“Chaves D’Aurora”

Em “Chaves D’Aurora”, Raimundo Alberto convida o leitor a se transportar até aos anos 1912-1926, para acompanhar as peripécias de uma saga familiar, inspirada em factos reais, ocorridos em Trás-os-Montes (Portugal) e na Amazónia brasileira.

O autor, de ascendência materna aveiro-flaviense, nasceu em Belém do Pará, em 1944, e mora no Rio de Janeiro desde 1966. Os originais do romance foram totalmente escritos em Chaves, Trás-os-Montes, onde Raimundo passou mais de dois meses recolhendo dados, conversando com os moradores e pesquisando, entre outros temas, os ciganos e suas tradições, as aparições em Fátima, a Segunda Guerra Mundial, as lutas dos republicanos flavienses contra os monarquistas, vindos de Verín, a Pneumónica, além de lendas e mitos regionais. Tudo isso forma um contexto histórico e social que envolve a família Bernardes (nome fictício).

Sobre o livro
Mesclando os fictícios Bernardes de um clã verdadeiro, com personagens imaginárias, ou extraídas de lendas urbanas, essas vidas se entrelaçam com eventos históricos, tais como as incursões monárquicas a Chaves, as aparições em Fátima, a Primeira Guerra Mundial, a Pneumónica (Gripe Espanhola) e outros registros pitorescos, colhidos em jornais da época, além de mitos, crendices, jogos e costumes transmontanos. Em Belém do Pará, abordam-se as reformas urbanas, no apogeu do comércio da borracha, as óperas no Teatro da Paz e o Círio de Nazaré (a protagonista real nasceu em um domingo de Círio).

“Chaves D’Aurora” conta a história de amor entre uma jovem recatada, de boas posses e um cigano também rico, mas volúvel, que se torna proibida, face os preconceitos e as tradições de ambos os clãs, o que poderá conduzir a um desenlace não fatal, mas, de algum modo, trágico. No entanto, convicta dos sentimentos de seu amado, a jovem perseguirá, até à exaustão, a esperança de um final feliz.

O romance também apresenta uma curiosidade textual: o autor pesquisou nos dicionários, quase que inteiramente, palavra por palavra do texto, de modo a perseguir uma escrita na qual a maior parte delas sejam comuns aos dois falares, o brasileiro e o lusitano. Restaram apenas alguns termos de expressões locais do nosso idioma, diferenças que se notam entre regiões de qualquer um dos países lusófonos.

Sobre o autor
Raimundo Alberto é ator, poeta e dramaturgo, com vários espetáculos encenados e premiados. Sua mais recente atuação foi em “O Mercador de Veneza”, de William Shakespeare, no Rio, entre 2013 e 2015.

Dentre as suas mais de 30 peças, várias levadas ao palco na forma de montagens ou leituras dramatizadas, estão “O Campeonato dos Pombos”, prêmio e edição do Serviço Nacional de Teatro, em 1974; “A Última Pastorinha”, prêmio MINC-Brasil 2001; “Águas de Oxalá” (Seleção Brasil em Cena – CCBB, 2008); e “Próximo Ato, Suspense”, publicada em antologia do ICCG / FUNARTE / Editora Teatral, Rio, 2009.

Em 2014, foi o homenageado do ano no V Seminário de Dramaturgia Amazônida, promovido pelo Centro de Artes e Ciências da Universidade Federal do Pará.

Bacharel em Literaturas Brasileira e Portuguesa (UFRJ, 1978). Como compositor musical (letrista), participou do CD “Bonde Folia”, da Orquestra Popular Céu na Terra, Prêmio TIM de Música 2008. Atual presidente do Instituto Cultural Chiquinha Gonzaga, foi diretor da SBAT - Sociedade Brasileira de Autores Teatrais e da ALTAAC – Associação Livre de Trabalhadores em Artes Cênicas. Poeta, fez parte da Antologia Poesia do Grão-Pará, organizada por Olga Savary, Rio,2001.

Título: Chaves D’Aurora
Autor: Raimundo Alberto
Edição: Chiado Editora
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