Filandorra recria Lenda da Ponte da Misarela

O mês de Julho marca o início de digressão pelo interior norte da Filandorra – Teatro do Nordeste com um conjunto de espetáculos agendados para o ar livre e nos quais as populações são envolvidas como elemento ativo no processo de criação e participação numa experiência que privilegia o encontro e o diálogo a partir da linha de ação da Filandorra, Teatro e Comunidade.

Filandorra recria lenda da Ponte da Misarela
Assim, no próximo Sábado, 07 de Julho, a Filandorra – Teatro do Nordeste vai recrear as lendas associadas à ponte medieval de Misarela, à qual a população local atribui a “mágica virtude de fecundidade”, num espetáculo teatral que vai envolver a comunidade local numa iniciativa organizada pela Associação Amigos de Misarela com o apoio do Município de Montalegre.

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Rodeada de misticismo, a ponte que atravessa o rio Rabagão, na freguesia de Ferral, vai ser palco da recreação das duas lendas mais conhecidas: Uma ponte do Diabo, que atribui a construção da ponte ao próprio Diabo que do nada faz aparecer a ponte de pedra em troca da alma de um criminoso que fugia à justiça, e O Baptismo na Ponte de Misarela, mito que aconselha as mulheres com um historial de vários abortos, e que queiram levar uma nova gravidez até ao fim, a dirigir-se à ponte da Misarela, e esperar que alguma pessoa a atravesse para lhes batizar o bebé ainda na barriga com o nome de Gervásio ou Senhorinha. Quem quiser “arriscar” e descer até à ponte, construída entre penedos e vegetação exuberante, pode participar na recreação das lendas da ponte do diabo a partir das 22h30.

No Domingo, dia 08 de Julho, e na aldeia de Vilarelhos em Alfândega da Fé, a Filandorra participa no PAN 2018 - Encontro e Festival Transfronteiriço de Poesia, Património e Arte de Vanguarda em Meio Rural, com o espetáculo Pranto de Maria Parda de Gil Vicente no largo da aldeia. Respeitando fielmente o texto, e com a colaboração dos elementos do grupo de teatro de Alfândega da Fé-TAFÉ, o espetáculo reveste-se de uma nova moldura cénica em que espectadores e atores se confundem no desenrolar da ação dramática: com recurso a adereços e guarda-roupa da época de quinhentos, o público é convidado a assumir "personagens" vicentinas, participando ativamente no espetáculo, nomeadamente no cortejo/procissão final que leva "em andor" a principal personagem, Maria Parda, mais pobre que os pobres que de goeelas secas, morre à sede de vinho por não ter quem lho vendesse fiado.

A mesma experiência cénica é proporcionada na noite de 14 de Julho ao público de Vinhais, com a singularidade deste espetáculo ter a colaboração do grupo de Gaiteiros de Zido e integrar crianças e jovens vinhaenses no desfecho das oficinas de teatro que a Filandorra vai realizar nos dias 11 e 12 de Julho no âmbito do Programa Ocupacional de Verão. O espetáculo tem lugar pelas 21h30, num “regresso ao passado” com pipos e aduelas de vinho generoso por toda a praça do município de Vinhais, outrora terra de vinhas e vinhedos.

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