresta, o que permitirá uma monitorização e melhor controlo do risco de incêndio florestal e a simulação do comportamento do fogo. Serão desenvolvidos novos sistemas digitais de inventário florestal e monitorização regular da floresta, sistemas de comunicação entre equipamentos para os processos de corte e transporte de produtos florestais (madeira e biomassa), e novos equipamentos com automação e robótica para cuidar das florestas cultivadas.

Esta iniciativa pretende responder aos desafios de valorização e defesa da floresta, num setor com mais de 24 mil empresas, responsável por mais de 100 mil empregos e que representa cerca de 10% das exportações do país, contribuindo para o aumento da biodiversidade e da resiliência da floresta portuguesa”, afirma Carlos Fonseca, Diretor Científico e Tecnológico do ForestWISE – Laboratório Colaborativo para Gestão Integrada da Floresta e do Fogo, que fará a gestão deste projeto com a The Navigator Company.

Numa altura em que urge encontrar modelos de desenvolvimento sustentável, esta é a melhor oportunidade para dedicar à floresta e aos seus agentes uma atenção redobrada, com um verdadeiro sentido inclusivo com os olhos no futuro. O rePLANT corporiza esse desafio e fá-lo de uma forma intergeracional, inovadora e multidisciplinar – as novas abordagens e as novas tecnologias são também novas oportunidades”, acrescenta o responsável.

O rePLANT está estruturado em três grandes áreas de atuação – a primeira, dedicada à Gestão da floresta e do fogo (liderada pela Sonae Arauco e pelo Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa); a segunda, sobre Gestão do risco (sob coordenação da REN – Redes Energéticas Nacionais e da Universidade de Coimbra); e um terceiro pilar, sobre Economia circular e cadeias de valor (sob gestão da The Navigator Company e do ForestWISE).

O rePLANT é um projeto colaborativo que junta 20 entidades: o ForestWISE, a The Navigator Company, a REN, a Sonae Arauco, a Altri Florestal, a Amorim Florestal, a DS Smith, a EDP Distribuição, o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência, a Universidade de Coimbra, o Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa, a Whereness, a EDP Labelec, a Trigger Systems, a Frazivel, a Tesselo, a Florecha, o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária I.P., a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Para assinalar o "Dia Internacional das florestas" ICNF oferece árvores de espécies autóctones

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1616266260134{margin-bottom: 40px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""]

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[/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1616266246261{margin-left: 26px !important;}"]Em 1872, no Nebrasca (EUA), face à escassez de árvores e florestas, a população decidiu dedicar um dia à plantação de árvores. A iniciativa internacionalizou-se e a Festa passou da Árvore às Florestas e desde 2012 o Dia Internacional das Floresta é comemorado a 21 de março, o primeiro dia de primavera, para celebrar e alertar para importância de todos os tipos de florestas.

Este ano, o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) comemora esta data envolvendo todos os cidadãos, disponibilizando 50.000 árvores autóctones produzidas nos seus viveiros, gratuitamente, aos cidadãos e proprietários rurais que desejem fazer plantação nas suas propriedades.

Esta distribuição será feita entre os dias 17 e 26 de março de 2021 nos postos de atendimento selecionados do ICNF, em todo o país. No caso transmontano as árvores podem ser adquiridas nos parques florestais de Bragança e Vila Real.

Para participar nesta iniciativa os interessados têm que cumprir regras muito simples como, por exemplo, ter mais de 18 anos, inscrever-se para recolher as árvores através do contacto telefónico do local selecionado, identificar-se nos locais de recolha no horário combinado e comprometer-se a remeter uma fotografia da plantação. Os interessados devem solicitar ao ICNF as regras subjacentes a esta iniciativa.

As espécies disponíveis para recolha são os medronheiros, sobreiros, azinheiras, pinheiros mansos, alfarrobeiras, romãzeiras, castanheiros, amieiros, entre outras folhosas. Cada cidadão pode recolher um máximo de dez exemplares.

Segundo o ICNF, em 24 horas, os portugueses participaram com entusiasmo, aceitando o desafio que lhes foi lançado de plantar 50.000 árvores.

A campanha #ICNFsomosTODOSnos, iniciada no dia 17 de março  já conseguiu uma adesão "inesperada e surpreendente", especialmente por se tratar de iniciativas individuais, provenientes de todos os cantos e recantos do país, rurais e urbanos de norte a sul, informou o ICNF.

Com esta campanha, o Instituto propõe-se comemorar o Dia Internacional das Florestas, sob o lema “Restauro florestal, o caminho para a recuperação e o bem-estar”, convidando e envolvendo todos os cidadãos, e proprietários rurais a fazer plantação nas suas propriedades de espécies autóctones produzidas nos seus viveiros. A este desafio, os portugueses não só corresponderam ao apelo como excederam largamente as espectativas mais otimistas.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

População de Águia-real está estável no distrito de Bragança

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1615563654785{margin-bottom: 40px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""]

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[/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1615563641124{margin-left: 26px !important;}"]A população Águia-real (Aquila chrysaetos) está estável no distrito de Bragança, informa uma nota de imprensa do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

A águia-real é uma espécie ameaçada com o estatuto de “Em Perigo” segundo o Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal. A distribuição nacional/regional da espécie é bem conhecida, quer através dos Atlas Nacionais, quer através do único censo nacional da espécie.

Para a temporada de nidificação de 2020 estima-se a existência de 65 casais confirmados e 6 casais possíveis de águia-real em Portugal, sendo nos distritos de Bragança e da Guarda que se encontra a grande maioria da população com 44 a 50 casais.

A orografia da região Norte, caracterizada por um vasto conjunto de zonas escarpadas rochosas, sejam maciços montanhosos, sejam vales alcantilados, que formam biótopos rupícolas de grande valor para a fauna e flora, faz com que a população existente nessa região corresponda à população mais numerosa do país (cerca de 72% da totalidade nacional de casais). O Douro Internacional corresponde também a uma das populações com maior densidade em termos Ibéricos e a nível Europeu.

Na região Centro confirmam-se 10 casais, que nidificam nas zonas próximas da fronteira com o Reino de Espanha, desde Vila Velha de Rodão, ao sul, até Almeida, ao norte.

Na região do Alentejo registam-se 10 casais de águia-real, que ocupam uma área de aproximadamente 5600 quilómetros quadrados.

Os estudos feitos na região do Parque Natural do Douro Internacional demonstram que as presas principais desta espécie são os lagomorfos (coelhos e lebres), seguidos de aves médias e répteis, sendo que as áreas de matos e floresta aberta constituem as zonas com maior apetência para a espécie.

Norte

Na região Norte, o Parque Nacional da Peneda-Gerês, os Parques Naturais do Douro Internacional, de Montesinho e do Alvão, as correspondentes Zonas de Proteção Especial (ZPE) e adicionalmente as ZPE dos Rios Sabor e Maçãs e do Vale do Côa, abarcam a quase totalidade das populações nidificantes de aves rupícolas.

Desde 2014 a população desta espécie apresentou um ligeiro aumento (cerca de + 5%). Na zona Bragança/Guarda a população está estável e provavelmente em aumento continuado. A eventual confirmação de 5 casais possíveis poderia aumentar a certeza dessa previsão de aumento.

Interessa referir que esse aumento se enquadra na tendência generalizada da população espanhola. A “subpopulação” do Noroeste (ou seja, da região do Parque Nacional da Peneda-Gerês) foi estimada em 1 a 2 casais e estima-se que a espécie esteja a reinstalar-se após décadas de declínio, sendo estimado que a espécie esteve regionalmente extinta como nidificante num período aproximado de 10 a 15 anos.

As observações de exemplares desta espécie fora das áreas tradicionais de nidificação têm vindo aumentar. Através dos estudos de seguimento via satélite de juvenis observa-se repetidamente a utilização de áreas como o vale do Douro Vinhateiro, a bacia do Tua, a alta bacia do Côa, que poderão assim vir a ser colonizadas por esta espécie. O que é uma excelente notícia para a conservação desta espécie em Portugal.

Desde 1994, verificou-se um número superior a 20 casos de morte, que tiveram como causas principais a eletrocussão em linhas elétricas aéreas, o uso de veneno e o abate a tiro.

No cômputo geral considera-se que, presentemente, a população da espécie na região Norte se encontra em situação estável e não enfrenta importantes fatores de ameaça.

Centro

Na região Centro é nidificante nas zonas fronteiriças, num território que inclui várias Áreas Classificadas, e estima-se a existência de 10 casais nidificantes, sete dos quais localizados no Parque Natural do Tejo Internacional e territórios limítrofes e com reprodução confirmada em 2020.

O tipo e a intensidade da presença da espécie nos territórios fronteiriços devem-se a razões históricas, à disponibilidade de locais adequados à nidificação, proporcionados por áreas escarpadas que reduzem a presença de atividades humanas, e pela disponibilidade de habitat de alimentação favorável, nomeadamente a gestão e exploração de recursos cinegéticos, a sul, e a atividade pecuária de bovinos e ovinos em regime extensivo, a norte.

Alentejo

Embora no ano de 2020 tenham ocorrido vários constrangimentos durante o período reprodutor, os resultados foram bastante consideráveis, destacando-se os cerca de 10 casais que ocuparam o território, sendo a área de ocupação pela espécie no Alentejo, atualmente de aproximadamente 5600 quilómetros quadrados. Em termos de ocorrência desta espécie, destaca-se a elevada importância das Áreas Classificadas
no Alentejo.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Operação Xylella a partir do dia 15 de março

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1615556012520{margin-bottom: 40px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""][better-ads type="banner" banner="3816" campaign="none" count="2" columns="1" orderby="rand" order="ASC" align="center" show-caption="1" lazy-load=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1615555997985{margin-left: 26px !important;}"]O ICNF vai iniciar no próximo dia 15 de março a “Operação Xylella”, que consiste na realização de um conjunto de trabalhos relacionados com a destruição de plantas infetadas por esta bactéria ou hospedeiras da subespécie X. fastidiosa multiplex, enquadrada no Plano de Ação para erradicação da bactéria Xylella fastidiosa e controlo dos seus insetos-vetores.

A “Operação Xylella” decorrerá, numa primeira fase, no concelho de Vila Nova de Gaia, estendendo-se, numa segunda fase à restante Zona Demarcada, que atualmente engloba sete concelhos onde foram já monitorizadas 84 Zonas Infetadas (ZI).

Estas medidas de proteção fitossanitária são urgentes e fundamentais, como medida de erradicação e controlo da propagação deste organismo altamente prejudicial, para um elevado número de espécies vegetais, sendo que, a sua aplicação irá prevenir danos que poderão causar prejuízos de difícil reparação e graves implicações nos planos económico e ambiental, colocando em causa a salvaguarda de interesses públicos essenciais.

A intervenção do ICNF consiste na destruição de todas as espécies florestais infetadas e potencialmente infetadas ou pertencentes à mesma espécie do vegetal infetado, independentemente da sua vitalidade ou condição fitossanitária, que se encontrem localizadas nas designadas "Zonas Infetadas" (ZI = área com 50m de raio, em redor das plantas infetadas).

Estas ações serão operacionalizadas por equipas do Corpo Nacional de Agentes Florestais (CNAF) e Vigilantes da Natureza do ICNF, os quais, implementarão no terreno, os procedimentos de controlo e erradicação previstos no referido Plano de Ação, devidamente enquadrados na legislação europeia, nomeadamente no Regulamento de Execução (EU) 2020/1201 da Comissão, de 14 de agosto. Estes normativos legais obrigam os Estados-Membros, à aplicação de um conjunto de normas e procedimentos conducentes à destruição imediata de todos os focos positivos, bem como de outras espécies vegetais hospedeiras, que se encontrem localizadas nas Zonas Infetadas, e que estejam identificadas como suscetíveis à Xylella e suas subespécies detetadas em Portugal.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Estudo alerta para a fraca qualidade ecológica dos rios em todo o mundo

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1614333678830{margin-bottom: 40px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""][better-ads type="banner" banner="3816" campaign="none" count="2" columns="1" orderby="rand" order="ASC" align="center" show-caption="1" lazy-load=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text]Uma equipa de 29 peritos de todos os continentes, liderada por Maria João Feio, do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), fez o ponto da situação sobre a qualidade ecológica dos rios no mundo e as notícias não são boas.


O estudo, que abrangeu 88 países, revela fraca qualidade ecológica dos rios em todo o mundo e a sua elevada perda de biodiversidade. Cerca de metade dos troços ou rios analisados encontra-se abaixo do nível aceitável na Europa e nos Estados Unidos, um terço na Austrália e um quarto na Coreia do Sul.


[caption id="attachment_9343" align="alignleft" width="250"]Maria João Feio (1) Maria João Feio[/caption]

Uma das consequências da fraca qualidade ecológica dos rios «é uma perda muito elevada de biodiversidade. Por exemplo, na Nova Zelândia 70% das espécies de peixes de água doce estão em perigo, enquanto no Japão 40% estão ameaçadas. Noutros países a monitorização físico-química mostra um grau de poluição muito elevado que põe em risco a saúde humana», assinala Maria João Feio no artigo científico publicado na revista Water, intitulado “The Biological Assessment and Rehabilitation of the World’s Rivers: An Overview”.


Os cientistas avaliaram também o estado de implementação da biomonitorização dos rios, ou seja, a avaliação dos rios com base nas comunidades aquáticas – por exemplo, peixes, invertebrados bentónicos, algas ou outras plantas –, e as medidas que estão a ser tomadas para os recuperar, tendo concluído que, «na maioria dos países do mundo, a monitorização biológica dos rios de forma regular não está a ser feita. Numa grande parte dos países existe, no máximo, uma análise físico-química da água o que é insuficiente para traduzir a degradação destes sistemas resultantes das ações humanas (tais como a articialização das margens, corte de vegetação, presença de espécies não nativas e espécies invasoras, açudes e barragens que alteram a circulação da água, sedimentos e espécies ao longo das bacias hidrográficas)», expõe Maria João Feio.


Em relação à implementação de medidas de reabilitação dos rios, o panorama também não é animador. Segundo os autores do estudo, «apesar de existirem bons exemplos, tanto na Europa (principalmente no norte) como nos Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul, concluímos que a este nível muito pouco tem sido feito a nível global».


«Se recuperados, os rios podem fornecer serviços muito importantes às pessoas, desde o fornecimento de água e alimento, e contribuir para a melhoria da qualidade do ar, do solo, a mitigação de extremos climáticos e ainda proporcionar zonas de lazer essenciais ao bem-estar humano», comenta a investigadora da FCTUC.


No que respeita aos rios portugueses, Maria João Feio diz que seguimos o padrão europeu, «com cerca de metade das massas de água analisadas em bom estado ecológico. E temos situações muito críticas ao nível dos grandes rios que estão muito alterados por barragens. Em todo o país, existem ainda casos de poluição pontual e difusa e também fortes alterações na vegetação ribeirinha, que é essencial tanto para o funcionamento do ecossistema aquático como para melhorar a qualidade do ar e do solo e filtrar as águas de escorrência que vão ter aos rios».


Tendo em vista a melhoria da qualidade dos rios, a equipa internacional de peritos produziu ainda um conjunto de recomendações, destacando-se, por exemplo, «a necessidade de definição de objetivos ecológicos realistas e claros para os planos de reabilitação/restauro; a obrigatoriedade de fazer planos de reabilitação/restauro ecológico com base em dados recolhidos, a priori, em programas de monitorização e fazer o acompanhamento desses planos também com monitorização ecológica».


Os especialistas defendem ainda a necessidade da criação de equipas interdisciplinares na elaboração dos referidos planos – cientistas conhecedores dos ecossistemas, engenheiros e ainda cientistas sociais –, de modo a «permitir envolver todos os tipos de utilizadores da água (população, indústria, decisores) num objetivo comum. É ainda essencial existir financiamento adequado e que a recuperação dos rios seja colocada nas prioridades políticas nacionais e internacionais».[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Grupo europeu estuda os fatores de stress em abelhas melíferas

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1614101150270{margin-bottom: 40px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""][better-ads type="banner" banner="3816" campaign="none" count="2" columns="1" orderby="rand" order="ASC" align="center" show-caption="1" lazy-load=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text]Uma equipa de investigadores do Departamento de Ciências da Vida da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), coordenada por José Paulo Sousa, colabora com o grupo “MUST-B”, criado pela Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA, na sigla original em inglês) com o objetivo de estudar o risco integrado de múltiplos fatores de stress em abelhas melíferas e avaliar formas de os mitigar através da melhoria da gestão das culturas e das paisagens agrícolas.

A equipa da FCTUC é responsável pela recolha de dados de campo sobre o desenvolvimento de colónias e paisagem envolvente. Todos os dados «serão utilizados para a calibração do modelo ApisRAM – modelo de avaliação de risco para colónias de abelhas melíferas a nível europeu –, que está a ser desenvolvido pelo grupo MUST-B», explica José Paulo Sousa.

Este modelo, detalha, vai permitir, por exemplo, «prever o estado de saúde das colónias de abelhas adotando uma abordagem holística ao problema, integrando não apenas informação sanitária sobre as colónias e efeitos derivados da exposição a pesticidas, mas também a influência da composição e gestão da paisagem, sobretudo ao nível de práticas agrícolas e disponibilidade de recursos florais».

Os dados recolhidos pela equipa portuguesa estão também a ser integrados na plataforma EU Bee Partnership (EUBP), com a participação ativa do aluno de doutoramento em Biociências da FCTUC, Nuno Capela. Esta plataforma, também apoiada pela EFSA, tem como objetivo recolher e analisar dados relacionados com polinizadores, e apresentá-los de forma visualmente clara e simples. Pretende igualmente ajudar a exploração de dados e melhorar o entendimento, por stakeholders de diversas áreas, sobre o estado de saúde dos polinizadores e a sua função no ambiente.

[caption id="attachment_9324" align="alignleft" width="1200"]Nuno Capela Nuno Capela[/caption]

Com os dados recolhidos no âmbito do seu doutoramento, o investigador Nuno Capela, do Centro de Ecologia Funcional, pretende «uniformizar a recolha de dados futuros e ajudar na criação de algoritmos que possam detetar automaticamente eventos, tendências e possíveis problemas nas colónias de abelhas». Dessa forma, assinala, «no futuro, apicultores, investigadores ou mesmo os cidadãos, poderão adicionar dados em bruto na plataforma, a qual fará o seu processamento de forma automática, mostrando como resultado gráficos e tabelas fáceis de interpretar».

No momento, o principal foco da plataforma «é a informação sobre abelhas melíferas, mas está planeada a integração de dados de outros polinizadores num futuro próximo. Tudo isto permitirá centralizar a informação existente, para identificar os problemas que levaram ao decréscimo dos polinizadores, e ajudar na tomada de decisão para uma melhor proteção destes insetos e do serviço de polinização que prestam, crucial para a nossa sobrevivência», acrescenta Nuno Capela.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Lançado manual que explica como produzir pastagens biodiversas

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1614071362709{margin-bottom: 40px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""][better-ads type="banner" banner="3816" campaign="none" count="2" columns="1" orderby="rand" order="ASC" align="center" show-caption="1" lazy-load=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1614071283377{margin-left: 25px !important;}"]O projeto “LIFE Rupis - Conservação do britango e da águia-perdigueira no vale do rio Douro” acaba de lançar o “Guia Informativo - Manual de Instalação de Pastagens Biodiversas”, editado pela organização não governamental de ambiente Palombar - Conservação da Natureza e do Património Rural, parceira do projeto. O manual é de acesso livre e está disponível para download no site do projeto LIFE Rupis e no site da Palombar.

[/vc_column_text][vc_gallery type="nivo" interval="0" images="9315,9311,9310,9309" img_size="900X675" css=".vc_custom_1614073230204{margin-left: 25px !important;}"][vc_column_text css=".vc_custom_1614073414476{margin-top: -30px !important;margin-left: 25px !important;}"]A publicação consiste num manual prático que pretende ajudar os criadores de gado e os agricultores a rentabilizarem os seus terrenos com culturas forrageiras e a aumentarem a produtividade pecuária extensiva, através da implementação de pastagens permanentes semeadas biodiversas ricas em leguminosas (PPSBRL), ao mesmo tempo que contribuem para a proteção da biodiversidade de fauna e flora, e para a conservação de espécies ameaçadas, como é o caso do britango (Neophron percnopterus) e da águia-perdigueira (Aquila fasciata), espécies-alvo do projeto LIFE Rupis.

O manual explica o que são as pastagens biodiversas/permanentes e o seu ciclo anual, com foco nos benefícios e vantagens de substituir as forragens em modo tradicional por este tipo de pastagem mais sustentável e produtiva. A obra aborda ainda as PPSBRL no contexto das políticas e estratégias europeias no domínio ambiental, da proteção da biodiversidade e do combate às alterações climáticas.

Adicionalmente, integra um guia prático que ensina como promover a análise do solo, a seleção de sementes, a preparação do terreno e a implementação de sementeiras e gestão das pastagens biodiversas.

No âmbito de ações do projeto LIFE Rupis, a Palombar implementou pastagens biodiversas/permanentes num total de 37,1 hectares de terrenos no Nordeste Transmontano, recorrendo ao uso de misturas de sementes de variedades tradicionais de cereais, leguminosas e ervas diversas, adquiridas junto de produtores locais.

Pastagens biodiversas beneficiam espécies ameaçadas e aumentam produtividade agrícola e pecuária

As pastagens biodiversas/permanentes instaladas no âmbito do projeto LIFE Rupis contribuíram para incrementar o mosaico agrosilvopastoril no Nordeste Transmontano, criar pastagens mais sustentáveis e nutritivas para as raças locais de caprinos, ovinos e bovinos, bem como para aumentar os seus efetivos.

Além de fomentar a produtividade agrícola e pecuária, a implementação das pastagens biodiversas/permanentes geraram impactos positivos diretos sobre várias espécies de abutres ameaçadas e legalmente protegidas, como o britango, o abutre-preto (Aegypius monachus) e o grifo (Gyps fulvus), promovendo o aumento da disponibilidade de alimento para estes, nomeadamente de resíduos como as placentas. As PPSBRL beneficiaram igualmente aves de rapina como a águia-perdigueira, ao aumentar o número das suas espécies-presa, nomeadamente coelho-bravo (Oryctolagus cuniculus) e perdiz-vermelha (Alectoris rufa).

PPSBRL são mais sustentáveis e rentáveis que forragens tradicionais

As pastagens biodiversas/permanentes são mais sustentáveis e rentáveis do que as forragens tradicionais porque apresentam maior retorno do investimento por serem mais produtivas e resilientes às alterações climáticas e à seca, fornecendo mais alimento para o gado e com melhor qualidade, ao mesmo tempo que ajudam a aumentar a produção de matéria orgânica nutritiva para os solos. Solos ricos em matéria orgânica são menos suscetíveis à erosão, têm maior capacidade de retenção de água, são mais ricos em nutrientes e, consequentemente, tornam-se mais férteis.

Conversão de forrageiras tradicionais permite cumprir estratégias europeias para o ambiente e biodiversidade

É fundamental sensibilizar os agricultores e os criadores de gado para iniciarem o processo de conversão das culturas forrageiras tradicionais para as PPSBRL, visto que estas asseguram resistência face ao avanço das alterações climáticas, e benefícios ao nível dos serviços de ecossistemas, biodiversidade e sustentabilidade. Este é precisamente um dos objetivos do Manual que acaba de ser lançado. Esta medida é igualmente um passo essencial para implementar, no terreno, as orientações, políticas e estratégias europeias na área ambiental e de proteção da biodiversidade, nomeadamente aquelas previstas no Pacto Verde Europeu, Estratégia Europeia para a Biodiversidade 2030 e Estratégia Farm to Fork (Estratégia do Prado ao Prato).

Os agricultores e criadores de gado que avancem já com essa conversão estarão a dar passos decisivos rumo à sustentabilidade, resiliência e maior rentabilidade das suas produções, permitindo que, num futuro próximo, possam colher os benefícios da sua escolha mais amiga do ambiente e promotora da biodiversidade, que a todos favorece.

Sobre o projeto LIFE Rupis

O projeto transfronteiriço “LIFE Rupis - Conservação do britango e da águia-perdigueira no vale do rio Douro” (www.rupis.pt), financiado pela União Europeia, através do Programa LIFE, foi aprovado em 2015 e termina este ano, 2021. Este projeto é coordenado pela Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA).

O seu principal objetivo foi promover a conservação do britango e da águia-perdigueira no vale do rio Douro, através da implementação de medidas para reduzir a mortalidade destas espécies e aumentar o seu sucesso reprodutor.

Além da Palombar, o LIFE Rupis tem os seguintes parceiros: Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), Associação Transumância e Natureza (ATNatureza), Junta de Castilla y León, Fundación Patrimonio Natural de Castilla y León, Vulture Conservation Foundation (VCF), EDP Distribuição e Guarda Nacional Republicana (GNR).[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Lobos estão a morrer nos concelhos de Montalegre e Bragança

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1613574928123{margin-bottom: 40px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1613574911043{margin-left: 26px !important;}"]Andam a aparecer lobos mortos nos concelho de Montalegre e Bragança. Segundo  o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas  (ICNF), no dia 15 de fevereiro de 2021 foi dada informação  da existência de dois cadáveres de lobo na região Norte, um na zona de Cabril, Montalegre e outro na zona de Rio de Onor, Bragança.

Foi de imediato ativado o protocolo estabelecido no âmbito do Sistema de Monitorização de Lobos Mortos (protocolo que envolve o ICNF, GNR, Ministério Público e INIAV, I.P.). As equipas da GNR/SEPNA e os Vigilantes da Natureza presentes no terreno, em estreita colaboração e no âmbito das suas competências, desencadearam uma série de procedimentos de investigação, bem como a recolha dos cadáveres que foram entregues ao INIAV, I.P. para necropsia.

Segundo o ICNF, procedeu-se, ainda, à comunicação das ocorrências ao Ministério Público, nas Comarcas de Vila Real e Bragança.

Sobre as notícias que referem um segundo lobo morto em Cabril,  o ICNF salienta os Vigilantes da Natureza encontraram várias armadilhas de laços, utilizadas na caça ilegal, e que a GNR se encontra a recolher os indícios desta prática ilegal não havendo, até ao momento, evidências suficientes que  permitam concluir pela existência de mais um animal morto.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Coelho-bravo: população diminui em zona de caça na ZPE Rios Sabor e Maçãs e medidas de gestão são fundamentais

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1613466956700{margin-bottom: 40px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""]

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[/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1613466897116{margin-left: 25px !important;}"]Dados da monitorização de coelho-bravo (Oryctolagus cuniculus) realizada pela Palombar – Conservação da Natureza e do Património Rural no período 2016-2020 na Zona de Caça Associativa (ZCA) de Santulhão (concelho de Vimioso), localizada na Zona de Proteção Especial (ZPE) Rios Sabor e Maçãs da Rede Natura 2000, revelam que a população desta espécie diminuiu naquele período e que a continuação da implementação e reforço das medidas de gestão de coelho-bravo é essencial, tendo em conta que esta é uma espécie em risco.

Em dezembro de 2019, a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) reviu o estatuto de ameaça do coelho-bravo nas áreas onde este é nativo (Portugal, Espanha e França), tendo este passado de “Quase Ameaçado” para “Em Perigo” de extinção, devido à diminuição continuada das suas populações. No Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal, o coelho-bravo está classificado como “Quase Ameaçado”, contudo, o seu estatuto poderá sofrer alteração no novo Livro Vermelho dos Mamíferos de Portugal Continental, cujo projeto que promoverá a sua edição está atualmente em desenvolvimento, e para o qual a Palombar contribuiu com dados sobre várias espécies.

[caption id="attachment_9266" align="alignleft" width="900"]Sementeira Sementeira. Foto: Iván Gutiérrez/Palombar[/caption]

A Palombar realizou, de 2016 a 2020, a monitorização e gestão desta espécie, ao abrigo dos protocolos e metodologias do Projeto SOS Coelho, e com o apoio técnico-científico de investigadores do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (CIBIO-InBIO), tendo verificado que, apesar das medidas implementadas nesta zona de caça para promover o aumento da população de coelho-bravo, tal como a criação de sementeiras, a instalação de comedouros e bebedouros e a construção de marouços, o número de efetivos da espécie registou uma tendência decrescente.

Com o propósito de contribuir para a rede de epidemio-vigilância do projeto SOS Coelho, desde 2016, a Palombar também efetuou o controlo sanitário de coelho-bravo na ZCA de Santulhão naquele período, com o objetivo de detetar a mortalidade deste e da lebre-ibérica (Lepus granatensis) relacionadas com a mixomatose e a doença hemorrágica viral (DHV), não tendo encontrado, nesses cinco anos de monitorização, indivíduos afetados por estas patologias.

Para aprofundar o debate neste âmbito, a Palombar também organizou, em 2017, uma Jornada Técnica dedicada ao tema "A nova doença hemorrágica e os seus efeitos nas populações naturais de Coelho-bravo”, que contou com a participação de gestores e representantes das Associações de Caçadores e Zonas de Caça locais, associações de conservação da natureza e desenvolvimento sustentável, comunidade científica e administração pública.

[caption id="attachment_9268" align="alignleft" width="900"]Toca de coelho-bravo Sementeira. Foto: Iván Gutiérrez/Palombar[/caption]

A redução da população de coelho-bravo na ZCA de Santulhão no período avaliado poderá dever-se a novos surtos de DHV ainda não identificados e a fatores antrópicos e condições climáticas adversas, nomeadamente falta de chuva nos últimos anos.

Estes resultados revelam a importância fulcral de continuar com as ações de monitorização das populações de coelho-bravo na ZCA de Santulhão, de forma a compreender melhor as flutuações das suas populações reprodutoras a longo prazo. Adicionalmente, é essencial avaliar a existência de novos surtos da nova estirpe de DHV, bem como dar continuidade às medidas de gestão do habitat para promover a recuperação e conservação desta espécie-chave dos ecossistemas ibéricos, um trabalho que continuará a ser realizado pela Palombar em 2021.

O coelho-bravo

O coelho-bravo é uma espécie cinegética que tem como habitat preferencial as paisagens de mosaico que apresentam tanto zonas fechadas, que funcionam como locais de abrigo, com matos e bosques; como zonas abertas, onde procura alimento, nomeadamente pastagens naturais e artificiais e terrenos agrícolas. Reproduz-se em tocas durante todo o ano, embora a maioria das ninhadas nasçam entre fevereiro e agosto e tem normalmente entre três a 12 crias por ninhada (cerca de três a sete por ano). Apesar de estar presente em quase todo o território nacional, a densidade das suas populações varia de alta, sobretudo no sul do país, a residual, principalmente no norte.

[caption id="attachment_9267" align="alignleft" width="700"]thumbnail_Gráficos densidade coelho-bravo Densidade média (indivíduos/ha) de coelho-bravo por mês em 2016 e 2020 na ZCA de Santulhão[/caption]

Depois de afetadas pela destruição de habitats e por doenças como a mixomatose, desde os anos 50, e a DHV, no final dos anos 80, as populações de coelho-bravo no país tinham estado a recuperar, no entanto, começaram a diminuir novamente a partir de 2012. Atualmente, o que mais tem afetado as populações de coelho-bravo é uma segunda estirpe do vírus que provoca a DHV, a qual, ao contrário da primeira, afeta também os coelhos juvenis. Estima-se, na atualidade, que as populações de coelho-bravo diminuam, em média, 20% por ano em Portugal.

A alteração do estatuto do coelho-bravo foi realizada pela UICN devido ao registo de uma descida global das suas populações na ordem dos 70% nos últimos anos e à existência de populações muito fragmentadas.

O coelho-bravo é uma presa-chave de várias espécies ameaçadas, quer de mamíferos, como o lince-ibérico (Lynx pardinus), quer de aves, como a águia-de-Bonelli (Aquila fasciata), a águia-imperial-ibérica (Aquila adalberti) e a águia-real (Aquila chrysaetos).

O projeto SOS coelho

O SOS Coelho foi um projeto nacional coordenado pelo CIBIO-InBIO e pela Associação Nacional de Proprietários e Produtores de Caça (ANPC) que teve como objetivo recuperar as populações de coelhos selvagens em Portugal e combater a DHV.

No âmbito deste projeto, foi implementado um conjunto de ações concertadas que permitiram compreender melhor a etiologia, a biologia e o impacto da nova estirpe da doença hemorrágica viral sobre as populações de coelho-bravo, bem como identificar soluções para assegurar a conservação desta espécie, que é fundamental para o equilíbrio dos ecossistemas mediterrânicos ibéricos.

Atualmente, o projeto + Coelho, coordenado pelo Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV), dá continuidade às ações do SOS Coelho, com o propósito de promover o controlo sanitário, recuperação e proteção desta espécie em Portugal.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

As acácias podem comprometer seriamente os ribeiros

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1612344708858{margin-bottom: 40px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""]

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[/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1612344695582{margin-left: 26px !important;}"]A invasão das floretas ripárias (árvores e arbustos nas margens dos rios) por espécies de árvores exóticas pode ser uma ameaça ao funcionamento dos ribeiros. A conclusão é de um estudo liderado por Verónica Ferreira, da Universidade de Coimbra (UC).

Segundo a investigação, cujos resultados já estão publicados na revista Biological Reviews, as acácias, que estão entre as espécies invasoras mais agressivas no mundo, podem afetar os ribeiros por via de alteração das características da matéria orgânica, da quantidade de água e da concentração de nutrientes na água, com consequências nas comunidades e processos aquáticos, entre outras.

Para chegar a estas conclusões, a equipa, que envolveu investigadores do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE) e do Centro de Ecologia Funcional (CFE), da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCTUC), e do Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território (CEGOT), da Faculdade de Letras (FLUC), desenvolveu um modelo de previsão dos impactos da invasão da floresta de folhosas por espécies fixadoras de azoto nos ribeiros, tendo por base a invasão de florestas temperadas decíduas do Centro de Portugal por espécies do género Acacia, como a mimosa (Acacia dealbata) e a austrália (Acacia melanoxylon), que estão entre as espécies invasoras mais agressivas na floresta portuguesa.

Este modelo permitiu observar que os efeitos previstos de invasões de espécies fixadoras de azoto (especialmente as acácias) «incluem mudanças na qualidade e quantidade da água e mudanças nas características de entrada de matéria orgânica, por exemplo diminuição na diversidade de folhas que entra nos ribeiros por substituição de uma floresta nativa diversa por povoamentos da espécie invasora, que em estádios avançados da invasão pode substituir por completo a vegetação nativa», assinala a coordenadora do estudo, Verónica Ferreira.

A gravidade dessas mudanças, sublinha, «vai depender da magnitude das diferenças nas características das espécies nativas e invasoras, da extensão e da duração da invasão, sendo que mudanças mais fortes são esperadas quando as espécies invasoras são marcadamente diferentes das nativas, e invadem grandes áreas por um longo período, o que pode tornar a possibilidade de reversão dos efeitos mais difícil».

No entanto, adverte, «mudanças induzidas pela invasão de espécies fixadoras de azoto em ribeiros podem comprometer vários serviços do ecossistema, como, por exemplo, o fornecimento de água de boa qualidade, hidroeletricidade, atividades de lazer, etc., com consequências sociais e económicas relevantes».

Os resultados obtidos neste estudo, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), indica Verónica Ferreira, são importantes para, «por um lado, orientar a investigação futura porque há efeitos das invasões das florestas ribeirinhas por árvores exóticas que necessitam ser quantificados. Por outro lado, este estudo contribui com uma ferramenta que pode ser útil para a gestão das linhas de água já que permite prever a condição em que se poderão encontrar as comunidades e os processos aquáticos com base nas características das espécies nativas e invasoras, e assim estabelecer áreas prioritárias para conservação e restauro».

A investigadora da FCTUC lembra ainda que as invasões biológicas são uma «grande ameaça à biodiversidade e ao funcionamento dos ecossistemas. A invasão das florestas ribeirinhas por espécies de árvores com características diferentes das espécies nativas pode ser particularmente problemática». Por isso, conclui, «conhecer os efeitos das invasões por árvores fixadoras de azoto nos ribeiros é especialmente importante, uma vez que mitigar o enriquecimento de azoto em ecossistemas de água doce é um grande desafio de conservação, e os efeitos de espécies invasoras fixadoras de azoto têm sido amplamente negligenciados neste contexto».[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Verdes propõem medidas de reforço à proteção do Lobo Ibérico em Portugal

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1612343880298{margin-bottom: 40px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""][better-ads type="banner" banner="3816" campaign="none" count="2" columns="1" orderby="rand" order="ASC" align="center" show-caption="1" lazy-load=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1612343865422{margin-left: 26px !important;}"]O Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV), quer novas medidas para reforçar a proteção do Lobo Ibérico, espécie circunscrita a algumas áreas do Norte e do Centro do país, conta na atualidade com cerca de três centenas de indivíduos que continuam sujeitos a várias ameaças que vão desde a perseguição, abate, envenenamento, atropelamento e isolamento populacional.


No nosso país, o lobo é a única espécie da fauna selvagem a gozar de um regime específico de proteção legal, através da Lei 88/90, que resultou de uma iniciativa parlamentar de Os Verdes e que foi posteriormente complementada pelo Decreto-Lei n.º 54/2016, de 25 de agosto e pelo Despacho n.º 9727/2017 dos Gabinetes dos Ministros do Ambiente e da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural que aprova o Plano de Ação para a Conservação do Lobo-Ibérico (PACLobo), em Portugal. Mas o PEV pretende um maior grau de proteção para que o lobo volte a ocupar todas as regiões do país.


Numa iniciativa parlamentar o PEV entregou na Assembleia da República um Projeto de Resolução onde recomenda ao Governo que conclua e publique o novo censo nacional do lobo, atualizando os dados de 2003 incluindo estudos genéticos das populações, o conhecimento sobre a área de distribuição, o número de alcateias e o efetivo populacional, bem como a avaliação das tendências destes parâmetros.


Os verdes também pretendem que se amplie, com base nos resultados do novo censo do lobo, a área de incidência do PACLobo a todo o território nacional continental, de modo a determinar tendências populacionais e avaliar a sua possível expansão natural para regiões que já ocupou no passado.


As recomendações do PEV passam ainda pela possibilidade de legislar no sentido de não ser permitido, nos atuais territórios do lobo e nas previsíveis zonas de expansão, a alteração substancial do uso do solo, nomeadamente o desenvolvimento de projetos que contribuam para a fragmentação acentuada de habitat, que ponham em causa a circulação e o contacto entre os indivíduos das diversas populações de lobo ibérico, evitando assim o isolamento, como é o caso de grandes vias de comunicação rodo e ferroviárias.


Segundo o PEV deve-se proceder, nas zonas de maior conflito entre o lobo e criadores de gado, à definição de zonas de refúgio para as presas naturais do lobo, como sejam o javali, o veado e o corço, e desenvolva campanhas de reforço populacional das mesmas, assegurando ao mesmo tempo programas de monitorização destas espécies no restante território do país.


Os verdes apelam ainda para o reforço do quadro de pessoal do ICNF, incluindo Vigilantes da Natureza e quadros técnicos, e à sua formação no sentido de melhor acompanhar a questão do Lobo e ao mesmo tempo reforce a aquisição de equipamento e material de campo.


As recomendações do partido apelam também para a necessidade de realizarde um censo detalhado de cães assilvestrados e matilhas de cães assilvestrados acompanhado de um programa, junto com as Autarquias, que efetue o controlo, recolha, esterilização e possível confinamento dessas populações, principalmente nas zonas do lobo.
Por último, o PEV pede que se promovam ações de cooperação conjuntas com Espanha tendo em vista a preservação do habitat e da espécie.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Documentário sensibiliza para importância de proteger ave de rapina ameaçada

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1612199797154{margin-bottom: 40px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""]

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[/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1612203461982{margin-left: 25px !important;}"]Documentário sensibiliza para importância de proteger ave de rapina ameaçada e os serviços que presta aos ecossistemas. No âmbito do projeto “Reconecta-te à Natureza - As aves fazem mais do que cantar”, a organização não governamental de ambiente Palombar - Conservação da Natureza e do Património Rural produziu o vídeo/documentário de curta metragem “Proteger a rapina das searas”, que pretende sensibilizar a comunidade em geral e os agricultores em particular para a importância de proteger o tartaranhão-caçador (Circus pygargus), uma ave de rapina migradora que tem um estatuto de ameaça “Em perigo” de extinção em Portugal e cujas populações têm registado um declínio continuado no território nacional. Este vídeo também visa alertar para as ameaças que colocam esta espécie em risco e destacar os serviços que presta para os ecossistemas.

[caption id="attachment_9178" align="alignleft" width="1000"]Still de vídeo 3 - estrutura de proteção de um ninho de tartaranhão-caçador Estrutura de proteção de um ninho de tartaranhão-caçador[/caption]

Que ave é esta? De onde vem? Em que território habita? Que ameaças enfrenta? Quais são os serviços que presta para os ecossistemas e os agricultores? Como a podemos proteger? Com foco nesta rapina das searas, o vídeo responde a estas e a muitas outras questões relacionadas com a espécie e centra-se num território, o Planalto Mirandês, um dos últimos redutos para as aves estepárias no norte de Portugal. Um dos propósitos é revelar como o tartaranhão-caçador contribui para assegurar a produtividade dos campos cerealíferos e o equilíbrio dos ecossistemas, através dos serviços que oferece para o meio ambiente, que são muitos.

O documentário alerta igualmente para uma das principais ameaças para esta ave, a atividade da ceifa, e para a necessidade de implementar, em colaboração com as comunidades locais e os produtores agrícolas, medidas que promovam a sua proteção e conservação nos terrenos cultivados com cereais.

O vídeo sublinha ainda a importância de estudar e obter mais informações sobre a população de tartaranhão-caçador que ocorre no Planalto Mirandês, com o propósito de aumentar o conhecimento sobre esta e contribuir com dados sistematizados para a definição de medidas de conservação, proteção e gestão da espécie nessa região mais eficazes e baseadas na evidência científica.

Projeto vai criar Rede de Amigos do Tartaranhão-caçador O projeto “Reconecta-te à Natureza - As aves fazem mais do que cantar” também prevê a implementação de ações no seu território de intervenção, a Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes (CIM-TTM), com vista à identificação e monitorização de ninhos de tartaranhão-caçador para promover a sua proteção e sucesso reprodutivo, em estreita colaboração com os agricultores locais, com o intuito de criar uma “Rede de Amigos do Tartaranhão-caçador".

Sobre o projeto “Reconecta-te à Natureza - As aves fazem mais do que cantar”

O projeto “Reconecta-te à Natureza - as aves fazem mais do que cantar”, o qual é financiado pelo Fundo Ambiental – Ministério do Ambiente e da Ação Climática”, tem como principal objetivo sensibilizar a comunidade para os serviços fundamentais prestados pela avifauna aos ecossistemas, com o propósito de informar sobre a sua importância e papel vital e alertar para os problemas que têm provocado o declínio de várias espécies de aves associadas aos ecossistemas agrícolas.

[caption id="attachment_9177" align="alignleft" width="1000"]Still de vídeo 3 - estrutura de proteção de um ninho de tartaranhão-caçador Tartaranhão-caçador[/caption]

O projeto tem como foco dois grupos de avifauna: os passeriformes e as aves de rapina. No caso dos passeriformes, aborda os serviços que estes prestam para os ecossistemas associados a hortas, pomares e florestas; e, no que se refere às rapinas, as ações incidem sobre espécies diurnas ligadas ao habitat das searas, tendo o tartaranhão-caçador (Circus pygargus) como espécie bandeira, e noturnas, associadas às quintas, apresentando como espécie de destaque a coruja-das-torres (Tyto alba).

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Projeto de recuperação e proteção de espécies no PN Douro Internacional

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1612009600549{margin-bottom: 40px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""]

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[/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1612009582732{margin-left: 25px !important;}"]O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) está a implementar no Parque Natural do Douro Internacional um Projeto de Recuperação e Proteção de Espécies e Habitats ameaçados, designado por “HabDouro”, materializando um importante conjunto de ações, em linha com a Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e Biodiversidade, refere fonte do instituto público.

"Preservar áreas importantes de habitats naturais de alto valor de conservação, contribuir para aumentar a produtividade das populações de aves necrófagas, implementar o restauro de habitats em torno de núcleos nidificantes de espécies prioritárias, nomeadamente britango, abutre-preto e milhafre-real e ampliar o conhecimento da população sobre a importância da conservação do património natural são os objetivos deste projeto", refere um comunicado de imprensa do ICNF.

"Para salvaguardar este património de elevado valor natural, o projeto “HabDouro” permite colocar em prática um conjunto relevante de ações que concorrem para recuperar habitats e espécies. Essas ações vão desde a gestão integrada de campos de alimentação de aves necrófagas, em que se garante alimento suplementar e, portanto, maior produtividade destas espécies, à criação de faixas e mosaicos de gestão de combustível que criam descontinuidades no perímetro de áreas de habitats com alto valor de conservação, promovendo a regeneração natural das espécies arbóreas autóctones, até à realização de campanhas de sensibilização da população sobre o património natural e as boas práticas necessárias à sua conservação e instalação de painéis informativos (prevista para breve), que serão colocados em locais estratégicos de visitação e passagem, bem como a itinerância de uma exposição", salienta o ICNF.

O projeto “HabDouro” é financiado pelo Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR) e pelo Fundo Ambiental, cujas ações estão previstas na Resolução do Conselho de Ministros n.º 167/2017, de 2 de novembro, contribuirá para a proteção de uma área de 277,6 hectares de habitats naturais prioritários, azinhais e zimbrais, no Parque Natural do Douro Internacional.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Universidade de Coimbra lidera projeto europeu que visa a biorrecuperação de metais de resíduos mineiros

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1611654448219{border-bottom-width: 40px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""][better-ads type="banner" banner="3816" campaign="none" count="2" columns="1" orderby="rand" order="ASC" align="center" show-caption="1" lazy-load=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1611654428288{margin-left: 25px !important;}"]A Universidade de Coimbra (UC) lidera o projeto europeu “REVIVING – revisiting mine tailings to innovate metals biorecovery”, que visa recuperar resíduos gerados pelo setor mineiro, contribuindo desta forma para o Acordo Verde Europeu (European Green Deal).


No âmbito do arranque deste projeto, que obteve um financiamento de 1,2 milhões de euros da União Europeia (UE), vai decorrer, na próxima segunda-feira, dia 25 de janeiro, pelas 14 horas, um webinar subordinado ao tema “Raw Materials, a key factor on the support of European Green Deal”.


A iniciativa junta especialistas de várias áreas e pretende discutir como é que as novas tecnologias de base bio - “nature based” - podem ajudar a obter matérias-primas a partir de recursos secundários, contribuindo assim para os objetivos do Acordo Verde Europeu.


O REVIVING, que tem como parceiros investigadores e empresas ligadas ao setor mineiro de França, Roménia e Portugal, segundo Paula Morais, docente da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) e coordenadora do projeto, «vai estudar a utilização das comunidades microbianas dos próprios resíduos na lixiviação de metais valiosos, abordando o problema da devolução dos resíduos ao ciclo produtivo e, desta forma, apoiando a transição da UE para uma economia circular. Se os resíduos forem processados e recuperados, estes podem ser considerados um recurso, em vez de “um bem a ser descartado”, voltando a ser um material inerte a devolver ao ambiente».


Genericamente, vai ser explorado um novo conceito de biolixiviação. Este novo conceito, acrescenta a também investigadora do Centre for Mechanical Engineering, Materials and Processes (CEMMPRE) da UC, «consiste na manipulação do microbioma dos resíduos (conjunto de comunidades microbianas que residem nos resíduos) e hidrometalurgia com aplicação de pressão negativa».


Para tal, os investigadores vão usar as novas técnicas moleculares “Next -Generation Sequencing”, e vão estudar a «libertação de metal após o bioprocessamento, usando a pressão negativa como estratégia inovadora de extração de metal e como forma de ultrapassar a heterogeneidade do material (ou materiais) de fase sólida», detalha Paula Morais.


No final do projeto, com a duração de três anos, vai ser implementado um sistema piloto na maior mina de tungsténio da Europa - a mina da Panasqueira – com o objetivo de transformar os resíduos mineiros, tóxicos, em matéria-prima, numa perspetiva de economia circular.


A docente e investigadora sublinha ainda que, na Europa, «mais de 300 milhões de toneladas de resíduos de extração e mineração são produzidos anualmente. No mundo, a demanda por metais, tanto em quantidade como em diversidade, tem crescido devido à sua utilização na tecnologia em geral e particularmente nas tecnologias modernas, ecologicamente corretas, do tecido industrial europeu».[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Sabe quais são as preocupações ambientais dos portugueses no Natal?

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1608656661489{margin-bottom: 40px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""][better-ads type="banner" banner="3816" campaign="none" count="2" columns="1" orderby="rand" order="ASC" align="center" show-caption="1" lazy-load=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1608656756155{margin-left: 26px !important;}"]Utilizar pinheiros artificiais (75%), separar os resíduos dos embrulhos (73%) e não utilizar utensílios descartáveis (71%). Estes são os principais comportamentos ambientais assumidos pelos portugueses durante a época natalícia, revela um estudo promovido pela Sociedade Ponto Verde (SPV), que procurou perceber atitudes e preocupações dos consumidores nacionais quanto às práticas sustentáveis nesta época.

Quando questionados sobre quais os comportamentos ou preocupações que têm nesta época, recusar sacos nas lojas, usar papel reciclado para embrulho e ter preocupação em comprar produtos amigos do ambiente, são aqueles que revelam menos expressão durante esta quadra, com respostas entre os 21% e os 39%.

Os dados mostram que 9 em cada 10 portugueses fazem reciclagem de embalagens, mas sabendo que a época festiva está associada a um aumento do consumo, que se reflete numa maior produção de resíduos, são necessárias preocupações ambientais diferentes no Natal do que no resto do ano.

“Os portugueses estão cada vez mais conscientes da importância de adotarem comportamentos responsáveis face à proteção do ambiente e a relevância da reciclagem enquanto um deles é cada vez mais notada. Este mesmo inquérito mostrou-nos que 89% dos portugueses admite estar mais preocupado hoje em dia com os problemas ambientais do que o que estava há 10 anos atrás e o Natal não é exceção.” refere Ana Trigo Morais, CEO da Sociedade Ponto Verde.

Ao longo dos últimos anos a SPV tem desenvolvido campanhas específicas no Natal procurando sensibilizar os portugueses para a importância de também nas épocas festivas existir uma atenção com a proteção do ambiente. Este ano, com o mote “O melhor presente do mundo é um mundo melhor”, a SPV voltou a lançar a sua campanha para a época festiva, evocando em cada um de nós a vontade de partilhar e oferecer um mundo melhor.

“Acreditamos que as campanhas que a SPV tem desenvolvido ao longo do tempo têm contribuído para esta nova consciência e alerta ambiental. O reforço de comunicação no Natal tem como objetivo incentivar à manutenção dos bons hábitos de reciclagem, que devem ter especial importância nesta época” acrescenta Ana Trigo Morais.

Ao longo do mês de dezembro, os portugueses têm sido convidados a partilhar nas suas redes sociais o filtro especial criado para esta ação, formando um movimento de celebração de um mundo melhor. Com a reciclagem no centro das atenções, e com o objetivo de facilitar e aumentar a separação nas casas portuguesas neste Natal, por cada partilha, os participantes ganham um conjunto de ecobags. Semanalmente são oferecidos 200 ecobags, num total de 1.000 ao longo de todo o mês no Instagram e Facebook.

Sobre a Sociedade Ponto Verde
A Sociedade Ponto Verde é uma instituição privada sem fins lucrativos que tem por missão organizar e gerir a retoma e valorização de resíduos de embalagens, promovendo a ECONOMIA CIRCULAR através da implementação do Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens (SIGRE). A sensibilização e a educação para as melhores práticas ambientais são um dos grandes objetivos da Sociedade Ponto Verde junto dos portugueses.
[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Estudo luso-espanhol ajuda a compreender e a prever os efeitos das alterações climáticas na biodiversidade do solo

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1608464330302{margin-bottom: 40px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""][better-ads type="banner" banner="3816" campaign="none" count="2" columns="1" orderby="rand" order="ASC" align="center" show-caption="1" lazy-load=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1608464271953{margin-left: 2px !important;}"]Os investigadores Jorge Durán, do Centro de Ecologia Funcional da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), e Manuel Delgado-Baquerizo, da Universidad Pablo de Olavide (Sevilha, Espanha), avaliaram, pela primeira vez, de que forma e por que razão a variabilidade espacial da biodiversidade do solo muda em ecossistemas terrestres a uma escala global.

A variabilidade espacial, ou seja, a distribuição desigual das propriedades do solo, desempenha um papel essencial no controlo das principais características e serviços dos ecossistemas, como o desempenho das plantas, a produtividade dos ecossistemas, as interações tróficas ou a ciclagem de nutrientes do solo.

Os resultados deste estudo, publicado na revista científica Scientific Reports, do grupo Nature, são essenciais «para melhorar a nossa capacidade de compreender e prever os complexos efeitos das alterações climáticas na biodiversidade do solo, bem como para projetar medidas de deteção e mitigação precoces mais eficazes», afirma Jorge Durán.

«Sabemos que a variabilidade espacial das propriedades e funções do solo é controlada pela interação de vários atributos biológicos, químicos e físicos. No entanto, pouco se sabe acerca dos fatores que controlam a variabilidade espacial dos organismos subterrâneos. O que não deixa de ser surpreendente porque a biodiversidade do solo é um fator essencial em múltiplas funções do ecossistema. Embora a investigação na última década tenha sido capaz de identificar os fatores ambientais mais importantes que controlam a biodiversidade dos organismos do solo, um aspeto que tem sido negligenciado nesses estudos é sua variabilidade espacial», explica o investigador do Centro de Ecologia Funcional da FCTUC.

Este estudo visou precisamente colmatar estas lacunas no conhecimento. Os investigadores analisaram uma grande base de dados, de solo e vegetação, de 87 locais diferentes de todos os continentes (exceto Antártica), atingindo uma ampla gama de condições climáticas, tipos de vegetação, idades e origens do solo.

Os resultados obtidos, afirmam Jorge Durán e Manuel Delgado-Baquerizo, «mostram que a variabilidade espacial dos principais grupos de organismos do solo (bactérias, fungos, protistas e invertebrados) está altamente correlacionada nos diferentes ecossistemas, sugerindo fortes ligações entre os diferentes grupos, e que qualquer fator ou distúrbio que afete um grupo, afeta provavelmente o resto dos grupos de organismos do solo de maneira semelhante».

Observou-se também que a variabilidade espacial dos organismos do solo «é controlada principalmente pela estrutura da vegetação, que, por sua vez, é influenciada pela aridez e por diferentes atributos do solo. Assim, áreas com baixa cobertura vegetal, mas alta heterogeneidade espacial das plantas, estão consistentemente associadas a altos níveis de variabilidade espacial da biodiversidade do solo. Além disso, o nosso estudo sugere a existência de vínculos significativos e não descritos entre a variabilidade espacial da biodiversidade do solo e importantes funções do ecossistema, como o sequestro de carbono, a ciclagem de nutrientes ou produtividade vegetal».

As implicações destes resultados, segundo os autores do estudo, são amplas num contexto de alterações climáticas, «pois indicam que as reduções no coberto vegetal (por exemplo, via desertificação, aumentos na aridez ou desmatamento) são suscetíveis de aumentar a variabilidade espacial dos organismos do solo, o que poderia comprometer a capacidade dos diferentes ecossistemas de realizar funções importantes e manter serviços ecossistémicos chave».[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

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