Malhar em ferro frio

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-user-listing-4 columns="1" title="" icon="" hide_title="1" heading_color="" heading_style="default" title_link="" filter_roles="0" roles="" count="1" search="" order="DESC" order_by="user_registered" offset="" include="2" exclude="" paginate="none" pagination-show-label="0" pagination-slides-count="3" slider-animation-speed="750" slider-autoplay="1" slider-speed="3000" slider-control-dots="off" slider-control-next-prev="style-1" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" custom-css-class="" custom-id="" override-listing-settings="0" listing-settings="" bs-text-color-scheme="" css=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1596911584338{margin-left: 26px !important;}"]Tentar mostrar ao militantes do Chega que existe em Portugal racismo estrutural é assim como malhar em ferro frio. É verdade que o relacionamento social entre os residentes em Portugal, mormente brancos e pretos, é muito suave. O problema é que este relacionamento não mostra aspetos profundos da realidade cultural portuguesa.


A afirmação do Chega começa logo por não ser verdadeira por não reconhecer o facto de ser o racismo uma atitude natural. O que nesta atitude natural tem de combater-se é a perda de direitos, liberdades e ga-rantias que de pronto advêm daquela situação natural. E é aqui que se vai encontrar o enorme preconceito contra quem é diferente da etnia dominante. É por ser assim, que também existe racismo por entre etnias africanas, muitas vezes dentro dos próprios Estados fabricados pelas potências europeia colonizadoras.


Tirando André Ventura e os militantes do Chega, nunca cientificamente se pode recusar a hipótese de que a quase completa ausência de negros, ciganos e outras etnias em lugares superiores das estruturas do Esta-do se deve à omnipresença de uma atitude de discriminação contra quem é das mesmas. E depois, resta ainda olhar o modo como se tratam os negros e os ciganos – entre outros – em setores os mais diversos, e logo a começar na ausência ao nível escolar, a principal peça do elevador social.


Os detentores do que resta da nossa soberania têm de assumir a presença, no seio da nossa sociedade, de um fator central de potencial discriminação racial e social: a fraqueza na promoção do êxito escolar por entre os mais jovens de tais grupos étnicos. Tem de investir-se positivamente nessas franjas de jovens, em ordem a criar uma base com qualidade intelectual que permita arrastar, ao menos pelo exemplo, um número bem maior de jovens oriundos desses setores da nossa comunidade.


Há também que ter a coragem de perceber, atuando em consonância, que a discriminação racial só muito dificilmente poderá ser extirpada junto da generalidade das camadas mais idosas da nossa estrutura huma-na, porque estes nossos concidadãos sempre foram educados na base de uma (falsa) superioridade dos brancos em face dos negros, dos ciganos, dos chineses, etc.. Um dado é certo: o racismo está presente no seio da sociedade portuguesa, como no-lo mostrou um estudo internacional e credível recente, pelo que se impõe que o Estado intervenha no sentido de o eliminar, mudando a atitude futura dos jovens de hoje.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

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