Francisco Guimarães, presidente da câmara municipal de Mogadouro, não está contente com as contrapartidas, compensações e rendas pagas aos municípios que têm nos seus territórios barragens mais antigas, como é o caso da barragem de Bemposta no concelho de Mogadouro.
O autarca considera que há uma descriminação relativamente às compensações que são pagas pelas barragens que foram ou estão a ser construídas recentemente.
O autarca de Mogadouro tornou pública a sua posição no decurso das comemorações do 50º aniversário da conclusão das obras de construção da barragem de Bemposta, onde defendeu que a distribuição da derrama associada aos centros eletroprodutores, constante na Lei das Finanças Locais, seja de uma vez por todas uma realidade.
"Continuaremos a lutar para que o imposto pago pelos contribuintes do nosso concelho seja dividido equitativamente por todos e lutaremos contra aqueles centralistas de Lisboa que acham que o dinheiro para o interior é um desperdício", disse ao autarca citado pela Agência Lusa.
O município de Mogadouro recebe cerca de 220 mil euros/ano resultante de contrapartidas pagas pela EDP devido à exploração hidroeléctrica de Bemposta, barragem que há pouco mais de três anos sofreu obras de reestruturação para aumento de potência da produção de energia.