Inteligência e Liberdade

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-user-listing-4 columns="1" title="" icon="" hide_title="1" heading_color="" heading_style="default" title_link="" filter_roles="0" roles="" count="1" search="" order="DESC" order_by="user_registered" offset="" include="2" exclude="" paginate="none" pagination-show-label="0" pagination-slides-count="3" slider-animation-speed="750" slider-autoplay="1" slider-speed="3000" slider-control-dots="off" slider-control-next-prev="style-1" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" custom-css-class="" custom-id="" override-listing-settings="0" listing-settings="" bs-text-color-scheme="" css=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text]As sociedades, hoje como em quase todos os tempos, apresentam um suporte último para as grandes e permanentes dúvidas que se colocam aos que neles vivem. Esse suporte, por muitos designado por mito-logia, assume, em tempo real, a forma de religião. Está sempre presente, mas pode ser compulsória, ou situar-se como linha principal de moderação última das consciências, mas aqui de um modo muito indireto, e fugindo sempre a evidentes envolvimentos político-partidários.


Desta religião solta-se uma moral, a própria ética aos níveis mais diversos, sendo que a própria ordem jurídica também tem sempre tudo isto em linha de conta. Todavia, as sociedades, mesmo com um bronco como Trump, são sempre abertas. Ou mais, ou menos, a verdade é que essa abertura existe sempre. Por tudo isto, a ordem jurídica, como a moral e a ética, vão sofrendo adaptações, geralmente ditas avanços civilizacionais, mas que, em muitos casos, podem até não o ser. Em contrapartida, a religião é muito mais conservadora, e, nalguns aspetos, mesmo dogmática. Portanto, surgem choques, mas por igual inamovibilidades religiosas.


No meio de tudo isto, a pessoa, bem como tudo o resto que está presente no nosso mundo e se inter-relaciona de modo global. Acontece que o ser humano é lento no seu desenvolvimento, requerendo grande ampara para que o mesmo se opere e com bons resultados.


No percurso deste desenvolvimento vão surgindo diversas fases de autodeterminação, embora não exista, como se percebe facilmente, uma doutrina rígida e uniforme para se decidir quando cada fase dessa autode-terminação está consumada. De resto, esta temática possui muito de aleatório ao redor da idade típica para cada fase da referida autodeterminação: podem existir jovens que saibam, desde cedo, o que querem ser no futuro, e outros com quem não sucede assim; podem existir jovens com forte apego à opinião dos pais, e outros muito mais independentes; podem existir jovens que se sentem bem com a sua representação pessoal, e outros com quem tal não se dá; etc..


Como pude já escrever, até referir à saciedade em conversas correntes, existem três fatores que condicionam fortemente o desenvolvimento da pessoa, desde que nasce até à sua idade plenamente adulta, já pela volta dos 25 anos: a família, a escola e a comunidade. O primeiro fator é importante, mas essa importância varia com o papel social da família. O segundo pode ser muito importante, quer por fornecer as bases científicas que permitem a apreciação da fenomenologia global, quer por colocar à disposição das pessoas um ambiente de forte convivência, aculturação e sociabilidade. E o terceiro fator é importante porque se joga com os res-tantes dois, deixando um traço memorial que permite a apreciação histórica, determinando perceções sobre a bondade, ou não, das práticas sociais. Todavia, os três são fortemente interdependentes.


Tudo isto, todavia, desenvolve-se dentro de balizas jurídicas, morais, éticas, mas também por via dos naturais egoísmos, muitas vezes geradores de modas. Quem consegue chegar a patamares altos em termos de papel social, por via da grande informação pública, pode influenciar tudo e todos. Incluindo a sede religiosa, sempre sem alterar a dogmática, mas levando a grandes ginásticas de aparentes adaptações. O que ontem era ina-ceitável, pode passar a sê-lo um pouco mais adiante. Uma conquista considerada hoje justa e muito tolerada, pode, num ápice, passar a ser relegada para a área penalizadora. No fundo, nada do que é humano é com-pletamente certo ou seguro. E quando se entra nas designadas Ciências Sociais e Humanas, mesmo no Direito, tudo pode ser isso mesmo, ou o seu contrário. E a razão é simples: os seus conteúdos dependem do modo como os humanos observam e valoram as suas obras. Só quando se opera o apego à ideia religiosa se cai, digamos assim, no absoluto, no permanente. E a causa é simples: é uma opção íntima, baseada numa interpretação íntima, derivada da opção por um Conteúdo que se desconhece mas em que se acredita. De um modo ou de outro, acredita-se sempre. A natureza humana é assim e determina estes resultados. Por isso escrevi em tempos que não sei se Deus existe, ou não, mas a verdade é que Ele já existe.


Por tudo isto, o conceito de vida tem variado. E é valorado de modos distintos. Basta olhar, precisamente, para a variabilidade que, neste domínio, apresentam as diversas ordens jurídicas. E o mesmo se dá, por exemplo, com a Natureza e a realidade da sua globalidade. Ou para com a defesa dos animais e das florestas ou dos rios e oceanos, ou da qualidade atmosférica, etc.. Coisas que não tinham valor, têm-no hoje. E mesmo assim, há grandes interesses que se sobrepõem ao que, indiscutivelmente, é essencial aos usufrutuários desses mesmos interesses.


A própria vida nunca foi, desde há imensas décadas, medida do mesmo modo. O aborto, por exemplo, não era punido como um homicídio comum. Proibia-se o divórcio para casamentos católicos, exceto se celebrados antes da assinatura da Concordata, mas hoje o mesmo é já permitido. Era impensável a mudança de sexo, mas hoje tal pode já ter lugar. Mas em tudo isto, como no muito restante, existem sempre condicionamentos.


Claro está que se um jovem não se sente bem com a sua representação pessoal, e sabe que pode mudá-la, pretenderá fazê-lo. É uma realidade que a conjetura nos indica estar já bem definida desde cedo e que o avanço da idade, com elevada probabilidade, consolidará. Basta recordar muitos dos nossos religiosos mais referentes, que muitas vezes nos contam terem sentido um chamamento divino desde muito novos.


Mas também é conhecido o que se passa com as designadas crianças-soldado, lançadas na violência desde muito cedo, e que, por aí, terão uma forte probabilidade de verem acentuada a tendência para a prática da violência. Ou os nascidos no seio de famílias sem funcionalidade mínima, com as consequências que se conhecem mais tarde. Tudo pode sempre acontecer.


De tudo isto, retira-se esta conclusão simples: é conveniente precisar conceitos, olhar sem preconceitos a realidade da vida, e esperar que o bom senso médio faça o seu trabalho reorganizador. Fora disto, só ditaduras, sejam puramente políticas, ou também religiosas. E a verdade é que se vive o tempo do regresso das ditaduras… Um dado é certo, desde que se creia em Deus: Ele deu-nos inteligência e liberdade para decidir e estas faculdades podem surgir em idades já muito baixas, mas, ainda assim, suscetíveis de não evitar a influência de fatores fortemente marcados por traços indiscutíveis de violência, que po-dem ser, mais tarde, reproduzidos por simples indução inconsciente. E depois, no meio de tudo isto, existe também a premente influência das modas do momento… E já agora: mesmo a ciência, com os seus resultados muito criticados, pode consigo transportar ideias fora de toda a realidade. E pode mesmo ser abatotada.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Três Ovelhas Negras

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-user-listing-4 columns="1" title="" icon="" hide_title="1" heading_color="" heading_style="default" title_link="" filter_roles="0" roles="" count="1" search="" order="DESC" order_by="user_registered" offset="" include="5" exclude="" paginate="none" pagination-show-label="0" pagination-slides-count="3" slider-animation-speed="750" slider-autoplay="1" slider-speed="3000" slider-control-dots="off" slider-control-next-prev="style-1" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" custom-css-class="" custom-id="" override-listing-settings="0" listing-settings="" bs-text-color-scheme="" css=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1603731804516{margin-left: 26px !important;}"]O Governo elaborou um Plano Ferroviário na proposta de Orçamento de Estado para 2021, com um objectivo ambicioso: ligar todas as capitais de distrito. Um objectivo não só lúcido, como exequível, e justo. Três capitais de distrito não têm serviço ferroviário: Viseu – perdeu as Linhas do Vouga e do Dão em 1990; Bragança – perdeu a do Tua em 1991/92; e Vila Real – perdeu a do Corgo em 2009.

De Viseu à Linha da Beira Alta em Mangualde vão uns meros 10 km. Se é discutível reabrir a Linha do Dão ou a do Vouga, já se torna mais difícil compreender porque uma concordância em Mangualde para servir Viseu ainda não foi construída. Veja-se o caso do serviço ferroviário de Saragoça a Canfranc, que liga Huesca através de uma concordância de 6 km.

Já Vila Real, elaborei um estudo de reabertura, disponível no YouTube, ao qual nem a autarquia nem a CIM Douro se têm mostrado interessados, que aponta um custo de reabertura de 11 milhões de euros; apenas 1,6 milhões a serem suportados pelo Estado. A autarquia vai investir um milhão na enésima ponte pedonal da cidade, portanto é um investimento que até uma câmara municipal conseguiria suportar. São 25 km até à Régua e suas interfaces ferroviária e fluvial, num tempo de viagem igual ao da rodovia, só que mais próximo, barato, e sustentável.

Bragança é a que maior investimento requer. O canal da Linha do Tua permanece lá – alvo de uma tentativa, felizmente frustrada, de transformação numa ecopista de 80 km até Mirandela.

Mas este não é o trajecto dos fraguedos do Baixo Tua: a correcção do traçado é aqui fácil de efectuar, e até a reconexão com a Linha do Douro na foz do Tua é possível através de um novo canal de 16 km a partir de São Lourenço, e uma descida ou em zigue-zague – como a ferrovia peruana do Nariz del Diablo – ou em sucessivos cotovelos – como a ligação italo-helvética de Tirano a Saint Moritz – até à estação do Tua.

Tem ainda a proximidade da linha de Alta Velocidade Madrid – Corunha, com o seu aeródromo de permeio. Uma nova via por Montesinho e entrando no canal da linha convencional em Pedralba de la Pradería até à Sanábria poria um passageiro – e mercadorias – em Bragança em meia hora – em Madrid em menos de duas horas, o mesmo tempo de viagem até ao Porto. A intenção avançada pelo Primeiro-Ministro de construir uma ligação rodoviária de Bragança à fronteira não chega: não se sabe quando essa estrada avançará, nem está garantida a sua extensão do lado espanhol – e lembrando o atraso de décadas do prolongamento do IP4/A4 até à Autovia de la Plata, não auspicia muito de bom.

Que fique bem claro: as verbas existem, e tanto a coesão territorial como a mobilidade sustentável defendem de forma categórica a reconexão histórica destas cidades à rede ferroviária nacional. Resta que as autoridades políticas locais tenham lucidez e coragem para o reivindicar, sem pequenez ou megalomanias, e que o Poder Central aja de forma coordenada e decisiva. Enquanto cidadão trasmontano, não espero menos que isso.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Imprecisões na nova mascarada

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-user-listing-4 columns="1" title="" icon="" hide_title="1" heading_color="" heading_style="default" title_link="" filter_roles="0" roles="" count="1" search="" order="DESC" order_by="user_registered" offset="" include="2" exclude="" paginate="none" pagination-show-label="0" pagination-slides-count="3" slider-animation-speed="750" slider-autoplay="1" slider-speed="3000" slider-control-dots="off" slider-control-next-prev="style-1" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" custom-css-class="" custom-id="" override-listing-settings="0" listing-settings="" bs-text-color-scheme="" css=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1603626342760{margin-left: 26px !important;}"]Aí estão as novas disposições destinadas a estancar, e porventura baixar, a taxa de variação dos infetados pelo novo coronavírus em Portugal. Claro está que se poderá ainda exigir mais restrições, mas estou em crer que o que tem vindo a passar-se entre nós deriva de violações grosseiras das regras simples, sem dúvida desagradáveis, mas essenciais a preservar a comunidade do crescimento da contaminação que tem vindo a verificar-se.

Ora, uma das novas exigências hoje surgidas é a da utilização de máscara em todos os espaços públicos abertos, desde que não seja conseguida a distância mínima de segurança. Haverá de compreender-se que se trata de uma noção muito pouco precisa, quase requerendo que cada um se faça acompanhar de um daqueles radares que evitam choques de carros durante as estacionamentos. Mas vejamos o meu caso de hoje.

De parceria com minha mulher, determinámo-nos a almoçar num restaurante chinês que se situa a cerca de 500 metros de nossa casa. A trajetória faz-se por uma rua muito movimentada por veículos automóveis, mas com uma mui baixa densidade humana a pé. Portanto, pela decisão de sempre e pelas regras em vigor, para lá fomos a pé e sem máscara, só a colocando à entrada e até chegarem os alimentos solicitados. E depois, terminado o almoço, em menos de três minutos estávamos já fora da sala onde almoçámos.

Na ida, aí pelo meio da distância a percorrer, apercebi-me do movimento de um guarda da PSP, naturalmen-te com a máscara colocada, movimentando-se em sentido oposto ao nosso e no mesmo passeio. Passeios que têm cerca de 2 metros de largura, numa rua com estacionamento dos dois lados e onde ainda se podem movimentar veículos em simultâneo nos dois sentidos, comportando, ainda, uma ultrapassagem. Já perto do guarda, determinei-me a colocar a máscara, tendo-o interpelado no sentido de lhe ouvir uma opinião sobre as tais condições públicas de distanciamento referidas no documento hoje aprovado na Assembleia da República.

Ora, o guarda mostrou-se duvidoso sobre a referida condição, mas propendeu para a ideia de que numa rua como aquela a máscara não se deverá requerer. E mesmo na Estrada de Benfica, com muito maior trânsito humano, também propendeu para a ideia de que a simples passagem de duas pessoas, uma pela outra, em qualquer sentido, não deveria requerer o uso da máscara. Bom, era, precisamente, a minha opinião.

Mais uma vez, agora apenas com a máscara, o erro está na ideia de se pôr em vigor a obrigação anunciada. Ao fazê-lo, tal requer uma definição das condições necessárias para se ter de usar máscara, o que não é fácil. Portanto, seria preferível uma de duas situações: ou se impunha a utilização permanente de más-cara, ou se aconselhava o seu uso com persuasão forte, mas sem obrigar. De resto, depois de chegar a casa – após o almoço, portanto –, tive a oportunidade de ver que a generalidade das bancadas parlamen-tares havia chamado a atenção para esta mesma realidade. Mas, enfim, veremos se por aqui irá surgir um novo desenvolvimento de conflitualidade entre cidadãos e polícias. Para já, estes parecem dispor de mais bom senso que os legisladores.

Por tudo isto, ocorrem-me de novo as palavras de Marcelo Caetano, antigo Presidente do Conselho, numa das suas CONVERSAS EM FAMÍLIA, já lá vai um bom meio século: o Governo só procura fazer leis que possam ser cumpridas.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Agora é em França

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-user-listing-4 columns="1" title="" icon="" hide_title="1" heading_color="" heading_style="default" title_link="" filter_roles="0" roles="" count="1" search="" order="DESC" order_by="user_registered" offset="" include="2" exclude="" paginate="none" pagination-show-label="0" pagination-slides-count="3" slider-animation-speed="750" slider-autoplay="1" slider-speed="3000" slider-control-dots="off" slider-control-next-prev="style-1" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" custom-css-class="" custom-id="" override-listing-settings="0" listing-settings="" bs-text-color-scheme="" css=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1603301533988{margin-left: 26px !important;}"]Num destes dias surgiu por aí um caso envolvendo certo professor da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, Num destes dias surgiu por aí um caso envolvendo certo professor da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, como consequência de afirmações contidas em documentos seus de apoio à parte de certo mestrado, creio que na área do Direito Penal, em que lecionava. Num ápice, o brado atingiu píncaros públicos – até privados, por via de discussões fortes sobre o tema e suas consequências –, tendo acabado, ao que ouvi de Clara Ferreira Alves, pela suspensão do docente, agora a ter de defender-se daquilo que lhe foi apontado pelo que escreveu.


Este tipo de intervenções está a surgir em lugares diversos do mundo, como foi agora o caso da França, embora em sentido inverso ao adotado pelo português. Alice Coffin era também professora universitária, mas na Universidade Católica de Paris, que de imediato se recusou a renovar seu contrato. O engraçado é que os homens nem ligaram ao que Alice Coffin escreveu no seu livro, LESBIAN GENIUS. Apenas as mulheres surgiram a terreiro.


Em essência, a autora, uma ativista feminista que é também uma ecologista eleita para a vereação parisiense, propõe-se eliminar os homens das mentes femininas, das suas imagens e das suas representações. E logo esclarece que já eliminou o que vem de homens da sua vida, porque não lê os livros, não ouve músicas, e não vê filmes feitos pelo sexo oposto. Deste modo, quase irá ficar fora de áreas como a música clássica, a ópera, a zarzuela, o bailado, a maior parte da escultura e da pintura, mas por igual da generalidade das ciências. Teria mesmo uma enorme dificuldade em ensinar a generalidade das disciplinas universitárias, e logo a começar pela Matemática. E falar sobre o desporto, bom, nem pensar.


Uma tal atitude teria, naturalmente, de suscitar reações. E se os homens devem ter continuado a sua vida, mulheres de referência vieram condenar esta posição de Alice Coffin.


Assim, Marlène Schiappa, antiga Ministra da Igualdade de Género do Presidente Macron, acusou Coffin de defender uma forma de apartheid, por via das suas considerações perigosas. Mas também Sonia Ma-brouk, locutora de rádio, surgiu a terreiro, questionando a autora sobre se não estava, com esta sua tomada de posição em livro, a promover o obscurantismo e uma forma de totalitarismo. De igual modo, Agnès Poirier, autora de um livro sobre intelectuais da esquerda, reagiu, indicando que Simone de Beauvoir, a filósofa, escritora e ativista dos direitos das mulheres no início do século XX, teria achado a cruzada contra os homens totalmente ridícula.


Claro está que as duas posições expressas – a do português e a desta francesa – situam-se em polos opostos. A segunda, todavia, traduz uma atitude que se vem desenvolvendo na senda de um laicismo militante, que parte do princípio de que, por via educativa e legal, se pode construir um quase-paraíso na Terra. Em contrapartida, a posição assumida pelo nosso concidadão traduz, em essência, a ideia de que os valores de base da civilização cristã ocidental estarão a ser destruídos por via – se não erro, era esta a ideia – do feminismo.


Esta posição da francesa encerra um erro deveras primário: parte do princípio de que fora do ambiente masculino, o que de mal este comporta deixa de existir. Assim, a violência doméstica, sem homens, não existiria. Bom, sabemos que isto não é verdade. E conheci mesmo um caso em que certa mulher se apaixonou por um homem, namorando com ele, mas acabando por ser descoberta pela namorada, que a sovou de modo forte, deixando-a claramente marcada. E, já agora, esta namorada agressora foi informada da situação pela antiga namorado do indivíduo. E, ao que vim a saber, a sovada ainda atacou com uma qualquer substância o carro da delatora. É caso para dizer que o homem as venceu por 3 a 1.


Sempre me pareceu que o grande erro de muitas mulheres que se dizem feministas é tentarem igualar os homens, mas no que estes têm de pior. E depois – por muito que se diga em contrário, é uma realidade –, os valores cristãos, ao estarem tão ausentes como hoje pode ver-se, acabam por ter consequências desagradáveis, muitos deles até superáveis com certa facilidade, assim se fugisse da perigosa arquitetura cultural que levou, de um modo extremo, Alice Coffin a escrever o que agora se veio a conhecer.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Espero ter razão

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-user-listing-4 columns="1" title="" icon="" hide_title="1" heading_color="" heading_style="default" title_link="" filter_roles="0" roles="" count="1" search="" order="DESC" order_by="user_registered" offset="" include="2" exclude="" paginate="none" pagination-show-label="0" pagination-slides-count="3" slider-animation-speed="750" slider-autoplay="1" slider-speed="3000" slider-control-dots="off" slider-control-next-prev="style-1" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" custom-css-class="" custom-id="" override-listing-settings="0" listing-settings="" bs-text-color-scheme="" css=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1602701599490{margin-left: 26px !important;}"]Foi extremamente interessante a reação facial, e depois por palavras, de uma conhecida minha de café, quando, com a minha mulher, a encontrámos na toma da bica de pós-almoço. Quando lhe referi que tudo apontava para a derrota de Trump, O Bronco, nas eleições de 03 de novembro, colocou-se direita na cadeira, como que olhando o infinito e muito séria, com uns dois segundos sem nada dizer. Depois, voltou a recostar-se e logo respondeu: vamos a ver,... oxalá... Simplesmente, mesmo alguém pouco treinado em orais conseguiria dar-se conta de que aquela reação de surpresa resultou de receber uma notícia que não pretendia ter recebido.

Também eu começo agora, depois das mais recentes notícias ontem chegadas pelos jornais norte-americanos, a acreditar que Trump, O Bronco, possa vir a ficar impedido de dar corpo à sua ditadura mundial, com pleno desprezo por tudo e por todos. A grande verdade é que está a crescer no Partido Republicano e na Casa Branca o receio de que Biden possa ter uma vitória esmagadora. Os dados de certa sondagem davam ontem 53 % a Biden contra 41 % a Trump.
Nos swing-state – Pensilvânia, Wisconsin, e Michigan – também as sondagens dão a Biden a liderança, embora por uma margem menor que a anterior. Ainda assim, também aqui se tem assistido a uma consistência nos resultados a favor de Joe Biden.

É interessante constatar como Jaime Nogueira Pinto se mostrou por cá sem perceber a tal derrota de Trump, O Bronco, face a Biden, e como dezenas de funcionários da Casa Branca e da campanha daquele apontam o debate como uma atuação amplamente criticável, de parceria com a resposta errática depois de ter testado positivo à COVID-19.

Do mesmo modo, Ted Cruz, senador republicano pelo Texas, reconhece já que, num tal cenário, o seu partido enfrenta um banho de sangue de proporções Watergate, podendo perder o Senado e a Casa Branca. E isto ao mesmo tempo que certo assessor sénior republicano do Senado aponta o diagnóstico de COVID-19 de Trump como o prego no caixão, considerando que está tudo acabado para as esperanças do partido de defender a sua maioria.

Ao contrário daquela minha conhecida do café – foi a minha perceção, claro está –, que ali estava com o marido, eu sinto um fantástico alívio com uma derrota de Trump, O Bronco, embora deseje que Biden e Kamala consigam trazer ao mundo calma, distensão profunda e passos seguros na construção da paz e da defesa do Planeta e dos povos mais carenciados. E por isso termino com estas palavras: oxalá os republicanos percam em toda a linha, porque será uma lição para a Extrema-Direita no mundo.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

A escola

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-user-listing-4 columns="1" title="" icon="" hide_title="1" heading_color="" heading_style="default" title_link="" filter_roles="0" roles="" count="1" search="" order="DESC" order_by="user_registered" offset="" include="2" exclude="" paginate="none" pagination-show-label="0" pagination-slides-count="3" slider-animation-speed="750" slider-autoplay="1" slider-speed="3000" slider-control-dots="off" slider-control-next-prev="style-1" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" custom-css-class="" custom-id="" override-listing-settings="0" listing-settings="" bs-text-color-scheme="" css=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1602326294349{margin-left: 26px !important;}"]A pandemia, hoje em franco desenvolvimento por quase todo o mundo – excetua-se a China, que lhe pôs um fim quase seguro –, veio alterar, de um modo assaz profundo, quase todo o mecanismo social que vinha vigorando. Vive-se um tempo caldeado pelo medo, pela incerteza, pela imprevisibilidade e com assomos do pior que já se tinha vivido há umas décadas, e que muitos pensavam não ter regresso. A presença de Trump, O Bronco, na Casa Branca veio pôr toda esta ideia em causa. Objetivamente, o mundo está hoje à beira de uma ditadura global, muito facilitada pelas medidas aplicadas para conter a propagação da atual pandemia. Até o regresso do fanatismo religioso ameaça a tão badalada liberdade religiosa. Uma realidade que se mostra sempre razoavelmente sectária em cada Estado e à luz das suas tradições antigas. Olhemos o triste exemplo da Polónia.


Todo o século XX foi um tempo de grandes e fantásticas descobertas no domínio científico, bem como nas respetivas aplicações técnicas. Todavia, a presença de duas grandes guerras, da guerra em Espanha, do surgimento do comunismo soviético, bem como de diversas projeções suas em alguns lugares do mundo, determinaram uma ampla presença da intervenção cultural no seio das sociedades. E se a cultura se continuou depois de 1945, a ciência e a técnica tiveram profundos avanços em domínios inimagináveis. E tudo isto se fez acompanhar de um acréscimo do bem estar social, ao mesmo tempo que o interesse cultural profundo ia diminuindo.


No meio desta realidade multifacetada e progressivamente crescente, a escola foi alastrando, tornando-se acessível a cada dia mais pessoas, com o grau de escolaridade ampliado para níveis nunca antes atingidos. Tudo isto, todavia, fez-se à custa dos efeitos determinados pelo comando científico e tecnológico, mas também por uma diminuição acentuada dos conhecimentos culturais mais antigos, mais fundamentais, e que estiveram no cerne da construção dos grandes espaços marcados por traços culturais próprios. E um dos domínios mais obliterados foi o do conhecimento religioso, filosófico e histórico, sobretudo ao nível das grandes culturais mais referentes para o Ocidente, como a grega, a romana e a muçulmana, esta quase nunca tocada nos estudos operados no tempo de formação fundamental.


O ser humano, como se conhece bem, requer um tempo longo para atingir uma capacidade de autonomia essencial. Este tempo é também diverso, suportado em etapas bastante distintas, e começava, em geral, no seio da própria família, fosse porque as mães estavam em casa, seja porque os avós dão um amparo absolutamente essencial nas sociedades atuais. Ao menos, até ao surgimento da COVID-19. E não é difícil perceber que a formação do ser humano se suporta em três fatores fundamentais: a família, o ambiente cultural global e as caraterísticas de cada um. Mau grado tudo, as caraterísticas de cada pessoa, naturalmente condicionadas pelos outros dois fatores, só são atingidas numa idade já de grande independência e são o fator fundamental.


Acontece que as famílias, por todas as razões, não podem, só por si, formar os seus descendentes. Uma realidade que se torna claramente evidente quando os descendentes atingem o patamar universitário. A escola, portanto, não podendo ser, nunca, um depósito humano de apoio à família, é absolutamente essencial na formação da globalidade da autonomia dos que por ela passam, garantindo a capacidade de adaptação à diversidade humana e à superação de contrariedades naturais. E, como é natural e se espera, fornece também os alicerces para uma compreensão da realidade histórica por via da dominância de temas progressivamente mais autónomos. Brincando um pouco, se é verdade que isto anda tudo ligado, também o é que cada pequenina peça da grande realidade do universo se vai ampliando, precisamente, pelo acesso que a ciência e a tecnologia concedem ao domínio progressivo do conhecimento.


Claro está que a escola não é nunca alheia ao que a rodeia, nem aos acontecimentos que se vão desenrolando pelo mundo. Como com tudo o resto, a escola sofre os efeitos das altas e das baixas da globalidade da própria sociedade e das vicissitudes do mundo. O que implica, naturalmente, que a qualidade do seu produto também apresente variações. Todavia, a experiência demonstra que, sobretudo no domínio das aplicações profissionais, as limitações ao nível da qualidade inicial da escola se vão progressiva e acentuadamente tornando menos importantes. É, no fundo, o que se traduz, na Resistência dos Materiais, pelo Princípio de Saint-Venant.


No caso português é até interessante analisar, por exemplo, os estudantes que, estando no início da universidade ao tempo da Revolução de Abril, atingiram altos lugares nas academias, ou se doutoraram em universidades estrangeiras de grande prestígio, ou são hoje concidadãos de grande referência pública nos domínios da ciência e das suas aplicações. A balbúrdia daqueles anos esfumou-se, tornando-se simples recuperar o tempo perdido à medida que a idade foi passando.


Por tudo o que digo antes, é sempre preferível entrar na universidade do que o contrário. Com mais saber ou com menos. Mais bem preparado ou mal preparado. O essencial é estar lá. É de grande referência um antigo aluno do IST que, ainda antes da Revolução de Abril, terminou o seu primeiro ano com mais de 19 valores, explicando ao professor de Geometria Descritiva que ia deixar o curso porque não gostava muito daquilo. Ou


um outro, hoje um catedrático de grande prestígio, que reprovou a todas no seu primeiro ano. Com a família lá longe, deu-se à pândega que nunca havia conhecido desde que nascera. No ano seguinte, as notas foram caindo entre o 18 e o 19. Hoje, como digo antes, é catedrático de uma faculdade do maior prestígio, interno e internacional.


Os jovens de hoje, que tiveram o azar de se verem atingidos pelas vicissitudes que a COVID-19 lhes criou, podem facilmente ultrapassar as dificuldades que, porventura, possam surgir. Todavia, apresentam lacunas, mas que já vêm de muito longe. No tempo anterior à Revolução de Abril, o Grego e o Latim já não era obrigatórios para quem seguisse Ciências, Economia, Geografia ou Arquitetura. E mesmo o Grego também não era requerido para os que seguiam Direito, apenas o Latim. Depois, resta o interesse cultural: muitos determinaram-se a estudar o Inglês, ou o Francês, ou o Espanhol, ou o Italiano, mesmo o Alemão. Outros, obtiveram mais de uma licenciatura. Há os que gostam de música, ou de religião – na perspetiva cultural –, ou de geopolítica, ou de estratégia, etc.. São as decisões que derivam do tal fator que são as caraterísticas pessoais.


Por fim, um dado essencial. A presença do Estado, regulando a estrutura de transmissão do saber, é essencial, porque se tudo passasse para a área da vontade privada, torna-se simples perceber que as famílias de maior poder material teriam sempre filhos vencedores, ao passo que as de menores posses – a enormíssima maioria – sempre se ficaria pela possibilidade de conseguir lugares subalternos. Precisamente o que se teria dado se, ao tempo de Germano de Sousa como Bastonário da Ordem dos Médicos, se tivesse implementado o acesso a Medicina com base na apreciação do... perfil!! Bom, até o mais burro poderoso logo teria o perfil, se acaso pretendesse exercer Medicina. Há sempre que ter em conta que vivemos em Portugal, olhando, por exemplo, para o que nos conta, em livro, o académico Luís Menezes Leitão, sobre a subida de Marcelo Caetana à cátedra, de parceria com Jaime Gouveia.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Finalmente!

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-user-listing-4 columns="1" title="" icon="" hide_title="1" heading_color="" heading_style="default" title_link="" filter_roles="0" roles="" count="1" search="" order="DESC" order_by="user_registered" offset="" include="2" exclude="" paginate="none" pagination-show-label="0" pagination-slides-count="3" slider-animation-speed="750" slider-autoplay="1" slider-speed="3000" slider-control-dots="off" slider-control-next-prev="style-1" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" custom-css-class="" custom-id="" override-listing-settings="0" listing-settings="" bs-text-color-scheme="" css=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1602147716293{margin-left: 26px !important;}"]Pois, caro leitor, foi com um absoluto espanto que acabo de receber, por via dos noticiários televisivos, a notícia de que a histórica pen com o processo do homicídio da nossa concidadã Rosalina Ribeiro, que teve lugar no Brasil há já uns muitos anos, chegou ao gabinete da nossa Ministra da Justiça. Ainda num dia destes, ao terminar certo texto, referi isso mesmo, interrogando-me sobre quantos anos faltariam ainda para que a famosa pen aqui chegasse. Pois, ela aí está!

Como normalmente, acompanho os noticiários com a maior atenção, em geral em rigoroso silêncio. Volto, por vezes, atrás, em ordem a assegurar melhor clareza do que escutei antes. De modo que o sorriso inicial, quase num ápice, gerou uma reação facial de estranheza, porque ali foi referido que cabe agora à Ministra da Justiça decidir sobre se o referido processo é aceite no nosso Sistema de Justiça, ou não.

Claro está que eu até compreendo que estas coisas possam ter um protocolo deste tipo, mas a verdade é que já lá vão muitos anos sobre este caso. Tendo nós podido assistir ao fantástico tempo que a pen levou a chegar aqui, facilmente se consegue extrapolar para a realidade que se seguirá se algum dado do processo em causa merecer da nossa Ministra da Justiça uma qualquer dúvida a ser levantada pela justiça do Brasil. Com elevada probabilidade, serão de novo mais anos. A sorte é que o tempo é infindo, embora o da caduci-dade dos processos o não seja.

No meio de tudo isto, e tal como pude já escrever algumas vezes, nunca aceitei a ideia de ver este caso tratado no nosso Sistema de Justiça, dado que tudo se desenrolou no Brasil e que o nosso concidadão em causa explicou que preferia ser julgado pelo homólogo brasileiro. E depois, o argumento apresentado pelas autoridades brasileiras não tem lógica, porque tudo se passou lá, e porque se o acusado não comparecesse, bom, seria julgado à revelia.

Enfim, a pen (finalmente!!) chegou a Portugal. Veremos como irá agora decorrer o que falta do processo e se ao arguido em causa, como seria lógico, se concede a melhor facilidade jurídica para ser defendido, ou seja, ser o caso tratado no Brasil. E se este entender pôr um fim no tema, pois que o faça. Que sempre lhe faltaria razão para assim proceder, ninguém duvida. O problema é que a Justiça, por quase todo o mundo, vive muito arredia da lógica das coisas, autodependendo-se perante formas sem nexo e quase nulo conteúdo. Enfim, já cá está (finalmente!!) o processo, pelo que se aguardam os desenvolvimentos do mesmo.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

As autárquicas

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-user-listing-4 columns="1" title="" icon="" hide_title="1" heading_color="" heading_style="default" title_link="" filter_roles="0" roles="" count="1" search="" order="DESC" order_by="user_registered" offset="" include="2" exclude="" paginate="none" pagination-show-label="0" pagination-slides-count="3" slider-animation-speed="750" slider-autoplay="1" slider-speed="3000" slider-control-dots="off" slider-control-next-prev="style-1" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" custom-css-class="" custom-id="" override-listing-settings="0" listing-settings="" bs-text-color-scheme="" css=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1601455465857{margin-left: 26px !important;}"]Está já em movimento a preparação, nas suas linhas estratégicas, das eleições autárquicas que se aproximam. Como seria de esperar, a Direita e a Extrema-Direita estão já a insistir na tecla da unidade nas suas áreas, com a finalidade de se conseguirem listas conjuntas que possam aumentar o respetivo potencial de vitória. Bom, é uma atitude que tem tanto de inteligente como de desesperado.

Dizem os livros de estratégia, e mostra a experiência, que a estratégia a adotar deve ser a adequada a conseguir a vitória e a derrotar o adversário. Pois, neste caso das eleições autárquicas não devem restar dúvidas, porque a estratégia que deve ser seguida pelo PS e pelos partidos da Esquerda só será correta se prosseguir pelo tal caminho que está a ser esboçado pela Direita e pela Extrema-Direita.

Infelizmente, desde a iniciativa de Jorge Sampaio na autarquia lisboeta, listas de coligação foi ideia que não mais voltou a ser posta em prática. Todavia, mais vale tarde que nunca, olhando as garantidas vantagens de coligações daquele tipo, ao menos, nas capitais de distrito, e mesmo nas grandes cidades do País. Se o interesse em materializar programas que sirvam melhor os munícipes for o guião principal, aquele é o melhor caminho: anula a iniciativa da Direita e da Extrema-Direita, e acabará por materializar-se numa estratégia de vitória.

Lamentavelmente, o PS e os partidos da Esquerda sempre se determinaram a desunir-se, com a Direita a acabar por reinar. No fundo, uma atitude política que quase levou aqueles setores políticos à anulação por todo o mundo. Uma triste sina. Em todo o caso e entre nós, o surgimento da Geringonça, contra ventos e marés, mostrou uma capacidade deveras singular dos nossos socialistas democráticos e dos partidos da Esquerda, que assim conseguiram servir muito melhor a generalidade dos portugueses. A receita, portanto, é simples: prossigam na solução, mas agora no domínio autárquico. Lembrem-se dos portugueses.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

História Antiga

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-user-listing-4 columns="1" title="" icon="" hide_title="1" heading_color="" heading_style="default" title_link="" filter_roles="0" roles="" count="1" search="" order="DESC" order_by="user_registered" offset="" include="2" exclude="" paginate="none" pagination-show-label="0" pagination-slides-count="3" slider-animation-speed="750" slider-autoplay="1" slider-speed="3000" slider-control-dots="off" slider-control-next-prev="style-1" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" custom-css-class="" custom-id="" override-listing-settings="0" listing-settings="" bs-text-color-scheme="" css=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1601221457873{margin-left: 25px !important;}"]O Governo da China, num destes dias, veio acusar os Estados Unidos de utilizarem aeronaves civis, de transporte de passageiros, ou de carga, como aviões espiões, através do acoplamento do essencial material destinado a operar a ação de espionagem desejada. E contabilizaram em mais de uma centena de vezes, só neste ano de 2020, o número de casos em que tal prática teve lugar sobre o território da China.


Com a mais plena razão, as autoridades chinesas apontaram tal prática como uma séria ameaça à segurança dos passageiros, alertando quem possa utilizar aviões onde a probabilidade de se violarem os direitos dos passageiros por tais metodologias possa ser elevado. Bom, é o caso, no mínimo, dos aviões das companhias aéreas dos pequenos Estados que se constituem em verdadeiros serviçais do Governo norte-americano.


Claro está que esta prática é muito antiga, sendo sempre de recordar o histórico e fatídico voo de Anchorage para a Coreia do Sul, precisamente num avião da companhia aérea deste país. Tal avião encontrava-se apetrechado para operar ação de espionagem aérea, embora fosse de passageiros, que desconheciam por completo o que se passava. E depois, o aparelho violou brutalmente o espaço aéreo da antiga União Soviética, e logo numa zona sensível de defesa da parte sudeste do território soviético. O resultado deste múltiplo crime dos Estados Unidos foi a morte de muitas centenas de pessoas, e da desgraça que se abateu sobre as suas famílias.


O choradinho ocidental surgiu como que vindo de nada, nunca referindo, no plano público aberto, o que realmente estivera na base daquela desgraça. E hoje os Estados Unidos, desde os acontecimentos do 11 de Setembro, passaram a poder fazer o mesmo, mas em... Washington. Ou onde muito bem entenderem, claro está.


Além do mais, já naquele tempo o caso do referido avião teve réplicas, digamos, assim, mormente na zona do Médio Oriente, fosse por engano, fosse por via de uma regra de todos estabelecida e que era internacionalmente conhecida. Nestes casos, todavia, as carpideiras ocidentais nunca se determinaram a dar o mesmo relevo a estes casos, tal como, com mentira e omissão, haviam feito com o avião da empresa sul-coreana.


Por fim, convém recordar que Trump, O Bronco, que tão apoiado é nos nossos canais televisivos, embora de um modo subliminar, está hoje à frente do poder nos Estados Unidos, pelo que, em perda eleitoral, tudo pode vir a acontecer. Objetivamente, este homem é o mais perigoso do mundo no nosso tempo, como há quatro anos apontou, com extraordinária capacidade de perceção, José Pacheco Pereira. E como eu mesmo, tantas vezes, tenho referido. E é por isso que o próximo mês e meio poderá ficar na História da Humanidade, embora pelos piores motivos. É que a História repete-se, porque se constitui de sucessões de isomorfismos. E Trump, O Bronco, é ainda pior que Hitler e muito mais perigoso e poderoso que este. Toda a atenção...[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

A coragem e a falta dela

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-user-listing-4 columns="1" title="" icon="" hide_title="1" heading_color="" heading_style="default" title_link="" filter_roles="0" roles="" count="1" search="" order="DESC" order_by="user_registered" offset="" include="2" exclude="" paginate="none" pagination-show-label="0" pagination-slides-count="3" slider-animation-speed="750" slider-autoplay="1" slider-speed="3000" slider-control-dots="off" slider-control-next-prev="style-1" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" custom-css-class="" custom-id="" override-listing-settings="0" listing-settings="" bs-text-color-scheme="" css=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1600515536917{margin-left: 26px !important;}"]A chegada de António Guterres às Nações Unidas, como se tem podido observar, quase nada resolveu. Sobretudo, naqueles domínios verdadeiramente importantes e ligados à defesa da dignidade humana. Basta olhar, por exemplo, o caso dos migrantes, que têm chegado à Europa, e logo se percebe que o resultado das Nações Unidas é quase nulo. Mas se olharmos a comunidade latino-americana que tem tentado entrar nos Estados Unidos, muitas vezes de modo ilegal, o que se contata são duas realidades: o desmembramento de famílias e o silêncio e a inoperância das Nações Unidas. E então se olharmos o regresso em força do racismo criminoso e da discriminação racial na sociedade norte-americana, bom, a inoperância é abismal.


Simplesmente, isto não é assim com todos os Estados. Não é assim, por exemplo, com a Venezuela, sobre cujo Governo surgiu agora um relatório das Nações Unidas acusando Maduro e o seu Governo de crimes contra a humanidade. Em contrapartida, a imunidade qualificada da polícia norte-americana, com a vaga de homicídios sem castigo sobre negros, já não constitui um crime contra a humanidade. E se a isto juntarmos a compra em massa de vacinas contra a COVID-19 por parte das grandes potências, discriminando as restantes, imensamente mais pobres, teremos uma outra situação que também se não constitui, no mínimo, em omissão de auxílio. E então crime contra a humanidade, bom, nem pensar.


Ora, recentemente, uma organização de direitos humanos denunciou o elevado número de cirurgias destinadas a remover o útero de mulheres, realizadas num centro de detenção de migrantes na Geórgia, no sul dos Estados Unidos, muitas vezes sem consentimento das intervencionadas. Simplesmente, estes acontecimentos também não tipificam, para as Nações Unidas, um crime contra a humanidade. Tal como as torturas legalizadas, ao tempo, pelo Governo de George W. Bush, ao contrário do que agora se pretende com as alegadamente atribuídas ao Governo de Nicolás Maduro. Mas esta denúncia vai ainda mais longe, referindo os cuidados de saúde negligentes prestados às detidas, incluindo ao redor da COVID-19.


Este crime foi denunciado por uma enfermeira identificada como Dawn Wooten, que trabalha na prisão de imigração de Irwin, administrada por uma empresa privada, sob a alçada do Serviço de Imigração e Alfândegas dos Estados Unidos. O grande problema, neste caso, é que as Nações Unidas, o próprio António Guterres, parecem não se ter dado conta de que se está aqui perante um autêntico isomorfismo do que se passou nos campos de concentração da Alemanha nazi e na África do Sul do Apartheid. Neste caso norte-americano também o conceito de crime contra a humanidade, para as Nações Unidas, parece não se aplicar. Não lembraria ao Diabo, mas é a realidade.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Não dá para acreditar!

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-user-listing-4 columns="1" title="" icon="" hide_title="1" heading_color="" heading_style="default" title_link="" filter_roles="0" roles="" count="1" search="" order="DESC" order_by="user_registered" offset="" include="2" exclude="" paginate="none" pagination-show-label="0" pagination-slides-count="3" slider-animation-speed="750" slider-autoplay="1" slider-speed="3000" slider-control-dots="off" slider-control-next-prev="style-1" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" custom-css-class="" custom-id="" override-listing-settings="0" listing-settings="" bs-text-color-scheme="" css=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1600287999667{margin-left: 27px !important;}"]Vão decorridas décadas sobre a reeleição de António Ramalho Eanes, numa candidatura que teve também o impensável concurso do seu colega António Soares Carneiro. Por essa altura, José Miguel Júdice fazia análise política no Expresso, tendo publicado um conjunto de análises ao redor dessa corrida presidencial. De resto, eu mesmo as fazia, mas entre os amigos e conhecidos.


A verdade está nisto: numa conversa – falei com gente a mais diversa – com um amigo que não vejo há anos, António Bailote Fernandes, da Opus Dei e que esteve muito tempo em Macau, assegurei a evidência, ou seja, que Eanes venceria essa eleição, só que indicando o resultado de Eanes até às décimas. Bom, acertei no resultado. E então, António Bailote Fernandes, já depois das eleições, disse-me, por uma ou duas vezes, esta frase: caramba, eu não vou nunca esquecer o meu amigo, porque você acertou no resultado em cheio! E ainda concluiu: como é que o meu amigo conseguiu prever o resul-tado deste modo?!


Já lá vão muitos anos, e não recordo já se o meu amigo era oriundo do Direito ou da Economia, mas pro-pendo mais para o segundo caso. De modo que recordará ainda que existia uma conceção intuicionista da Probabilidade. E foi o que me levou a acertar no resultado, ao contrário de José Miguel Júdice que, após aturados raciocínios... errou. Como dizia alguém, em certo programa televisivo: errooou!!!


Simplesmente, José Miguel Júdice, talvez em face das sondagens que iam sendo publicadas, começou a perceber que o que previa iria produzir um estrondo. E então, assegurou aos leitores do Expresso que se Eanes ganhasse, não voltaria a fazer análise política. E cumpriu. Até porque terá percebido que não nasce-ra com uma vocação daquele tipo.


Claro está que Júdice não faz hoje propriamente análise política, antes elabora simples e brincalhões racio-cínios. Muitas vezes, introduzindo-lhes, como usa dizer-se, algum veneno. Terá sido o caso, porventura, no que soube há pouco que terá ontem dito na SIC Notícias.


Ora, o que foi, então, que nos disse ontem José Miguel Júdice? Pois este fantástico mimo, que logo me traz ao pensamento o fracasso das suas análises nos tempos da peleja eleitoral Eanes-Soares Carneiro: ao apoiar a candidatura de Luís Filipe Vieira, o Primeiro-Ministro e secretário-geral do PS dá às estruturas do partido um sinal de que não apoiará Ana Gomes na corrida à Presidência da República! Bom, simplesmente delirante!! Não dá parra acreditar.


Veja o leitor o que é simples de perceber. Há muito se sabe que o PS tem tido dificuldade em apresentar um candidato ao Presidente da República – eu mesmo escrevi isto aqui, há um tempo atrás. E também se sabe que o PS irá dar liberdade de voto aos seus militantes, e que a direção irá apoiar a recandidatura de Marcelo Rebelo de Sousa. E depois, sabe-se também que Ana Gomes nunca concitará, hoje ou amanhã, um apoio razoável para uma eleição deste tipo. Nem sequer para a liderança do partido. A candidatura de Ana Gomes, objetivamente, é uma candidatura de derrota. Seja agora ou num ano que esteja para chegar.


Como o leitor facilmente percebe, o que escrevo antes é a realidade. E António Costa, como qualquer um, do PS ou de qualquer outro partido, percebe o mesmo. Portanto, porquê ir apoiar Luís Filipe Vieira para, por essa via, enviar uma mensagem aos eleitores socialistas contra Ana Gomes?! Porque a ideia de Júdice pressupõe que os eleitores elaboram raciocínios elaborados, ao ponto de construirem a implicação que aponta. Objetivamente, não dá para acreditar numa destas, tantos anos já passados sobre o estrondoso falhanço de Júdice na previsão do resultado da peleja Eanes-Soares Carneiro. Não dá para acreditar!![/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Curta, mas cheia de significado

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-user-listing-4 columns="1" title="" icon="" hide_title="1" heading_color="" heading_style="default" title_link="" filter_roles="0" roles="" count="1" search="" order="DESC" order_by="user_registered" offset="" include="2" exclude="" paginate="none" pagination-show-label="0" pagination-slides-count="3" slider-animation-speed="750" slider-autoplay="1" slider-speed="3000" slider-control-dots="off" slider-control-next-prev="style-1" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" custom-css-class="" custom-id="" override-listing-settings="0" listing-settings="" bs-text-color-scheme="" css=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1599758185873{margin-left: 26px !important;}"]O Telejornal da RTP 1 de ontem foi deveras interessante, logo ao início, por via da uma curta entrevista feita por José Rodrigues dos Santos a Pedro Simas, virologista muito referente da nossa comunidade académica e que surge com frequência nos nossos canais televisivos. Foi uma entrevista curta, mas cheia de significado. E na parte que me levou a escrever este texto, essa entrevista comporta duas fases. Vejamo-las, então.


A primeira fase refere-se às consequências de uma possível ligação causal entre a tal reação de um britânico à designada vacina de Oxford. O entrevistador perguntou a Pedro Simas se, no caso de se provar existência de uma ligação causal, tudo ficava, no caso desta vacina, pelo caminho. O entrevistado respondeu, sensivelmente, deste modo: sim, se se mostrar essa causalidade, o desenvolvimento da vacina para o seu caminho, ou, pelo menos, se essa causalidade se mostrar como altamente provável.


De seguida – a segunda fase –, o entrevistador introduziu o tema da designada Terceira Fase da vacina, em que surgiu a ocorrência que se vem noticiando, mas dizendo: esta, portanto, era a Terceira Fase da vacina, a tal que a vacina russa não iniciou. Bom, caro leitor, fiquei tão perplexo com a pergunta como me pareceu ter também acontecido com o entrevistado, Pedro Simas.


Como facilmente se percebe, não é possível que José Rodrigues dos Santos conheça menos que eu sobre este tema, que me chegou, há perto de uma semana, pela voz de Rodrigo Guedes de Carvalho, no noticiário da hora do jantar da SIC. A uma primeira vista, José Rodrigues dos Santos lá tentou a possibilidade de Pedro Simas deixar vir à superfície a sua autocensura, dado que tem sempre que se dizer, no Ocidente, que a vacina russa é má, evitando falar do grande êxito das chinesas. Bastaria, pois, que Pedro Simas tivesse respondido deste modo: exatamente. De um modo subliminar, a vacina russa passaria logo a não estar ainda na sua Terceira Fase...


Simplesmente, surpreendido com a pergunta, talvez percebendo que a liberdade, no Ocidente, não é uma coisa omnipresente e garantida, sem riscos na sua utilização, o entrevistado ainda começou a ir na casca de banana que surgira, mas lá se conseguiu conter, respondendo deste modo: não, até certo momento ainda não, mas agora a Terceira Fase já está em desenvolvimento com a vacina russa.


É pena que os canais russos e bielorrussos não mostrem esta entrevista aos seus nacionais, de modo que estes percebam que a liberdade, no Ocidente, é, muito acima de tudo, um conceito escrito, mas cada dia menos vivenciado pelas pessoas. De modo que insto o leitor a tentar visionar o Telejornal da RTP 1, pelas 20.00 horas, logo ao início, onde surge esta entrevista de José Rodrigues dos Santos ao nosso virologista, Pedro Simas. Vale a pena vê-la, porque o seu significado é verdadeiramente fabuloso![/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Estranhos desalinhos

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-user-listing-4 columns="1" title="" icon="" hide_title="1" heading_color="" heading_style="default" title_link="" filter_roles="0" roles="" count="1" search="" order="DESC" order_by="user_registered" offset="" include="2" exclude="" paginate="none" pagination-show-label="0" pagination-slides-count="3" slider-animation-speed="750" slider-autoplay="1" slider-speed="3000" slider-control-dots="off" slider-control-next-prev="style-1" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" custom-css-class="" custom-id="" override-listing-settings="0" listing-settings="" bs-text-color-scheme="" css=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1598871034066{margin-left: 26px !important;}"]Só neste último domingo de agosto consegui arranjar algum tempo a fim de tratar dois temas abordados por Luís Nobre Guedes na sua recente presença semanal na RTP 3, desta vez com a presença do catedrático de Direito de Lisboa, Eduardo Paz Ferreira, no lugar do engenheiro Eduardo Marçal Grilo, certamente no usufruto de algum regresso às origens.

Não é a primeira vez que Luís Nobre Guedes aborda os casos de Donald Trump e de André Ventura. A verdade, porém, é que o que acaba por fazer é sempre elevá-los politicamente, embora dizendo sempre o contrário. Portanto, vejamos estes dois casos.

O caso de Trump, O Bronco. Logo que surgiu, digamos assim, a disputa final entre Donald Trump e Hillary Clinton, foi possível acompanhar os verdadeiros espantos de Luís Nobre Guedes em função do que O Bronco ia dizendo. Embora Luís não tivesse razão. Em dado dia, já com Trump, O Bronco, empossado como Presidente dos Estados Unidos, Luís, voltando-se para Ana Lourenço, fez esta sua previsão: vamos esperar um pouco, porque antevejo que em um anito, e aí teremos um impeachment sobre Trump. Disse isto sorrindo abertamente, qual previsão para si muito evidente e segura. Bom, falhou. Falhou no tempo, e quando o mesmo chegou, também falhou no resultado final, como se sabe.

Claro está que o tempo não parou, pelo que as desgraças trazidas a todo o mundo pela política de Donald Trump, O Bronco, não pararam de crescer, invariavelmente sucedidas de falhanços e conflitos perigosos, para já não falar da linguagem soez e da prática reiterada da mentira, ou diz-desdiz. E depois, o regresso em força do racismo e da violência policial sobre os negros, tal como a desgraça causada a milhares de famílias que desmantelou desumanamente. E, finalmente, o fantástico falhanço no modo como enfrentou a pandemia, que, se tivesse tido lugar num Estado da União Europeia, talvez tivesse conduzido os respetivos líderes políticos à barra dos Tribunais.

Perante tudo isto, Luís Nobre Guedes foi tecendo críticas, mas muito suaves. De resto, também sempre sorridentes, sem parecer perceber o desfiladeiro conducente a uma grande guerra que tem vindo a ser criado por um presidente louco, que os americanos, democraticamente, conduziram ao poder. Uma realidade que me traz ao pensamento uma antiga obra, por aqui surgida pouco depois de Abril de 1974, intitulada, ESTES LOUCOS QUE NOS GOVERNAM.

Até que chegaram, finalmente, as eleições para o Presidente dos Estados Unidos. E foi interessante reparar neste facto: perguntado por Carolina Freitas sobre o que pensava vir a dar-se se Trump, O Bronco, fosse reeleito, Luís acabou por nunca responder... Mas lá disse, já pelo final da sua intervenção, que desejava que não fosse o eleito, até por nunca com ele se identificou. Simplesmente, é preferível ser que parecer. E de tudo o que tenho podido escutar de Luís Nobre Guedes o que parece é que, em boa verdade, Trump, O Bronco, deverá ser o seu apoiado (intimamente). E atenção: em política, o que parece, é...

As considerações sobre André Ventura e o Chega, sendo até risíveis, ajudam a desempatar a situação do ser-parecer ao redor de Trump, O Bronco. Abordado o caso do Chega e dos amores de Rui Rio pelo Chega de André Ventura, Luís surgiu com este fabuloso passe de mágica, já exposto por diversas vezes: o diálogo deve ser mantido com o Chega, até com André Ventura, um grande político e repleto de cultura, mas o que se deve fazer é confrontá-lo com o que deseja fazer nos diversos domínios, comparando o que está escrito com o que vem sendo dito!!!

Este meu texto poderia ficar por aqui, bastando escrever esta frase célebre: éu quér’ápláudirr!!! Em todo o caso, sempre vale a pena olhar as inenarráveis ideias táticas de Luís Nobre Guedes.

Em primeiro lugar, a tal ação de confrontar André Ventura com o que escreveu, em nome do Chega, e com o que vem dizendo. Mas a quem incumbiria essa ação de confrontar André Ventura? E para que serviriam as suas respostas, se com Ronald Reagan foi o que se lhe escutou no debate com Jimmy Carter, em face do que depois se veio a dar, nunca concretizado após chegar à presidência, e quando a liderança da sua campanha praticava objetivamente a alta traição aos interesses dos Estados Unidos? Convém que Luís Nobre Guedes não perca a excelente e mui significativa obra de Alexandre Patrício Gouveia, ou ainda acabaremos por crer em que Luís acredita na democracia. E então nestes dias...

E, em segundo lugar, Luís Nobre Guedes tem a obrigação de conseguir perceber que tais audições, aparentemente destinadas a colocar perante todos a realidade do Chega de André Ventura, só serviriam para lhe dar voz e tempo de antena. E Luís sabe muitíssimo bem que a população não dispõe de meios para controlar o exercício do poder político. A democracia representativa é, naturalmente, um ritual, mas só vale se nela se acreditar. O problema está nisto: e se um ditador chegar democraticamente ao poder? Bom, já estamos a ver isto mesmo na Alemanha, na Itália, em França, na Hungria, na Polónia, no Brasil e... nos Estados Unidos. E então, que fazer depois? Talvez voltar a ler Jean-François Revel...

Em resumo: a Trump, O Bronco, Luís acha-o terrível, mas muito forte como político, carismático e que vai vencer; de André Ventura acha-o muito culto e que se deve com ele dialogar, sendo igualmente um grande político. É interessante que o facto de André Ventura ter sido convidado por Trump, O Bronco, ou se

ir encontrar com Matteo Salvini, ou com outros líderes da Extrema-Direita do mundo, bom, ainda nada significa para Luís Nobre Guedes, porque ainda não o confrontámos com tais realidades!!! Talvez também Marcelo e Costa fazerem o mesmo, não é? É caso, pois, para voltar à tal frase célebre: éu quér’ápláudirr!!!

[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Jogatinas

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-user-listing-4 columns="1" title="" icon="" hide_title="1" heading_color="" heading_style="default" title_link="" filter_roles="0" roles="" count="1" search="" order="DESC" order_by="user_registered" offset="" include="2" exclude="" paginate="none" pagination-show-label="0" pagination-slides-count="3" slider-animation-speed="750" slider-autoplay="1" slider-speed="3000" slider-control-dots="off" slider-control-next-prev="style-1" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" custom-css-class="" custom-id="" override-listing-settings="0" listing-settings="" bs-text-color-scheme="" css=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1598088117715{margin-left: 26px !important;}"]Disse ontem Barack Obama que uma vitória de Trump nas próximas eleições poria em perigo a própria democracia norte-americana. Mas eu mesmo, muito longe do saber e da experiência do anterior Presidente dos Estados Unidos, pude já exprimir, em escritos meus, isto mesmo que agora escutámos das palavras de Obama. Infelizmente, Barack Obama já não podia avisar o que eu mesmo prevejo: uma tal vitória seria o tempo de lançamento da grande ditadura mundial, há tanto sonhada pelos políticos norte-americanos, que se veem e ao seu país como marcados por uma iluminação divina.


Claro está que mesmo uma derrota de Donald Trump pode, afinal, não vir a sê-lo, porque nós já tivemos exemplos anteriores deste tipo de fraude nos Estados Unidos: a falsa vitória de Kennedy sobre Nixon, e a de Bush sobre Al Gore. Situações que, ao pé da atual, marcada pelo abuso de poder de todo o tipo de Trump, se ficam a autênticos anos-luz. E depois, existe o poder do tempo que passa, com o regresso do espírito nazi dos velhos tempos, adaptado aos atuais.


É neste contexto que tem de ser visto o que se tem vindo a passar com Lukashenko e a Bielorrússia, e agora com Navalny, na Rússia. Tal como há dias referiu Miguel Tiago, do PCP, não se observa uma ampla miséria, sequer pobreza, por entre os manifestantes contra Lukashenko. E também não deixa de ser estranha a reação da União Europeia para com a Bielorrússia e os seus dirigentes, quando sobre a Polónia e a Hungria tudo corre sobre rodas. Para já não referir a tal política externa do megafone, tão corretamente apontada à Europa por Benjamin Netanyhau.


Neste entretanto, a Bielorrússia pediu a proteção da Rússia, que depois do sim, se passou logo para as apertadinhas. Num ápice, qual verdadeiro milagre, eis que Navalny se sentiu mal num voo da Sibéria para Moscovo. Num segundo ápice, veio a resposta: deverá ter sido envenenamento. Portanto, para os incautos, ou para os que só leem títulos, o mais certo foi ter sido consequência de uma decisão do Kremlin. Portanto, como aqui, supostamente, nada se pode fazer sem a ordem ou aquiescência de Putin, foi tudo uma decisão deste último. Bom, em termos probabilísticos, a probabilidade de um tal acontecimento não ser uma manobra ocidental é quase nula.


A solução deste caso ultrapassou já a velocidade da luz, o que não teve lugar com o homicídio de Kashoggi, tema que os Estados Unidos e o resto do Ocidente sob seu comando estão ainda a estudar. Portanto, com velocidade inferior à de caracol. E da União Europeia, claro está, as calmas.


Entrando aqui no domínio das apostas, estou em seguir a hipótese de que, à semelhança dos Skripal, também Navalny não vai morrer. Fica, porém, a notícia, que, bem trabalhada pela grande comunicação social ocidental, lá acabará por criar um novo facto político: foi tudo obra do Putin... E note agora o leitor: quase com toda a certeza, não será Donald Trump a operar esta acusação, mas peões de brega europeus, ao mesmo tempo que se deixa para Biden, se vier a vencer, a batata quente de ter de enfrentar esta realidade criada artificialmente.


Tal como um disco já gasto, volto a instar o leitor a ler a obra, O DESPERTAR DOS MÁGICOS, porque ela facilita imenso a compreensão destas coisas. E, já agora, convém ler, se possível, algumas das obras de Virgílio de Carvalho, mas também de José Alberto Loureiro dos Santos, Lopes Alves, Pedro de Pezarat Correia, até Raul François Martins, porque nelas se encontram exposições muito claras sobre os instrumentos de que se deita mão em defesa dos interesses de cada Estado. Num certo sentido, tentando uma síntese, vale tudo, vivendo-se à anos-luz daquela erradíssima dicotomia dos bons e dos maus, que tanto nos vai sendo impingida pela grande comunicação social, incondicionalmente alinhada com a grande estratégia dos Estados Unidos (de sempre).[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Ao redor de mais um diálogo

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-user-listing-4 columns="1" title="" icon="" hide_title="1" heading_color="" heading_style="default" title_link="" filter_roles="0" roles="" count="11" search="" order="DESC" order_by="user_registered" offset="" include="2" exclude="" paginate="none" pagination-show-label="0" pagination-slides-count="3" slider-animation-speed="750" slider-autoplay="1" slider-speed="3000" slider-control-dots="off" slider-control-next-prev="style-1" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" custom-css-class="" custom-id="" override-listing-settings="0" listing-settings="" bs-text-color-scheme="" css=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1597591058470{margin-left: 25px !important;}"]

A noite de ontem trouxe, na SIC Notícias, um diálogo com algum interesse, ao redor da temática do racismo, omnipresente no seio da comunidade portuguesa, mas com uma manifestação muito típica, e em que estiveram presentes Cristina Roldão e António Nunes. Um debate que foi mais objetivo por parte da convidada que do convidado.

Cristina Roldão foi muito clara em tudo o que expôs: o problema do racismo, no seio da comunidade portuguesa, existe mesmo, até com profundidade, mas só pode ser combatido, porventura fortemente desbastado, se existirem as adequadas políticas públicas destinadas a enfrentá-lo, que é o que não tem lugar. E não tem lugar há muito. Porventura, desde sempre.

Nestes termos, a entrevistada referiu um aspeto que tenho já apontado há muito, e que é o do ensino da História na escola. A verdade é que o tema da escravatura quase não é tratado – é aflorado numa ou duas linhas –, tal como o da discriminação racial ao longo dos séculos, as referências à legislação vigente durante o tempo em que estiveram por aqui pessoas africanas, ou outras, os massacres praticados sobre comunidades africanas nas antigas províncias ultramarinas, e muito menos o modo como as comunidades africanas, tal como as ciganas – entre outras, claro está –, se encontram hoje distribuídas no território nacional, quase completamente deixadas à sua sorte, em estruturas que se encontram organizadas como autênticos guetos.

De igual modo, Cristina Roldão apontou também o modo hiperdiscreto como o tema do racismo é tratado no seio da nossa comunidade, sempre à luz de, alegadamente, se evitar hipertrofiar os conflitos interétnicos. E salientou, como qualquer um percebe com facilidade, que tal atitude acaba por se constituir na antecâmara das manifestações que, em crescendo, se têm vindo a observar. Em síntese: o racismo está omnipresente no seio da comunidade portuguesa, pouco dele se falando, e muito menos atacando o que se lhe encontra na base.

Em contrapartida, a intervenção de António Nunes foi uma espécie de tudo em nada. Chegou mesmo a referir estar certo de que, em coisa de dias, a Polícia Judiciária descobrirá quem esteve por detrás destas ameaças recentes, tal como os manifestantes e respetivos mandantes daquela presença ameaçadora à frente das instalações da SOS Racismo, culminada com aqueles escritos que se puderam ler nas paredes.

Bom, até aqui tudo numa boa, como usa dizer-se. O problema foi depois, porque António Nunes explicou que, em sua opinião, a classe política falha no domínio das políticas públicas que poderiam dar seguimento ao tal bom trabalho que estimou ali vir a ser o da Polícia Judiciária. E quando a jornalista o questionou sobre se a Justiça acabava, depois, por não dar seguimento aos tais rápidos trabalhos da Polícia Judiciária – terá, por-tanto, tido meios para trabalhar –, de pronto assestou baterias à classe política, sempre o verdadeiro bombo da festa!!

O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa salientou que os factos em causa são um crime, portanto previstos na Constituição da República, no Código Penal e noutras leis, mas António Nunes diz agora que falta clareza em tudo isto, porque acaba por não se saber como enquadrar os temas (criminosos) em causa!! Bom, fiquei siderado, dizendo para comigo: e este nosso concidadão – só Deus sabe – talvez possa um dia vir a liderar a PJ, ou o SIS, ou o SIED...

Claro está que há muito me dei conta desta caraterística de António Nunes: um verdadeiro especialista do tudo em nada. De resto, já era esta a realidade com o seu antecessor à frente do OSCOT. De modo que o resultado está à vista: as comunidades africana, cigana e outras, e de áreas diversas, acabam por ver-se objetivamente discriminadas no seio da sociedade portuguesa, mas são-no de um modo diferente – menos frontal e menos globalmente brutal – do que se pode ver noutros países. No fundo, uma consequência daquele nosso modo muito conhecido de ser, sobre que Kennedy um dia falou a Franco Nogueira, em Washington: a vossa escola diplomática é deveras qualificada. Se necessário for, até rimos a chorar, ou, como eu escrevi há muito, não vimos, não ouvimos, não sabemos, não pensamos, obedecemos. E é por ser esta a realidade que, a uma primeira vista, o racismo até parece estar ausente da nossa sociedade. O grave problema é que não está.

Por fim, uma notinha muito interessante, que colhi das considerações de António Nunes. A dado passo, referiu que estes fenómenos de extremismo-direitista está presente em muito outros países europeus, e não só por cá. Sem que eu estranhasse, antes rindo, disse para minha mulher: esqueceu-se dos Estados Unidos e do Trump, onde até se assassinam negros por asfixia e em plena rua. E a verdade, que António Nunes conhece bem, é que Steve Bannon, um dos mentores de Trump, por aí vai andando, pela União Europeia, sem problemas, clamando em favor do regresso de uma Extrema-Direita pura e dura e em defesa do fim da própria União Europeia.

É por tudo isto, muito presente neste diálogo da noite de ontem na SIC Notícias, que o racismo continua

presente e a crescer no seio da sociedade portuguesa: pouco se faz e o que se diz é pouco e pronunciado baixinho. Está, pois, para durar e crescer. E já agora: deu-se conta, o leitor, da cabal ausência de uma tomada de posição da Conferência Episcopal dos Bispos (Católicos) Portugueses? E já reparou que da generalidade do setor religioso o que sobreveio foi o silêncio? E não consegue concluir nada? Lembra-se de um Papa negro? E ainda não consegue concluir nada?

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Às Margens da Lógica

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-user-listing-4 columns="1" title="" icon="" hide_title="1" heading_color="" heading_style="default" title_link="" filter_roles="0" roles="" count="1" search="" order="DESC" order_by="user_registered" offset="" include="5" exclude="" paginate="none" pagination-show-label="0" pagination-slides-count="3" slider-animation-speed="750" slider-autoplay="1" slider-speed="3000" slider-control-dots="off" slider-control-next-prev="style-1" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" custom-css-class="" custom-id="" override-listing-settings="0" listing-settings="" bs-text-color-scheme="" css=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1597308963365{margin-left: 26px !important;}"]A autarquia de Vila Real prepara-se para construir na cidade uma nova ponte sobre o rio Corgo, destinada a trânsito pedonal, num investimento de sete milhões de euros.

A capital honorária de Trás-os-Montes é atravessada de Norte para Sul pelo pequeno mas intempestivo rio Corgo. A transpô-lo, a urbe conta com cinco travessias rodoviárias, e uma dezena de pontes pedonais, cinco das quais só no Parque Corgo, a maior parte delas integradas num extenso percurso pedonal. Menção ainda para a mais alta ponte de Portugal logo à saída da cidade, na A4. Portanto, a uma cidade que já tem quinze pontes, a resposta óbvia à pergunta “Do que é que a cidade mais precisa?” é “Mais pontes!”.

Depois vem a localização da mesma, naquele que é o troço mais cénico do Corgo na cidade, para ligar dois miradouros que permitem apreciar as suas escarpas e rápidos. Ora, o que fazia falta numa paisagem naturalmente bela, com dois miradouros? Uma ponte de betão com um vão de 300 metros.

Agora, questões de índole financeira e estratégica. Tenho debatido nas redes sociais, órgãos de comunicação social, e em reuniões com vereadores da Câmara Municipal de Vila Real, um estudo de reabertura da Linha do Corgo [icon name="youtube" class="" unprefixed_class=""], via-férrea que liga Vila Real ao Peso da Régua e à rede ferroviária nacional, encerrada em 2009 num processo fraudulento e sem explicações à população local. Nesse estudo cheguei à conclusão que a reabertura de 28 km desta linha, da Régua ao limite urbano de Vila Real em Abambres-Gare, custará cerca de onze milhões de euros.

A sua repartição em 85% financiados por fundos comunitários e 15% pelos promotores nacionais, resulta em que estes últimos suportariam apenas 1,6 milhões de euros. Considerando as três autarquias servidas por este troço, cada uma teria de investir cerca de 530 mil euros – mais 200 mil euros, contando com a compra de material circulante. Se o Governo Central participasse no bolo, já que foi também o responsável pelo encerramento, menos ainda (ou nada) caberia às autarquias investir.

Ora numa reunião na autarquia vila-realense, foi-me afirmado que a reabertura da Linha do Corgo não é defendida pela mesma porque o Governo Central não o faz, pelo que seria, e cito, “suicídio político”. A carreira política do senhor Presidente da Câmara e demais equipa é de facto algo que tira o sono a qualquer munícipe, mas devo concluir que uma autarquia que se predispõe a investir 1 milhão de euros na enésima ponte da cidade, localizada num ponto onde o vale atinge a largura mais extensa – o triplo do que a poucas centenas de metros a montante, na vizinhança da qual já existe uma ponte rodoviária à mesma cota – que não promove sequer a discussão da reabertura da Linha do Corgo (ao contrário dos vários protestos já lavrados contra atropelos da concessionária da A24), a qual custar-lhe-ia menos 300 mil euros do que esta ponte e estaria a promover mais ainda a mobilidade sustentável, ultrapassa de facto qualquer noção de bom senso.

Este tipo de questões não pode continuar a ser apenas matéria de indignação ou curiosidade à mesa do café ou nos jornais e rádios locais. Também não é atractivo tentar participar numa reunião da Assembleia Municipal para ter a palavra só no final, a altas horas da noite, e sem garantia da intervenção ter mais atenção do que ficar apenas lavrada em acta. Visto que tentar ao longo de anos chegar à fala com o autarca e participar em reuniões inócuas com os vereadores também é gastar boa cera com ruins defuntos, continua em cima da mesa o facto: está-se a promover uma obra absurdamente cara, desnecessária, e cujo retorno para a população e empresas será fraquíssimo, tendo à nossa frente muitos meses de recuperação económica urgente num contexto de grandes desafios.

Transporte ferroviário de mercadorias, passageiros e Turismo mais barato, versus uma ponte em nome do pedestrianismo numa cidade com belíssimos percursos pedonais já disponíveis mais cara. Há dilemas piores na vida.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

A vacina

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-user-listing-4 columns="1" title="" icon="" hide_title="1" heading_color="" heading_style="default" title_link="" filter_roles="0" roles="" count="1" search="" order="DESC" order_by="user_registered" offset="" include="2" exclude="" paginate="none" pagination-show-label="0" pagination-slides-count="3" slider-animation-speed="750" slider-autoplay="1" slider-speed="3000" slider-control-dots="off" slider-control-next-prev="style-1" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" custom-css-class="" custom-id="" override-listing-settings="0" listing-settings="" bs-text-color-scheme="" css=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text]O Governo da Rússia, pela voz de Vladimir Putin, anunciou que a vacina contra o novo coronavírus, desenvolvida no país, foi aprovada para uso e que uma de suas filhas já foi inoculada. Durante uma reunião governamental transmitida pela televisão, Vladimir Putin disse que a vacina se mostrou eficiente durante os testes, oferecendo imunidade duradoura contra o novo coronavírus: esta manhã, pela primeira vez no mundo, uma vacina contra o novo coronavírus foi registrada, e eu sei que é bastante eficaz e que proporciona imunidade duradoura. A esta vacina foi dado o nome de Sputnik V.

Os profissionais da área médica, professores e outros grupos de risco serão os primeiros a ser vacinados, como também deverá vir a dar-se com militares e polícias. Note-se que já no início de agosto o Ministério da Saúde da Rússia havia anunciado que os ensaios clínicos da vacina contra a COVID-19 haviam sido conclu-ídos, e que o país havia iniciado a etapa de registo. Assim, a Rússia é o primeiro país do mundo a registrar e aprovar, para uso da população, uma vacina contra a COVID-19.

Como teria sempre de dar-se, de pronto surgiu algum ceticismo na comunidade científica internacional e mesmo por parte de muitos cientistas russos. A tudo isto, porém, importa colocar a nossa atenção em funcio-namento e olhar a História do Mundo. É o que vou agora tentar fazer.

Em primeiro lugar, Vladimir Putin é um homem culto, experimentado na espionagem e na política, e não tomaria uma tal decisão sem garantias mínimas de técnicos competentes na qualidade e eficácia do fármaco produzido.

Em segundo lugar, os nossos técnicos mais referentes sempre nos explicaram que a produção de uma vacina costuma durar até perto de dez anos. Todavia, não faltam notícias, a um ritmo diário, de que diversas vacinas poderão surgir ainda este ano. Donald Trump – situa-se a anos-luz de Vladimir Putin – ainda ontem referiu que a vacina a adotar nos Estados Unidos será, em primeiro lugar, para os norte-americanos, e só depois para o resto do mundo. Portanto, também Trump afirma que essa vacina, a ser usada pelos Estados Unidos, está prestes a chegar.

Em terceiro lugar, as chamadas de atenção da Organização Mundial de Saúde, (OMS), valem hoje muito pouco, dado que os Estados Unidos até acusaram o líder da OMS de ter sido comprado pelas autoridades chinesas. E houve mesmo Estados da União Europeia que também pediram um inquérito ao que possa ter-se passado entre a OMS e a China. Um dos tais inquéritos a realizar por uma entidade independente, como a muito bem recusada pelo Presidente do Líbano. Infelizmente, a generalidade das instituições, internacionais ou nacionais, têm hoje muito pouca credibilidade.

Em quarto lugar, tem-se vindo a assistir a uma corrida à vacina contra a COVID-19, sem que a nossa comu-nidade médica, ou científica, ou jornalística, se tenha determinado a chamar a atenção para que tal se constitui num fator com importância geopolítica. Só agora, quando a Rússia nos surge com a sua vacina, é que os pruridos se levantam. Um pouco como se deu com os Estados Unidos, que de pronto enviaram uma sonda para Marte, mas só depois o mesmo ter sido feito pela China...

E, em quinto lugar, nunca o Ocidente poderia aceitar que a Rússia, ou a China, conseguissem o feito que agora Vladimir Putin revelou ao mundo, através da reunião do seu Governo por videoconferência. Existe, no Ocidente, um horror histórico em face da Rússia de sempre, bem como do que provém do Oriente. No fundo, mais manifestações de racismo. E esta realidade reflete-se no domínio da grande comunicação social, onde a censura – ao menos a autocensura – está sempre presente, como há muitas décadas me forçou a perceber um notável académico.

Perguntará agora o leitor: o Hélio aceitaria esta nova e primeira vacina russa? Não, claro que não! Mas não aceitava esta nem nenhuma outra. Teria de jogar com o acaso, esperando para ver e ter certezas. É que eu, como quase todos nós, também tenho medo. E cá vou continuar a ler uma das minhas lembranças deste aniversário mais recente: O FUTURO POR CONTAR, de Ivan Krastev. Em todo o caso e para já, os meus parabéns aos cientistas russos que, segundo Putin, terão produzido a primeira vacina contra o novo corona-vírus.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Malhar em ferro frio

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-user-listing-4 columns="1" title="" icon="" hide_title="1" heading_color="" heading_style="default" title_link="" filter_roles="0" roles="" count="1" search="" order="DESC" order_by="user_registered" offset="" include="2" exclude="" paginate="none" pagination-show-label="0" pagination-slides-count="3" slider-animation-speed="750" slider-autoplay="1" slider-speed="3000" slider-control-dots="off" slider-control-next-prev="style-1" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" custom-css-class="" custom-id="" override-listing-settings="0" listing-settings="" bs-text-color-scheme="" css=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1596911584338{margin-left: 26px !important;}"]Tentar mostrar ao militantes do Chega que existe em Portugal racismo estrutural é assim como malhar em ferro frio. É verdade que o relacionamento social entre os residentes em Portugal, mormente brancos e pretos, é muito suave. O problema é que este relacionamento não mostra aspetos profundos da realidade cultural portuguesa.


A afirmação do Chega começa logo por não ser verdadeira por não reconhecer o facto de ser o racismo uma atitude natural. O que nesta atitude natural tem de combater-se é a perda de direitos, liberdades e ga-rantias que de pronto advêm daquela situação natural. E é aqui que se vai encontrar o enorme preconceito contra quem é diferente da etnia dominante. É por ser assim, que também existe racismo por entre etnias africanas, muitas vezes dentro dos próprios Estados fabricados pelas potências europeia colonizadoras.


Tirando André Ventura e os militantes do Chega, nunca cientificamente se pode recusar a hipótese de que a quase completa ausência de negros, ciganos e outras etnias em lugares superiores das estruturas do Esta-do se deve à omnipresença de uma atitude de discriminação contra quem é das mesmas. E depois, resta ainda olhar o modo como se tratam os negros e os ciganos – entre outros – em setores os mais diversos, e logo a começar na ausência ao nível escolar, a principal peça do elevador social.


Os detentores do que resta da nossa soberania têm de assumir a presença, no seio da nossa sociedade, de um fator central de potencial discriminação racial e social: a fraqueza na promoção do êxito escolar por entre os mais jovens de tais grupos étnicos. Tem de investir-se positivamente nessas franjas de jovens, em ordem a criar uma base com qualidade intelectual que permita arrastar, ao menos pelo exemplo, um número bem maior de jovens oriundos desses setores da nossa comunidade.


Há também que ter a coragem de perceber, atuando em consonância, que a discriminação racial só muito dificilmente poderá ser extirpada junto da generalidade das camadas mais idosas da nossa estrutura huma-na, porque estes nossos concidadãos sempre foram educados na base de uma (falsa) superioridade dos brancos em face dos negros, dos ciganos, dos chineses, etc.. Um dado é certo: o racismo está presente no seio da sociedade portuguesa, como no-lo mostrou um estudo internacional e credível recente, pelo que se impõe que o Estado intervenha no sentido de o eliminar, mudando a atitude futura dos jovens de hoje.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

A tal Democracia de referência...

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-user-listing-4 columns="1" title="" icon="" hide_title="1" heading_color="" heading_style="default" title_link="" filter_roles="0" roles="" count="1" search="" order="DESC" order_by="user_registered" offset="" include="2" exclude="" paginate="none" pagination-show-label="0" pagination-slides-count="3" slider-animation-speed="750" slider-autoplay="1" slider-speed="3000" slider-control-dots="off" slider-control-next-prev="style-1" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" custom-css-class="" custom-id="" override-listing-settings="0" listing-settings="" bs-text-color-scheme="" css=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1596185781191{margin-left: 25px !important;}"]Há muito se percebeu que a designada democracia norte-americana – de facto, uma plutocracia – poderá vir a ser posta em causa pela ação de Donald Trump. De resto, se, para mal do mundo, vier a ser reeleito, a Constituição dos Estados Unidos será modificada, em ordem a que Trump possa perpetuar-se no poder e para que venha a dispor, constitucionalmente, do poder total.


Ele mesmo, num diálogo com os jornalistas na Casa Branca, teve já a oportunidade de expor que o seu poder – o poder do Presidente dos Estados Unidos – é total. E é, objetivamente, a realidade. De resto, esta foi a realidade de sempre, apenas condicionada pelos ares políticos do tempo e pelas caraterísticas de quem estivesse a exercer a presidência.


Hoje, Trump já se deu conta de que será quase certo que não venha a ser reeleito. E tem, aqui, dois caminhos. Um, é criar um conflito internacional, de molde a invocar que os Estados Unidos estão a ser atacados, po-dendo, assim, prescindir da autorização do Congresso para ir para a guerra contra o inventado agressor. Tenho para mim que Trump terá a loucura que se requer para uma tal decisão, mas talvez exista um outro caminho.


Uma outra via é adiar as eleições, para tal invocando a pandemia, com os inventados riscos que tal compor-tará para a lisura das eleições. Parece ser este o caminho agora trazido a público, através do Twitter: o voto a distância vai fazer destas as eleições mais imprecisas e fraudulentas da História. É o que lhe convém dizer, claro está.


O grande problema de Donald Trump tem um nome: democracia. Há muito se percebeu que, para lá de racista, ele só aceita a democracia, com eleições livres, se souber que das mesmas sairá vencedor. E o que a cada dia lhe chega é que Joe Biden lhe leva, e por toda a parte, uma larga vantagem. De modo que Trump vive simplesmente apavorado.


Como tantas vezes venho dizendo, Donald Trump constitui o maior perigo para os povos do mundo, para a liberdade geral e para a manutenção da própria paz. E o que hoje se pode já perceber à saciedade é que o tal sistema norte-americano de pesos e contrapesos simplesmente não funciona. E não funciona porque nunca existiu, de facto. O que foi, sim, foi praticado, tenho existido momentos de grande perigo para a liber-dade nos Estados Unidos e no mundo. Basta recordar Curtis LeMay, Barry Goldwater, John Edgar Hoover, etc..


Ao contrário do normalmente repetido à saciedade, os Estados Unidos, como muito bem expôs o líder espiri-tual do Irão, levaram a guerra e a pobreza aos mais diversos povos do mundo, exploraram as riquezas das suas terras, e foram sempre declarando a guerra com a maior facilidade, como há um tempo atrás tão bem nos referiu Luís Costa Ribas. Eles foram sempre o verdadeiro Eixo do Mal no mundo. Não são – não foram nunca – a grande referência democrática no mundo, como Germano Almeida, ao menos por duas vezes, repetiu no Noticiário da RTP 2, pelas 21.30.


É interessante que o leitor se dê conta do modo como os políticos europeus atacam Maduro, mesmo o poder cubano, mas lá vão fechando os olhos perante Trump. É a democracia europeia em movimento. De resto, esta nem se chega a dar conta da Polónia e da Hungria... E o mesmo se dá com o Papa Francisco, com o seu silêncio tonitruante em face do que está a passar-se nos Estados Unidos. Um tema sobre que convém recordar João Paulo II em face do comunismo...[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Nada de multidões, venham as máscaras

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-user-listing-4 columns="1" title="" icon="" hide_title="1" heading_color="" heading_style="default" title_link="" filter_roles="0" roles="" count="1" search="" order="DESC" order_by="user_registered" offset="" include="2" exclude="" paginate="none" pagination-show-label="0" pagination-slides-count="3" slider-animation-speed="750" slider-autoplay="1" slider-speed="3000" slider-control-dots="off" slider-control-next-prev="style-1" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" custom-css-class="" custom-id="" override-listing-settings="0" listing-settings="" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1595759002244{margin-bottom: 200px !important;}"][better-ads type="banner" banner="3816" campaign="none" count="2" columns="1" orderby="rand" order="ASC" align="center" show-caption="1" lazy-load=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1595758871374{margin-left: 25px !important;}"]As próximas eleições norte-americanas para o Presidente dos Estados Unidos irão revelar dados deveras importantes sobre o grau de democraticidade presente nos Estados Unidos, mas por igual o real valor do que resta da dita democracia norte-americana.

Raros serão os povos do mundo que desconhecem hoje o que tem sido a indiscutível palhaçada da ação de Donald Trump como líder dos Estados Unidos. A um ritmo que já chegou a ser de horas, Trump mostrou-nos a sua fantástica capacidade para dizer e desdizer.

Esta balbúrdia da presidência de Donald Trump não passaria de mais uns momentos de rara diversão mundial, com especial ênfase para aquela ideia de se criarem umas injeções à base de lixívia, ou de outros desinfetantes, por se ter percebido, em análises laboratoriais, que tais produtos matavam, quase instantaneamente, o novo coronavírus! Infelizmente, o que Trump está a construir, preventivamente, pode bem vir a lançar-nos num novo conflito mundial.

A verdade é que tudo isto tem tido o seu caminho, mostrando a todo o mundo que aquela historieta de serem os Estados Unidos uma democracia de referência nunca passou disso mesmo: uma historieta vendida por todo o mundo através do império, político e comunicacional, norte-americano. Percebeu-se agora, com Donald Trump, que os Estados Unidos são dirigidos por um homem só, quase sem necessidade de prestar contas a mais ninguém. Uma verdadeira plutocracia, à beira de se vir a tornar no centro do poder de uma nova ditadura mundial.

Trump, se ainda ontem dizia ao mundo que as máscaras eram um horror e sem um ínfimo de lógica, diz agora que usar máscara é um ato patriótico. Tal como nos explicou Luís Costa Ribas, Donald Trump terá já dito mais de 20 000 mentiras. Um número que, duas ou três semanas depois, já deverá pecar por defeito.

De modo concomitante, Donald Trump esteve-se nas tintas para as chamadas de atenção das autoridades sanitárias dos Estados Unidos, incentivando à prática das aglomerações, mormente ao redor da sua cam-panha eleitoral. Felizmente, saiu-se mal. No mínimo, por duas vezes.

Perante tal desastre, passou, mais uma vez, a desdizer o que dissera antes: desmarcou a convenção republicana de Jacksonville, a fim de evitar perigosos contágios!! Um terrível azar para André Ventura, que se vê deste modo privado de poder conhecer pessoalmente o homem mais perigoso para a Paz no mundo. Com esta suspensão, André Ventura ficou impossibilitado de conhecer aquele que poderá vir a ser o futuro ditador mundial, e eleito em eleições (ditas) livres.

Como referi ao início, estas eleições norte-americanas irão mostrar, nomeadamente, o valor da democracia, porque se Trump, para mal dos povos do mundo, vier a ser reeleito, tal mostrará, afinal, o que eu mesmo sempre pensei, deitando por terra as palavras de Nancy Pelosi há dois dias: o presente comportamento de Trump, enviando tropas federais contra o seu povo, é, realmente, a prática histórica da plutocracia norte-americana. E mostrará, portanto, que um povo pode escolher alguém do quilate de Donald Trump. Será, indubitavelmente, o fim do valor da democracia como prática consciente de escolher os representantes das populações. Se com Hitler foi o que se viu, com Trump percebe-se o que poderá vir a ser...

Desta vez, pois, a regra de Donald Trump passou a ser: nada de multidões, venham as máscaras. Uma regra que é a de agora, porque se vier a ser reeleito, tudo passará a ser o contrário, com boas cargas das tropas federais democraticamente aplicadas sobre o seu povo. E então é que sim: teremos, finalmente, a democracia no mundo...[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

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