Nas primeiras semanas de maio o nosso planeta atravessa o rasto de pequenas partículas libertadas pelo cometa Halley ao longo da sua órbita de 75 anos. Tal dá origem a uma chuva de estrelas que parecem irradiar da vizinhança da estrela Eta da constelação do Aquário, daí o seu nome: as Eta Aquáridas. O pico de atividade desta chuva de estrelas ocorre no dia 5, sendo de esperar no máximo quatro dezenas de meteoros por hora. Mas tais valores apenas são atingidos em locais completamente livres de poluição luminosa. Algo que nos últimos anos se tem tornado algo cada vez mais raro.
Entre o início da noite de dia 6 e o final de dia 7 iremos notar como a Lua se desloca da vizinhança de Aldebarã, o olho da constelação do Touro, até junto de Marte. Um dia depois a Lua situar-se ao dado da constelação dos Gémeos. Na madrugada de dia 11 a Lua já terá chegado ao aglomerado estelar do Presépio (também chamado de Colmeia).
O quarto crescente terá lugar na madrugada de dia 12, uma excelente altura para se observar o nosso satélite natural, pois a forma como a luz solar incide sobre a Lua origina grandes sombras que realçam o relevo lunar.
Na noite de dia 22 para 23 a Lua passará numa direção tão próxima da de Saturno, que na África do Sul verão mesmo a Lua a ocultar este planeta. Dia 26 terá lugar o quarto minguante. Dois dias depois o asteroide Ceres estará em oposição (i.e. a direção diametralmente oposta à do Sol) e simultaneamente no periélio (ponto de maior aproximação ao Sol). Esta é uma excelente oportunidade excelente para se observar esse Planeta Anão, o qual por esta altura se situa entre as constelações do Escorpião e do Serpentário.
Boas Observações!
Fernando J. G. Pinheiro (CITEUC)
Ciência na Imprensa Regional – Ciência Viva