Trindade Coelho

|Cláudio Carneiro|

Distinto conterrâneo, embevecido
Eis-me contigo aqui, no Mogadouro,
Em franca cavaqueira, olhando o Douro
Um tanto quanto velho e poluído.

Mudou-se o tempo, nada faz sentido!
O que havia, de outrora, dera o estouro,
O presente, Trindade, é um desdouro,
Nem um resquício, tudo foi perdido.

Parte do nosso Povo anda na Espanha,
Que é lá, para comer, que pão se ganha,
Estão por cá os campos sem amanhos.

Escreveres, de novo, outros amores?
Não existem Candanas, nem Maçores,
Nem malhadas, nem hortas, nem rebanhos.

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