Nove fortalezas de fronteira do distrito de Bragança com programa conjunto de valorização

Depois do Turismo de Portugal ter apresentado no passado dia 13 de fevereiro o Plano de Ação do Programa Dinamizar Fortalezas – Fortalezas de Fronteira, foi agora a hora de anunciar uma candidatura conjunta de municípios do Nordeste Transmontano a este programa que pretende promover a valorização e a divulgação do vasto conjunto de fortificações existentes em Portugal, em particular na linha de fronteira com Espanha.

O anúncio foi feito por Artur Nunes, presidente da câmara municipal de Miranda do Douro, que anunciou a preparação de uma candidatura conjunta entre municípios do Nordeste Transmontano. "Estamos a preparar ma candidatura conjunta de forma a valorizar esta fortalezas e criar roteiros de visitação e animação cultural", disse o autarca.

No distrito de Bragança, o projeto de valorização de Fortalezas de Fronteira vai envolver os nove castelos que integram a histórica linha de defesa fronteiriça, constituída pelos castelos de Bragança, Freixo de Espada à Cinta, Mogadouro, Penas Roías (Mogadouro) Algoso (Vimioso), Miranda do Douro, Vinhais, Vimioso, Outeiro (Bragança).

Segundo o Turismo de Portugal, entidade gestoras dos fundos a aplicar neste programa, o objetivo desta iniciativa é “estruturar a oferta de forma integrada, contribuindo para o reforço da atratividade das regiões do interior como destinos turísticos qualificados e inovadores. A Estratégia de Turismo 2027 e deste programa é melhorar as acessibilidades, aumentar a sinalética, desenvolver conteúdos digitais e interativos e promover atividades de animação cultural”.

Segundo aquela entidade, “pretende-se captar mais visitantes e aumentar o tempo médio de estada do turista nos territórios do interior, valorizando e dinamizando o património que nos diferencia através da qualificação da visita a cada um destes imóveis”.

O projeto piloto é constituído pelo Roteiro do Nordeste Transmontano, que além de ações imateriais de animação cultural contará ainda com a iluminação cénica dos espaços das fortalezas e castelos, criação de conteúdos audiovisuais em três dimensões e recriações em contextos históricos de percursos turísticos.

Neste momento está a ser realizado o inventário das necessidades. "Só depois do processo de inventariação serão abertas linhas específicas de financiamento, para garantir aos municípios os meios financeiros necessários para desenvolver obras de requalificação das fortalezas, se for esse o caso", informou Rita Marques, secretária de Estado do Turismo, citada pela agência Lusa.

A nível nacional o projeto "Fortalezas de Fronteira" é constituído pelas 62 fortificações que foram desenhadas por Duarte D'Armas nos inícios do séc. XVI, às quais, numa fase posterior serão acrescentadas outras que desempenharam um papel fundamental na estruturação e defesa do território nacional ao longo dos séculos.

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