O Instituto Nacional de Estatística divulgou esta quarta-feira a taxa de abandono precoce de educação e formação, vulgarmente conhecida como taxa de abandono escolar precoce, referente a 2016.
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Governo diz que vai "Qualificar a população portuguesa e não deixar ninguém para trás" |
Este indicador é apurado por amostragem, no âmbito do Inquérito ao Emprego (e em articulação com o Eurostat), através de entrevistas telefónicas a jovens entre os 18 e os 24 anos que, não tendo concluído o nível de ensino secundário, se encontravam nas quatro semanas anteriores à aplicação do Inquérito sem frequentar qualquer ação formal ou informal de educação e formação.
Os dados revelados ontem colocam a taxa de abandono escolar precoce nos 14,0%, evidenciando uma ligeira flutuação, de 0,3 pontos percentuais, em relação aos 13,7% apurados em 2015.
Segundo o Ministério da Educação “e
sta ligeira subida do abandono escolar precoce tende a refletir, entre outros fatores (como a recuperação do mercado de trabalho), o aumento das taxas de retenção escolar registado nos últimos anos e que, como a alertou esta semana a OCDE, potencia a curto e médio-prazo, situações de abandono”.
Contudo, refere um comunicado do Governo que “
Portugal continua a registar níveis preocupantes de abandono escolar”, realidade que tem de levar à adoção de novas medidas e do “
reforço da necessidade de prosseguir e reforçar o investimento nas políticas de qualificação dos portugueses”, garante fonte do Ministério da Educação.
Perante este quadro nada animador, o Governo diz que vai dar “
prioridade à qualificação como primeiro eixo do Programa Nacional de Reformas”, através de um conjunto de medidas em que será dada prioridade
ao investimento na formação e qualificação dos adultos, em ações preventivas, “
centrada nos primeiros anos de escolaridade, para que as condições que têm levado ao abandono sejam corrigidas desde o início do percurso escolar dos alunos”.
O Ministério da Educação diz ainda que vai reforçar e valorizar o Ensino Profissional, “
apostando na valorização de todos os alunos e na pluralidade de percursos, em resposta a vocações e necessidades de qualificação”.
O Reforço da Ação Social Escolar para promover o “
investindo nas populações mais vulneráveis, tendo em conta a incidência do abandono nos grupos socioeconomicamente mais desprotegidos”, será outra prioridade a implementar no futuro.