A última falácia

|Hélio Bernardo Lopes|
Depois da Ministra das Finanças ter exposto à JSD o que o atual Governo se propõe fazer em matéria das pensões dos atuais reformados – mais cortes, como sempre aconteceu –, sucederam-se os já conhecidos – e reconhecidos – desmentidos ou explicações complementares.

E, sendo evidente que sempre existiram idiotas e doentes partidários em Portugal, a verdade é que ainda nos é lícito acreditar que a maioria não se deixará levar na mais recente cantilena que vem sendo testada.

Até que nos chegou esta sexta-feira, dia em que escrevo este meu texto breve. Ora, o que foi que nos surgiu no dia de hoje? Pois, a notícia de que os tais cortes (garantidos), a virem a ter lugar – com esta maioria virão, claro está –, só serão para as pensões mais elevadas. Bom, caro leitor, é chegado o seu momento de deixar sair uma gargalhada.

Esta historieta das pensões mais elevadas é já muito antiga – décadas –, sendo que nunca é dito o que se entende por pensões mais elevadas. A experiência mostrou, porém, que para a atual Maioria-Governo-Presidente pensões mais elevadas foram sendo as de mil euros mensais, ou mesmo um pouco menos. O que significa que quase toda a classe média seria abrangida por tal medida. Nada, pois, de realmente novo.

Convém, por tudo isto, que o leitor não se deixe levar para lá desta ideia simples e testada desde há quatro anos a esta parte: a futura política do atual Governo é a que tem sido aplicada até hoje. E a razão é simples: com um pensamento neoliberal, o atual Governo propõe, precisamente, o que Mitt Romney defendeu na sua campanha contra Barack Obama. Quanto mais ricos, menos impostos, nada de defesa do direito ao trabalho, saúde e escola para quem puder pagá-la, etc.. Também tudo isto, tal como o caso FIFA, está também escrito nas estrelas...

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