Associação Campos d'Arte propõe-se criar cápsula do tempo em Vila Nova de Foz Côa |
Este Repositórium vai ser realizado no Âmbito da terceira edição do Simpósio Internacional de Arte Contemporânea (SIAC3), e propõe-se gerar "uma reflexão acerca da temática das Vanguardas da Memória, bem como acerca da forma como se considera que a memória será encarada daqui a cinquenta anos. O nosso propósito será compilar um conjunto de textos/ensaios acerca desta temática que poderão vir a ser publicados algures no ano de 2068".
Outro dos objectivos a que a ACd’A se propõe é também convidar à reflexão na forma de utilização de recursos, fontes e interfaces. "Dada a velocidade com que a tecnologia evolui, pensar em termos de interfaces e num futuro a médio prazo é sempre uma incerteza porque estes se tornam obsoletos de forma cíclica. Portanto, o único interface que nos parece que jamais será obsoleto será o papel, uma vez que é um mero suporte e não carece de nenhum tipo de dispositivo de interpretação/leitura para que se possa aceder à informação nele contida que não sejam os meramente sociais e culturais (saber ler e interpretar o que está escrito). Desta feita, a ideia é, na medida do possível depositar informação em papel como forma de dizer ao futuro que se pense a evolução e a tecnologia mas sem se perder de vista a centralidade do ser humano", salientam na explicação que fazem desta sua inicativa .
Segundo a A Associação Campos d'Arte, "o #ProjectoReferentes está a recriar uma selecção de imagens do Passado/(agora) Presente a fim de estabelecer uma comparação em relação à forma como a região se alterou. A ACd’A considera a presente proposta muito pertinente, válida e desejável, especialmente no Concelho de Vila Nova de Foz Côa, um concelho cuja identidade se estende a todas as Idades da História. Dito de outra forma, a vida nesta região sempre teve futuro e, ainda que muitas vezes de forma inconsciente, sempre se pensou na preservação de memórias e nestes termos".
"Nesta região de interior e numa época de grandes incertezas, de grandes desafios, nomeadamente a desertificação do interior, que nos obrigam a ponderar formas de sobrevivência que são agora tão vitais quanto aquelas que há milénios trouxeram para esta região os antepassados dos Fozcoenses, o simbolismo desta iniciativa é importante, premente e urgente porque, como já foi explicado no início deste documento, o simples acto de pensar o que deixar depositado e que gostaríamos que os descendentes do Concelho valorizassem é em si mesmo um desafio ao pensar em termos de futuro e se de facto estamos a ir ou não na direcção correcta", referem.