Macedo de Cavaleiros e IPB assinam protocolo para combater cancro do Castanheiro

O Município de Macedo de Cavaleiros e o Instituto Politécnico de Bragança (IPB) assinam amanhã, dia 10 de maio, pelas 18 horas nos Paços do Concelho, um protocolo para a implementação da luta biológica para o tratamento do cancro do castanheiro (Cryphonectria parasítica) no concelho macedense. 

Macedo de Cavaleiros e IPB assinam protocolo para combater cancro do Castanheiro
Este protocolo será extensível à Associação de Criadores de Gado e Agricultores e à associação Souto Os Cavaleiros. “Vamos suportar metade das despesas com a aquisição do DICTIS, um produto biológico criado pelo Instituto Politécnico de Bragança para tratar esta doença”, adianta o presidente da Câmara de Macedo de Cavaleiros, Benjamim Rodrigues.

No âmbito do protocolo que vai ser assinado, mediante apresentação de fatura a autarquia compromete-se a pagar 50% das despesas que os produtores de castanheiro vão ter com a aquisição dos frascos de 250 ml para o tratamento do cancro do castanheiro. “É um problema muito grave que se instalou no Nordeste Transmontano e que a autarquia entendeu que tem de ajudar a combater, como forma de proteger o próprio tecido económico”, frisa Benjamim Rodrigues.

Para implementar esta medida, a autarquia compromete-se a assegurar uma dotação de 20 mil euros ao longo de três anos (10 mil no primeiro ano e a restante verba dividida pelos dois anos seguintes). Já as duas associações que assinam este protocolo terão a responsabilidade de prestar serviço no tratamento do castanheiro através da aplicação do agente biológico desenvolvido pelo IPB.

Além da produção do produto de combate ao cancro do castanheiro, e que segundo os técnicos tem uma eficácia próxima dos 100% no tratamento da doença, o Instituto Politécnico de Bragança terá ainda a responsabilidade de elaborar uma cartografia de distribuição do Cryphonectria parasítica, de modo a maximizar a taxa de sucesso no tratamento da doença. O IPB terá ainda de analisar eventuais falhas no combate à doença, nomeadamente identificando os tipos de cancro presentes nos locais onde o agente biológico não se revele 100% eficaz.

Esperamos, com a implementação deste protocolo, começar a tratar uma doença que se instalou no nosso território quase há uma década e que tem vindo a alastrar-se, conduzindo já à morte de alguns castanheiros, por via da falta de tratamento”, explica Benjamim Rodrigues.

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