Da esquerda para a direita - Patrícia Mendonça, Mariana Almeida, Jorge Coelho, Carla Dias, Madson Santos, Arménio Serra, Paula Morais |
«Manipulando a estrutura do polímero, é possível garantir um desempenho eficaz face a um espectro alargado de bactérias, de forma completamente segura», realçam os docentes dos departamentos de Engenharia Química e de Ciências da Vida da FCTUC, respetivamente.
Considerando o problema da resistência a antibióticos, esta investigação assume particular relevância porque «permite eliminar as bactérias antes de acontecer a transmissão. Como é sabido, uma larga maioria das infeções acontece em ambiente hospitalar, sendo por isso essencial investigar formas inovadoras de as prevenir e combater. Esta nova geração de polímeros demonstrou a capacidade de eliminar as bactérias, mesmo as mais resistentes, evitando a sua proliferação. É um método completamente seguro, que recorre a materiais biocompatíveis, inócuos para o ser humano», frisam.
O método de produção testado em laboratório é aplicável à escala industrial, facilitando assim a sua introdução no mercado. Se tudo correr como o previsto, os investigadores estimam que o novo revestimento antimicrobiano possa entrar no circuito comercial dentro de dois a três anos. O estudo é financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e conta com a colaboração da Faculdade de Engenharia do Porto (FEUP). Os resultados obtidos foram publicados na prestigiada revista científica Biomacromolecules.
Cristina Pinto (Assessora de Imprensa - Universidade de Coimbra)
Ciência na Imprensa Regional – Ciência Viva