“Proporção e Desígnio”, de Eduardo Souto de Moura, expõe trabalhos emblemáticos do arquiteto, onde se mostram obras como a Casa das Histórias Paula Rego, em Cascais, o Estádio Municipal de Braga, a Pousada de Santa Maria do Bouro, o edifício Burgo, no Porto, e o Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, em Bragança, entre outras. Comparam-se esquissos com fotografias evidenciando a coerência entre a conceção e a construção do objeto arquitetónico; entre a proporção da invenção e o desígnio da matéria.
A exposição tem a curadoria de Joaquim Portela e António Queirós, a colaboração de Marta Rocha, Filipa Roque e Jorge Almeida.
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Ao longo de mais de quarenta anos de carreira artística, a sua obra tem vindo a evoluir numa constante reinvenção, experimentação e até revisitação de temas e abordagens anteriores, ao mesmo tempo que vem mantendo, numa polaridade de opções e estratégias visuais, a unidade e a singularidade de uma obra que não para de nos surpreender.
Prova disso é a genealogia dos trabalhos que agora se apresentam, na sua maioria inéditos que, não obstante o campo fragmentário de temas e intervalos temporais que os originam, têm na associação da palavra escrita ao desenho e à pintura o denominador comum. Sem qualquer pretensão ou filiação literária, Graça Morais tem vindo a realizar um conjunto muito diverso de escritos, seja como complemento do desenho, seja extrínseco ao trabalho pictórico que, em distintas ocasiões, tomaram a forma de diário.
Ocasionais e sem a continuidade própria do género, estes trabalhos acontecem usualmente fora do habitual espaço de criação, materializados em diversos cadernos e blocos de papel ou pequenas folhas soltas.
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A variação de suportes destes Diários sem Ordem é consentânea com a diversidade da gramática estilística, a que dá forma a partir do vigoroso desenho das figurações a carvão e a pastel, que combina e complementa com a palavra escrita, à qual se impõe, pelo imediatismo do gesto, uma opacificação do que é dito".
"Diários sem ordem - As imagens e as palavras”, tem a curadoria da própria autora Graça Morais e de Jorge da Costa, constituindo uma produção do Município de Bragança em parceria com o Centro de Arte Contemporânea Graça Morais.