Miguel Torga

|Cláudio Carneiro|
Aqui nasceu e nunca abandonou
De vez o berço enquanto a mente o quis.
Qual o pródigo filho que, feliz,
Após o desengano, ao lar voltou.

Bendita mãe, bendita, que o gerou,
Que o pariu e o criou, (assim se diz
Em português vernáculo e condiz)
E o pai, que em hora certa o fecundou.

Aventurado fruto, que soubera
Usufruir da graça que tivera,
Que a predestinação alçou famoso.

Ditoso Trás-os-Montes, que se apraz
De quão ilustre filho. É lá que jaz,
No Reino a que chamou maravilhoso.

www.CodeNirvana.in

© Autorizada a utilização de conteúdos para pesquisa histórica Arquivo Velho do Noticias do Nordeste | TemaNN