A primeira imagem de um buraco negro

No próximo dia 29 de Maio, cumpre-se o centenário da famosa observação do eclipse total do Sol por uma equipa britânica chefiada por Arthur Eddington (1882 – 1944), na ilha do Príncipe, então uma colónia portuguesa, que permitiu comprovar a teoria da relatividade geral de Albert Einstein (1879 – 1955).

Telescópios da colaboração Telescópio do Horizonte de Eventos Crédito EHT Collaboration
Nada melhor para comemorar este centenário do que a obtenção, pela primeira vez, de uma imagem directa de um buraco negro, cuja análise está de acordo com o previsto pela teoria da relatividade geral. Einstein está de novo correcto e a sua teoria mostra verificar-se correcta em situações extremas e longínquas.

De facto, foi hoje, dia 10 de Abril de 2019, apresentado ao mundo em seis conferências de imprensa simultâneas (em Bruxelas, Washington, Santiago, Xangai, Taipei e Tóquio ) a imagem de um buraco negro que se comprova existir na galáxia M87, que situa a 54 milhões de anos-luz da Terra na direcção da constelação Virgo. O buraco negro terá uma massa entre 3,5 e 6 mil milhões de vezes a do Sol e é maior do que o nosso sistema solar inteiro!

Esta imagem foi obtida através do projecto do Telescópio do Horizonte de Eventos (EHT, na sigla em inglês) que engloba vários telescópios localizados no Arizona e Havai, nos EUA, México, Chile, Espanha e Antárctida, França e Gronelândia. Este projecto resulta de observações e análises de dados contínuas desde 2012, efactuadas por mais de 200 cientistas. Os resultados científicos foram publicados em seis artigos na revista The Astrophysical Journal Letters. Um desses artigo de acesso livre é o seguinte. Ver aqui .

António Piedade
Conteúdo fornecido por Ciência na Imprensa Regional – Ciência Viva

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