Casas velhas, casas em ruína, uma espécie de arqueologia sentimental que a arquiteta resgata através deste livro, onde se lê a volumetria dos sentimentos e das casas que os albergaram.
Este livro resulta de um trabalho, realizado na Universidade do Minho, tendo sido distinguido em 2014 com o Prémio Ibérico de Investigação de Arquitetura Tradicional.
Sinopse
“O património vernáculo é reconhecido pela sua adequação ao contexto geográfico e cultural e, portanto, garante da identidades locais (ICOMOS, 1999). O abandono progressivo a que muitos exemplares foram votados, a nível global, contribuiu para uma perda acelerada da memória, essencial ao reconhecimento do lugar e da cultura local. Com a consciência de que atualmente a arquitetura enfrenta novos desafios, nomeadamente a necessidade de respostas integradas e integradoras no meio sociocultural e ambiental, pretende-se estimular o conhecimento de exemplares da arquitetura vernácula ainda não documentados, importantes fontes de informação pelo seu apuramento experimental ao longo de décadas.
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Reconhecendo que o desenho arquitetónico interfere nos modos de vida e no ambiente, pretende-se uma leitura crítica deste património, estimulando estratégias alternativas e inovadoras que relacionem a arquitetura, o homem e o território, procurando uma maior sustentabilidade social, ambiental e económica e que, simultaneamente, respeite a identidade da comunidade. Para isso, as novas intervenções devem compreender as potencialidades do lugar, a validade dos processos identificados e as suas fragilidades, procurando não só a sua continuidade mas também a complementaridade. Ao centrar o estudo nas fontes primárias procurou-se um levantamento que possibilitará uma nova reinterpretação desta arquitetura mais próxima do seu significado, compreendendo os propósitos que levaram a estes modos de construir”.