Tradições de Páscoa em Trás-os-Montes

Texto: Luis Pereira



Trás-os-Montes, um amplo território que na atualidade se distribui pelos distritos de Vila Real e Bragança, mantém ainda - resultado de um longo processo de isolamento e de um fraco índice de urbanização -, muitas das tradições que ao longo da sua história se foram cimentando entre as comunidades rurais. A semana que antecede a Páscoa é um bom exemplo das tradições cristãs e pagãs que anualmente se repetem de uma forma cíclica neste território.

Os autos da paixão, a procissão do Senhor dos Passos, as endoenças, as vias-sacras e as queimas do Judas são alguns dos exemplos desses ancestrais hábitos que sobreviveram até aos dias de hoje e que ano após ano se repetem em muitas das nossas localidades.

Estas seculares tradições cumprem-se todas na semana que medeia entre o “Domingo de Ramos” e o “Sábado de Aleluia”, e são, na sua maioria, manifestações fortemente marcadas por sentimentos religiosos, apesar de estar sempre presente um substrato cultural que as relaciona de uma forma inequívoca com a vertente lúdica e pagã que ainda permanecem arreigadas no seio da cultura destas comunidades rurais.

Os autos da paixão e as vias-sacras são expressões coletivas de fé, de uma fé bem sentida, mas onde ainda moram fortes influências de uma encenação provinda do teatro popular, apesar do sentimento predominante ser o luto e a dor pesarosa pela morte de Jesus Cristo; um luto e uma dor que se exprimem através de tons carregados de roxo e de negro, cores essas que expõem tristeza, melancolia, reflexão, penitência e todo o sentimento de perda e de sofrimento que antecipa o mistério pascal. Em todos os casos são recuperadas as catorze paragens que integram as estações da via sacra, e aldeias há que ainda conservam intactos os cruzeiros que representam cada uma dessas estações.

É nos autos da paixão que se encontra uma das mais elaboradas expressões do teatro popular. Com uma participação coletiva e efetiva da comunidade, estas representações integram velhos e novos, homens e mulheres, e quase sempre atingem picos de realismo que alguns dos participantes até chegam a parecer figuras saídas do Novo Testamento. Por estes autos passam as narrações dos últimos dias da vida de Jesus Cristo, e neles intervêm personagens como os discípulos, com Judas em primeiro plano, Herodes, Caifaz, Pilatos, Fariseu, Maria Madalena, soldados romanos ou mesmo o Diabo, culminando todas essas encenações na deposição do filho de Deus na cruz.

Mas o sentimento de perda vivida, sentida e transmitida pela população durante a Semana Santa em Trás-os-Montes tem a sua mais peculiar e enigmática expressão no concelho de Vinhais, uma das localidades da região onde ainda previvem e se registam alguns vestígios das chamadas endoenças. Aqui existe um ritual onde se interpreta e encena a procura e a busca de Nosso Senhor Jesus Cristo, e todos os habitantes das pequenas aldeias se perguntam, uns aos outros, e entre vizinhos e amigos, se “alguém por aí o viu”.

Também em Freixo de Espada à Cinta permanece ainda bem viva e preservada a procissão dos "Sete Passos", uma não menos enigmática manifestação pagã que marca a Semana Santa e cujos contornos deixam transparecer claras influências de uma tradição antiquíssima, com provável origem na época medieval. Desta tradição existe um riquíssimo documento constituído por um filme intitulado “Encomendação das Almas – Sete passos ”, uma produção de 1979 para a RTP com a realização de Leonel Brito e textos de Rogério Rodrigues.

A partir da meia-noite de sexta-feira santa, uma figura encapuçada de negro, dobrada pelo tronco, circula pelo adro da igreja matriz de Freixo com uma luminária a pender-lhe das mãos, enquanto à porta do templo são entoados cânticos com vozes exclusivamente masculinas. Posteriormente, pelas ruas do Centro Histórico da vila, mais duas dessas figuras, também encapuçadas e vestidas de negro, arrastam objetos de metal num estridente ruído, enquanto, seguindo-os de perto, o mesmo grupo de homens continua a entoar cânticos em diversas paragens pré-estabelecidas, com a figura que transporta a lamparina a encabeçar o cortejo. A procissão pagã dos "Sete Passos" trata-se de um culto aos mortos, um culto a todos os mortos que é entoado na véspera do sábado de aleluia, o dia em que foi anunciada a ressurreição do filho de Deus.


Já em Mogadouro, a tradição ancora numa essência histórica melhor definida no tempo. A “Procissão dos Passos” é uma das muitas manifestações pascais que durante a época quaresmal se realizam na região do nordeste transmontano. O Senhor dos Passos de Mogadouro é uma manifestação religiosa com contornos vincadamente históricos que se realiza de dois em dois anos nesta vila transmontana. Segundo alguns investigadores, surgiu pela mão de Luís Alvares Távora, Senhor de Mogadouro, que deu o impulso, em 1559, para a criação da Confraria da Igreja da Misericórdia. A procissão sai da igreja da Misericórdia e segue até ao convento de S. Francisco que se situa no fulcro urbano da localidade. O cortejo é de matriz marcadamente religioso, mas mantém contornos etnográficos que remontam ao séc. XVII.



Num campo mais lúdico há a registar as “queimas de judas”, manifestações festivas e de algum excesso que marcam o fim de um tempo de restrições e penitência que foram impostas durante o período da quaresma.Em Constantim, uma aldeia localizada às portas da cidade de Vila Real, renasceu há alguns anos pelas mãos dos habitantes da localidade um destes costumes antigos que esteve muito tempo adormecido. A Queima de Judas, o traidor, é realizada na noite de sábado de aleluia, véspera do domingo de Páscoa, e reúne dezenas de pessoas num cortejo constituído por várias figuras que transportam tochas acesas pelos arruamentos da aldeia, vindo depois toda a representação a culminar na praça principal, num cenário dantesco, onde Judas é queimado entre gritos e risos de escárnio, numa representação que dizem “teatralizar a vingança do povo contra Judas que traiu Jesus”.

O mesmo espirito tem a “Queima de Judas em Montalegre”, também realizada no “Sábado de Aleluia”. O município constitui anualmente um concurso com inscrições prévias para incentivo geral da população e com o intuito de manter viva a tradição.

Nestes meios rurais mantém-se ainda o hábito de ao meio dia de quinta-feira santa tocar o sino a finados, o que significa o anúncio simbólico da morte de Cristo. A partir desse momento todas as pessoas abandonam os seus afazeres agrícolas e regressam a casa para cumprir o “dia santo de guarda”, permanecendo sem trabalhar, e muitas delas em jejum, até ao meio dia de sexta-feira.

Em outras localidades só no “Sábado de Aleluia”, à meia-noite, se volta a tocar os sinos das igrejas. Este ato radica numa tradição muito ancestral já relatada nos inícios do séc. XX por Francisco Manuel Alves, o prestigiado historiador, antropólogo e arqueólogo transmontano, na sua obra “Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança”. Segundo essa tradição, “a bênção para o que repica os sinos na noite de Páscoa da Ressurreição, toda passada em toques festivos de sinos, consiste em ser muito feliz no encontro de ninhos de aves com pássaros”. Mas o toque do sino assegura um significado de maior relevância para estas comunidades. Ele significa o fim da tristeza, do silêncio, das restrições e do luto e anuncia um novo tempo de alegria, de vida, de ressurgimento, de renovação, de esperança, de felicidade e de uma outra vida que se espiritualiza e interioriza através do exemplo da Ressurreição de Jesus Cristo e da sua perpetuação através da vida eterna.

A meia-noite do sábado de aleleuia é portanto a hora simbólica que marca o arranque das festividades do dia de Páscoa, dia assinalado pelo encontro de famílias, pelo ritual eucarístico e pela convivialidade e confraternização que se faz à volta mesa. Gastronomicamente a Páscoa está associada a manjares como o folar, o borrego ou o cabrito assado, e no domínio religioso pela tradição do Compasso.

Como refere Ernesto Veiga de Oliveira no seu livro “Festividades Ciclicas em Portugal”, “no Nordeste montanhoso e planáltico de Trás-os-Montes, o folar é uma bola redonda, em massa dura, feita com farinha, ovos, leite, manteiga e azeite, que encerra bocados de carne de vitela, frango, coelho, porco, presunto e rodelas de salpicão, cozidos dentro de massa, que junto deles fica mais tenra com a gordura que deles se desprende. Por seu turno, estes folares, podem ser, segundo as regiões, grandes e altos, em massa fresca (Bragança), ou achatados e pequenos, em massa seca, (Freixo de Espada à Cinta). Cozem-se geralmente em grande número, e continua-se a comê-los mesmo passada a Páscoa, sendo especialmente próprios para levar de merenda”.

Muitos destes folares continuam a ser feitos em casa, no forno a lenha onde normalmente se cozia o pão, mas também nas padarias locais que neste período alugam os fornos especificamente para cozer a massa dos folares. Ainda no domínio da gastronomia, o cabrito assado está a substituir o cordeiro ou o borrego, embora não há muitos anos estes constituíssem o prato típico que estava por absoluto generalizado no almoço de todas as famílias no domingo de Páscoa. O cordeiro, símbolo da Páscoa Cristã, assumia aí também uma dimensão e um sentido de comunhão, uma vez que personificava Cristo, o filho e cordeiro de Deus que foi sacrificado para remissão dos pecados de toda a humanidade.


Mas o dia de Páscoa, na maior parte das aldeias, vilas e cidades da região fica sobretudo marcado pela alegria da visita pascal - o chamado Compasso. Algumas excepções se registam como, por exemplo, em Macedo de Cavaleiros, onde a visita pascal se realiza na segunda-feira seguinte. Num número reduzido de aldeias ou lugares a visita do Compasso pode ser transferida para o domingo imediatamente a seguir à Páscoa, surgindo assim o domingo de Pascoela como habitualmente é designado pelos transmontanos.

O Compasso nada mais é do que um grupo de paroquianos que leva à frente o padre numa visita a todas as casas onde é dada a beijar uma cruz com Cristo crucificado. Neste ritual o pároco entra nas casas de todos os fiéis e benze-a com água benta, enquanto é anunciada por todos a boa nova da Ressureição de Cristo: “Aleluia, aleluia, Jesus Cristo Ressuscitou!”.

Nesta cerimónia, recorda-nos Ernesto veiga de Oliveira, “o padre, de sobrepeliz e estola, precedido dos membros da confraria ou paróquia, de opa, e levando o crucifixo, a campainha e a caldeirinha, corre a freguesia a levar aos paroquianos a Boa Nova e a bênção pascal e a tirar o folar. O padre entra nas casas cuidadas e embelezadas e, com a saudação tradicional dá a cruz a beijar a todos os presentes que seguem o «compasso» e que se reúnem e ajoelham na sala principal em redor da melhor mesa da casa que está coberta com uma toalha de linho rendada, ao lado do crucifixo, dos castiçais, de jarras floridas e de um pires ou de uma taça com o «folar», geralmente um envelope com dinheiro dentro”.
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Monumentos do Norte de Portugal já possuem guia de promoção turística

"Monumentos Norte de Portugal” é o mais recente trabalho de promoção turística que a Entidade de Turismo Porto e Norte de Portugal (TPNP) apresenta hoje 13 dezembro, às 15h30, em Cabeceiras de Basto, na Casa do Tempo. 

Castelo de Ansiães
É mais uma proposta para dar a conhecer o território através dos seus aspetos diferenciadores. Desta vez, uma sugestão de visita através dos Monumentos do Norte, desenvolvida em parceria com a Direção Regional da Cultura do Norte, no que respeita à organização, seleção e estruturação de conteúdos.

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Ser monumento nacional e ter asseguradas as condições necessárias à visitação pública foram os critérios básicos para integrar esta brochura. São 128 monumentos a descobrir em 74 municípios do Porto e Norte de Portugal.

"Pretende-se, com este guia, dar maior visibilidade aos monumentos classificados mais representativos do nosso território, potenciar a visita ao longo de todo o ano, promovendo a dinamização e a coesão económica e cultural. A primeira edição foi lançada em 2012, com 41 municípios e 60 monumentos. Esta versão atualizada contempla um maior número de municípios, maior abrangência territorial e mais do que duplica o número de monumentos, o que revela a importância que os nossos parceiros no território atribuíram a este modo de promoção do destino ao dotarem os monumentos das condições para cumprimentos dos critérios base que permitiu inclui-los”, adianta o presidente da TPNP, Melchior Moreira.

Para o Diretor Regional de Cultura do Norte, António Ponte, a edição desta brochura constitui "mais um excelente instrumento de promoção dos monumentos a Norte”, sendo esta entidade responsável pela gestão direta de largas dezenas de monumentos, entre mosteiros, castelos, igrejas ou sítios arqueológicos.

Herdeira da gestão de um legado patrimonial e imaterial inigualável, a DRCN tem sabido estabelecer parcerias e aproveitar sinergias resultantes da articulação com o poder local e a sociedade civil, estratégia que resultou, nomeadamente, "na requalificação, reconversão e valorização de um importante espólio patrimonial, mas igualmente num acréscimo significativo do número de visitantes ao longo dos últimos anos”, sublinha. "A oferta é vasta e a economia da cultura tem vindo a afirmar-se a Norte, território geográfico com características únicas e onde, por exemplo, existem quatro locais classificados como Património Mundial pela UNESCO: o Centro Histórico do Porto, o Centro Histórico de Guimarães, o Alto Douro Vinhateiro e o Sítio de Arte Rupestre Pré-Histórica do Vale do Côa”, sustenta o Diretor Regional de Cultura do Norte.


O Museu do Abade de Baçal é já centenário

No dia 13 de Novembro de 1915 aprovou o governo republicano de então a criação de um Museu Regional em Bragança, depois de selecionadas as peças artísticas mais representativas do antigo Paço Episcopal, do antigo Seminário e do Mosteiro de Fornos de Ledra por José de Figueiredo – Diretor do Museu Nacional de Arte Antiga, na época – e José de Brito – na altura Secretário do Conselho de Arte e Arqueologia da 3ª Circunscrição (Porto) – e que a diocese queria levar a hasta pública um ano antes, depois destes edifícios terem passado para a alçada do Estado como punição contra as posições do prelado contra a Lei da Separação do Estado das Igrejas, em 1912.

O Museu do Abade de Baçal é já centenário
Estes objetos selecionados ficaram então à guarda da Comissão Concelhia de Bragança da Administração dos Bens do Estado, e serão entregues ao futuro diretor do Museu em Março de 1916.

Daqueles objetos inicialmente escolhidos por José de Brito e José de Figueiredo alguns, significativos, foram apartados e conduzidos para o Museu de Arte Antiga, em Lisboa, e Museu Soares dos Reis, no Porto, conforme relações existentes. Damos aqui a relação, desconhecida, deste acervo:

Museu Nacional de Arte Antiga:
- 1 Sege estilo Luís XV;
- Um bocado de veludo carmesim;
- 8 Cadeiras de couro com braços do séc. XVII;
- 4 Cadeiras de braços de veludo;
- 2 Molduras douradas do séc. XVIII;
- 1 Salva de prata estilo Renascença;
- 1 Palmatória de prata dourada;
- 1 Tabuleiro de prata, quadrado;
. 1 Cafeteira de prata, setecentista;
- 2 Serpentinas de prata;
- 1 Candeeiro de prata;
- 3 Bancos de couro do séc. XVII;
- 9 Peças de estanho;
- 1 Frontal de seda do séc. XVIII;
- 1 Genuflexório;
- 1 Reposteiro de seda bordada, séc. XVII;
- 1 Liteira estilo Luís XV;

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Museu Soares dos Reis:
- 9 Peças de estanho;
- 1 Salva de prata com pé (680 grs);
- 1 Salva de prata dourada com pé (1 290 grs);
- 1 Salva grande de prata (2 210 grs);
- 1 Salva de prata (700 grs);
- 2 Bandejas quadradas de prata (920 grs);
- 2 Livros de cantochão, com iluminuras;
- 1 Pintura sobre madeira do séc. XVI.

A cafeteira de prata ida para o Museu Nacional de Arte Antiga regressou a Bragança, pela mão de Simoneta Luz Afonso, na altura da requalificação do Museu em 1995. E agora, neste centenário do Museu Regional, não seria a ocasião adequada para o regresso desse acervo, após cem anos de exílio da região?
(continua)

JMNJ

Fundação Côa Parque recebe Prémio Vaccea 2016. Distinção entregue pela primeira vez a uma instituição portuguesa

O Centro de Estudios Vacceos "Federico Wattenberg", da Universidade de Valladolid, acaba de atribuir à Fundação Côa Parque, o prémio Vaccea 2016, na categoria de Investigação e Divulgação Científicas, "por la realización y consolidación de un proyecto de investigación para la defensa y conservación de un lugar único, excepcional, Patrimonio de la Humanidad, y por su identificación con la comunidad en que se imbrica".

Fundação Côa Parque recebe Prémio Vaccea 2016. Distinção entregue pela primeira vez a uma instituição portuguesa
A entrega do prémio, que vai na sua 5ª edição, terá lugar no próximo dia 28 de Outubro, na Aula Magna Lope de Rueda, da Faculdade de Filosofia e Letras da Universidade de Valladolid.

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O Museu do Côa e o Parque Arqueológico do Vale do Côa continuam a registar um acréscimo de interesse internacional, não só devido à sua importância histórica, mas também pela atenção que a comunicação social lhe vem dedicando, através de vários filmes e artigos.

No ano passado, a convite do Museu do Petróglifo, de Ulsan, na Coreia do Sul, a Fundação Côa Parque teve oportunidade de apresentar a exposição intitulada «A Arte Rupestre do Vale do Côa» - a primeira grande exposição dedicada ao Vale do Côa além-fronteiras - que ficou patente naquele museu sul coreano durante três meses e foi visitada por cerca de 27.500 pessoas.

Sobre os Prémios Vaccea
O Centro de Estudios Vacceos "Federico Wattenberg", da Universidade de Valladolid criou em 2008 os prémios Vaccea para destacar o trabalho de indivíduos, grupos ou entidades e instituições de salvaguarda, promoção e conhecimento do património arqueológico, com especial atenção às identidades pré-romanas da Idade do Ferro, em grande medida, configurando as idiossincrasias dos territórios atuais.

Concedidos a cada dois anos, os Prémios Vaccea são atribuídos em quatro categorias: Patrocínio; Proteção e Conservação do Património; Investigação e Divulgação Científica; Comunicação.


Jornadas Culturais de Balsamão estão de volta no início do próximo mês

As jornadas Culturais do Convento de Balsamão estão de volta à região do Nordeste Transmontano entre os dias 6 e 9 de outubro. São quatro dias para discutir e analisar o contributo do associativismo para a defesa do Património Cultural.

Jornadas Culturais de Balsamão estão de volta no início do próximo mês
Este ano a iniciativa cultural, organizada consecutivamente há 19 anos pelo Convento de Balsamão, situado na freguesia de Chacim, concelho de Macedo de Cavaleiros, distribui-se ao longo do espaço transfronteiriço, estando programadas as comunicações e intervenções temáticas em Alcañices e no Convento de Balsamão.

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Na XIX edição serão abordados temas como o Tratado de Alcañices, O Contrabando , o Associativisrno e a cooperação Raiana, a Sociedade Civil, a Igreja e o Comunitarismo, questões relacionadas com a defesa do património, entre muitos outros temas que por certo despertarão o interesse a quem defende ou trabalha no âmbito da cultura e da defesa do património cultural.

As XIX Jornada Culturais do Conveto de Balsamão, que decorrerão entre os dias 6 e 9 de outubro, tem já as inscrições abertas para todos aqueles que nelas pretendam participar.

Órgão Histórico voltou a tocar na Igreja Matriz de Torre de Moncorvo

No passado dia 15 de Julho realizou-se a Celebração Eucarística de Inauguração e Restauro do órgão a tubos da Igreja Matriz de Torre de Moncorvo.


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Na cerimónia o Presidente da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo referiu que “ estamos a falar de uma peça que deixou de tocar e ter a sua utilidade no último quartel do século passado e que tínhamos esta necessidade, até para podermos enquadra-lo nos programas com órgãos que a Direção Regional de Cultura do Norte promove”.

“ Não nos podemos esquecer que o Município de Torre de Moncorvo tem a decorrer um programa que é “Os Monumentos com vida” e pretendemos que estes monumentos não sejam só como estão, mas sejam também parte integrante da população, da cultura e do turismo ativo”, explicou Nuno Gonçalves.

O Diretor Regional de Cultura do Norte, António Ponte, disse que este restauro está inserido num programa que a Direção Regional de Cultura do Norte esta a desenvolver com todas as dioceses da região norte, no sentido de enumerar alguns órgãos para restauro e restituir á fruição do público.

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António Ponte salientou ainda que “ estes órgãos passam a ter uma dupla função, os órgãos estão na igreja ou na catedral para animar a liturgia, mas nós queremos que eles façam mais do que isso, que transformem estes espaços em locais de cultura e que consigam animar, trazer pessoas ao património com o intuito de ouvir um concerto ou um recital”.

Para D. José Cordeiro, Bispo da Diocese de Bragança-Miranda, “ este momento que vivemos aqui com o renascimento deste órgão histórico da Igreja Matriz de Torre de Moncorvo tem um longo alcance, não só porque vem colmatar a falha que tinha, mas também porque ele faz parte desta igreja, da memória e identidade deste povo.”

A intervenção foi promovida pela Direção Regional de Cultura do Norte e pela Câmara Municipal de Torre de Moncorvo num investimento de 80.700€, candidatado aos Fundos Estruturais e de Investimento Europeu aplicado através do quadro de programação - QREN/ON2.

Luciana Raimundo


Catedrais e castelos transmontanos vão ser intervencionados pela Direcção Regional de Cultura do Norte

Foram aprovados dois projetos comunitários que permitirão a intervenção em imóveis patrimoniais da região de Trás-os-Montes. Cerca de cinco milhões de euros serão aplicados até 2018 em catedrais e castelos da região.

Catedral de Miranda do Douro
São dois os projetos que vão dividir equitativamente  o montante agora aprovado pelos fundos comunitários. O primeiro, relativo à "Rota das Catedrais do Norte de Portugal" trará investimentos para a catedral de Bragança, a concatedral de Miranda do Douro e sé catedral de Vila Real. O segundo projeto, relativo aos "Castelos a Norte", vai beneficiar os castelos de Montalegre, Mogadouro, Miranda do Douro,  Monforte de Rio Livre, no concelho de Chaves, e de Outeiro, no concelho de Bragança.

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Nestes imóveis classificados serão promovidos no próximos anos ações  de revitalização que vão incidir, sobretudo, em intervenções de obra para recuperação estrutural e em ações de divulgação e promoção turístico-cultural.

Segundo a Direção Regional de Cultura do Norte, pretende-se potenciar o usufruto dos monumentos pela população local e pelos turistas, nacionais e estrangeiros.

Pendente encontra-se ainda uma outra candidatura que deverá possibilitar intervenções no Museu Abade de Baçal, em Bragança, e no Museu da Terra de Miranda, em Miranda do Douro.

Espera-se que a aplicação destes cinco milhões de euros nos castelos e catedrais da região de Trás-os-Montes, possa potenciar melhores condições de visitação e gerar os requisitos técnicos indispensáveis para as boas práticas de conservação das estruturas alvo do investimento.

Guia “Museus Norte de Portugal” vai ser apresentado em Bragança

Para assinalar o Dia Internacional dos Museus, a Entidade Regional do Turismo do Porto e do Norte (TPNP) apresenta o guia “Museus Norte de Portugal”, que reúne um leque de informações essenciais dos museus da região, como a sua tipologia e as coleções em exposição permanente. O guia será apresentado no dia 18 de maio, às 11h, no Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, em Bragança.

Dar a conhecer a história e a cultura locais e fomentar o turismo cultural, satisfazendo a exigência de um público cada vez mais diversificado, são os principais objetivos deste roteiro, que, ao longo de 120 páginas, apresenta 104 museus nortenhos. “Museus Norte de Portugal” vai ser apresentado no dia 18 de maio, às 11h, no Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, em Bragança, e vai contar com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Bragança, Hernâni Dias, e do Presidente da TPNP, Melchior Moreira.

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“Os museus são indubitavelmente um importante recurso para o desenvolvimento do nosso turismo cultural e são o exemplo de como as nossas ofertas turísticas se complementam de modo a prolongar a estadia do nosso visitante. A diversidade e a qualidade dos museus que temos no nosso destino tornam a experiência mais enriquecedora”, afirma o presidente da TPNP, Melchior Moreira.

O palco escolhido para a apresentação deste guia foi o Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, cuja recuperação ficou a cargo do arquiteto Souto Moura, e que foi concebido para estreitar relações culturais entre as cidades de Bragança e Zamora, apostando na cultura como fator de modernização e competitividade.
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“Fazer parte de um roteiro exclusivamente dedicado à divulgação artística da nossa história e dos nossos antepassados é, sem dúvida, um privilégio que muito nos honra. Bragança é cada vez mais um ponto de referência na cultura portuguesa e queremos que seja também, cada vez mais, conhecido internacionalmente”, declara Hernâni Dias, Presidente da Câmara Municipal de Bragança. A apresentação deste roteiro na cidade “também um reconhecimento do trabalho meritório que o Centro de Arte Contemporânea Graça Morais tem vindo a fazer ao longo dos anos pela comunidade”, salienta.

Noémia Delgado, a cineasta que “reabilitou” as Festas de Inverno Transmontano, vai ser homenageada em Lisboa

A realizadora Noémia Delgado , falecida no passado dia 02 de março, vai ser homenageada na segunda-feira em Lisboa no âmbito de Festival Internacional de Marionetas e Formas Animadas.

Filme "Máscaras" de Noémia Delgado
A cineasta é autora de uma obra de referência para entender o processo de reabilitação das festas dos mascarados na região de Trás-os-Montes. A longa-metragem documental "Máscaras", filmada entre 1974 e 1975, recupera para o cinema um conjunto de manifestações que se encontravam num processo de extinção quando se deu o 25 de abril de 1974.

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O filme ilustra rituais seculares do nordeste transmontano, próprios do Ciclo de Inverno, associados ao solstício e à iniciação dos jovens na idade adulta. É uma das obras representativas do Novo Cinema português no documentário e a mais representativa obra do uso do cinema directo na prática da antropologia visual.

Filmado por Noémia Delgado entre o Natal de 1974 e a quarta-feira de cinzas de 1975, em Varge, Grijó da Parada, Bemposta, Pondence, Rio de Onor e Bragança, o filme é exibido na segunda-feira, às 21:30, na sala Félix Ribeiro da Cinemateca Portuguesa, com a presença da gestora cultural Luísa Soares de Oliveira.

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A apresentação do filme documental de Noémia Delgada, no âmbito do Festival Internacional de Marionetas e Formas Animadas (FIMFA-Lx16), justifica-se por refletir a relação "entre a arte da marioneta e artistas de várias áreas, ou a relação entre a marioneta e o cinema", refere em comunicado a Cinemateca Portuguesa , citada pela Agência Lusa.

Nascida em Angola, Noémia Delgado foi com um ano para Moçambique onde viveu a infância e a adolescência, e chegou a Portugal em 1955. Casou-se dois anos depois com o poeta Alexandre O’Neill (1924-1986). Como realizadora, a sua obra mais conhecida é Máscaras, de 1976, inspirada nos trabalhos etnográficos de Benjamim Pereira.

Realizou cerca de 20 filmes, entre os quais «Mafra, o barroco europeu», «O Canto da sereia, «Walpurgis» e «A estranha morte do professor Antena».

Na televisão, assinou, entre outras, as séries «Palavras herdadas», «TV artistas», «Arte Nova e Deco no norte de Portugal» e «O trabalho do ouro e da prata no norte».

13 Milhões de Euros para a Cultura e Património do Norte

A Direção Regional de Cultura do Norte espera concretizar um investimento total de 13 Milhões de Euros até final de 2018, no âmbito das candidaturas apresentadas ao Programa Operacional Norte 2020. Em Trás-os-Montes as catedrais de Miranda do Douro e Vila Real, o Museu da Terra de Miranda e os Castelos de Montalegre, de Monforte de Rio Livre (Chaves), de Outeiro (Bragança), de Mogadouro e de Miranda do Douro, deverão beneficiar destes investimentos.

A estratégia delineada pela Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN) visa a descentralização do investimento, alargando as suas ações a todo o território, num plano de trabalho em rede que contempla, igualmente, dioceses, autarquias e agentes culturais locais, com os quais a DRCN estabeleceu já protocolos de colaboração.

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Visando a salvaguarda e proteção do património, mas também a sua dinamização, divulgação e consequente fruição por parte do público, as candidaturas apresentadas aos fundos comunitários revestem-se de um caráter transversal, dando continuidade ao trabalho que tem vindo a ser realizado ao longo dos últimos anos, num claro esforço de criação de sinergias alargadas a todo o território, com claras repercussões ao nível das economias locais.

A Candidatura «Rota das Catedrais do Norte de Portugal» possui um investimento total de 2,5 Milhões de Euros, a concretizar até final de 2018. Esta operação visa promover e consolidar o projeto nacional, iniciado em 2009,
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através de um Acordo de Cooperação celebrado entre o Ministério da Cultura e a Conferência Episcopal Portuguesa.

A «Rota das Catedrais a Norte de Portugal» compreende intervenções infraestruturais de qualificação e valorização no Património imóvel, móvel e integrado de sete Sés/Catedrais da Região Norte: Braga, Bragança, Lamego, Miranda do Douro, Porto, Vila Real e Viana do Castelo.

Esta operação em concreto está organizada em 12 ações infraestruturais que incidem em 7 Sés ou Catedrais, e uma ação de promoção e gestão transversal a todos os espaços.

A coordenação e acompanhamento técnico será da competência da Direção Regional de Cultura do Norte e a responsabilidade financeira será repartida entre as entidades eclesiásticas de acordo com a natureza da intervenção em cada catedral.

A candidatura «Mosteiros a Norte», possui um investimento total de 2,5 Milhões de Euros, a concretizar até final de 2018. Esta operação visa dar continuidade às intervenções de consolidação do edificado já anteriormente realizadas nos Mosteiros de Arouca, Grijó, Rendufe, Tibães, Pombeiro e Vilar de Frades. Pretende-se melhorar e criar espaços de receção/acolhimento, reforçar as iniciativas culturais e artísticas, divulgar os espaços monásticos como pólos de atração no território e atrair novos públicos.

A operação «Mosteiros a Norte» constitui um itinerário de valor patrimonial, resultante do aprofundamento dos modos de intervir em monumentos, da criação de condições de receção e acolhimento dos visitantes. Todos os mosteiros integrados nesta candidatura estão atualmente abertos ao público e sem intervenções a decorrer.

A candidatura «Museus a Norte» possui um investimento total de 2,5 Milhões de Euros, a concretizar até meados de 2018. Esta operação visa contribuir para o reforço do poder de captação de público através de melhorias na divulgação, qualidade de receção, atendimento e experiência de visita.

As ações a desenvolver serão transversais a toda a rede e contribuirão para o desenvolvimento turístico, com benefício económico para as regiões onde se inserem, e irão incidir no Museu de Lamego, Paço dos Duques, Museu da Terra de Miranda e Museu dos Biscainhos.

Até 2019, a Direção Regional de Cultura do Norte estima que o número de visitantes nos quatro museus que integram esta rede possa atingir a fasquia dos 400 mil visitantes/ano.

A Candidatura «Castelos a Norte» vai beneficiar de um investimento total de 2,5 Milhões de Euros, a concretizar até final de 2018, esta operação visa intervir nos castelos raianos da Região Norte: Castelo de Montalegre, Castelo de Monforte de Rio Livre (Chaves), Castelo de Outeiro (Bragança), Castelo de Mogadouro e Castelo de Miranda do Douro.

Através de um projeto de revitalização, incidindo sobretudo em ações de recuperação, divulgação e promoção turístico-cultural, pretende-se potenciar o usufruto dos monumentos pela população local e pelos turistas, nacionais e estrangeiros.

Em termos beneficiários, esta operação inclui, além da Direção Regional de Cultura do Norte, os Municípios de Miranda do Douro e Montalegre.

A candidatura «Artes no Território a Norte», com um investimento total de 400 Mil Euros, a concretizar até meados de 2018, esta operação visa constituir-se como uma proposta de dinamização cultural de um conjunto de espaços afetos à Direção Regional de Cultura do Norte, entre os quais três mosteiros (Tarouca, Tibães e Pombeiro) e três castelos (Miranda, Mogadouro e Montalegre), num percurso que se pretende continuado e alargado no tempo, mas inicialmente circunscrito a um período de dois anos. Surge como complemento às operações «Mosteiros a Norte» e «Castelos a Norte».

O projeto «Artes no Território a Norte» cumpre o duplo propósito de valorizar o património e estimular a criação artística em diferentes domínios ou expressões e compreende 4 ações a realizar nos espaços acima mencionados, promovendo o cruzamento artístico entre estruturas representativas de todas as disciplinas artísticas existentes na região: Artes Plásticas no Mosteiros; Artes Performativas nos Castelos; Música nos Castelos e Cinema nos Castelos.

A Candidatura «Dias do Património a Norte», com um investimento total de 400 Mil Euros, a concretizar até final de 2017. Esta operação constitui-se como um projeto de turismo cultural inovador, agregador e atrativo, que utiliza como instrumentos fundamentais a programação cultural, o trabalho de mediação com as comunidades e a comunicação ao serviço da qualificação da experiência turística e da competitividade da economia regional.

O foco deste evento em rede será, numa primeira fase, a «Rota das Catedrais do Norte de Portugal» e a rede «Mosteiros a Norte», concretamente as catedrais de Braga, Bragança, Lamego e Miranda do Douro e os mosteiros de Arouca, Grijó, Tibães e Vilar de Frades.

Será desenhada uma experiência única e particular para cada um dos lugares, oferecendo ao longo de 1 dia uma programação que impregnará de novas memórias os espaços, visitantes e comunidades. O ciclo de programação «Dias do Património» vai decorrer no primeiro sábado de cada mês, entre Março e Outubro de 2017.

Murça reuniu arqueólogos para discutirem o seu ícone, a “Porca de Murça”

A vila de Murça recebeu no passado dia 6 de maio uma palestra com vista a discutir a contextualização Histórica e Social da “Porca de Murça”, um berrão proto-histórico que se tornou no ícone principal da vila transmontana.

Foto: CM Murça
Não há ninguém neste país que quando se fala de Murça não associe a vila à famosa escultura zoomórfica que se ergue imponentemente na praça principal do seu aglomerado urbano. O ícone transformou-se mesmo numa imagem de marca identitária e foi com vista a tentar esclarecer a sua origem que a autarquia reuniu três especialistas para debaterem o assunto.

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O auditório da Câmara Municipal ficou de lotação completamente esgotada para ouvir António Luís Pereira, da Direção Regional de Cultura do Norte, que abordou o Território dos Berrões no contexto da história de Trás-os-Montes; Armando Redentor, do Centro de Estudos de Arqueologia, Artes e Ciências do Património da Universidade Coimbra que apresentou os Berrões sobre o ponto de vista da sua Morfologia, Cronologia e Significado, e Alexandra Vieira, professora da Escola Superior de Comunicação Administração e Turismo do Instituto Politécnico de Bragança, que expôs a temática dos Berrões em articulação com a formação de Lendas.

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A mesa foi moderada por José Alexandre Pacheco, diretor Agrupamento de Escolas de Murça e teve a apresentação geral do presidente da edilidade, José Maria Costa, que se referiu à “Porca de Murça” e à sua importância para o turismo local.

Berrões é o nome popular que os arqueólogos adoptaram para designar esculturas em pedra, predominantemente de granito, da Idade do Ferro ou mesmo já da época romana que representam, porcos, javalis e touros.

Estas esculturas surgem quase sempre associadas à representações de animais machos e o termo berrão, ou verraco em espanhol, utilizou-se de forma a designar animais que surgem representados sem castração, com explicita função reprodutora, os popularmente chamados "porcos de cobrição".

Trata-se de um fenómeno localizado na região do Nordeste Transmontano, onde até ao momento surgiram cerca de 50 exemplares destas estátuas maioritariamente de granito e de tamanhos diversos. A título de exemplo, os especialistas citaram, para lá da “Porca de Murça”, a “Berrôa de Torre de D. Chama” (Mirandela), a “Porca da Vila “ de Bragança, o “Touro de Parada de Infanções” (Bragança), o “Berrão de Coelhoso” (Bragança), o "Berrão de Vila de Sinos" (Mogadouro), os berrões de Picote (Miranda do Douro) ou ainda as pequenas esculturas zoomórficas representando porcos, touros ou mesmo javalis que surgiram no Olival dos Berrões, em Cabanas de Baixo (Torre de Moncorvo) ou no Monte de Santa Luzia, no concelho de Freixo de Espada à Cinta.

Fora da região de Trás-os-Montes, o fenómeno surge muito residualmente na Beira Alta, onde ainda existem os berrões de Santo André das Arribas, concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, o Berrão da aldeia histórica de Castelo Mendo, e no concelho de S. João da Pesqueira, na aldeia de Paredes da Beira, o chamado "Porco de Pedra". Saliente-se, no entanto, que o fenómeno cultural com cerca de 2500 anos se concentra de forma particularmente densa na área geográfica correspondente ao Nordeste Transmontano, estende-se depois ao território extremenho da Beira Alta para entrar pelas províncias espanholas de Cáceres, Salamanca, Ávila, Zamora, Segóvia, Toledo e Burgos, onde se conhecem mais 300 exemplares.

No caso transmontano, explicaram os especialistas, tratam-se de esculturas técnica e esteticamente pouco elaboradas na maior parte dos casos. Algumas chegam mesmo a ser rudes e indefinidas, daí a confusão que o povo sempre faz na atribuição do sexo, embora possa afirmar-se o carácter eminentemente masculino destas representações.

As primeiras tentativas de sistematizar o estudo destas esculturas organizam-nas em tipologias, tendo por base de análise as suas dimensões que podem variar entre os 30 centímetros, como os “berrõezinhos” de Santa Luzia (Freixo-de-Espada-a-Cinta), ou as peças recolhidas no Olival dos Berrões, em Cabanas de Baixo (Torre de Moncorvo), e os dois metros da "Porca da Vila" de Bragança.

Tendo em conta os trabalhos de investigação que foram realizados no país vizinho, em que alguns exemplares destas esculturas foram encontradas em contexto, "in situ", os arqueólogos elaboraram um conjunto de teorias que lhes atribuem significados funerários, funções mágico protectoras do gado, marcos de delimitações territoriais e de delimitações de espaços para pastagens. Alguns autores atribuem aos berrões a função de indicadores de caminhos ou marcos terminais de territórios tribais.

Não se sabe exactamente qual o significado cultural dos berrões, mas um facto que pode ser constatado é que a área geográfica onde aparecem também corresponde a uma interessante manifestação cultural, ainda muito mal estudada, e que diz respeito aos povoados de Pedras Fincadas, um processo de povoamento proto- Histórico que apresenta um sistema de defesa muito evoluído, constituído por um conjunto formado por torreão, murallha ou muralhas, fosso e pedras fincadas.

A "Porca de Murça" - que afinal é um porco, reiteraram os arqueólogos presentes-, sendo uma destas manifestações de origem proto-histórica (cuja cronologia poderá rondar os 500 anos Antes de Cristo), trasformou-se ao longo do tempo num símbolo identitário, assumindo na actualiade um conjunto de significados muitos mais amplos e diversificados, sendo desde há séculos o símbolo incontestado do concelho de Murça e uma das mais famosas, se não a mais famosa escultura zoomórfica do país.

Peça rara da coleccão do Museu do Abade de Baçal vai estar exposta em Singapura

Uma casula litúrgica que integra a colecção do Museu do Abade de Baçal, em Bragança, estará em Singapura, no sudoeste asiático, onde vai ficar exposta até Setembro.




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A casula vai integrar a exposição «Christianity in Asia: Sacred Art and Visual Splendour», dedicada à expansão do cristianismo, que estará patente no Museu das Civilizações Asiáticas (instituição pertencente ao National Heritage Board), a partir do próximo mês até Setembro, e que contará com peças portuguesas, espanholas e filipinas.

Esta é a primeira vez que uma peça do Museu do Abade de Baçal é emprestada a uma instituição do continente asiático. A casula, de origem persa, faz parte da coleção do museu, desde que este foi criado, há cem anos.

Para substituir esta peça, enquanto está em Singapura, a igreja da Sé emprestou ao Museu do Abade de Baçal, uma outra casula, datada da mesma época e, também, provavelmente, de origem oriental.

Felicidade Ramos

Locomotiva histórica Mallet que estava estacionada em Foz Tua foi vendida para o estrangeiro

Uma locomotiva histórica a vapor, que se encontrava estacionada na Estação de Caminho-de-ferro do Tua em avançado estado de degradação, foi retirada durante o dia da passada quarta-feira por um camião de matricula francesa, da empresa Transports Marquet, sediada em Mions, Lyon,  devendo a peça ter rumado a França onde irá ser recuperada para operar em troços de caminho-de-ferro históricos.

Locomotiva histórica Mallet  que estava estacionada em Foz Tua poderá ter sido vendida aos franceses. Fotografia retirada do facebook
Segundo fonte da CP, em declarações à plataforma especializada em assuntos de caminho-de-ferro webrails.tv , a locomotiva foi efectivamente vendida. “Podemos adiantar que o comprador é estrangeiro e o contacto surgiu na sequência de uma manifestação sua de interesse na aquisição deste material”, referiu o responsável citado pela webrails.

A antiga locomotiva a vapor, uma Mallet ex-MD 401/10, é considerada uma peça de material não circulante de grande interesse patrimonial, documentando o período histórico em que operou nas linhas estreitas do Tua, do Corgo e do Sabor.

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Ainda segundo a plataforma webrails , a Fundação Museu Nacional Ferroviário (FMNF) disse desconhecer e referiu não ter sido contactada sobre o processo de venda da locomotiva da estação do Tua. "A Fundação Museu Nacional Ferroviário desconhece o processo a que se refere, não tendo esta entidade, até à data, sido contactada pela entidade produtora e proprietária do Bem em causa”, referiu a fundação num e-mail enviado e publicado pela webrails .

Mas a polémica está instalada, porque a CP também disse à webrails que a FMNF “foi consultada previamente”, como, aliás, refere o operador publico “tem sido o formato aplicado no material abatido ao serviço vendido para sucata”.

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Exercendo o seu direito de resposta face às questões levantadas pela webrails.tv junto da FMNF, José Pontes Correia, responsável pela Unidade de Gestão da Frota Não Operacional da CP, fez questão de salientar que “a CP não comercializa qualquer material retirado da circulação que seja do interesse manifesto da FMNF preservar por motivos de interesse histórico e/ou museológico”, salientando este responsável que “existe documentação que identifica este material, que a Fundação atualiza sempre que entende necessário. Nesta documentação não consta esta locomotiva”, lê-se no comunicado de José Pontes Correia que consta da noticia publicada pela plataforma especializada em assuntos ferroviários.

O responsável da CP refere mesmo que é “com alguma estranheza que a Unidade de Gestão de Frota não Operacional da CP, responsável por esta matéria, recebe a informação relativa a esta resposta da Fundação, que não está em linha com a responsabilidade que essa entidade detém, no âmbito da preservação do património ferroviário português”.

Ficam assim indefinidas as responsabilidades que levaram a autorizar a alienação e venda da locomotiva histórica que estava estacionada em Foz Tua, sendo certo que que a mesma neste momento já deverá estar em França, onde poderá voltar a operar, depois de restaurada, num caminho de-ferro histórico, uma mais valia turística que em França, e em outros países europeus,  está a ser explorada com muito sucesso e retorno económico.

Apesar de não ter sido revelado pela CP o local para onde foi vendida a locomotiva Mallet, um dos destinos possíveis em França poderá ser "Le Train des Mouettes", um comboio a vapor que opera para fins turísticos num troço de 21 quilómetros, entre as localidades de La Tremblade e Saujon, em Charente-Maritime, no sudoeste de França, a cerca de 700 quilómetros de Lyon.

Gastronomia de Trás-os-Montes e Alto Douro candidata a Património Cultural da Humanidade

No próximo dia 15 de abril, por iniciativa da Associação de Desenvolvimento da Terra Quente (DESTEQUE), da Douro Superior Associação de Desenvolvimento e da Associação de Desenvolvimento dos Concelhos da Raia Nordestina (CORANE), irá decorrer uma sessão de apresentação para lançamento da Candidatura da Gastronomia e dos Produtos da Terra Ligados à Alimentação de Trás-os-Montes e Alto Douro a Património Cultural Imaterial da Humanidade, da UNESCO.

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O evento terá lugar na histórica Quinta do Romeu, no restaurante Maria Rita a partir das 12h30.

A apresentação será presidida pelo Conselheiro de Estado Professor Doutor Adriano Moreira que, na sua condição de transmontano, aceitou presidir à Comissão de Honra desta candidatura. A Comissão Executiva será liderada por Manuel Duarte Moreno, Presidente da Direção da DESTEQUE, em representação do Município de Macedo de Cavaleiros e integrará os presidentes da DOURO SUPERIOR e da CORANE, o empresário Dinis Alves Cordeiro e o autarca António Fidalgo Martins respetivamente.

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A Comissão Técnica da candidatura será liderada por Carlos Laranjo Medeiros, que já coordenou e desenvolveu outras candidaturas idênticas a distinções da UNESCO.

A caracterização da manifestação cultural e o seu âmbito geográfico, elementos importantes da candidatura, bem como o desenvolvimento de um plano de salvaguarda e promoção deste inquestionável património serão aspetos focados nesta apresentação.

A Candidatura da Gastronomia e dos Produtos da Terra Ligados à Alimentação de Trás-os-Montes e Alto Douro a Património Cultural Imaterial da Humanidade apresentará também as linhas de um programa de envolvimento das gentes e entidades transmontanas e alto-durienses neste processo, que culminará na apresentação formal da candidatura à UNESCO, em março de 2018.

Segundo Manuel Duarte Moreno, que preside à candidatura, “no próximo dia 15, daremos o primeiro passo em direção a um objetivo antigo das gentes de Trás-os-Montes e Alto Douro. Esta candidatura da nossa gastronomia a tão elevada distinção certamente unirá à volta deste desígnio todos os filhos destas terras, os que cá estão e toda a nossa diáspora. Faz parte da nossa cultura identitária saber responder a estes desafios, que tanto valorizam a nossa forma de ser e estar, como promoverão certamente um futuro com mais oportunidades.”

No Dia Internacional dos Monumentos e Sítios 2016 DRCN concede entradas gratuitas

A 18 de abril comemora-se o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios (DIMS). Tratando-se de uma segunda-feira, dia em que a maior parte dos Monumentos encerram ao público, a Direção Regional de Cultura do Norte determinou a gratuitidade de entrada no dia 17 de abril nos monumentos sob sua tutela que estejam encerrados à segunda-feira, e no dia 18 de abril nos espaços abertos nesse dia da semana.

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Este ano subordinado ao tema Desporto, um Património Comum, o DIMS contará com mais de 600 atividades em todo o país, nos dias 16, 17 e 18 de abril.

O Dia Internacional dos Monumentos e Sítios foi criado pelo ICOMOS (Conselho Internacional dos Monumentos e Sítios) a 18 de abril de 1982, e aprovado pela UNESCO no ano seguinte, com o objetivo de sensibilizar os cidadãos para a diversidade e vulnerabilidade do património, bem como para o esforço envolvido na sua proteção e valorização. Celebrando o património nacional, comemora também a solidariedade internacional em torno do conhecimento, da salvaguarda e da valorização do património em todo o mundo.

Em cada país, é promovido, anualmente, um programa de atividades a nível nacional, cujo acesso, na grande maioria, é gratuito.

DRCN presente na BTL 2016 para uma ação de promoção do património do Norte

A Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN) vai estar presente na BTL 2016 – Feira Internacional de Turismo, a realizar de 2 a 6 de março, na FIL, com o objetivo de prossecução da sua política de promoção do património a Norte.

Castelo de Ansiães, Monumento nacional desde 1910
A Direção Regional de Cultura do Norte desenvolve a sua atividade num território geográfico com características únicas e onde, por exemplo, existem quatro locais classificados como Património Mundial pela UNESCO: o Centro Histórico do Porto, o Centro Histórico de Guimarães, o Alto Douro Vinhateiro e o Sítio de Arte Rupestre Pré-Histórica do Vale do Côa.

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Esta diferença de paisagem cria movimentos culturais muito significativos e cativa, de igual modo, públicos muito heterogéneos que a DRCN espera continuar a seduzir.

Por outro lado, a Direção Regional de Cultura do Norte é responsável pela gestão e manutenção de um conjunto alargado de museus e monumentos, sendo objetivo desta entidade dar seguimento ao bom desempenho registado, nos anos anteriores, por parte dos museus e monumentos no que respeita à afluência de público.

A subida acentuada na procura por parte dos visitantes resulta de um esforço conjunto que tem vindo a ser desenvolvido pela Direção Regional de Cultura do Norte, em articulação com os diretores dos respetivos museus e responsáveis pela gestão dos monumentos, bem como dos agentes e autarquias locais, apostados em dinamizar as localidades nortenhas.

Ciente da importância do dinamismo cultural para as economias locais, não só do ponto de vista turístico e civilizacional, mas também no que respeita ao incremento da atividade na restauração e alojamento, a DRCN tem vindo a apostar na dinamização de uma série de atividades e iniciativas de promoção e divulgação dos seus museus e monumentos.

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Salientam-se as constantes ações de promoção desenvolvidas através da presença em eventos nacionais e internacionais, relacionados com o turismo e património, de que é exemplo a BTL – Feira Internacional de Turismo e na qual a DRCN estará presente, em parceria com o Turismo do Porto e Norte de Portugal.

Para além da iniciativa de caráter promocional que esta participação representa, a Direção Regional de Cultura do Norte irá, igualmente, promover no sábado, pelas 13h30, a apresentação “Soluções Multimédia de apoio à visita nos museus a NORTE”.

A BTL é um evento cheio de desafios e propostas. Para os profissionais ligados ao sector do turismo é uma oportunidade para encontrar compradores profissionais, para analisar a tendência dos mercados e posicionar a sua oferta de uma forma inovadora e competitiva.

Para o público, constitui a oportunidade de conhecer novos destinos e soluções. De comparar propostas e comprar a preços altamente competitivos. Tudo isto num ambiente de festa, cor e alegria, onde a música e a gastronomia marcam presença assídua.

Concluídos trabalhos de conservação e restauro de espólio artístico da Basílica do Santo Cristo do Outeiro

Foram concluídos os trabalhos de conservação e restauro do espólio artístico da Basílica do Santo Cristo do Outeiro, que nos últimos meses trouxe até á aldeia nordestina especialista na arte do restauro patrimonial.

Concluídos trabalhos de conservação e restauro de espólio artístico da  Basílica do Santo Cristo do Outeiro
O trabalhos foram enquadrados no âmbito de uma candidatura ao Programa ON.2 designada “Património Religioso do Leste Transmontano”, desenvolvida pela Direção de Serviços dos Bens Culturais da Direção Regional da Cultura do Norte.

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A Basílica do Santo Cristo do Outeiro é um imóvel classificado como Monumento Nacional desde 1927 e integra um valioso recheio artístico e patrimonial executado ao longo do século XVIII.

Os conjuntos intervencionados, nomeadamente altares, púlpitos e revestimentos em talha que integram esta basílica, apresentavam problemas vários e generalizados ao nível da estrutura, do suporte e dos revestimentos cromáticos, sendo agora recuperado mediante as técnicas e práticas vigentes na ciência do restauro patrimonial.

O trabalho, concluído no ano corrente, foi adjudicado, após consulta ao mercado, à empresa Conserv’arte, Ldª, pelo valor total de 118.150,00 € a que acresceu o correspondente valor do IVA..

Diocese de Bragança-Miranda assinala o Dia Nacional dos Bens Culturais da igreja com várias iniciativas

Correspondendo a um desafio lançado pelo Secretariado Nacional dos Bens Culturais da Igreja que, desde 2011 assinala o Dia Nacional dos Bens Culturais da Igreja a 18 de Outubro, dia de S. Lucas (padroeiro dos artistas), a diocese de Bragança‐Miranda promove uma série de iniciativas culturais.

Restauro do altar da capela de Cercio
Tendo por mote a recente encíclica do Papa Francisco, Laudato Si, propôs‐se para 2015 o tema “Património Religioso: Identidades e Lugares”. Assim, a primeira iniciativa decorreu já esta quinta‐feira, 15 de outubro, em Freixo de Espada à Cinta, com um ‘Estaleiro aberto’, de conservação e restauro da pintura mural da capela de S. José. Trata‐se de uma pintura mural localizada na parede do lado do Evangelho, perto do altar, representando uma Pietá, com um pouco mais de 1m2.

 No próximo sábado, 17, inaugura‐se a obra de Conservação e Restauro do altar‐mor da igreja de Cércio, em Miranda do Douro, a partir das 11h00.

Este evento conta com a presença do bispo diocesano, D. José Cordeiro, e dos técnicos do Centro de Conservação e Restauro da Diocese de Bragança‐Miranda, liderado pelo Pe. António Pires.

Restauro do altar da capela de Cercio
Já no dia 23 de outubro, sexta‐feira, decorre no Museu do Abade de Baçal, em Bragança, uma conferência sobre Arte Sacra.

A comunicação será proferida por Emília Nogueiro, numa conversa informal direcionada ao ensino secundário e superior. Decorre durante a manhã.

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Estão ainda patentes as exposições ‘Pastores de um povo ’, comissariada por D. José Cordeiro que reúne obras da história da diocese nordestina. Pode ser visitada até 10 de janeiro de 2016 na concatedral de Miranda do Douro.

Vestir‐se de Cristo ’, é outra exposição, esta patente no Museu de Arte Sacra de Macedo de Cavaleiros. A mostra exibe paramentaria com peças provenientes de várias paróquias de Macedo de Cavaleiros, de entre os séculos XVII e XIX. Encontra-se ao público até 3 de dezembro.

‘Com este santo eu me encanto’, é o nome da terceira exposição no Museu do Abade de Baçal, em Bragança que tem visitas guiadas até 25 de outubro, das 10h00 às 17h30.

Novo órgão de tubos na Sé de Vila Real: Instalação deverá estar concluída em meados de 2016

Na Sé Catedral de Vila Real prosseguem os trabalhos para instalação de um novo órgão de tubos sinfónico, procedendo-se nesta altura à colocação da plataforma onde será instalado o instrumento. Estima-se que a instalação do novo órgão de tubos esteja concluída até ao final do 1º semestre de 2016.

Enquadramento urbano da Sé de Vila Real
O contrato entre a Fábrica da Igreja Paroquial da Sé – São Dinis e a empresa italiana "FAMIGLIA VINCENZO MASCIONI, S.R.L”, com sede em Varese, Itália, prevê a instalação de um grande órgão de quatro teclados composto de trinta e três registos para um total de 2180 tubos, a ser colocado na fachada interna, sobre o guarda-vento da entrada principal da Catedral, respeitando a vista completa da rosácea.

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Pretende-se que este órgão, obedecendo aos critérios da arte, respeite o ambiente arquitetónico onde se integrará e seja uma obra única representativa do nosso tempo.

A instalação de um órgão de tubos sinfónico na Sé Catedral de Vila Real ocorre no âmbito do projeto «Rota das Catedrais do Norte de Portugal».

Na Sé Catedral de Vila Real e ao abrigo daquele projeto – além da programada instalação do órgão de tubos – já se efetuaram reparações várias ao nível das coberturas e está prevista a colocação de um módulo sinalético e informativo (apoio, acolhimento e informação dos visitantes) da Sé e da Rota das Catedrais.

A «Rota das Catedrais do Norte de Portugal» - desenvolvido em colaboração com os cabidos das Sés Catedrais e Fábricas da Igreja - é um dos projetos da Direção Regional de Cultura do Norte de maior expressão atualmente em curso, com um investimento global de cerca de 3,8 Milhões de Euros, a executar até 2015.

As Sés de Braga, Porto, Lamego, Vila Real, Viana do Castelo e a Concatedral de Miranda do Douro são os imóveis que integram a Rota das Catedrais no Norte de Portugal; pretende-se que este projeto promova uma leitura integrada do património catedralício a norte, numa dupla vertente: por um lado, apostando na investigação e recuperação do edificado e, por outro, divulgando, valorizando, potencializando o desenvolvimento económico e social dos territórios.

Jornadas Europeias do Património em Torre de Moncorvo

Torre de Moncorvo recebe nos dias 25, 26 e 27 de Setembro as Jornadas Europeias do Património sobre o tema Património Industrial e Técnico. O programa é variado, sendo que no dia 25 de Setembro, pelas 17h00, tem lugar a inauguração das exposições “ Exposição Histórica: Linha do Vale do Sabor.

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Futuro em Aberto” da organização de Rosa Gomes e com a colaboração de Carlos D’Abreu e Paula Azevedo, da “Exposição Fotográfica da Ponte do Pocinho: 34 anos de Abandono 34 Fotografias”, de Jorge Abreu Vale e da “Exposição Fotográfica: La Raya Rota” com textos de Ángel González Quesada e Enrique de Sena e fotografias de Victorino Garcia Calderón.

A sessão contará ainda com a exibição dos vídeos “A Última Viagem sobre Carris” de Miguel Ângelo Carneiro Leão, “ Latidos del Olvido” da direcção de Javier Arribas e do diaporama “ Saudades. Património Perdido” do professor Arnaldo Silva.

No Sábado, dia 26 de Setembro, pelas 10h00, realiza-se uma visita guiada à Ponte do Pocinho e, às 17h30, um apontamento musical e um recital de poesia ferroviária.

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Já no dia 27 de Setembro, Domingo, pelas 16h00 tem lugar um apontamento musical seguido da apresentação do livro “ A Linha do Vale do Sabor – um caminho-de-ferro raiano do Pocinho a Zamora”, coordenado por Carlos D’Abreu e editado pela Lema d’Origem.

Importa ainda referenciar que todas as atividades se desenvolvem na antiga estação de caminhos-de-ferro de Torre de Moncorvo.

NI Câmara Municipal de Torre de Moncorvo (Luciana Raimundo)

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