Bragança: uma cidade capital de distrito sem cinema regular ou um grupo de teatro residente

Bragança, a cidade capital de distrito do Nordeste Transmontano, atravessa um período crítico no que se refere às arte cénicas e de representação.


Desde há algum tempo que a cidade está privada de cinema, sem projecção regular dos filmes que se encontram nos circuitos comerciais, e muito recentemente também perdeu o seu único grupo de teatro residente, o Teatro de Estudantes de Bragança (TEB).

Desde que há cerca de 3 anos a empresa Castello Lopes deixou de apresentar cinema nas salas existentes no espaço comercial do BragançaShopping que a cidade ficou privada das mais recentes obras cinematográficas que são apresentadas regularmente em outras pequenas cidades como, por exemplo, Vila Real.

A saída da Castello Lopes de Bragança implicou a perda total deste tipo de oferta cultural para a população que agora também assiste à extinção de um grupo de teatro local que sobreviveu no Instituto Politécnico durante 22 anos.

Apesar de um programa constante de teatro e música que o Teatro Municipal de Bragança promove numa oferta cultural que deve ser realçada pelo seu nível e padrões de qualidade, o certo é que tanto o cinema como o teatro são duas artes de representação que parecem existir à margem dos brigantinos.

No que ao cinema diz respeito apenas há a assinalar algumas iniciativas particulares que promovem a exibição de filmes temáticos, mas sem qualquer relação com as grandes estreias de cinema que estão apenas reservadas ao circuito comercial.


Relativamente ao teatro, a cidade já não possui qualquer grupo residente que dinamize a actividade ou sirva de escola para os jovens que sentem apetência por esta arte. O único grupo existente, o Teatro de Estudantes de Bragança (TEB), suspendeu a sua actividade depois de 22 anos terem passado sobre a sua criação.

O TEB era sobretudo constituído por estudantes do Instituto Politécnico de Bragança e não teve nos últimos anos uma actividade regular que lhe permitisse a sua renovação. A maioria dos alunos que fazia parte da companhia amadora saiu da cidade pelo facto de terem concluído os seus cursos e isso reflectiu-se na dinâmica do único grupo de teatro residente em Bragança,   que sem elementos capazes de o manterem em actividade acabou por se extinguir.

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