Quintanilha Rock quer ser festival ibérico. Organização espera seis mil visitantes nesta 15ª edição do festival raiano

Juntar os públicos de Portugal e Espanha num festival de cariz transfronteiriço que proporcione a partilha de gostos musicais, gastronómicos e culturais é a grande aposta da organização do Quintanilha Rock 2015. 

Nascido em 2001, o festival transforma a aldeia de Quintanilha, no Nordeste Transmontano, num palco onde cabem múltiplas sonoridades, convívios intergeracionais e a biodiversidade do Parque Natural de Montesinho.


De 9 a 11 de Julho, o Quintanilha Rock 2015 promete agitar o Nordeste de Portugal, com um cartaz que, apesar de ainda não estar completamente fechado, conta com presenças nacionais e internacionais no Parque do Colado. Os portugueses Octa Push são, para já, os cabeças de cartaz, aos quais se juntam nomes como Los Waves, Killimanjaro, Monster Jinx e The Partisan Seed. Também já está confirmada a presença de Los Nastys, banda que viaja de Madrid. Do alinhamento fazem ainda parte os Little Jesus, formação proveniente da cidade do México.

“Desde o início, quisemos contar com as bandas portuguesas que estão na linha da frente do movimento alternativo. Por essa razão, assegurámos a presença de Octa Push e de Los Waves. Quisemos também ter bandas espanholas ou que cantem em espanhol. A programação do festival vai continuar nesta linha, embora tenhamos a esperança de ainda conseguir trazer algumas bandas provenientes de outras geografias”, garante Filipe Afonso, presidente da ArtiColado, associação responsável pela organização do Quintanilha Rock 2015.


De entrada gratuita e com uma localização raiana, o festival Quintanilha Rock tem crescido exponencialmente, o que faz com que a organização ambicione afirmá-lo como um evento ibérico. Esta estratégia acontece por causa da proximidade com Espanha, uma vez que apenas o rio Maçãs divide os dois países. “Seria impensável planear um festival com as características do Quintanilha Rock sem considerar uma estratégia territorial. Os espanhóis são um povo muito ligado à música, expansivos e extremamente festivos e, por essa razão, o cartaz do festival foi feito, também, a pensar neles”, sublinha Filipe Afonso.

Entre 9 e 11 de Julho, os festivaleiros poderão contar com vários palcos distribuídos pela aldeia para que possam usufruir de uma experiência que se quer musical, mas também de espírito comunitário. No palco “Mi adega es tu adega”, o som dos “The Partisan Seed” ecoará nas paredes históricas da “Adega do Fanhascas”, local emblemático de Quintanilha.


À semelhança dos anos anteriores, vão cruzar-se várias gerações neste local, onde a música se misturará com os cheiros e sabores transmontanos. A organização promoverá, ainda, concertos na praia fluvial do Colado.

A organização, que prevê cerca de seis mil festivaleiros no conjunto dos três dias, quer desenvolver uma estratégia que potencie o Quintanilha Rock como um festival de fronteira. Para tal, tem mantido um diálogo permanente com a Câmara Municipal de Bragança, a Junta de Freguesia de Quintanilha e o Ayuntamiento de Trabazos de Aliste.

Daniel Faiões (NI Notify)

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