Turismo do Porto e Norte lamenta o fim do comboio turístico no Douro

Perante a notícia de que a CP pretende descontinuar o comboio turístico que liga o Porto à Régua, a Entidade Regional do Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP) manifestou publicamente a sua posição considerando que pelo facto da Região do Douro ser cada vez mais procurada pelos turistas estrangeiros, bem como pelos nacionais, a intenção manifestada pela Administração da CP representa um forte prejuízo, não só para a região, que assim se vê privada de um meio de transporte tradicional, como para os turistas, que vêm reduzidas as opções de transporte para conhecer novos destinos.

Luís Pedro Martins, presidente da TPN
O Turismo do Porto resume em 5 pontos a sua posição, defendendo que "o argumento invocado pela CP, da falta de rentabilidade da linha, parece-nos desajustado, principalmente numa altura em que o território em questão recebe 4,3 milhões de turistas por ano, boa parte destes com vontade de visitar a mais antiga região demarcada de vinhos do mundo, que é o Douro. Os números disponíveis indicam que a maioria dos turistas que nos visitam não vem de carro e não quer conduzir, para poder usufruir da deslumbrante paisagem em toda a sua plenitude, pelo que a existência deste percurso turístico de comboio é, seguramente, uma alternativa válida e uma evidente mais-valia", referem.

Considera também a TPNP que "o turismo na região do Douro tem vindo a crescer de forma muito considerável e a esbater a dificuldade que representa a sazonalidade. Quando tanto se fala na necessidade de dinamizar o interior do país, uma decisão destas, tomada por uma empresa de serviço público, parece-nos desalinhada com a vontade demonstrada pelas entidades governamentais de apostar numa política de desenvolvimento das regiões do interior".

Reforça ainda em comunicado a TPNP que "para o seu mandato, Luís Pedro Martins elegeu como uma das prioridades o combate às assimetrias regionais em termos de número de visitantes e da duração média de estadia. A suspensão de um meio de transporte alternativo, capaz de proporcionar uma inesquecível experiência lúdica, é um revés significativo para esta estratégia".

Ainda no mesmo comunicado à imprensa a TPNP manifesta, "total discordância com a posição da CP e faz um apelo para que a decisão seja revertida".

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