Desconhecimento do que fazer em caso de AVC é a principal causa do atraso nos tratamentos

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Por hora, três portugueses sofrem um AVC, que continua a ser uma das maiores causas de mortalidade e morbilidade em Portugal. Apesar da dimensão dos números e do impacto que tem, a nível individual e nos sistemas de saúde, da divulgação, partilha de informação e sensibilização, os indícios da doença são ainda desconhecidos por muitos, assim como o que deve ser feito. “É sabido que a maior causa de atraso no tratamento de pessoas que têm um AVC deve-se ao facto de as mesmas se dirigirem de imediato ao hospital da sua zona de referência e não ativarem os serviços de emergência pré-hospitalar [112]”, explica Ana Paiva Nunes, assistente hospitalar graduada de Medicina Interna e coordenadora da unidade de AVC do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central.


É que, a ativação do CODU permite poupar tempo, direcionando o doente para o lugar certo, onde receberá o tratamento certo. Os sinais de alerta revelam-se em forma de três Fs: Fala alterada, Força diminuída e Face desviada, assim como aparecimento súbito de dor de cabeça intensa e alteração da visão. Perante estes, mesmo em tempos de pandemia, procurar ajuda rapidamente pode fazer toda a diferença. É que as primeiras 4,5 horas após o início da manifestação dos sintomas constituem a janela de oportunidade para um tratamento eficaz, sendo a intervenção de uma equipa especializada, “com respostas terapêuticas inferiores a trinta minutos”, a chave do sucesso, refere a médica.


Desta forma, “quanto mais tarde tratarmos um doente com AVC, pior será o prognóstico e o inverso também é verdadeiro: quanto mais cedo se tratar um doente com AVC, melhor será a probabilidade de ter uma excelente recuperação”.


Sedentarismo, má alimentação, tabaco e doenças crónicas são os principais fatores de risco do AVC. A estes junta-se a fibrilhação auricular, a forma mais comum de arritmia, responsável por cerca de 30% de todos os AVCs isquémicos no mundo, e uma das principais causas desta doença. Ana Paiva Nunes confirma que assim é, quantificando o risco, que é cinco vezes superior nas pessoas com fibrilhação auricular, quando comparado a pessoas que não a têm, reforçando que “um dia sem tomar a medicação pode ser o suficiente para provocar um AVC ao doente”.


Em tempos de pandemia, o medo, a falta de informação e a dificuldade de acesso têm reduzido a afluência de doentes aos Serviços de Urgência e Unidades de AVC, com uma elevada percentagem a ser obrigada a interromper os tratamentos ou privada da possibilidade de os iniciar. Com consequências. “O AVC pressupõe um contínuo de cuidados: não podemos efetuar uma parte do tratamento e deixar a reabilitação de lado, até porque a mesma é tanto mais eficaz quanto mais precocemente for iniciada. Ao não acontecer durante dois meses, os doentes perderam imenso potencial”, lamenta Ana Paiva Nunes.


Assim, a médica afirma que é essencial manter o controlo dos fatores de risco que previnem a ocorrência ou recorrência de um AVC e, ao mesmo tempo, seguir o tratamento, tomar a medicação, sem nunca deixar de se ir às consultas. Até porque existem circuitos diferenciados nos vários hospitais para doentes COVID e não COVID, estando a ser acauteladas todas as proteções necessárias, para que “um doente que tenha COVID-19 e sofra de um AVC não deixe de ser tratado”.


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