Conjuntivites virais e alérgicas: como se distinguem e a melhor forma de as tratar

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1588158586584{margin-bottom: 40px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""]

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[/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text]Não é frequente, mas a conjuntivite pode ser uma das formas de apresentação da COVID-19. Nuno Campos, oftalmologista da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO) confirma que assim é e acrescenta “ser impossível distingui-la, só pelos sintomas oculares, de outras conjuntivites virais”. Mas esclarece: “neste caso, todos os outros sintomas respiratórios, a febre e a existência de contactos de risco, podem levantar a suspeita que poderá ser confirmada por teste laboratorial”.

Estamos numa altura do ano em que não só é possível, mas é sobretudo muito comum a ocorrência de conjuntivites alérgicas. Como distingui-las então de outros problemas? O especialista da SPO esclarece que este tipo de conjuntivite, a alérgica, “surge normalmente em doentes já com história conhecida de doença alérgica, tendo normalmente um padrão sintomático habitual e bilateral”.

Os sintomas, esses são fáceis de identificar: “prurido, lacrimejo persistente e vermelhidão ocular, com pouca ou nenhuma secreção, e pouca afetação da visão”. São, refere o médico, “muitas vezes episódios que se repetem, ano após ano, de forma crónica, e que são tratados com anti-histamínicos tópicos, lágrima artificial e, mais raramente, com colírios de corticoides, nos casos mais graves, sendo a evolução muito favorável em poucos dias”.

Já as conjuntivites virais costumam surgir de forma mais súbita, “inicialmente unilateralmente, podendo, numa fase mais avançada, envolver ambos os olhos, com vermelhidão mais marcada, maior compromisso da visão, incómodo já com alguma sensação de dor, secreção mais abundante, embora não purulenta”.

Cabe ao oftalmologista, através da observação em consulta, fazer o diagnóstico e decidir qual o melhor tratamento que, “no caso da conjuntivite viral, é essencialmente sintomática e de suporte, já que não há tratamento específico”, esclarece o médico.

Por cá, as conjuntivites alérgicas são relativamente comuns, “sem gravidade significativa e não são transmissíveis, sendo a conduta defensiva o evitar os alergénios conhecidos, aos quais se seja sensível”, enquanto as virais, essas “são bastante contagiosas, sendo comum variados elementos da mesma família serem afetados, e de uma forma muito rápida”.

Em caso de dúvida, o especialista reforça ser “totalmente seguro consultar, mesmo na fase de contingência que vivemos, o seu médico oftalmologista, que está disponível para observar casos prioritários, ou procurar uma urgência de Oftalmologia, estando todas a funcionar normalmente e de forma completamente segura”. E, acrescenta, é já conhecida a posição pública da SPO e do Colégio da Especialidade da Ordem dos Médicos, que aconselha o uso de máscara em contexto social e em locais fechados, “melhorando assim a segurança do próprio e daqueles que o rodeiam, reduzindo igualmente a normal tendência para tocar na face com as mãos, que pode constituir um importante vetor de infeção”.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Investigador português considera pouco provável relação entre BCG e COVID-19

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[bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1587393784167{margin-top: 20px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1587393763581{margin-left: 15px !important;}"]As notícias sobre eventuais opções de tratamentos para a COVID-19 multiplicam-se. Entre medicamentos já existentes e vacinas na calha, são muitas as informações, algumas contraditórias. As mais recentes referem-se ao possível impacto da vacina BCG no prognóstico da doença, nomeadamente, numa menor mortalidade. Miguel Castanho, investigador principal do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes (iMM) e Professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, considera que, quanto à BCG, “não é sequer plausível uma relação direta entre a vacina e a COVID-19, já que a BCG foi desenvolvida contra uma bactéria e a COVID-19 é causada por um vírus, o SARS-CoV-2. Qualquer relação, se é que existe será sempre muito indireta”.

Já antes o investigador tinha manifestado reservas, desta feita em relação ao tratamento com hidroxicloroquina, um medicamento utilizado para a malária, que muitos garantiam ser capaz de ajudar os doentes com COVID-19. “Durante a fase de entusiasmo em relação à hidroxicloroquina, manifestei reservas e, de facto, agora está a chegar-se à conclusão que não tem o efeito pensado”, recorda, reforçando que há que ter cuidado com as afirmações feitas sobre medicamentos ou vacinas, sem confirmação dos dados.

O futuro permanece incerto, nomeadamente no que diz respeito a uma eventual vacina, mas o investigador considera que as probabilidade a esta associada são “extremamente baixas a curto prazo. Poucas vacinas estão a ser testadas em humanos e o desfecho é imprevisível. Sobretudo, é imprevisível até que ponto a população mais idosa, de maior risco, responderá à vacina. Ainda que alguma delas vingue, a produção em larga escala será um problema em si. Depois da produção, existe ainda o desafio da distribuição a uma escala global”.

Numa altura em que se fala cada vez mais em testar as pessoas curadas, o investigador esclarece que estes testes servem para “saber se persiste a imunidade à doença, pelo menos durante um período razoável”. O que se reveste de importância, uma vez que “as pessoas imunes, sejam doentes entretanto curados ou pessoas assintomáticas mas expostas ao vírus, podem regressar à vida ativa e permitir que determinadas empresas e serviços se tornem operacionais”.

Imunidade que tem sido, de resto, um tema em debate. Mas, aqui, Miguel Castanho considera haver poucas dúvidas. “Já temos mais de meio de milhão de pessoas que recuperaram da COVID-19 e os casos reportados de possíveis reinfeções são muito diminutos. Mesmo esses casos estão envoltos em alguma polémica, porque a reinfeção pode ser ilusória, resultado de testes com resultados incorretos. Portanto, não há razão para acreditar que não persista imunidade nas pessoas curadas”.

Entretanto, o vírus continua a circular e ainda que alguns comparáveis tenham apresentado uma forte sazonalidade, falta saber o que vai acontecer ao novo coronavírus. É provável, considera Miguel Castanho, que o seu comportamento seja sazonal, “mas não se sabe o que poderá trazer este verão. Sendo um vírus que ataca o sistema respiratório, é provável que, tal como no caso da gripe, se verifiquem mais casos no inverno mas o que acontecerá já este verão será muito marcado pela forma como sairmos desta quarentena. Estando a população pouco imunizada, porque se fechou em casa, arriscamos voltar a um ponto perto do ponto inicial quando acabarmos a quarentena”.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Novos ventiladores chegam à Unidade Local de Saúde do Nordeste

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css="" custom-css-class="" custom-id=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1586342504039{margin-left: 15px !important;}"]A Unidade Local de Saúde do Nordeste (ULS Nordeste) dispõe de 5 novos ventiladores para fazer face à Covid-19 na região. Este equipamento, essencial no tratamento de doentes em estado crítico por infeção pelo novo coronavírus, foi atribuído pelo Ministério da Saúde, tendo já sido entregues à ULS do Nordeste pela Administração Regional de Saúde do Norte (ARS).

Congratulando-se com a disponibilização destes ventiladores pela Tutela, a ULS do Nordeste vê assim reforçada a sua capacidade em termos de recursos técnicos avançados, nomeadamente através de equipamentos fundamentais, que possibilitam o suporte da função pulmonar quando esta está comprometida”, refere uma nota publicada na página oficial do facebook da ULS Nordeste.

Em tempos de pandemia, os ventiladores têm uma importância vital, porque fornecem oxigénio aos doentes que já não conseguem respirar sozinhos. Daí que o reforço da ULS Nordeste com estes cinco novos equipamentos seja fundamental na prestação de mais e melhores cuidados à população da sua área de abrangência”, sublinham.

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Mais de 3 milhões de euros para investigar doenças do cérebro e envelhecimento cardiovascular na UC

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[caption id="attachment_4548" align="alignleft" width="1200"] Ana Luísa Carvalho[/caption]

 




[caption id="attachment_4549" align="alignleft" width="1200"] Lino Ferreira[/caption]

 



[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column width="1/4" css=".vc_custom_1586254603511{margin-top: -30px !important;}"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1586254492714{margin-right: 15px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""][/vc_column][vc_column width="3/4" css=".vc_custom_1586254595040{margin-top: -30px !important;}"][vc_wp_text]Dois grupos de investigadores da Universidade de Coimbra (UC) obtiveram financiamento para o estudo de doenças do cérebro e do envelhecimento cardiovascular. Os projetos DYNABrain e RESETageing receberam, respetivamente, 2,5 milhões de euros e 900 mil euros do programa europeu Spreading Excellence and Widening Participation promovido pelo Horizonte 2020.

O projeto DYNABrain, uma ERA Chair, visa o recrutamento para o Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (CNC-UC) de um grupo de investigação de excelência na área de Neurociências de Sistemas e Computacionais, aplicadas ao estudo de doenças neuropsiquiátricas e neurodegenerativas. Adicionalmente, prevê a criação de um programa doutoral em Neurociências Integrativas para a formação de investigadores de topo nesta área de investigação. O projeto é coordenado por Ana Luísa Carvalho, líder de grupo no CNC-UC e professora no Departamento de Ciências da Vida (DCV) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC).

«O projeto DYNABrain recrutará um grupo de investigação na área de Neurociências de Sistemas, e capitaliza na excelente capacidade de investigação existente na UC na área de Neurociências Celular e Molecular e no estudo de Doenças do Cérebro», refere Ana Luísa Carvalho.

«A área de Neurociências de Sistemas tira partido de avanços tecnológicos recentes que permitem identificar circuitos e redes neuronais na base do comportamento, e de que forma alterações na sua atividade estão relacionadas com doenças neuropsiquiátricas e com a fase inicial de doenças neurodegenerativas. O DYNABrain permitirá ainda otimizar a formação avançada na área de Neurociências na UC», explica.

Já o projeto RESETageing, que tem como coordenador nacional o investigador Lino Ferreira, líder de grupo no CNC-UC e investigador coordenador na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), foi financiado na categoria Twinning, permitindo a várias instituições, com diferentes competências e indicadores de desempenho, partilhar as melhores práticas entre si.

Este projeto tem como objetivo potenciar as competências científicas e de inovação da Universidade de Coimbra na área do envelhecimento cardiovascular, uma vez que as doenças cardiovasculares são a principal causa de morbilidade/mortalidade em Portugal. Colaboram no RESETageing três parceiros internacionais com elevado conhecimento na área do envelhecimento: a Universidade de Newcastle upon Tyne (Reino Unido), a Universidade de Maastricht (Países Baixos) e o Leibniz Institute on Aging - Fritz Lipman Institute (Alemanha).

Lino Ferreira nota que «o envelhecimento demográfico na Europa, e em particular em Portugal, tem vindo a acentuar-se ao longo dos anos. Em Portugal, por cada 100 jovens existem atualmente 154 idosos (em 1960 existiam apenas 27), por outro lado a esperança média de vida aumentou cerca de 7 anos no mesmo período. Hoje uma pessoa com 65 anos vive, em média, mais 20 anos, no entanto apenas 7 desses anos são anos de vida saudável. Durante os restantes anos as pessoas sofrem múltiplas doenças e incapacidades, que têm um impacto significativo quer no seu bem-estar, quer nas economias das diferentes sociedades».

«Este é o segundo projeto de tipologia Twinning no âmbito do programa Horizonte 2020 que a Universidade de Coimbra consegue captar financiamento, ambos na área das doenças cardiovasculares», conclui o investigador.

Segundo Cláudia Cavadas, vice-reitora da UC para a área da investigação, «estes dois projetos vão permitir potenciar a investigação de excelência na Universidade de Coimbra, nomeadamente na área das neurociências e no envelhecimento cardiovascular. Este financiamento vai ainda contribuir para formar uma nova geração de jovens investigadores nessas áreas científicas, com uma componente de formação avançada noutras competências, nomeadamente relacionadas com a inovação e empreendedorismo».[/vc_wp_text][/vc_column][/vc_row]

Vale a pena usar uma máscara por causa da Covid-19?

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css="" custom-css-class="" custom-id=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1585912194855{margin-left: 15px !important;}"]Vale a pena usar uma máscara por causa da Covid-19? A resposta é sim! Porquê? Observemos a imagem abaixo. Encontra-se estabelecido que o principal meio de contágio da Covid-19 é através das partículas – que transportam o vírus, normalmente alojado no tracto respiratório superior - projectadas pelo sistema respiratório, seja através de espirros ou tosse, ou simplesmente pelo acto de respirar. Estas partículas são caracterizadas por um tamanho – as mais pequenas (representadas a cinzento na figura) designam-se por aerossóis. Os aerossóis são parte do quotidiano doméstico – lacas, insecticidas, desodorizantes, ambientadores e demais sprays são efectivamente aerossóis.



A grande diferença entre estes e o aerossol referido no texto é que estes aerossóis usam gás butano, ao passo que nós usamos o ar que nos rodeia – Os aerossóis são partículas tão pequenas (tamanho inferior a um milésimo de milímetro, ou seja, um micrómetro, (1 µm)) que são facilmente transportadas num gás, ao passo que partículas com tamanho superior a um décimo de milímetro são designadas gotículas (partículas a verde). Podemos constatar que o simples acto de expirar gera partículas que podem alcançar um raio de 1,5 metros a partir da posição do agente infectado (o indivíduo vestido de azul). A tosse, por seu lado, consegue projectar essas partículas um pouco mais longe - uma média de 2 metros. Já um espirro, devido à sua grande velocidade (50 metro por segundo, ou seja, 180 km/h) consegue projectar partículas além dos seis metros de distância. Constate-se assim que o acto de protegermos a cara aquando da tosse ou de um espirro não é um gesto de etiqueta bacoca, mas sim uma maneira muito prática de conter a propagação destas partículas, efectivamente garantindo a protecção de quem nos rodeia.

Graças a diversos estudos publicados em revistas científicas sujeitas a arbitragem científica, possuímos dados relativamente à capacidade de protecção conferida por diversos tipos de máscaras – desde a máscara cirúrgica, à máscara N95 e às máscaras caseiras. Assim, verificou-se que as grandes partículas podem ser eficientemente bloqueadas pelas máscaras cirúrgicas. A máscara somente perde a sua eficiência para partículas muito pequenas (pensem numa peneira - quando as partículas são menores do que os poros da peneira, estas passam; contudo, todas as outras partículas ficam retidas na peneira!) As famosas máscaras N95 - cujo número críptico significa apenas que estão projectadas para filtrar 95% das partículas do ar - conseguem resultados melhores. Ora bem, isto significa que a humilde máscara cirúrgica consegue proteger contra as gotículas, mas não é tão eficaz contra os aerossóis.

Contudo, as máscaras cirúrgicas, se forem devidamente isoladas (a máscara, quando utilizada normalmente, possui aberturas na zona do nariz), oferecem um grau de protecção elevado - duas ordens de grandeza, ou seja, 200 vezes mais protecção - do que não utilizando protecção alguma! Mais ainda: os estudos revelam que até uma máscara caseira, feita de um tecido denso, pode ajudar!

Agora, o porquê das opiniões contraditórias sobre o uso ou não uso de máscaras? Aqui, só vos posso transmitir a minha opinião pessoal.

Creio que o factor mais óbvio reside na necessidade de se poder ter um stock de material hospitalar. Uma máscara só pode ser usada entre 4 a 6 horas. Fazendo um cálculo ridiculamente simplificado, considerando que o cidadão médio tem um ritmo diário de 16h acordado e 8h de sono, e que dorme sem máscara, utilizará, num só dia, entre três a quatro máscaras. Atentando que a população portuguesa se estima em 10 milhões de pessoas, isso equivaleria a um valor diário de 30 a 40 milhões de máscaras! No fim dum mês, 900 a 1200 milhões de máscaras.

Outro factor prender-se-á com a questão de que, apesar de estar comprovada a transmissão por gotículas, ainda residirem dúvidas relativamente à transmissão por aerossol, ou seja, se os aerossóis são também um vector importante na transmissão da doença. Aqui gera-se o dilema do copo – estará meio-cheio ou meio vazio? Alguns considerarão que só o facto de bloquear as gotículas apresentar-se-á como um meio eficaz de reduzir o R0, ou seja, a taxa de transmissão da doença. Para outros, poderão achar que, dado que as máscaras não são eficazes contra os aerossóis, que acabam por gerar uma falsa sensação de segurança em quem os usa, porque poderá contrair na mesma a doença e, ainda pior, a máscara representará assim mais um fómite, ou seja, um objecto contaminado com o agente infeccioso que poderá entrar em contacto com outras pessoas e espalhar a infecção. Outros exemplos de fómites? Maçanetas de portas. Apertos de mão. Mexer na cara. Se tem de ter contacto com algo – seja a roupa, óculos, portas, janelas – esses objectos tornam-se fómites!.

E um outro factor, sinergético com os já referidos, é a higiene e limpeza!

Tenham em conta que se usarem uma máscara cirúrgica descartável (que possui um tempo máximo de utilização entre quatro a seis horas), esta não deverá ser reutilizada! As máscaras caseiras deverão ser desinfectadas (água, detergente e lixívia ou mesmo água e uma boa esfregadela com sabão azul, são eficazes na neutralização do vírus!), e deverão garantir que as mesmas sejam bem secas! E mantenham bons hábitos de higiene: lavem bem as mãos; lavem bem a cara, depois de usarem a máscara, com sabão. Mantenham o vosso distanciamento social. Previnam! É para vosso bem!

E por fim - e não menos importante, dada a nova moda das fake news e do uso das redes sociais para alastrar o pânico e a ignorância -, não precisam de tomar a minha palavra por garantida! A minha opinião é baseada na bibliografia científica que vos forneço abaixo. Sejam críticos. Não tenham receio de questionar. A curiosidade foi, é e será sempre a ferramenta mais importante para nos desenvolvermos enquanto civilização.

Bibliografia:
- Nicas, M. and Jones, R.M. (2009), Relative Contributions of Four Exposure Pathways to Influenza Infection Risk. Risk Analysis, 29: 1292-1303. doi:10.1111/j.1539-6924.2009.01253.x
- Xie, X., Li, Y., Chwang, A.T.Y., Ho, P.L. and Seto, W.H. (2007), How far droplets can move in indoor environments – revisiting the Wells evaporation–falling curve. Indoor Air, 17: 211-225. doi:10.1111/j.1600-0668.2007.00469.x
- van der Sande M, Teunis P, Sabel R (2008) Professional and Home-Made Face Masks Reduce Exposure to Respiratory Infections among the General Population. PLoS ONE 3(7): e2618. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0002618
[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Doença cardiovascular é a comorbilidade que acarreta maior risco de mortalidade por COVID-19

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css="" custom-css-class="" custom-id=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1585840101262{margin-left: 15px !important;}"]Um estudo [icon name="external-link" class="" unprefixed_class=""] desenvolvido por uma equipa de investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) sugere que a doença cardiovascular é a comorbilidade que acarreta maior risco de mortalidade por COVID-19, seguida da diabetes.

Conduzido por Francisco Caramelo, Nuno Ferreira e Bárbara Oliveiros, este estudo teve como objetivo determinar o risco de mortalidade por COVID-19 ajustado à idade, género e presença de comorbilidades como diabetes, hipertensão, doença cardiovascular, respiratória ou oncológica, doenças muito prevalentes na população portuguesa.

O trabalho, explicam os investigadores, foi desenvolvido em finais de fevereiro, «imediatamente após ter sido publicado um artigo do CDC [Centro de Controlo de Doenças] chinês que reportava a razão de letalidade dos casos confirmados na China até à data, mas não apresentava estimativas do risco de mortalidade na presença de uma ou mais características dos indivíduos, representando uma mais-valia para o artigo do CDC chinês ao quantificar o risco associado».

Para estimar as comorbilidades com maior peso na mortalidade pela doença causada pelo novo coronavírus, a equipa usou ferramentas matemáticas simples. A abordagem adotada pode ser utilizada para determinar a probabilidade de morte por COVID-19 para um paciente em particular, dada a sua faixa etária, sexo e comorbilidades associadas.

Sendo já conhecido que a taxa de mortalidade atinge mais os homens, os mais idosos, e indivíduos com comorbilidades associadas, o estudo da equipa da FMUC reporta uma maior probabilidade de mortalidade nos homens, aumentada entre 1,60 a 2,13 vezes, com 95% de confiança. «Encontramos também um aumento do risco de mortalidade associado à idade, principalmente a partir dos 50 anos, sendo este risco, em média, 6,76 vezes maior a partir desta idade, 18,82 vezes maior a partir dos 60 anos, 43,73

vezes maior a partir do 70 anos e 86,87 vezes maior a partir do 80 anos, quando comparado com a classe de referência (até aos 20 anos)», sublinham os investigadores.

Apesar de neste momento não ser possível ainda aferir estes resultados na população portuguesa, dado que das mortes registadas nenhuma ocorreu abaixo dos 40 anos, segundo os dados da DGS, «observa-se que a distribuição da mortalidade por grupo etário, em Portugal, está próxima do que ocorre normalmente em termos de mortalidade na população portuguesa por grupo etário, segundo informações recolhidas no PORDATA. Outro fator importante é que a presença de qualquer comorbilidade, como diabetes, hipertensão, doença cardiovascular, cancro ou doença respiratória se traduz no aumento do risco de mortalidade, sendo a doença cardiovascular aquela que tem um maior peso, seguida da diabetes», afirmam.

Comentando os resultados obtidos, Francisco Caramelo, Nuno Ferreira e Bárbara Oliveiros reforçam os alertas que têm sido amplamente divulgados, salientando que, «embora a letalidade não seja, ainda, elevada em Portugal, estima-se que a percentagem de casos severos a necessitar de ventilação venha a ser muito alta; noutros países é aproximadamente de 16% e este valor conhece-se desde meados de Janeiro (China); são conhecidas situações onde os profissionais de saúde têm sido obrigados a escolher quem acede ou não a estas unidades. Esta percentagem faz com que qualquer serviço nacional de saúde fique sobrecarregado se o número de infetados for muito elevado, pelo que é crucial diminuir o número de infeções restringindo para isso o contacto social».

Agora, tal como muitos outros cientistas, e após ter submetido outro trabalho que avalia o efeito das condições meteorológicas na propagação da doença, a equipa da FMUC está focada em determinar «o pico a partir da estimativa do número máximo de casos infetados. Estamos a usar métodos de inteligência artificial, mas os modelos são muito dinâmicos no tempo e não tem sido fácil conseguirmos validar o modelo, tal como tem acontecido a outros investigadores».[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

COVID-19 e diabetes: linha gratuita de apoio arranca amanhã

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css="" custom-css-class="" custom-id=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1585676961024{margin-left: 15px !important;}"]A partir de amanhã, dia 1 de abril, as pessoas com diabetes passam a ter à disposição uma linha telefónica gratuita para esclarecer todas as dúvidas sobre COVID-19. Através do número 302051685, que funciona todos os dias, entre as 8h00 e as 22h00, vai ser possível obter informação de médicos especialistas sobre a diabetes no contexto desta pandemia.

A diabetes mellitus atinge 13,6% da população portuguesa, sendo que 28% têm mais de 80 anos. Quanto às pessoas infetadas pelo novo coronavírus, 20% têm diabetes, número que sobe para 22% quando se trata de internados em cuidados intensivos. Por outro lado, a diabetes descompensada pode diminuir as defesas do organismo e proporcionar o desenvolvimento facilitado de infeções.

No sentido de responder às muitas dúvidas que têm surgido às pessoas com diabetes, as Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo, o Núcleo de Diabetes Mellitus da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna e a Sociedade Portuguesa de Diabetologia decidiram criar esta linha, independentemente daquelas que os serviços de saúde públicos e privados já disponibilizaram.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Cientista da UC analisa os modos de transmissão da COVID-19 à luz dos conceitos de Qualidade do Ar Interior

Face à atual situação de pandemia da Covid-19, Manuel Gameiro da Silva, professor catedrático do Departamento de Engenharia Mecânica da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), alerta que a qualidade do ar interior é crítica.

Por isso, afirma o especialista em climatização, enquanto se mantiver a crise pandémica, «não devem ser realizadas reuniões presenciais e os espaços interiores com ocupação humana devem ser fortemente ventilados, exclusivamente com ar novo, para diminuir as concentrações do vírus, no caso de uma eventual contaminação por partículas em suspensão, e, desta forma, reduzir o risco de infeção».

Manuel Gameiro da Silva defende ainda que «quando se planeia uma saída, para locais frequentados por outras pessoas, deve-se levar máscara e, se possível, viseira. As máscaras normais não são completamente eficazes na retenção das partículas de menor dimensão, pelo que o uso combinado com uma viseira aumenta substancialmente a eficácia de retenção».

Estes alertas resultam de uma análise que o cientista da UC decidiu realizar devido às dúvidas suscitadas sobre «a importância que as autoridades de saúde, quer a nível nacional, quer a nível internacional, atribuem ao papel que desempenham os diferentes modos de transmissão na propagação das infeções virais e as consequências que daí podem advir».

Considera o autor que, «sem que haja uma evidência científica que o justifique, se tem menorizado o papel que pode ser desempenhado pela transmissão através do modo de partículas em suspensão e que, em consequência, se têm desaconselhado algumas das medidas de proteção que, provavelmente, estarão na base das taxas de propagação da epidemia mais modestas em alguns países asiáticos».

Não havendo dúvidas de que o novo coronavírus, SARS-Cov-2, se transmite maioritariamente através das partículas exaladas pelos doentes contaminados, Manuel Gameiro da Silva explica que os diferentes modos de transmissão das doenças infeciosas estão associados a partículas de dimensões diferentes: as partículas grandes (superiores 50 mícron), que são exaladas e se depositam nas superfícies, são responsáveis pela transmissão por contato; as partículas intermédias (de 10 a 50 mícron) são responsáveis pela transmissão direta do emissor para o recetor, denominada transmissão por gotas; finalmente, as partículas mais pequenas (menos de 10 mícron) são responsáveis pelo modo de transmissão por partículas em suspensão, podendo permanecer no ar por horas, ser transportadas a longas distâncias e inaladas.

Relativamente ao efeito da temperatura e da humidade, o também coordenador da Iniciativa Energia para Sustentabilidade da UC refere que «tipicamente, a persistência dos vírus é mais alta com temperaturas frias do que com temperaturas quentes e como a humidade desestabiliza a camada protetora de gordura dos vírus do tipo coronavírus, a persistência do vírus é maior em ambientes secos. A radiação solar tem uma componente de radiação ultravioleta que prejudica a persistência dos vírus pelo que, nos ambientes interiores sem luz natural direta, há condições mais favoráveis para a persistência dos vírus como partículas em suspensão».

Manuel Gameiro da Silva defende a «redefinição do conceito de distância de segurança entre pessoas e a necessidade de uso generalizado de equipamentos de proteção das vias aéreas superiores (máscaras e viseiras) sempre que se preveja que se vai estar num ambiente com ocupação múltipla».

O artigo integral [icon name="file-pdf-o" class="" unprefixed_class=""] produzido pelo cientista da UC. Esta análise integra-se na plataforma UC Against Covid-19 que acaba de ser lançada pela Universidade de Coimbra.

Covid-19: farmácias escreveram ao primeiro-ministro

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1585077785357{margin-bottom: 30px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""][better-ads type="banner" banner="3816" campaign="none" count="2" columns="1" orderby="rand" order="ASC" align="center" show-caption="1" lazy-load=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1585077456691{margin-left: 15px !important;}"]A Associação Nacional das Farmácias pediu hoje a intervenção do Governo com vista a repor o abastecimento de produtos de primeira necessidade para combater a crise sanitária provocada pelo coronavírus. «Máscaras, gel desinfectante, paracetamol, termómetros, matéria-prima para manipulados e equipamento de protecção individual desapareceram quase totalmente das farmácias», alerta a Direcção da ANF em carta ao primeiro-ministro.

As farmácias «vêem-se forçadas a abandonar à sua sorte muitas pessoas, cujas necessidades não conseguem satisfazer», descreve o documento. Para adquirirem esses produtos, «as farmácias têm de pagar preços especulativos e, mesmo assim, não conseguem adquirir quantidade suficiente» para garantir a segurança das suas próprias equipas e de instituições como lares de idosos.

Como contributo para o restabelecimento da normalidade do mercado, a ANF entregou à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) um dossier de 100 páginas com facturas e propostas comerciais apresentadas às farmácias por dezenas de empresas nacionais e importadoras, na sua maioria estranhas ao mercado de produtos farmacêuticos. Frascos de 30 ml de álcool em gel a 5€, máscaras entre 7€ e 38€, garrafões de cinco litros de desinfectante a 79€ e termómetros a 97€ são alguns dos preços de aquisição que estão a ser propostos às farmácias. A ANF «felicita a ASAE pelas suas acções com vista a normalizar o funcionamento do mercado» e disponibiliza-se para contribuir permanentemente para isso com informação.

O preço de venda ao público destes produtos de primeira necessidade para o combate ao COVID-19 é livre, assim como a sua comercialização por uma multiplicidade de pequenos estabelecimentos e cadeias comerciais.

Num gesto inédito, A ANF recomendou às 2.750 farmácias suas associadas que pratiquem margens de comercialização até ao limite de 17,5%, que se aplica aos medicamentos sujeitos a receita médica comparticipados. «Sendo a margem legal das farmácias portuguesas a mais baixa da Europa, será inequívoco o contributo responsável e transparente da nossa rede no combate à pandemia», refere uma circular da ANF enviada esta manhã às farmácias.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

ULS do Nordeste implementa atendimento não presencial

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1584539849028{margin-right: 15px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text]A ULS do Nordeste vai implementar um entendimento não presencial. Num comunicado publicado na página facebook desta unidade local de saúde refere-se que “atendendo à evolução do contexto epidemiológico da COVID-19 e salvaguardando a proteção de todos os utentes, a Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste está a implementar um conjunto de medidas que privilegiam, sempre que possível, o atendimento não presencial”.

No comunicado adianta-se ainda que “todos os utentes que tenham consulta e/ou exames marcados devem aguardar o contacto do médico ou do enfermeiro de família, que darão as indicações e toda a informação aos utentes no sentido de atender às suas necessidades dentro do atual contexto epidemiológico.

Durante o período excecional em que vigoram as medidas preventivas para mitigação dos efeitos da COVID-19, irão ser realizadas, sempre que possível, consultas por telefone, à exceção daquelas que estão previstas no Plano de Contingência, para as quais os utentes serão contactados para se dirigirem, mediante agendamento, aos Centros de Saúde. E sempre que possível serão realizadas teleconsultas.

Será igualmente privilegiado o contacto telefónico ou por e-mail, quer para receitas, quer para dúvidas dos utentes.

Também na área hospitalar será suspensa toda a atividade assistencial não urgente, desde que não esteja em risco a saúde do doente, nomeadamente a realização de consultas, exames complementares de diagnóstico, tratamentos em Hospital de Dia e cirurgias.

A ULS do Nordeste sensibiliza ainda os utentes para não se deslocarem aos Centros de Saúde, aos Serviços Hospitalares e aos Serviços de Urgência se tiverem sintomas de infeção respiratória (tosse, febre ou dificuldade respiratória), se contactou com um caso confirmado ou provável de infeção COVID-19 ou se viajou para regiões de risco dentro ou fora do País”.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

A principal causa de doença renal crónica é a diabetes, mas relação entre as duas doenças não tem de ser uma inevitabilidade

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1584028803724{margin-right: 15px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1584029180670{margin-top: 20px !important;}"]É uma relação que pode ser íntima, mas perigosa. Lá fora e por cá, a diabetes está associada à doença renal crónica, sendo a primeira a principal causa da segunda. 1,3 De acordo com os dados internacionais, estima-se que 30% a 40% dos doentes com diabetes tenham algum tipo de manifestação de doença renal4.

Em Portugal, segundo Rita Birne, nefrologista, “aproximadamente um terço dos doentes com falência renal devem-no à diabetes”5 , mas ainda assim os portugueses não conhecem como deveriam esta relação, “assim como não estão suficientemente cientes dos riscos de perder a visão, de amputação ou de morte prematura associados a uma gestão inadequada da diabetes e das suas complicações”, alerta a especialista, a propósito do Dia Mundial do Rim, que se assinala hoje, 12 de março.

E tudo se complica ainda mais porque, na maioria dos casos, não existem sinais de alerta para uma possível doença renal crónica entre quem sofre de diabetes. ”A dificuldade encontra-se precisamente aí”, reforça Rita Birne. “A doença renal crónica progride ‘silenciosamente’. Quando aparecem sinais, já está muito avançada e pode haver pouco a oferecer para travar a falência renal.”

No entanto, esta relação entre diabetes e doença renal crónica não tem de ser uma inevitabilidade: há formas de evitar ou minimizar o aparecimento dos problemas renais. “Em primeiro lugar devem ser enveredados todos os esforços para controlar a glicemia da forma mais adequada, o que exige, para além de medicamentos ou insulina, a redução do excesso de peso, disciplina alimentar e realização de exercício físico regular”, explica a médica. “Também é de extrema importância controlar de forma rigorosa a hipertensão e parar de fumar.”

No caso em que as duas doenças já estão presentes, “o melhor controlo da diabetes irá minimizar as lesões que a glicemia em excesso no sangue produz em vários órgãos, nomeadamente no rim. Por outro lado, a presença de doença renal crónica pode implicar alteração dos medicamentos da diabetes, dificulta o controlo da glicemia e sabemos que agrava as complicações vasculares e cardíacas da diabetes. É preciso ir aferindo a estratégia terapêutica tendo em conta essas dificuldades, de forma a ir ajustando os medicamentos à função renal, optar por medicamentos reno e cardioprotetores e evitar toxicidades como por exemplo com a utilização de anti-inflamatórios”.

Para chamar a atenção para as relações perigosas que se estabelecem entre a diabetes e várias outras doenças, estas ganham vida através da Maria Diabetes e Zé Coração, protagonistas de uma campanha que retrata esta relação tumultuosa, uma iniciativa da AADIC, da APDP, do Núcleo de Estudos de Diabetes Mellitus da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna, da Sociedade Portuguesa de Diabetologia e da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia Diabetes e Metabolismo, com o apoio da AstraZeneca. Serão quatro pequenos filmes, cada um sobre uma problemática diferente, sempre dentro desta temática, cujo primeiro é lançado hoje, Dia Mundial do Rim.

“Esta campanha espelha a relação entre a diabetes e o risco cardiovascular, uma relação que precisa de ser cuidada, tal como precisamos de cuidar das nossas relações com amigos e familiares, porque a pessoa com diabetes tem um risco aumentado de desenvolver doença cardíaca e também doença renal crónica e ambas estão interligadas”, esclarece Rita Birne. “Contudo, se cuidar desta relação, adotando hábitos de vida saudáveis para diminuir esse risco, pode ter uma vida normal. Assim, a Maria Diabetes e o Zé Coração personificam esta relação ao longo de quatro episódios, onde podemos ver que, apesar de terem uma relação um pouco tumultuosa, onde ambos se contrariam e contradizem, no fim acabam sempre por cuidar um do outro, da sua relação, porque querem viver felizes para sempre.”

O próximo episódio da campanha será apresentado no âmbito do Dia Mundial da Saúde, o 3.º no âmbito do Dia Europeu da Insuficiência Cardíaca e o 4.º episódio no âmbito do Dia Mundial do Médico de Família.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

CIM das Terras de Trás-os-Montes decidiu hoje medidas cautelares para conter o Coronavírus Covid-19

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1583966399687{margin-right: 15px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text]A CIM das Terras de Trás-os-Montes decidiu, em reunião realizada hoje, um conjunto de medidas cautelares para conter a contaminação pelo Coronavírus Covid-19, transpostas para um comunicado que aqui se publica integralmente. Estas medidas são de aplicação geral nos concelhos de Alfândega da Fé, Bragança, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Vila Flor, Vimioso e Vinhais.

Comunicado:
“Tendo em consideração a dinâmica da evolução epidemiológica do Coronavírus Covid-19 , no território nacional e das medidas decretadas pelo Direção-Geral de Saúde (DGS), em comunicado de 08.03.2020 e, pese embora, até à presente data, não existirem casos confirmados nos concelhos da CIM das Terras de Trás-os-Montes, os nove Municípios que a integram decidiram, em reunião do Conselho Intermunicipal implementar um conjunto de medidas preventivas, de que faz parte:


  • Cancelamento de Feiras (semanais, quinzenais, mensais e temáticas);

  • Cancelar as atividades em todos os equipamentos culturais, incluindo as projeções cinematográficas, e outras que sejam organizadas e promovidas pelo Município ou em parceria;

  • Suspender a utilização das piscinas municipais e dos restantes equipamentos desportivos municipais, estando apenas autorizados os treinos e competições oficiais para equipas e atletas federados. Nos treinos e nas competições não está autorizada a assistência de público.

  • Os Serviços Municipais, embora se mantenham abertos e em funcionamento, apenas deverão ser procurados em situações urgentes e inadiáveis, devendo ser privilegiar o contacto telefónico ou e-mail.

  • Recomenda-se às Freguesias e Uniões de Freguesias dos concelhos e ao movimento associativo do território, em geral, que evitem a organização de eventos ou iniciativas que envolvam ajuntamento de pessoas.

  • Estas medidas aplicam-se a todo o território da CIM das Terras de Trás-os-Montes, que integra os concelhos de Alfândega da Fé, Bragança, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Vila Flor, Vimioso e Vinhais, vigorando por tempo indeterminado.

  • A aplicação destas medidas será alvo de revisão à medida que as circunstâncias epidemiológicas evoluírem e em função das orientações emanadas pela DGS.


Neste momento sensível, de preocupação nacional, apela-se, a todos os cidadãos, que adotem um comportamento sereno e responsável, por forma a ser salvaguardada a saúde de todos.

Reforça-se o caráter proativo e preventivo destas medidas. Apesar de ciente dos constrangimentos que tal possa causar no dia a dia da comunidade, a CIM das Terras de Trás-os-Montes apela e compreensão e colaboração de todos, criando, assim as condições que contribuam para a segurança e bem-estar da população”.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Diagnóstico precoce para vencer o ladrão silencioso da visão

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1583834493635{margin-right: 15px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text]O glaucoma, uma doença crónica e progressiva que afeta cerca de 200 mil portugueses e que é assintomática até fases muito avançadas da sua evolução, é a principal causa de cegueira irreversível em todo o mundo. Um silêncio nos sintomas que justifica uma atenção redobrada ao único fator de risco em que se pode atuar: a hipertensão ocular. “Não havendo cura para o glaucoma, o tratamento deve ser dirigido à prevenção da sua progressão”, reforça o oftalmologista Flávio Alves, Coordenador do Grupo Português de Glaucoma da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia. “A única forma comprovadamente eficaz de atrasar a progressão do glaucoma consiste na diminuição da pressão intraocular.”


O especialista refere que, no caso de existirem fatores de risco, a consulta com um oftalmologista deve ser o mais precoce possível”. Na ausência destes ou de qualquer suspeita da doença, “é aconselhável, a partir dos 40 anos, uma visita anual ou de dois em dois anos”.


Definido “como uma doença do nervo ótico (neuropatia ótica) progressiva, com alterações estruturais características, nomeadamente a diminuição da espessura da camada de fibras nervosas da retina (que dão origem ao nervo ótico), o aumento da escavação da cabeça do nervo ótico e perdas no campo visual que podem evoluir para a cegueira”. São vários os tipos de glaucoma, “que se pode classificar quanto à sua causa em primário (sem causa identificada) ou secundário (com causa identificada) e quanto ao estado do ângulo que se forma entre a íris e a córnea (local por onde é feita a drenagem do humor aquoso, o líquido que preenche a parte anterior do olho) em de ângulo aberto ou fechado”.


Mas independentemente de cada um, “sem tratamento, a maioria dos glaucomas leva à perda progressiva e irreversível da visão”.


Em Portugal, o tipo de glaucoma mais frequente é o glaucoma primário de ângulo aberto (GPAA), “geralmente assintomático até fases muito avançadas da sua evolução, o que acontece porque na maior parte dos casos a perda de visão ocorre inicialmente na periferia do campo visual, de forma lenta, gradual e assimétrica em ambos os olhos, o que faz com que os doentes com os dois olhos abertos não se apercebam de qualquer alteração da sua função visual”, refere o médico.


Para além dos fatores oculares, como a hipertensão ocular ou uma miopia elevada, há outros fatores de risco associados ao glaucoma, como fatores demográficos. De acordo com o especialista, a raça negra apresenta uma prevalência maior de glaucoma, que aumenta também com o envelhecimento, sobretudo a partir da 5ª década de vida, assim como a existência de um familiar direto com a doença, “que representa um aumento do risco”.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Consumo regular de azeite tem efeitos anti-inflamatórios

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="1" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="https://descobrir.net/nn/2243-2/" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css="" custom-css-class="" custom-id=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text]Um estudo de revisão sistemática, publicado na revista científica Nutrition [icon name="external-link" class="" unprefixed_class=""] por investigadores do Instituto de Saúde Ambiental da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, mostra agora que o consumo regular de azeite tem um efeito anti-inflamatório comprovado.

Segundo os autores, o azeite é um dos componentes nutricionais essenciais da dieta Mediterrânica, constituindo a principal fonte de gordura para o organismo humano. O seu efeito na redução dos níveis de marcadores inflamatórios considerados no estudo é significativo, embora sejam ainda necessários mais estudos para se compreender melhor este efeito, sobretudo em comparação com outros tipos de gorduras.

O conceito de dieta Mediterrânica surgiu quando o investigador norte-americano Ancel Keys estudava a influência das dietas na saúde humana, em particular a relação entre o consumo de gorduras e as doenças cardiovasculares. Num trabalho que ficou conhecido como «Estudo dos Sete Países», Ancel Keys observou que ocorriam mais mortes devido a doença coronária em países como os Estados Unidos ou naqueles que se situavam no Norte da Europa do que em países no Sul da Europa.

A sua hipótese era de que tal fenómeno se devia ao tipo de gordura que era consumida pelas populações: gordura saturada nos dois primeiros casos e gordura insaturada no último caso. Sendo o azeite a principal fonte de gordura insaturada, o investigador norte-americano considerou então que o padrão alimentar dos países do Mediterrâneo era, de facto, mais saudável.

Distinguida em 2010, pela UNESCO, Património Cultural Imaterial da Humanidade, a dieta Mediterrânica inclui, para além do azeite, um consumo elevado de água, fruta, frutos secos, vegetais, leguminosas, cereais pouco refinados, ou ainda de especiarias e ervas aromáticas (em detrimento do sal). Inclui também um consumo moderado de produtos lácteos (principalmente queijo e iogurte), peixe, carne branca e vinho tinto, e um consumo reduzido de carne vermelha e alimentos processados. •

Instituto de Saúde Ambiental da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa
Conteúdo fornecido por Ciência na Imprensa Regional – Ciência Viva[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

A propósito do coronavírus, o que são os vírus?

No geral podemos definir um vírus como um agente infeccioso de dimensões submicroscópicas (isto é, mil vezes mais pequenos do que um milímetro) constituído por uma “cápsula” de alguns tipos de proteínas que se encaixam umas nas outras, quais pedras numa calçada portuguesa, numa estrutura regular que lhes confere resistência, a qual guarda e protege o genoma viral. O genoma, livro de instruções que definem, de certa forma, a história e o ciclo de vida do vírus, pode ser composto por ADN (exemplo, os adenovírus) ou ARN (exemplos são o HIV – vírus da SIDA, ou o influenza A sub-tipo H1N1 – vírus da gripe e os actualmente preocupantes coronavírus), mas nunca por ambos. Alguns vírus, de que o HIV é um exemplo, possuem uma bainha de lípidos à volta da cápsula proteica.

Como se sugeriu, o material genético que compõe o genoma viral contém todas as informações ou planos para a construção do seu “edifício”, instruções para a sua arquitectura proteica regular. No entanto precisam da “fábrica e maquinaria” bioquímica existente no interior das células vivas, para dar expressão, sentido e função aos seus próprios planos. Isto é assim, porque os vírus são caracterizados por não possuírem um metabolismo independente e por serem incapazes de se replicarem fora de uma determinada célula. Para além disso, vírus diferentes têm capacidade de invadir tipos de células específicos e diversos.

Por exemplo, os vírus que causam hepatite “escolhem” as células do fígado (que se designam hepatócitos e daí advém o nome da doença hepatite – infecção nos hepatócitos), os que causam a SIDA “preferem” um determinado tipo de células brancas do nosso sistema imunitário, enquanto outros como os adenovírus e os coronavírus “alojam-se” nas vias respiratórias dando origem a faringites, pneumonias e outras infecções.

Esta propriedade de os vírus serem capazes de “escolher” um tipo específico de célula é determinada pela existência de algumas proteínas no exterior do vírus que interagem forte e especificamente com moléculas existentes na superfície das células do hospedeiro e que são marcadores “típicos” das células de um determinado tecido. Por exemplo, o vírus influenza A, sub-tipo H1N1, possui no seu mosaico proteico duas proteínas: um tipo de hemaglutinina (H1) e um tipo de neuraminidase (N1). Assim, devido a uma estratégia de reconhecimento molecular forjada e moldada no início da vida no nosso planeta e que evoluiu desde então através de variações do mesmo tema, o vírus “sabe” a que tipo de célula humana deve “atracar-se” para dar início à sua replicação. Isto porque existem na superfície de todas as células, receptores complementares das proteínas que estão na cápsula viral. Uma interacção tipo chave na fechadura complementar, abre a célula à invasão viral.

Assim, uma vez encontrada a célula com a fechadura que a “chave” viral abre, os vírus “injectam” o seu genoma, o seu manual de instruções, no interior celular, ou são primeiramente internalizados integralmente: qual cavalo de Tróia, a célula engole a partícula viral sem ter qualquer desconfiança sobre o que é que lhe vai acontecer.

Uma vez no interior da célula, os genes virais entram em acção, enganando a célula ao dar-lhe novas instruções. Como já se disse, os vírus necessitam da maquinaria bioquímica existente nas nossas células e nas bactérias (sim, também estas padecem com invasões virais). Sem estes processos inerentes e essenciais à vida não é possível “ler” os planos de construção codificados nos genes virais e “traduzi-los” para a forma funcional e estrutural que são as suas proteínas constituintes. Esta tradução é efectuada em unidades de síntese e “montagem” proteica que são os ribossomas. Estes funcionam como “máquinas” de tradução da linguagem genética em proteínas e estão presentes em todas as células. Mas os vírus não possuem ribossomas. Este é um dos aspectos fulcrais para a total dependência dos recursos interiores da célula. Qual atracção “nostálgica” do citoplasma celular, este é destino incontornável no ciclo de replicação viral e fado fatal para a célula hospedeira. Percebemos, assim, porque é que os vírus necessitam das células para se replicarem. Ademais, a célula confere-lhes um ambiente seguro, recheado das matérias-primas e da energia necessária para a sua síntese.

Com o que atrás ficou dito, é mais fácil antever que a infecção de uma célula por um vírus faz com que o metabolismo daquela se desvie muito da sua actividade normal e vital, em direcção à síntese das “peças” necessárias para fabricar novos vírus (nesta etapa designados por viriões). A célula transforma-se assim numa autêntica unidade fabril de produção em série de inúmeras cópias idênticas (clones) do vírus que a infectou. “Obcecada” por esta actividade, a maquinaria celular é impedida de efectuar os processos normais necessários à sua própria manutenção, acabando por entrar em colapso ao fim de algum tempo. Nessa altura, ou porque a célula não é mais capaz de garantir a sua integridade, ou porque o número de viriões por ela sintetizados é muito elevado, ocorre uma ruptura celular e os viriões são libertados para o exterior. Cada um dos novos vírus passa a estar, desta forma, pronto para infectar uma nova célula reiniciando assim o ciclo e o processo infeccioso.

Como os vírus não possuem metabolismo próprio, não é possível utilizar a estratégia intrínseca aos antibióticos que usamos para combater bactérias. Algumas das estratégias da investigação nesta área tentam impedir que os vírus consigam reconhecer a sua célula hospedeira específica e se fixem nela. Outras linhas de investigação dirigem-se para a tentativa de evitar que os vírus dêem ordens de operação à célula para a sua síntese. Outras ainda intrometem-se numa etapa necessária à libertação dos viriões, travando a difusão do programa viral para outras células.

As vacinas actuam de outra forma: instruem o nosso sistema imunitário, “ensinando-o” a reconhecer e a “inactivar” alguns dos vírus que nos visitam. Continua a ser a mais eficaz forma de defesa preventiva que conhecemos. Contudo, alguns vírus sofrem mutações genéticas (alterações no genoma, por exemplo por deriva genética), no decurso da sua replicação, que lhes permite mudar de “aspecto” exterior e escapar à vigilância do nosso sistema imunitário previamente instruído pela vacinação. É como se mudassem de disfarce entre visitas, tornando a sua identificação difícil, e ineficaz a preparação antecipada que a vacinação dá ao nosso próprio sistema de segurança interna contra estes agentes patogénicos.

António Piedade
Conteúdo fornecido por © 2020 - Ciência na Imprensa Regional / Ciência Viva

Plataforma Saúde em Diálogo solicita clarificação do Estatuto do Cuidador Informal ao Governo

A Plataforma Saúde em Diálogo enviou uma carta com a sua posição sobre a regulamentação do Estatuto do Cuidador Informal, aprovado em Setembro, às ministras da Saúde e do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, onde afirma a sua disponibilidade para colaborar com o Governo para que a regulamentação «beneficie realmente todos os cuidadores informais».

A carta enviada a Marta Temido e a Ana Mendes Godinho reconhece que a lei aprovada «permite uma séria melhoria dos direitos dos cuidadores e das pessoas cuidadas», mas pede a clarificação de algumas questões, nomeadamente do conceito de cuidador informal, uma vez que a lei aprovada exclui os cuidadores não familiares. A Plataforma pede ainda que a definição de “pessoa cuidada” abranja outras pessoas para além dos beneficiários de prestações sociais.

O documento enviado às governantes pede também esclarecimentos sobre a inclusão dos agentes associativos como ferramenta de apoio ao cuidador informal, o conceito de redes sociais de suporte ao cuidador informal e os benefícios fiscais previstos na lei para o cuidador informal. A Plataforma Saúde em Diálogo pede ainda a incorporação dos direitos do cuidador informal nas estruturas de resposta do Serviço Nacional de Saúde e que os referidos apoios, subsídios, isenções, articulação laboral e integração no mercado de trabalho sejam regulados.

A carta enviada às duas ministras tem em conta os contributos enviados pelas várias associadas da Plataforma Saúde em Diálogo, que congrega 55 entidades, entre as quais associações de doentes, de promotores de saúde, de profissionais do sector e de consumidores. O tema do Estatuto do Cuidador Informal foi profundamente debatido nos últimos anos e desse debate resultou uma "Proposta de Estatuto do Cuidador Informal", aprovada internamente em novembro de 2017 e enviada aos respetivos ministérios.

Pico da gripe foi atingido no distrito de Bragança durante a passagem de ano

O pico da gripe no distrito de Bragança ocorreu no dia 30 de dezembro de 2019, alinhado com o restante país, onde a fase mais severa dos contágios aconteceu na semana da passagem de ano. O surto epidémico nesta região foi de grau 3 (moderado).

Na maioria do território nacional, o surto epidémico foi de grau moderado (3 em 5), semelhante ao do ano passado, no qual se registaram 3.331 óbitos devido à doença.

As conclusões são do Centro de Estudos e Avaliação em Saúde (CEFAR), da Associação Nacional das Farmácias, confirmando as previsões anunciadas em Dezembro.

As farmácias atendem, em média, 520 mil pessoas por dia. A partir dos dados estatísticos relativos à procura de medicamentos e produtos de saúde para infeções respiratórias, conseguem antecipar a evolução da epidemia em duas semanas. O impacto da epidemia nas urgências hospitalares e nos cuidados primários só acontece mais tarde.

«Esperamos ter contribuído para melhorar a planificação e diminuir o impacto da gripe nos serviços de saúde, assim como para reforçar as atitudes preventivas da população quando isso era mais necessário», declara António Teixeira Rodrigues, diretor do CEFAR.

Atualmente, a atividade gripal está a decrescer em todo o país.

«O objetivo das farmácias é colaborar com as autoridades de saúde nos grandes objetivos de Saúde Pública. No caso da gripe, o primeiro alerta só é possível a partir dos nossos sistemas de informação. O “Despertador das Farmácias” é para nós uma questão de responsabilidade e de compromisso», conclui Humberto Martins, diretor para a área profissional da ANF.

Novo hospital privado em Vila Real

O Trofa Saúde Hospital, a maior rede privada de hospitais no norte do país, irá abrir o Trofa Saúde Hospital em Vila Real, a 15 de outubro de 2018, localizado junto ao Centro Comercial “Nosso Shopping”.

Novo hospital privado em Vila Real
Com um investimento total de 50 milhões de euros, esta nova unidade vai permitir a criação de 500 postos de trabalho, dos quais 300 são médicos e enfermeiros.

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Este novo hospital terá acordo com os principais seguros e subsistemas de saúde e é o primeiro hospital do Trofa Saúde Hospital na região de Trás-os-Montes e Alto Douro. Esta unidade está assente em recursos humanos altamente qualificados e equipado com tecnologia de última geração e disponibilizará mais de 40 especialidades médicas, cirúrgicas e valências complementares, e meios técnicos avançados, em funcionamento 7 dias/semana, 365 dias/ano.

O Trofa Saúde Hospital foi criado em 1999 e é hoje em dia a maior rede privada de unidades hospitalares no norte de Portugal.

Assume-se como um projeto global de saúde e está presente na Trofa, Matosinhos, Braga Sul, Alfena, Gaia, Braga Centro, Famalicão, Maia, São João da Madeira e Vila Real.

Sensor implantado debaixo da pele mede valores de glicemia e ajuda a gerir a diabetes

Os doentes com diabetes vão poder controlar a doença de uma forma mais flexível, cómoda e discreta graças ao Eversense™, o primeiro sensor implantável que faz a monitorização contínua dos valores de glicemia (CGM) até mais de 90 dias, face aos 7 atuais dos sistemas não implantados atualmente disponíveis no mercado.

Sensor implantado debaixo da pele mede valores de glicemia e ajuda a gerir a diabetes 
Trata-se de uma forma inovadora de medir os níveis de açúcar no sangue através de um sensor colocado sob a pele, que garante leituras contínuas durante 3 meses, ajudando a tornar a gestão da doença mais simples, cómoda e informada. Uma nova versão do sensor com durabilidade até 6 meses está em fase de aprovação para marcação CE.

Implantado subcutaneamente, na parte superior do braço, o sensor comunica com um transmissor recarregável e removível, usado também na parte superior do braço. Os dados da glicemia e tendências são depois disponibilizados na aplicação Eversense™ para smartphone (compatível com iOS e Android). O transmissor dispara ainda um alarme quando os níveis de glicemia estão muito altos ou muito baixos, uma funcionalidade que dá às pessoas com diabetes informação em tempo real sobre os níveis de glicemia e tendências ao longo do dia, assim como dados relevantes para uma monitorização flexível e discreta.

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A Roche tem os direitos exclusivos de promoção e comercialização do dispositivo médico para diagnóstico in vitro Eversense™ na Europa, Médio oriente e África, com exceção da Escandinávia e Israel, resultado de um acordo exclusivo com a Senseonics Holding Inc. Até ao momento a Roche avançou com a distribuição em três mercados piloto: Alemanha, Itália e Países Baixos.

O sistema é disponibilizado para pessoas com diabetes através dos profissionais de saúde devidamente treinados. “Estamos entusiasmados por trazer este progresso no tratamento das pessoas com diabetes. É um excelente complemento ao nosso portfólio Accu-Chek®. Estamos satisfeitos por desenvolver esta boa parceria que formamos com a Senseonics e por garantir às pessoas com diabetes um maior acesso à inovação”, diz Marcel Gmuender, Global Head da Roche Diabetes Care.

Conjuntivite alérgica atinge três em cada dez portugueses

Prurido ocular, olhos vermelhos, lacrimejo e sensibilidade à luz são sintomas que muitos dos portugueses tão bem conhecem e que se agudizam com a chegada da primavera. 

Conjuntivite alérgica atinge três em cada dez portugueses
A responsável é a conjuntivite alérgica, um problema de saúde recorrente, que atinge cerca de três em cada dez portugueses, sobretudo os mais jovens. E que, mais do que tratado, deve ser prevenido.

A melhor forma de o fazer é, aconselha a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO), evitar o contacto com os alergénios, as substâncias que desencadeiam as reações alérgicas. Na Primavera, os pólenes são os principais alergénios, encontrando-se em concentrações muito elevadas no nosso país. Embora possa parecer uma missão difícil evitá-los há formas de o fazer. As pessoas mais suscetíveis devem evitar caminhar em zonas arborizadas nas primeiras horas da manhã, momento do dia em que a polinização é maior, e em dias de muito vento, quentes e secos.

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“A conjuntivite alérgica sazonal é a reação alérgica ocular mais frequente”, refere Vanda Nogueira, Oftalmologista e Coordenadora do Grupo Português de Inflamação Ocular, SPO. “Trata-se de uma inflamação ocular da conjuntiva, que é a membrana que reveste o olho para o proteger. A inflamação da conjuntiva faz-se muitas vezes acompanhar também por sintomas nasais”, acrescenta a especialista, confirmando que este é um problema que “surge frequentemente associado a outras doenças alérgicas, como a rinite”.

Esta forma de conjuntivite, que resulta dos pólenes libertados pelas árvores, difere da conjuntivite alérgica perene, que pode surgir em qualquer altura do ano, sendo sobretudo causada pelos ácaros e pelo pêlo dos animais. A conjuntivite alérgica pode também ser confundida com as conjuntivites de origem bacteriana ou viral, pelo que o seu diagnóstico deve ser feito por um oftalmologista.

Quanto ao tratamento, Vanda Nogueira explica que é feito com recurso “a medicamentos anti-inflamatórios ou anti-histamínicos”, mas aproveita para reforçar que o mais importante é “diminuir ou evitar a exposição aos agentes que provocam a reação alérgica”.

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