Escola Eletrão: no distrito foi recolhida quase uma tonelada de resíduos

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1594888556599{margin-bottom: 150px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""][better-ads type="banner" banner="3816" campaign="none" count="2" columns="1" orderby="rand" order="ASC" align="center" show-caption="1" lazy-load=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1594909127980{margin-left: 25px !important;}"]No âmbito da 8ª edição da Escola Electrão, que decorreu no ano lectivo 2019/2020, O Electrão – Associação de Gestão de Resíduos, vai atribuir às escolas que participaram e recolheram equipamentos eléctricos, pilhas e baterias usadas, prémios que permitirão melhorar as condições da escola. Entre os prémios estão microscópios, impressoras, computadores, videoprojectores e tablets.

A 8ª edição da campanha Electrão envolveu mais de 350 escolas em todo o País, incluindo escolas da Madeira e dos Açores, e permitiu recolher mais de 125 toneladas de equipamentos eléctricos, pilhas e baterias usados.

No distrito de Bragança foi recolhida quase uma tonelada de resíduos elétricos e eletrónicos, pilhas e baterias. O destaque vai para a Escola Básica de Paços de Brandão, que ultrapassou os 500 quilos de equipamentos recolhidos.

Numa edição que contou com muitas novidades e que foi concluída já durante o período de confinamento, com a grande maioria das escolas encerradas, os resultados obtidos superaram as expectativas e reforçam a importância da sensibilização para a separação de resíduos junto dos mais jovens.

Entre as novidades desta edição estava o Quiz Electrão, um jogo digital, inovador e pedagógico, que permitiu envolver os alunos num debate sobre temas essenciais como reciclagem, valorização de resíduos, recursos naturais e prevenção de incêndios. O quiz registou também uma grande adesão e participação por parte das escolas, tendo sido jogados um total de 6251 jogos de tabuleiro e travadas 3059 batalhas, uma modalidade que permitia criar competições entre os alunos da turma ou mesmo da escola. A pontuação de cada escola no Quiz contribuiu também para a atribuição dos prémios finais.

Além do Quiz, foi também distribuído pelas escolas o livro “Electrão? Conheço bem, muito obrigado!”. Destinado aos alunos do 2º ciclo, o livro fala sobre a importância da separação dos resíduos, da sua reciclagem e sobre o impacto que temos no ambiente, através de uma leitura divertida, com actividades e desafios.

A atribuição dos prémios foi efectuada com base num sistema de pontos, para os quais contou a quantidade de resíduos recolhida pela escola, e a pontuação obtida no Quiz. Além dos equipamentos, as escolas irão também receber um valor proporcional à quantidade de resíduos recolhida – 50€ por cada mil quilogramas de equipamentos eléctricos e electrónicos usados e 75€ por cada mil quilogramas de pilhas entregues – o que significa que no total serão distribuídos mais de 10.000 € em prémios.

Sobre o Electrão:
O Electrão – Associação de Gestão de Resíduos é a entidade na área da responsabilidade alargada do produtor com maior relevância a nível nacional, actuando na gestão de três fluxo de resíduos: equipamentos eléctricos, pilhas e baterias, e embalagens. Recebe a confiança de mais de 1500 Produtores e Embaladores, a quem presta serviços nesta área. Gere uma rede com mais de 5500 locais de recolha de equipamentos eléctricos e pilhas e baterias usados, assegurando o correcto encaminhamento destes resíduos, bem como os resíduos de embalagens recolhidos pelos sistemas municipais, para tratamento e reciclagem. É um dos principais promotores da economia circular no País e desenvolve diversas campanhas de comunicação e sensibilização para a correcta separação de resíduos e para a mudança de comportamentos e para um consumo mais sustentável.


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Habitats em declínio na Península Ibérica

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1594474094185{margin-bottom: 150px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""][better-ads type="banner" banner="3816" campaign="none" count="2" columns="1" orderby="rand" order="ASC" align="center" show-caption="1" lazy-load=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1594474138987{margin-left: 25px !important;}"]Um novo estudo revela que as Zonas de Proteção Especial da Rede Natura 2000 em áreas agrícolas da Península Ibérica perderam mais de 35 mil hectares devido à substituição de habitat crítico por culturas como o olival intensivo ou a vinha. Os habitats em declínio são essenciais para diversas espécies de aves selvagens, colocando assim em risco a sua conservação.

 Na Europa, muitas espécies habitam em paisagens transformadas pelo Homem e coexistem com humanos há milénios. As estepes agrícolas são um exemplo de ecossistema em que a atividade humana – em particular, a agricultura tradicional de baixa intensidade – coexiste com a conservação da natureza, abrigando populações importantes de espécies ameaçadas como a abetarda (Otis tarda), o sisão (Tetrax tetrax) ou o francelho (Falco naumanni). Vários desses locais foram designados como Zonas de Proteção Especial (ZPE) para conservação de aves, passando assim a fazer parte da Rede Natura 2000, a maior rede internacional de áreas protegidas do mundo.

Uma equipa de investigadores da Universidade de Lisboa, da Universidade do Porto e da Universidade de East Anglia (Reino Unido) avaliou a eficácia da Rede Natura 2000 em conservar as estepes agrícolas por um período de dez anos, comparando imagens de satélite de 2004 e 2015 em 21 Zonas de Proteção Especial – quatro em Portugal e 17 em Espanha – e em áreas adjacentes.

Os resultados, agora publicados na revistaBiological Conservation [icon name="external-link" class="" unprefixed_class=""], sugerem que as ZPEs estudadas perderam um total de cerca de 35 mil hectares de estepes agrícolas ao longo dos últimos dez anos, por conversão da utilização destes terrenos, normalmente utilizados para cultivo de cereais de sequeiro e pastagens extensivas, para outras culturas agrícolas de maior intensidade, como olivais ou vinhas e culturas de irrigação intensiva. Estas novas culturas, para além de apresentarem uma estrutura de vegetação totalmente diferente da utilizada por aves estepárias, estão normalmente associadas à utilização de inseticidas e herbicidas, prejudiciais para muitas das plantas e insetos dos quais estas aves se alimentam. Os mais de 35 mil hectares de estepes perdidos poderiam albergar mais de 500 abetardas, de acordo com os investigadores.

A Rede Natura 2000 é uma componente fundamental da estratégia de conservação da biodiversidade da Europa e é essencial para a conservação de diversas espécies e habitats ameaçados. De facto, os nossos resultados indicam que a perda de estepe agrícola é 45% menor dentro da Rede Natura 2000 que em áreas estepárias não-protegidas adjacentes. No entanto, é importante perceber por que ocorreram tão importantes perdas de habitat mesmo dentro das áreas protegidas. Estas perdas vão comprometer os resultados positivos dos anteriores esforços de conservação e, tendo em conta a atual taxa de conversão de habitat, as estepes agrícolas podem ser reduzidas a 50% da sua área atual durante este século”, explica João Gameiro, primeiro autor do estudo, investigador de doutoramento no Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais – cE3c [icon name="external-link" class="" unprefixed_class=""], na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa [icon name="external-link" class="" unprefixed_class=""] (Ciências ULisboa). “Além disso, grandes conversões fora das áreas protegidas poderão tornar estas áreas protegidas em ilhas estepárias. Isto vai reduzir a conectividade entre elas, afetando a viabilidade e capacidade de dispersão das populações, especialmente relevante face às alterações climáticas“, acrescenta João Gameiro.

Os investigadores sugerem que a fraca aplicação da legislação associada às áreas protegidas, os incentivos insuficientes para garantir a cooperação dos agricultores, e medidas de conservação de habitat pensadas apenas a curto-prazo, podem afetar o sucesso da Rede Natura 2000 na proteção de outros habitats importantes em toda a Europa.

Embora o restauro ecológico se tenha tornado uma prioridade na Europa, ainda estamos a perder habitats prioritários para a conservação. Os nossos resultados destacam insuficiências cruciais que precisam de ser abordadas para alcançar todo o potencial da Rede Natura 2000, interromper a perda de biodiversidade e cumprir os objetivos de uma nova estrutura global de biodiversidade que será definida em breve pela Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica. É fundamental investir na conciliação da agricultura com a conservação da biodiversidade”, refere Jorge Palmeirim, investigador do cE3c, em Ciências ULisboa, e co-autor do estudo.

Referência do artigo:
Gameiro J., Silva J.P., Franco A., Palmeirim J., Effectiveness of the European Natura 2000 network at protecting Western Europe's agro-steppes (2020), Biological Conservationhttps://doi.org/10.1016/j.biocon.2020.108681[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Plano Nacional de Gestão Integrada de Fogos Rurais publicado em Diário da República

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1592428464966{margin-bottom: 150px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""][better-ads type="banner" banner="3816" campaign="none" count="2" columns="1" orderby="rand" order="ASC" align="center" show-caption="1" lazy-load=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1592428446660{margin-left: 20px !important;}"]Proteger Portugal de incêndios rurais graves é a visão integrada do Plano Nacional de Gestão Integrada de Fogos Rurais (PNGIFR), publicado hoje em Diário da República e que implicará uma forte mobilização de todas as entidades públicas e privadas para que o país consiga reduzir para metade, nos próximos dez anos, a área anualmente ardida em incêndios rurais.

O PNGIFR abrange o período 2020-2030 e é composto por dois documentos: a Estratégia 20•30 e a sua Cadeia de Processos e o Programa de Ação. O documento que hoje foi publicado é o primeiro destes, a Estratégia 20•30 e Cadeia de Processos, que identifica os dois eixos considerados fundamentais para a redução do impacto dos incêndios rurais: a Gestão de Fogos Rurais (GFR) e a Proteção Contra Incêndios Rurais (PCIR).

O Plano esteve em discussão pública e foi apresentado em mais de 60 sessões públicas, com diversas entidades como as Comissões Intermunicipais, Comissões Distritais de Defesa da Floresta, Centros de Coordenação Operacional Distrital, Organizações de Produtores Florestais, Ordem dos Engenheiros, ONG’s, Conselho Económico e Social, Conselho Florestal Nacional, entre outras apresentações públicas em diferentes politécnicos por todo o país, de Norte a Sul.

Valorizar o território e modificar comportamentos
Valorizar o território, cuidar dos espaços rurais, modificar comportamentos e gerir eficientemente o risco são as quatro grandes orientações estratégicas do Plano que se
concretiza no terreno com base em Programas de Ação Regionais, onde se estabelecem prioridades e projetos a desenvolver no tempo, com orçamentos definidos e indicadores de desempenho e resultado. O PNGIFR, através dos programas de ação, constituem um processo de co-construção com as partes interessadas mecanismos integrados de gestão do fogo rural e proteção das pessoas e bens, procurando simultaneamente desenvolver e valorizar os território rurais. Para isso, o Plano estabelece um novo modelo de governação e gestão do risco, com articulação entre entidades públicas e privadas de diversos setores e a diferentes escalas territoriais e um sistema de monitorização e avaliação de indicadores Implica a concretização duma Cadeia de valor e dos seus processos, de forma a suportar a atividade, desde o planeamento até ao pós-evento, designando-se por Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais - SGIFR.

O PNGIFR implicará um investimento estimado de €500 Milhões/ano (público e privado), para que o país venha a conseguir reduzir para metade a área anualmente ardida em fogos rurais e diminuir os danos provocados por eventos graves. Será necessário adotar uma perspetiva de desenvolvimento integrado e articulado entre as entidades através do investimento em recursos humanos, tecnologia, sistemas, comunicação, infraestruturas e incentivos. Estes investimentos estimulam a economia rural, tanto a nível da fileira florestal, agricultura e pecuária como a nível do turismo rural e postos de trabalho indiretos em indústrias como a logística e transportes ou a restauração e alojamento. Estima-se, por isso, que estes investimentos resultem na criação de cerca de 60.000 postos de trabalho até 2030 (diretos e indiretos) nas áreas rurais.

Menos ignições e menos área ardida em 2019
Nos últimos dois anos registou-se uma diminuição de 47% de ignições, face ao período 2008/17, e igualmente uma diminuição de 69% de área ardida, comparando com a média 2008/17.

Salienta-se também a passagem no período de 2008/17 de 139 incêndios anuais com mais de 100 ha para 40 em 2018/19 e de 17 incêndios anuais com mais de 1000 ha para 2 em 2018/19.

No entanto, o perigo de incêndio é real e exige alterar comportamentos. Os proprietários devem ser motivados a associarem-se e a gerirem ativamente o seu património florestal e agrícola, que representa 97% do país. A população, em geral, tem de mudar radicalmente o seu comportamento perante o uso do fogo. De facto, os números falam por si: 98% dos incêndios têm origem humana, 85% Incêndios começam a menos de 500 metros de uma estrada ou de áreas habitadas ou cultivadas e mais de 60% são resultado de fogueiras, queimas e queimadas mal realizadas.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Palombar instala primeira Estação de Anilhagem de Esforço Constante em Trás-os-Montes

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1592224649003{margin-bottom: 150px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""][better-ads type="banner" banner="3816" campaign="none" count="2" columns="1" orderby="rand" order="ASC" align="center" show-caption="1" lazy-load=""][vc_empty_space height="150px"][better-ads type="banner" banner="3816" campaign="none" count="2" columns="1" orderby="rand" order="ASC" align="center" show-caption="1" lazy-load=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1592224878986{margin-left: 20px !important;}"]A Palombar – Conservação da Natureza e do Património Rural instalou, em março deste ano, a primeira Estação de Anilhagem de Esforço Constante (EAEC) em Trás-os-Montes, localizada na aldeia de Vila Chã da Ribeira (concelho de Vimioso), com o principal objetivo de contribuir para o estudo científico da avifauna presente na região. Inserida na Zona de Proteção Especial (ZPE) e no Sítio de Importância Comunitária (SIC) Rios Sabor e Maçãs da Rede Natura 2000, esta EAEC encontra-se situada numa área com grande diversidade de avifauna e com habitats essenciais à sua conservação. Foram já anilhados 125 indivíduos de 22 espécies diferentes.

A EAEC de Vila Chã da Ribeira foi estabelecida ao abrigo do Projeto Estações de Esforço Constante (PEEC), desenvolvido pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), pela Associação Portuguesa de Anilhadores de Aves (APAA) e pelo Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (CIBIO). Esta EAEC é coordenada pela Palombar e o anilhador responsável é o técnico de ecoturismo da organização Luís Ribeiro.

As EAEC realizam, todos os anos, no período de 25 de março a 22 de julho, um máximo de 12 sessões de captura e anilhagem de aves com recurso a redes verticais durante a época de nidificação. A realização dessas sessões permite obter dados de elevada importância para fazer estimativas fiáveis da densidade de adultos e juvenis de espécies de avifauna presentes numa determinada região em cada época de nidificação, de forma a avaliar as suas tendências populacionais.

Este é um projeto que vai ao encontro da missão da Palombar para o território onde atua, e é certamente um bom contributo para a ornitologia nacional. Estando esta estação localizada em duas áreas protegidas da Rede Natura 2000, nomeadamente a ZPE e SIC Rios Sabor e Maçãs, permite-nos aprofundar a importância deste corredor ecológico para os passeriformes, e, com isso, continuar a contribuir para o estudo, e consequente proteção e valorização dos valores naturais aqui presentes. Esperamos, em breve, poder abranger outros projetos relacionados, e alargar a nossa atuação a outras espécies e habitats, especialmente numa região do país que carece deste tipo de trabalhos mais direcionados", destaca Luís Ribeiro.

O objetivo principal do PEEC é estimar a abundância de adultos e juvenis de várias espécies nidificantes no território nacional e contribuir para a monitorização da biodiversidade em Portugal, com informação relevante sobre as suas dinâmicas populacionais. Visa ainda fornecer dados para o Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal e para o Atlas das Aves Nidificantes em Portugal, informação imprescindível para o conhecimento sobre o estado atual de abundância e distribuição das aves silvestres no país.

A EAEC de Vila Chã da Ribeira instalada pela Palombar está localizada numa área florestal formada por azinheiras, com grande variedade vegetal, apresentando subcoberto de estevas e giestas e, junto às linhas de anilhagem, há ainda manchas de carvalho, um lameiro com freixos e uma zona com sebes composta por pilriteiros e silvas. “A criação desta EAEC é importante, pois permite conhecer melhor a dinâmica populacional dos passeriformes que ocorrem na região e saber, de forma mais aprofundada, que espécies utilizam a zona. Esse conhecimento também poderá ajudarnos a direcionar e adaptar as medidas de gestão dos habitats, no sentido de favorecer, de forma mais eficaz e direcionada, as espécies identificadas e, eventualmente, numa fase mais avançada, poder perceber a influência das medidas já implementadas nas tendências populacionais de determinadas aves, algo que só será possível a médio/longo prazo”, explica o biólogo da Palombar Américo Guedes.

Na EAEC de Vila Chã da Ribeira foram realizadas, até ao momento, cinco sessões de captura e anilhagem, nos dias 8 e 19 de abril e 2, 13 e 23 de maio, tendo sido anilhados 125 indivíduos de 22 espécies diferentes. Entre as espécies já capturadas e anilhadas, destacam-se a toutinegra-real-ocidental (Sylvia hortensis hortensis), uma ave migradora que está “Quase ameaçada” de extinção, segundo o Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal, apresentando uma população reduzida e uma distribuição muito fragmentada no território nacional, e a rola-brava (Streptopelia turtur), espécie igualmente migradora que, apesar de já ter sido muito abundante e de ter um estatuto de ameaça “Pouco preocupante” em Portugal, tem registado um declínio nas suas populações há várias décadas e, atualmente, os seus efetivos são reduzidos, sobretudo no sul do país. Tem um estatuto de ameaça “Vulnerável”, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês).

Toutinegra-real-ocidental: a maior das toutinegras que ocorrem em Portugal.

A toutinegra-real-ocidental passa o período estival na Europa e a invernada a sul do deserto do Saara, no continente africano. O maior efetivo reprodutor desta espécie na Europa está presente na Península Ibérica.

[caption id="attachment_6289" align="alignleft" width="900"] Toutinegra-real (Sylvia hortensis). Foto: Luís Ribeiro[/caption]

É a maior e menos comum toutinegra que ocorre em Portugal e a sua densidade populacional no território nacional é muito reduzida. Mais fácil de identificar pelo tamanho e pelo canto, o macho apresenta o distintivo barrete preto, que começa ao nível do bico, passa por baixo do olho e envolve toda a cabeça, o qual contrasta com a garganta branca. As fêmeas e os juvenis são acastanhados. O seu habitat preferencial é composto por zonas florestais de caducifólias, tais como montados de sobro e azinho, matos e matagais em encostas montanhosas e rochosas, ocorrendo também em áreas com lameiros e galerias ripícolas e ainda em pomares e olivais. Geralmente o coberto arbustivo nas áreas de ocorrência é reduzido ou inexistente. Alimenta-se essencialmente de insetos. Esta espécie nidifica sobretudo em arbustos ou árvores e pode colocar entre três a cinco ovos por ninhada.

Os fatores de ameaça para a toutinegra-real-ocidental ainda não são bem conhecidos. Quer ouvir o canto desta ave? Clique aqui [icon name="volume-up" class="" unprefixed_class=""].

Rola-brava: a espécie mais pequena da família dos pombos

A rola-brava é também uma espécie migradora que, vinda de África, depois de percorrer distâncias que podem ser superiores a 10 000 km, chega a Portugal em abril, onde fica até agosto/setembro, voltando novamente para o continente africano na época de invernada.

[caption id="attachment_6290" align="alignleft" width="900"] Rola-brava (Streptopelia turtur). Foto: Luís Ribeiro[/caption]

Também conhecida por rola-comum, é a espécie mais pequena da família dos pombos (Columbidae) na Europa e a única migradora de longa distância. Distingue-se da rolaturca (Streptopelia decaocto) por apresentar uma plumagem mais vistosa, com zonas castanhas mais marcadas na asa, o que lhe dá um aspeto malhado, o abdómen branco e, de cada lado do pescoço, riscas brancas e pretas. As zonas à volta dos olhos e as patas são avermelhadas. Em voo, é possível observar um padrão mais marcado na cauda com uma transição entre tons de branco e preto bastante definida.

O seu habitat preferido são zonas florestais, pequenos bosques e zonas abertas, com ligação a culturas cerealíferas e pastagens. Alimenta-se principalmente de grãos e sementes, tendo, por isso, uma dieta essencialmente granívora.

É uma espécie monogâmica e o seu ninho é feito sobretudo na copa das árvores ou arbusto altos, e ainda no meio da vegetação. Põe entre um a três ovos por ninhada, com uma média de dois ovos. A rola-brava é uma espécie cinegética e, apesar das medidas de proteção já adotadas na área da caça, como a redução dos quantitativos diários de abate, as suas populações continuam a registar um decréscimo significativo ao longo dos últimos anos. Devido a esse contexto, e com o objetivo de reforçar ainda mais a proteção da espécie, o Memorando de Entendimento para a Preservação e Recuperação da Rola-brava, subscrito pelas três principais organizações do setor da caça, por seis organizações não governamentais do ambiente (ONGA), pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e pelo Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV), considerou a necessidade de se restringir a quatro dias a caça à rola-brava na época venatória de 2020-2021.

[caption id="attachment_6291" align="alignleft" width="900"] Rola-brava (Streptopelia turtur). Foto: Luís Ribeiro[/caption]

Os principais fatores de ameaça para esta espécie são a perda de habitat devido às alterações no uso do solo, a pressão cinegética e a captura e o abate ilegal, principalmente nas zonas de invernada ou quando está em migração para os territórios de reprodução na Europa.
Quer ouvir o canto desta ave? Clique aqui [icon name="volume-up" class="" unprefixed_class=""]!

A Palombar pretende também realizar futuramente na EAEC de Vila Chã da Ribeira ações de formação na área da anilhagem científica, um método de investigação baseado na marcação individual das aves que constitui uma ferramenta indispensável para o estudo científico da avifauna e das suas migrações. A organização tenciona igualmente desenvolver atividades de sensibilização e educação ambiental abertas ao público nesta EAEC e contribuir, desta forma, para aumentar o conhecimento, por parte da comunidade, sobre a biodiversidade do Nordeste Transmontano, tendo como foco a promoção de uma atitude cidadã pró-ativa em prol do desenvolvimento sustentável do território.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Tecnologia inovadora procura responder ao desafio de armazenamento de energia

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1591178810469{margin-bottom: 50px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""]

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[/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1591178797480{margin-left: 20px !important;}"]Tese de investigador da Cátedra Energias Renováveis, apresentada na Universidade de Évora, testa nova tecnologia e soluções de armazenamento de energia solar fotovoltaica para responder às dificuldades da intermitência.

Testar e disponibilizar uma resposta ao desafio do armazenamento de energias renováveis é o principal objetivo da tese defendida por Luís Fialho, investigador na Cátedra Energias Renováveis da Universidade de Évora (CER-UÉ), no doutoramento em Engenharia Mecatrónica e Energia, da Universidade de Évora, que recebeu o Prémio Científico Mário Quartin Graça 2019, na categoria de Tecnologias e Ciências Naturais.

De acordo com Luís Fialho, “se o aumento da capacidade de armazenamento de energia permite garantir a segurança, despachabilidade e fiabilidade dos nossos sistemas elétricos, a variabilidade natural da produção associada a fontes renováveis de energia elétrica coloca desafios adicionais a uma maior penetração das tecnologias verdes”. Mais do que o preço da energia produzida, que obteve em Portugal em 2019 o recorde mundial para o seu valor mais baixo (0.014€/kWh para energia fotovoltaica), um dos maiores obstáculos para a generalização das energias renováveis, como a solar e eólica, é o armazenamento de energia, de forma a conseguir-se uma utilização adequada a diferentes momentos de necessidade. Esta dificuldade verifica-se porque a produção de energia é intermitente. Obedece aos ciclos e condições naturais como a luz solar diurna ou vento disponível. Em contraponto, o consumo rege-se por imperativos e horários distintos dos movimentos e ciclos da natureza. Este é um problema que afeta o espaço doméstico, indústria e inclusive a Rede Nacional de Energia. Para se garantir energia disponível para os ciclos de consumo, mesmo em períodos em que não existe geração, é necessário ultrapassar a barreira da intermitência, através do recurso ao armazenamento.

Em Portugal, o modelo mais utilizado para suplantar esta dificuldade recorre à bombagem reversível em hidroelétricas, que se faz através da circulação de água entre duas barragens em diferentes altitudes. A água é bombeada da barragem em cota inferior para a mais elevada, quando existe excesso de energia, de modo a proceder a um armazenamento para uso posterior. A fragilidade desta solução prende-se com a circunscrição a uma localização geográfica restrita e a uma forte relação com a disponibilidade das reservas hídricas. Um segundo modelo assenta no recurso ao armazenamento em baterias de lítio semelhantes às utilizadas nos dispositivos móveis, mas de maior dimensão. Neste caso, os maiores obstáculos a esta solução residem no custo ainda elevado e no tempo de vida relativamente curto destes equipamentos.

Aplicação de tecnologia

Na tese defendida em Évora, com o título “Photovoltaic generation with energy storage integrated into the electric grid: Modelling, simulation and experimentation”, Luís Fialho desenvolveu o estudo e experimentação de uma tecnologia inovadora – as baterias eletroquímicas de fluxo redox de vanádio, que armazenam eletrões em dois tanques líquidos – a edifícios de serviços, indústrias ou centrais fotovoltaicas. Para desenvolver esta tese, a investigação conjugou a vertente teórica com uma componente experimental muito robusta, que seguiu cinco etapas fundamentais em investigação: componente teórica, modelação, experimentação, implementação e teste.

A componente experimental da tese implicou um trabalho de fundo, em que toda a instalação infraestrutural foi realizada a partir do zero. Todos os painéis fotovoltaicos, equipamentos, computadores e bateria foram instalados. Esta opção inscreve-se na dinâmica do trabalho desenvolvido na CER-UÉ, que procura corresponder ao objetivo de ensaiar equipamentos à escala real.

A partir de um equipamento desenvolvido no Reino Unido, mas que ainda estava circunscrito a utilização em contexto laboratorial, sem utilização comercial, foi desenvolvido um modelo de bateria, de grande dimensão, que foi instalada, integrada e adaptada a uma rede elétrica e sistema fotovoltaico de um edifício da Universidade de Évora. Os testes produziram bons resultados e esta bateria encontra-se em funcionamento continuo desde 2014, sem qualquer degradação da sua performance, sendo previsível que venha a ter um tempo de vida bastante longo. Estes ensaios e investigação visaram a criação de condições para transpor esta tecnologia para o mercado, sendo agora disponibilizada comercialmente pelo seu fabricante.

Na atualidade, a utilização destas soluções encontra-se em fase de amadurecimento, com o aparecimento dos primeiros produtos pré-comerciais e comerciais. Algo que começa a dar os primeiros passos, mas para o qual o investigador alerta existirem inúmeras barreiras de conhecimento do próprio mercado. Os instaladores e empresas especializadas carecem ainda desse conhecimento, além de que existem lacunas na própria dimensão regulatória da lei.

Aplicável a indústria e serviços

Devido à grande proporção, “mais ou menos equivalente a uma garagem individual”, com cerca de 2 por 4 metros e uma altura de 2 metros, as baterias redox vanádio não concorrem no mercado com os dispositivos domésticos e de uso individual. A aplicação destes equipamentos deverá verificar-se sempre a uma escala infraestrutural de grande dimensão, em edifícios de serviços, indústria ou centrais de produção de energia renovável. Segundo Luís Fialho, “numa indústria que disponha de um campo solar fotovoltaico, mas que não consegue utilizar a totalidade da energia produzida durante o dia, a utilização deste tipo de bateria assegura o armazenamento de energia em excesso para posterior utilização em fases de operação que não coincidam com horário diurno”. A utilização deste tipo de bateria assegura o armazenamento de energia em excesso para posterior utilização em fases de operação que não coincidam com horário diurno.

Em contraponto à desvantagem da dimensão, em relação à congénere de iões de lítio, o armazenamento em redox vanádio apresenta-se como menos dispendioso devido a um tempo de vida estimado consideravelmente mais longo do que as baterias de lítio, pois não regista a degradação que se encontra associada a estas. No comparativo com a bombagem reversível, as baterias de líquido conseguem suplantar a limitação geográfica e apresentar um tempo de resposta muito rápido às solicitações de potência/energia.

Esta investigação foi distinguida com o Prémio Científico Mário Quartin Graça 2019, na categoria de Tecnologias e Ciências Naturais, que distinguiu ainda duas outras investigações nas áreas de Contabilidade e Humanidades. Este Prémio, que resulta de uma parceria entre o Banco Santander e a Casa da América Latina, tem o objetivo de promover o mérito das teses de doutoramento que resultam da colaboração entre universidades de Portugal e América Latina ou que detêm especial interesse para as instituições de ensino dos dois lados do Atlântico.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Resíduos Nordeste faz investimentos nos serviços de recolha indiferenciada de lixos da Terra Quente Transmontana

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1591173157406{margin-bottom: 40px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""]

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[/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1591173144410{margin-left: 20px !important;}"]A Resíduos do Nordeste, EIM, SA, pretende assinalar o dia do Ambiente (5 de Junho) com a apresentação pública da nova frota de viaturas a gás natural. Em 17 anos a operar, são profundas as alterações registadas, quer nos serviços prestados, tendo sido alargado o âmbito da empresa, quer ao nível das infra-estruturas, com mais e
melhores equipamentos.

Uma melhoria agora introduzida é o serviço de recolha indiferenciada de resíduos urbanos nos Municípios da Terra Quente Transmontana, que incluí os concelhos de Alfândega da Fé, Carrazeda de Ansiães, Macedo de Cavaleiros, Mirandela e Vila Flor. A resíduos Nordeste vai introduzir novos equipamentos, que constam de seis viaturas de recolha e uma viatura de manutenção de contentores, movidas a Gás Natural Comprimido (GNC), um combustível mais limpo do que o tradicional diesel.

Além de serem energeticamente mais eficientes, as novas viaturas são também mais silenciosas dos que as normalmente utilizadas nestes serviços. "Desde finais de 2018, temos ao serviço equipamentos mais eficientes ao nível da recolha seletiva: 1 camião a gás natural, 2 viaturas híbridas e 1 viatura 100% elétrica sendo agora possível, com 6 camiões a gás natural, começar a alargar a opção estratégica da empresa na aquisição de veículos ecológicos à recolha indiferenciada", refere a Resíduos do Nordeste em comunicado.

Esta prestação de serviços, adjudicada pela Resíduos do Nordeste, após Concurso Público Internacional, ao ACE Terra Quente Transmontana, constituído em partes iguais pelas empresas EcoAmbiente – Consultores de Engenharia, Gestão e Prestação de Serviços, S.A. e P A Residel – Optimização Energética de Resíduos, S.A. representa um conjunto de investimentos que ascende a um montante de 1.763.810,10€.

O contrato inclui ainda, além da nova frota de viaturas mencionada, uma viatura de lavagem de contentores com sistema de reciclagem de água, um sistema de gestão inteligente de viaturas e de contentores, e 2890 contentores de diversas tipologias. A apresentação será realizada no próximo dia 5 de junho, pelas 15h30 horas, no Posto de
Abastecimento de Gás Natural, em Urjais, próximo do Parque Ambiental do Nordeste Transmontano.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Investigadores da UC utilizam resíduos do fruto da nogueira para o combate a nemátodes parasitas de plantas

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1589452133376{margin-bottom: 50px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""][better-ads type="banner" banner="3816" campaign="none" count="2" columns="1" orderby="rand" order="ASC" align="center" show-caption="1" lazy-load=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1589452121118{margin-left: 20px !important;}"]Uma equipa de investigadores do Centro de Investigação em Engenharia dos Processos Químicos e dos Produtos da Floresta (CIEPQPF) e do Centro de Ecologia Funcional (CFE) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) descobriu uma forma de valorizar os resíduos resultantes do processamento do fruto da nogueira, que atualmente não têm qualquer aproveitamento, através da extração de compostos com efeito “nematodicida”, isto é, para o controlo de nemátodes parasitas de plantas que afetam uma ampla gama de espécies economicamente importantes, causando elevadas perdas ao nível da produção (qualidade e quantidade).

Estes novos nematodicidas de origem natural resultam de uma colaboração iniciada há cerca de uma década pelos investigadores Hermínio de Sousa (Departamento de Engenharia Química) e Isabel Abrantes (Departamento de Ciências da Vida), com o objetivo de reutilizar e valorizar resíduos provenientes da indústria agroalimentar através da extração de compostos para posterior utilização em diferentes fins e aplicações.

Nesta procura, os investigadores identificaram dois compostos pertencentes ao grupo das naftoquinonas, que viriam a revelar-se “bionematodicidas” eficazes no combate a nemátodes parasitas de plantas. Os nemátodes parasitas de plantas, com ênfase nos nemátodes das galhas radiculares (Meloidogyne spp.), assim designados por induzirem a formação de galhas no sistema radicular de diversas plantas, são uma das maiores ameaças à produção agrícola em todo o mundo. Estima-se que todos os anos estes nemátodes causem perdas de culturas, a nível mundial, de cerca de 5%, o que constitui um obstáculo à produção agrícola.

As naftoquinonas «são peculiares porque são responsáveis pelo aroma intenso do fruto da nogueira ou da própria árvore. Ao analisar as moléculas das naftoquinonas, verificou-se que estas poderiam funcionar como pesticidas de origem natural por terem semelhanças químicas com moléculas comerciais. Após otimização dos processos de extração, obtivemos um extrato enriquecido em dois compostos: 1,4-naftoquinona e juglona», relatam Carla Maleita e Mara Braga, investigadoras no projeto.

Analisado o extrato obtido, seguiram-se vários testes para verificar a sua eficácia como nematodicida. Os resultados foram muito positivos, revelam as investigadoras da FCTUC: «os compostos ativos identificados no extrato foram testados diretamente em dois tipos de nemátodes fitoparasitas que afetam as culturas do tomateiro e da batateira, nemátodes das galhas radiculares e das lesões radiculares. Ao fim de 72 horas, um dos compostos tinha eliminado mais de 40% dos nemátodes, sem afetar os organismos não alvo do solo e as plantas».

Além de permitir a valorização dos resíduos do fruto da nogueira, como fontes renováveis de produtos à base de naftoquinonas, este estudo contribui igualmente para o desenvolvimento de uma agricultura mais sustentável e amiga do ambiente, constituindo uma alternativa à aplicação de nematodicidas sintéticos, que apresentam elevados impactos na saúde humana e no ambiente.

As investigadoras notam que «os resíduos do fruto da nogueira, que apresentam alguma toxicidade, são normalmente colocados em aterros o que pode originar uma grande concentração de naftoquinonas no solo e, eventualmente, a contaminação dos cursos de água ou dos lençóis freáticos».

Embora ainda seja necessário realizar mais alguns ensaios laboratoriais e no campo, a equipa acredita que, a médio prazo, estes extratos possam vir a integrar produtos nematodicidas comerciais «desde que a indústria mostre interesse. Temos vários indicadores de que é possível ter um produto desta natureza e com esta capacidade nematodicida no mercado, uma vez que os extratos desenvolvidos revelaram ser uma alternativa eficaz aos nematodicidas sintéticos», concluem Carla Maleita e Mara Braga.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Águia-imperial-ibérica regressa a Trás-os-Montes

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1589367362262{margin-bottom: 50px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""]

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[/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1589367347756{margin-left: 20px !important;}"]Uma águia-imperial-ibérica (Aquila adalberti) imatura (palhiço – segunda plumagem) foi registada no dia 30 de abril de 2020, através de câmaras de fotoarmadilhagem colocadas por técnicos da organização não governamental de ambiente Palombar – Conservação da Natureza e do Património Rural num dos Campos de Alimentação para Aves Necrófagas (CAAN) geridos pela organização no concelho de Mogadouro no âmbito do projeto “LIFE Rupis – Conservação do Britango (Neophron percnopterus) e da Águia-perdigueira (Aquila fasciata) no vale do rio Douro” (www.rupis.pt [icon name="external-link" class="" unprefixed_class=""]).

Este CAAN está localizado no Parque Natural do Douro Internacional (PNDI). Atualmente, esta espécie está restrita como nidificante em Portugal e em Espanha, constituindo por isso um endemismo da Península Ibérica e é uma das aves de rapina mais ameaçadas da Europa, estando igualmente entre as mais raras a nível mundial, tendo um estatuto e conservação “Criticamente em Perigo” em Portugal.



Este é o segundo registo que a Palombar faz de um indivíduo imaturo da espécie no Nordeste Transmontano, região onde atualmente não existem casais reprodutores de águia-imperial-ibérica. O primeiro registo ocorreu no dia 4 de setembro de 2018 num CAAN gerido pela organização no concelho de Miranda do Douro e igualmente localizado no PNDI.

O avistamento de indivíduos desta espécie é muito raro tão a norte do país. Tratando-se de uma águia-imperial-ibérica imatura, o mais provável é que esteja em dispersão e a estabelecer o seu território, o que poderá ser um sinal do seu possível retorno a esta região do país, que a espécie já ocupou no passado.

Os dois registos efetuados pela Palombar desta espécie ocorreram em CAAN geridos pela organização, o que demonstra o papel fundamental destes campos de alimentação para a conservação de espécies estritamente e/ou parcialmente necrófagas com estatuto de conservação muito desfavorável, como é o caso desta rapina ibérica, sobretudo para os
indivíduos imaturos. Estes são também reveladores do amplo impacto que o projeto LIFE Rupis tem tido, desde que começou a ser implementado, em 2015, na preservação de várias aves de rapina e necrófagas ameaçadas não só na Península Ibérica, como também na Europa.

Nos finais da década de 70 e inícios dos anos 80, a população reprodutora da espécie Aquila adalberti desapareceu em Portugal e a nidificação só voltou a ser confirmada em 2003 na região do Tejo Internacional, na Beira Baixa.

Fruto de vários esforços de conservação que têm vindo a ser dedicados a esta espécie, ela tem vindo a colonizar lentamente o território nacional. Em 2018, a população nacional nidificante totalizou 17 casais distribuídos pelas regiões da Beira Baixa, Alto Alentejo e Baixo Alentejo, sendo que esta espécie ainda apresenta, em território nacional, o estatuto de conservação mais preocupante: “Criticamente em Perigo”, segundo o Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal. Está também atualmente classificada como “Em Perigo” no Livro Vermelho das Aves de Espanha e ainda como “Vulnerável” pela Lista Vermelha da União Internacional para Conservação da Natureza.

Em Espanha, de acordo com dados oficiais da Junta de Castilla y León, em 2019, foi confirmada a existência de três casais reprodutores na província espanhola de Salamanca e de um na província de Zamora, áreas limítrofes ao Nordeste Transmontano.

O tamanho da sua população reprodutora é tão reduzido que existe um elevado risco de extinção da espécie face ao aparecimento, por exemplo, de uma doença, por redução significativa da população devido a alta mortalidade e períodos consecutivos de baixa produtividade e/ou por deterioração genética (devido à possível reprodução entre
indivíduos da mesma “linhagem”, diminuindo a viabilidade e a diversidade genética da espécie), de acordo com dados do projeto “LIFE Imperial Conservação da Águia-imperialibérica (Aquila adalberti) em Portugal” (www.lifeimperial.lpn.pt [icon name="external-link" class="" unprefixed_class=""]).



Águia-imperial-ibérica: que espécie é esta?

É uma águia de grandes dimensões que se caracteriza pelas asas compridas e largas e a cauda relativamente curta. A cabeça e o bico são maciços. A plumagem atravessa seis fases distintas até atingir a coloração de adulto. Esta é praticamente negra, com as penas da parte posterior da cabeça e da nuca douradas. Nas asas, um bordo branco de dimensões variáveis delimita os ombros. A base da cauda é cinzenta clara com uma barra terminal larga de cor preta.

Dieta

Esta espécie alimenta-se principalmente de coelho-bravo, mas também fazem parte da sua dieta a lebre, a perdiz, os pombos, os corvídeos e outras aves, mamíferos de médio e pequeno porte e ainda répteis, como sardões e cobras. Alimenta-se também de cadáveres, sendo parcialmente necrófaga.

Reprodução

Nidifica em árvores de grande porte, sobretudo em pinheiros, sobreiros e eucaliptos. Pode também usar ninhos de anos anteriores ou ocupar ninhos alternativos. Normalmente coloca entre um a quatro ovos por ninhada.

Comportamento

É uma espécie predadora de topo e muito territorial que utiliza extensas áreas de caça. Os casais mantêm-se no seu território ao longo de todo o ano, enquanto as aves jovens efetuam movimentos dispersivos, frequentando áreas com grande disponibilidade de alimento até se fixarem como reprodutoras, o que ocorre quando atingem a idade de três a cinco anos.

Habitat

Habita sobretudo em montados e mata mediterrânica intercalados com áreas abertas de cerealicultura e pastagens.

Principais ameaças

Declínio das populações de coelho-bravo, uso ilegal de venenos, abate a tiro, perda e degradação de habitat, eletrocussão em linhas elétricas e perturbação nas áreas de nidificação.

Campos de Alimentação para Aves Necrófagas: qual é a sua importância?

Os CAAN são fundamentais para assegurar a conservação de espécies de aves com hábitos alimentares necrófagos. Todas as espécies de aves necrófagas registadas em Portugal estão legalmente protegidas e, a grande maioria, apresenta um estatuto de conservação delicado.

Uma das principais ameaças que enfrentam estas aves é a falta de disponibilidade de alimento, a qual foi agravada com a chamada crise das “Vacas Loucas”, que levou a que as carcaças de gado (a principal fonte de alimento para os abutres) não pudessem mais ficar no campo.

Os CAAN surgem exatamente para fazer face a esta ameaça e aumentar a quantidade de alimentos disponíveis para estas espécies, sobretudo no período reprodutivo, quando há uma maior exigência energética não só por parte das progenitoras, como também das crias após o nascimento.

Além dos CAAN, a Palombar também desenvolveu estruturas móveis de alimentação para aves necrófagas que permitem dar uma resposta mais rápida e localizada às necessidades alimentares das espécies no território.

Aproveitando as recentes alterações na legislação portuguesa, a organização tem vindo igualmente a trabalhar na implementação de áreas de alimentação para aves necrófagas fora dos CAAN, uma abordagem que favorece o fornecimento de alimento de uma forma natural, não previsível e com maiores benefícios para as espécies e para os seus hábitos de prospeção de alimento.

Projetos e investigação científica

Nos últimos anos, a Palombar tem desenvolvido e/ou integrado vários projetos de conservação de aves necrófagas e de investigação científica sobre estas espécies. O projeto LIFE Rupis, o ‘ConnectNatura - Reforço da Rede de Campos de Alimentação para Aves Necrófagas e Criação de Condições de Conectividade entre Áreas da Rede Natura 2000' (connectnatura.pt) e o 'Sentinelas - marcação e seguimento de grifos Gyps fulvus como ferramenta de combate ao uso ilegal de venenos em Portugal' (wwww.sentinelas.pt [icon name="external-link" class="" unprefixed_class=""]) são três deles. A organização tem também realizado trabalhos de investigação científica na área da conservação das aves necrófagas e da perceção social sobre estas espécies, os quais já foram apresentados em congressos e seminários nacionais e internacionais.

A Palombar – Conservação da Natureza e do Património Rural é uma organização não governamental de ambiente sem fins lucrativos, criada em 2000, que tem como missão conservar a biodiversidade, os ecossistemas selvagens, florestais e agrícolas e preservar o património rural edificado, bem como as técnicas tradicionais de construção. A organização, que atua orientada por uma abordagem pedagógica e de cooperação, promove também a investigação científica nas áreas da ecologia, biologia da conservação e gestão de ecossistemas, a educação ambiental, o desenvolvimento das comunidades e a dinamização do mundo rural. A área de intervenção da Palombar é principalmente a região de Trás-os-Montes, contudo, a organização tem vindo a expandir o seu território de atuação.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

O reflexo da pandemia no sistema de defesa da floresta contra incêndios em 2020

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css="" custom-css-class="" custom-id=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1588864079796{margin-left: 20px !important;}"]Perceber quais os principais desafios suscitados pela pandemia COVID-19 e quais as estratégias definidas por cada um dos três pilares do Sistema Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios (SNDFCI) para lhes dar resposta é o objetivo de um Webinar que vai realizar-se no próximo dia 12 de maio, entre as 15 e as 17 horas.


Intitulado “O reflexo da COVID-19 no sistema de defesa da floresta contra incêndios em 2020”, este Webinar é promovido pelo Centro de Estudos sobre Incêndios Florestais (CEIF) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), coordenado pelo cientista Domingos Xavier Viegas.


Neste período de «grandes desafios motivados pela COVID-19, vários setores da nossa sociedade veem-se confrontados com a necessidade de se adaptarem a uma nova realidade. A proteção civil é sem dúvida um dos setores em que este desafio mais se evidencia, não apenas pelas suas competências na área da saúde, mas também pelas características das suas atividades operacionais que pouco se coadunam com o isolamento social», afirmam os responsáveis pela organização do evento.


Por isso, notam, «a adaptação do sistema de defesa da floresta contra incêndios aos constrangimentos provocados pela COVID-19 merece uma reflexão. Seguramente que existirão muitas dúvidas e várias opiniões sobre as melhores práticas a seguir para responder da melhor forma à época mais crítica de incêndios que se avizinha. Uma reflexão conjunta sobre esta temática permitirá uma melhor adaptação a esta nova realidade, tanto numa perspetiva regional e nacional, como na perspetiva de atuação de cada entidade envolvida no SNDFCI».


Participam na sessão cientistas, médicos, bombeiros e responsáveis da Guarda Nacional Republicana (GNR), da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) e do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).


Devido ao interesse gerado pela iniciativa, as inscrições estão neste momento a ficar em lista de espera, dado que as 300 vagas disponibilizadas foram já preenchidas. O CEIF pretende transmitir o evento através do seu canal de Youtube [icon name="youtube" class="" unprefixed_class=""].[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Cientistas encontram níveis alarmantes de microplásticos no fundo do mar

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1588414366953{margin-bottom: 40px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""][better-ads type="banner" banner="3816" campaign="none" count="2" columns="1" orderby="rand" order="ASC" align="center" show-caption="1" lazy-load=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1588414353374{margin-left: 20px !important;}"]Um projecto de investigação internacional detetou os mais altos níveis de microplástico até agora registados no fundo do mar, com valores até 1,9 milhão partículas que cobriam uma camada fina de apenas um metro quadrado.

Mais de 10 milhões de toneladas de resíduos plásticos entram nos oceanos em cada ano. O lixo de plástico que invadiu as águas do mar atraiu o interesse público, graças aos movimentos do 'Blue Planet Effect', que apelou à não utilização de palhinhas e sacos plásticos na nossa economia. No entanto, essas acumulações representam menos de 1% do plástico total que entra nos oceanos de todo o mundo.

Acreditava-se que 99% do plástico vá parar ao fundo do mar, mas até agora não havia estudos que comprovassem onde ele ia realmente parar. Um trabalho publicado esta semana na revista Science [icon name="external-link" class="" unprefixed_class=""] , de investigadores ligados à Universidade de Manchester , ao Centro Nacional de Oceanografia do Reino Unido, à Universidade de Bremen (Alemanha), à IFREMER (França) e à Universidade de Durham (Reino Unido) mostraram como as correntes marinhas que se processam no fundo do mar agem como correias transportadoras, levando pequenos fragmentos e fibras de plástico pelos fundos dos mares do planeta, onde se concentram enormes quantidades sedimentares de microplástico.

[caption id="attachment_5515" align="alignleft" width="953"] Deep Ocean Microplastic Current Hotspots2[/caption]

O principal autor do estudo, Ian Kane, da Universidade de Manchester, disse a propósito deste trabalho de investigação, que “quase todo mundo já ouviu falar das infames 'manchas de lixo' de plástico flutuante, mas ficamos chocados com as altas concentrações de microplásticos encontrados nas profundezas do oceano. Descobrimos que os microplásticos não estão uniformemente distribuídos, sendo arrastados por poderosas correntes do fundo do mar que o concentram em determinadas áreas”, afirmou o cientista.

Os microplásticos que se encontram na actualidade no fundo dos oceanos são compostos principalmente por fibras de tecidos, porque estes resíduos não são filtrados nas estações de tratamento de águas residuais domésticas e entram facilmente nos rios e nos oceanos.

Uma vez nos oceanos, esses micro-resíduos são transportados rapidamente por fortes correntes subaquáticas até ao fundo do mar. Uma vez aqui, os microplásticos são facilmente capturados e transportados por correntes que fluem continuamente.

Essas correntes oceânicas profundas também carregam água e nutrientes oxigenados, o que significa que se podem gerar camadas sedimentares que abrigam ecossistemas que consomem ou absorvem esses microplásticos.

Este estudo fornece a primeira ligação directa entre o comportamento das correntes profundas do mar e as concentrações de microplásticos, podendo os seus resultados ajudar a prever a localização de outros pontos saturados de microplásticos e os impactos diretos mais precisos desse lixo na vida marinha.

A equipa recolheu amostras de sedimentos do fundo do mar do Tirreno (parte do Mar Mediterrâneo) e combinou-as com modelos calibrados de correntes oceânicas profundas com mapeamentos já detalhados. No laboratório, os microplásticos foram separados do sedimento, contados ao microscópio e posteriormente analisados por espectroscopia de infravermelhos para determinar os tipos de plástico. Usando essas informações, a equipa conseguiu mostrar como as correntes oceânicas controlavam a distribuição de mioplásticos no fundo do mar.

Mike Clare, do Centro Nacional de Oceanografia do Reino Unido , que foi um dos responsáveis da investigação, salientou que este estudo “mostrou como a análise detalhada das correntes do fundo do mar nos podem ajudar a perceber as vias de transporte do microplástico até ao fundo do mar e identificar os locais exactos onde este se concentra . Os resultados do nosso estudo apontam para a necessidade de intervenções políticas, no sentido de limitar o fluxo futuro de plásticos para ambientes naturais e minimizar os impactos nos ecossistemas oceânicos”, salientou o investigador.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Emissões contínuas de CO2 vão acabar por prejudicar a estrutura do pensamento humano

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[bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1587721943132{margin-top: 20px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1587722924908{margin-top: 20px !important;margin-left: 15px !important;}"]À medida que o século XXI avança, o aumento das concentrações atmosféricas de dióxido de carbono (CO2) fará com que os níveis urbanos também aumentem, de forma que   no final do século, as pessoas poderão ser expostas a níveis  de CO2  mais do que três vezes os níveis atuais e muito além do que os humanos já alguma vez experimentaram.

O aumento do dióxido de carbono atmosférico (CO2), sobretudo nos grandes centros urbanos, poderá causar uma redução da capacidade de o ser humano elaborar um pensamento estratégico e complexo. A exposição a valores cada vez mais elevados das pessoas a este gás, poderá interferir com a capacidade de tomadas de decisão, salienta um estudo conduzido na Universidade do Colorado em Boulder [icon name="external-link" class="" unprefixed_class=""].

"É incrível como os altos níveis de CO2 atingem espaços fechados", disse Kristopher  Karnauskas,bolsista do CIRES e professor associado da CU Boulder e principal autor do novo estudo publicado na revista AGU GeoHealth [icon name="external-link" class="" unprefixed_class=""]. "Isso afetará todo mundo, desde crianças pequenas nas salas de aula, a cientistas, empresários e pessoas comuns que vivem em suas casas.

Shelly Miller, professora da escola de engenharia e co-autor da CU Boulder, acrescenta que "a ventilação de um edifício normalmente nivela os níveis de CO2 , mas há situações em que muita gente já sente a falta de ar fresco suficiente para diluir o CO2 ".

Quando respiramos ar com altos níveis de CO2 , os níveis de CO2  também aumentam no nosso sangue, reduzindo assim a quantidade do oxigénio que chega ao nosso cérebro. Estudos recentes mostram que isso poderá aumentar a sonolência e a ansiedade e prejudicar  profundamente a função cognitiva.

Todos já vamos conhecendo esta sensação, sente-se frequentemente quando nos encontramos numa sala abafada e lotada e muitos de nós começam a sentir-se sonolentos.

Os níveis atmosféricos de CO2 têm aumentado desde a Revolução Industrial, atingindo um pico de 414 ppm no Observatório Mauna, no Havaí em 2019. No cenário atual em que as pessoas habitam e exploram os recurso do planeta, sem grandes preocupações para reduzir as emissões de gases, prevê-se que os níveis de CO2 ao ar livre possam subir para 930 ppm até 2100.

Kristopher  Karnauskas e os seus colegas desenvolveram uma abordagem teórica que estabelece uma relação direta entre  as futuras concentrações previstas de CO2 ao ar livre  e o impacto na cognição humana.

Segundo os dados presentes neste estudo, valores externos de CO2   a 1400 ppm no ar que respiramos  podem reduzir a nossa capacidade básica de tomadas de decisão em 25% e afetar o nosso pensamento estratégico complexo em cerca de 50%, dizem os autores desta investigação.

A equipe responsável pela elaboração deste artigo também salienta que a melhor maneira de evitar níveis perigosos de concentração de CO2 na atmosfera, é reduzir as emissões de combustíveis fósseis. Isso exigiria estratégias de mitigação adotadas a um nível global.

Referência:
Kristopher B. Karnauskas, Shelly L. Miller, Anna C. Schapiro. Fossil fuel combustion is driving indoor CO2 toward levels harmful to human cognitionGeoHealth, 2020; DOI: 10.1029/2019GH000237 [icon name="external-link" class="" unprefixed_class=""]


[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Quinoa pode ser uma solução para no futuro ajudar a alimentar a população mundial

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css="" custom-css-class="" custom-id=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1587324966281{margin-left: 10px !important;}"]Um artigo publicado na Revista Nature [icon name="external-link" class="" unprefixed_class=""], sintetiza os resultados de um processo de investigação levado a cabo por um grupo de estudiosos da Universidade de Ciência e Tecnologia King Abdullah (KAUST), Arábia Saudita. Este trabalho apresenta a primeira sequência do genoma da quinoa Chenopodium , tendo identificado os genes susceptíveis de serem manipulados para alterar as condições de adaptação da planta a diferentes solos e climas.

O trabalho destes investigadores é de enorme importância, uma vez que a quinoa se apresenta como uma solução alimentar capaz de responder ao crescimento da população mundial das próximas décadas, podendo prosperar em ambientes agressivos e crescer bem em terras pobres e de baixa qualidade pedológica.

A quinoa foi o principal grão a integrar a alimentação das antigas civilizações andinas, mas a produção foi sendo abandonada com a chegada dos colonizadores espanhóis, o que significa que a quinoa nunca foi totalmente domesticada ou cultivada em todo o seu potencial, apesar de fornecer uma fonte muito mais equilibrada de nutrientes para os seres humanos do que os restantes cereais", salienta um dos responsáveis deste estudo, Mark Tester.

Com este estudo, dá-se um primeiro passo para melhorar o entendimento dos processos de crescimento da quinoa, a forma como amadurece e como produz as sementes. A equipa de Mark Tester decidiu sequenciar o seu genoma, usando uma combinação de técnicas, incluindo tecnologias de ponta para o sequenciamento e mapeamento genético, de forma a reunir informações precisas sobre os cromossomas da Quinoa de Chenopodium(quinoa). Este trabalho permitiu também entender as características e os mecanismos de crescimento da planta.

"O grande problema da quinoa é ela produzir naturalmente sementes com sabor amargo. Isso ocorre devido ao acumulo de compostos químicos chamados saponinas. Identificamos um dos genes que acreditamos controlar a produção de saponinas na quinoa, o que  no futuro facilitará o melhoramento de plantas sem saponinas para tornar o sabor das sementes mais doce ", referiu o investigador.

Existe um imenso potencial para sequenciar com maior precisão o genoma da quinoa e, portanto, para modificá-la no sentido de lhe atribuir um uso comercial com uma maior escala. Por exemplo, os agricultores poderão usar essas informações genéticas para aprender como controlar o tamanho da planta e assim produzir plantas mais pequenas e mais robustas, com menor probabilidade de caírem. Essas plantas mais estáveis poderão então suportar cabeças de sementes maiores e serem cultivadas em grandes explorações agrícolas.

"Nós já sabemos que a família das plantas de quinoa é incrivelmente resistente. Pode crescer em solos pobres, salgados e em grandes altitudes. É realmente uma planta muito resistente. A quinoa pode fornecer uma fonte de alimento saudável e nutritiva para a humanidade, usando terra e água que atualmente não podem ser usadas. O estudo que fizemos do seu genoma constitui um importante passo para atingir esse objetivo ", reforça Mark Tester, coordenador da equipa que realizou esta investigação.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Estudo internacional alerta que as redes tróficas naturais estão em perigo

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css="" custom-css-class="" custom-id=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1585921244510{margin-left: 15px !important;}"]Não é só o clima que está a mudar, mas a parte viva do nosso planeta também está a ser rapidamente modificada pela ação humana, dando corpo a um conjunto de Alterações Biológicas Globais. O alerta é de três investigadores da Universidade de Coimbra (UC), da Oregon State University (USA) e do Instituto Mediterráneo de Estudios Avanzados (CSIC-UIB, Espanha), num artigo científico publicado hoje na Web Ecology [icon name="external-link" class="" unprefixed_class=""].

Neste trabalho, os investigadores recolheram evidências «incontornáveis» de que essas alterações biológicas «não afetam apenas algumas espécies isoladas, mas que simplificam redes alimentares inteiras, ameaçando a persistência das comunidades biológicas naturais a longo prazo. Devemos tomar medidas urgentes para proteger a integridade das cadeias tróficas naturais, sob o risco de empurrarmos rapidamente ecossistemas inteiros para fora dos seus limites de segurança», afirma Ruben Heleno, coautor do artigo e investigador do Centre for Functional Ecology – Science for People & the Planet da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC).

[caption id="attachment_4399" align="alignleft" width="960"] Figura 1. Fragmento de uma cadeia alimentar açoriana e as interações bióticas que ligam plantas, herbívoros, seus parasitóides e aves frugívoras e seus parasitas externos. A visualização da rede foi construída com o software Network3D (Williams, 2010), com base em dados de Heleno et al. (2013) e Heleno et al. (2010).[/caption]


De referir que há quase três décadas, 1.700 cientistas emitiram um primeiro aviso à humanidade, alertando para a necessidade de proteger a “rede de interdependências entre seres vivos (…) cujas interações e dinâmicas apenas em parte compreendemos”. Desde então, cientistas de todo o mundo abraçaram completamente esta missão de descobrir as regras que regem a formação, funcionamento e resiliência das complexas redes de interações biológicas que em última análise suportam a vida na Terra.

Recentemente, um segundo aviso foi emitido e assinado por mais de 15.000 cientistas de 187 países declarando que “para prevenir a miséria generalizada e uma catastrófica perda de biodiversidade, a humanidade não pode seguir na atual trajetória de business as usual e deve enveredar por uma alternativa mais sustentável”.

No estudo agora publicado, explica Ruben Heleno, «adotamos uma visão mais alargada de biodiversidade e reavaliamos o estado das redes alimentares no mundo, a sua capacidade de resistir face a ameaças externas, e sobre a capacidade de detetarmos sinais de alerta que nos avisem sobre o eventual colapso das redes tróficas naturais».

As evidências, prossegue, «mostram que a maioria dos motores das alterações globais, como por exemplo o aumento da temperatura, as invasões biológicas, perda de biodiversidade, fragmentação de habitat, e sobre-exploração, tendem a simplificar as redes tróficas, concentrando os fluxos de matéria e energia na natureza através de menos vias, ameaçando a persistência das comunidades biológicas no longo prazo.

Ainda mais preocupantes, são as observações que mostram que comunidades inteiras podem passar rapidamente de elevados níveis de diversidade para comunidades totalmente empobrecidas, onde apenas algumas espécies se mantêm, com poucos ou nenhuns sinais de alerta».

O investigador da UC salienta ainda que, «de um modo geral, a melhor evidência mostra claramente que para além de termos de enfrentar o desafio das alterações climáticas e de contrariar a tendência de extinção de espécies ameaçadas, precisamos igualmente de enfrentar o desafio de travar as alterações biológicas globais e especificamente de proteger as redes alimentares na natureza, ou arriscamo-nos a assistir ao colapso de ecossistemas inteiros».

Em simultâneo, nota Ruben Heleno, «precisamos de perceber melhor os potenciais efeitos sinergísticos ou atenuadores entre os motores das alterações climáticas e biológicas. Aqui, destacamos os principais desafios à conservação das redes alimentares na natureza e os avanços recentes que nos podem ajudar enfrentar esses desafios».[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Projeto europeu TRIPLE-C divulga as melhores práticas na prevenção e gestão de riscos associados a alterações climáticas

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css="" custom-css-class="" custom-id=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1585664559525{margin-left: 15px !important;}"]O projeto “Triple-C – Capitalising Climate Change Projects in Risk Management for a better Atlantic Area Resilience”, do qual faz parte a Universidade de Coimbra (UC), vai selecionar e transferir os melhores exemplos de boas práticas identificadas em projetos europeus, no domínio da prevenção e gestão de riscos decorrentes das alterações climáticas, para que estas sejam tidas em consideração na formulação de políticas regionais e europeias. Este trabalho de capitalização servirá também de base para a próxima geração de programas de cooperação transnacional.


De forma a alcançar estes objetivos, a plataforma TRIPLE-C, um dos principais resultados do projeto, vai compilar toda a informação dos projetos capitalizados, convertendo-se numa fonte essencial de informação sobre iniciativas focadas na adaptação às alterações climáticas.


Assim, a plataforma TRIPLE-C e o compêndio de projetos capitalizados partilharão os melhores exemplos de boas práticas em toda a Europa em matéria de gestão e prevenção dos riscos associados às alterações climáticas. Esta plataforma estará ativa pelo menos durante 5 anos após a conclusão do projeto, de forma a permitir o acesso dos profissionais e das autoridades locais, regionais e nacionais a uma aprendizagem contínua.


O Projeto Triple-C, financiado pela União Europeia (UE), através do programa Interreg Altantic Area, junta em consórcio o NEIKER - Instituto Vasco de Investigación y Desarrollo Agrario, a L'Association Climatologique de la- Moyenne-Garonne et du Sud Ouest (ACMG), a Chambre d'Agriculture de la Dordogne (CDA24), o Westcountry Rivers Trust (WRT), o Limerick Institute of Technology (LIT), a Universidade de Coimbra (UC), a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e o Spanish National Research Council (CSIC).


Os parceiros vão selecionar, organizar e atualizar as metodologias, resultados e instrumentos obtidos a partir dos diferentes projetos na área da gestão e prevenção dos


riscos associados às alterações climáticas. Vão também identificar os resultados e boas práticas que merecem maior difusão e exploração. Um dos objetivos estabelecidos pelo consórcio do Triple-C é capitalizar os projetos através do intercâmbio de boas práticas e experiências entre parceiros, bem como através da identificação de barreiras e soluções e da formulação de recomendações. Pretende-se ainda assegurar a máxima visibilidade dos produtos, metodologias, atividades e resultados dos projetos a nível europeu.


O projeto TRIPLE-C incluirá igualmente o diagnóstico do impacto dos projetos capitalizados, reunindo os melhores resultados destes projetos, através da elaboração de orientações para a próxima geração de programas de cooperação da União Europeia, em matéria de gestão dos riscos das alterações climáticas.


As atividades e eventos levados a cabo pelos parceiros, em conjunto com os responsáveis pelos projetos capitalizados, criarão sinergias e permitirão reforçar as capacidades dos planos de ação climática. A conferência final, a realizar em Bruxelas, contribuirá para reforçar a importância de integrar a mitigação e a adaptação às alterações climáticas, assim como a gestão e prevenção dos riscos conexos, nas políticas sectoriais regionais, nacionais e comunitárias, e nos fundos comunitários. As atividades do projeto TRIPLE-C irão abranger aproximadamente 800 mil pessoas que beneficiam de medidas de proteção contra inundações e incêndios florestais.


O projeto TRIPLE-C tem um custo total de 1.6 milhões de euros, 75% do qual é assegurado pelo INTERREG Espaço Atlântico, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).


O INTERREG Espaço Atlântico é um programa de financiamento que promove a cooperação transnacional em 36 regiões atlânticas de cinco países europeus. Com um orçamento total de 185M€, dos quais 140M€ são FEDER, o Programa cofinancia projetos de cooperação nos domínios da Inovação & Competitividade, Eficiência dos Recursos, Gestão dos Riscos Territoriais, Biodiversidade e Património Natural e Cultural.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Ministro do Ambiente agradece a profissionais da higiene urbana e lembra os cuidados a ter em conta nesta época de pandemia

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css="" custom-css-class="" custom-id=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1585153093518{margin-left: 15px !important;}"]O Ministro do Ambiente e Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, gravou uma mensagem de agradecimento aos profissionais da higiene urbana e da gestão de resíduos. Na mensagem, apela, igualmente, a que se sigam as regras de eliminação de luvas e de máscaras e, também, que se faça uma gestão mais cuidada dos resíduos urbanos.

Matos Fernandes agradece a todos os que estão, agora e sempre, na linha da frente, garantindo a higiene pública de que todos desfrutamos.

O Ministro pede aos trabalhadores que sigam escrupulosamente as medidas de segurança, nomeadamente reforçando a higiene dos equipamentos de proteção individual.

Por outro lado, lembra que, com muitas pessoas em casa, em cumprimento da obrigação de recolhimento, houve um aumento substancial da produção de resíduos em zonas residenciais.

Perante este desafio, o Ministro sublinha que todos os resíduos produzidos em casas com casos de infeção ou suspeita de contaminação devem ser colocados no lixo comum. O saco do lixo não deve ser completamente cheio e deve certificar-se que é colocado dentro de outro saco.

As luvas, máscaras e os lenços de papel (mesmo sem estarem contaminados) devem ser sempre colocados no lixo comum, e nunca, mas nunca, no ecoponto ou na sanita.

Neste momento não se deve deixar no exterior da casa móveis, colchões ou outros “objetos fora de uso”. Os serviços de higiene urbana precisam de racionar os seus recursos neste momento e a recolha de “monos” não é urgente.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Para a prevenção do COVID-19: novos cuidados na deposição dos resíduos

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css=".vc_custom_1584638765532{margin-right: 15px !important;}" custom-css-class="" custom-id=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text]Durante o combate à pandemia do coronavírus, a EGF solicita à população que todos cumpram novas regras no manuseamento do lixo doméstico. Se tiver na sua família pessoas infetadas (ou com essa suspeita) lembre-se que os seus resíduos também podem estar infetados.


Por isso, deverá colocar os resíduos em sacos de lixo resistentes e descartáveis, com enchimento até 2/3 (dois terços) da sua capacidade – não encher totalmente os sacos. Os sacos devem ser devidamente fechados e colocados dentro de um segundo saco, devidamente fechado, e este deve ser depositado no contentor de lixo comum (resíduos indiferenciados). Os sacos devem ser sempre colocados dentro do contentor – não deixe o saco no chão. Se estiver cheio, coloque no contentor mais próximo ou utilize quando estiver disponível.


Para além disso, as máscaras, luvas e lenços devem ser sempre colocados no contentor do lixo comum. Os trabalhadores do setor da recolha e tratamento de resíduos continuam todos os dias a contribuir para a limpeza das nossas ruas, através da recolha seletiva, e a garantir o tratamento dos nossos resíduos. A melhor forma de lhes agradecer é partilhar e cumprir estas regras e ser compreensivo para com as adaptações à recolha que o seu município.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Utilizar os resíduos da madeira do eucalipto para o tratamento de águas residuais

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-push-notification style="t2-s1" title="Subscribe for updates" show_title="0" icon="" heading_color="" heading_style="default" title_link="" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" bs-text-color-scheme="" css="" custom-css-class="" custom-id=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text]Pela primeira vez, uma equipa de investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) desenvolveu floculantes naturais a partir de resíduos da madeira de eucalipto para tratamento de águas residuais.

A floculação é uma etapa essencial no tratamento tradicional de efluentes, muito utilizada nas estações de tratamento de águas residuais municipais ou industriais (ETARs), e consiste na agregação de pequenas partículas, formando flocos (aglomerados de partículas) que permitem depois a remoção de contaminantes. No entanto, atualmente, os materiais utilizados para promover a floculação, os designados floculantes, são de origem fóssil (petrolífera), os mais comuns à base de poliacrilamidas.

Além de não serem biodegradáveis, os floculantes tradicionais apresentam várias desvantagens, tornando premente a procura de abordagens ecológicas para o desenvolvimento de novos floculantes existentes na natureza, sobretudo com base em subprodutos naturais.

Considerando a quantidade de resíduos de eucalipto que é produzida anualmente, em resultado da atividade da indústria da pasta do papel no nosso país, a equipa liderada por Graça Rasteiro, do Departamento de Engenharia Química da FCTUC, decidiu apostar neste subproduto.

A investigação foi realizada no âmbito do projeto europeu ECOFLOC, na tipologia de doutoramento em ambiente empresarial europeu (Marie Curie - People), e envolveu também a Universidade de Leeds (Reino Unido) e uma empresa suíça especializada em reciclagem e tratamento de águas residuais.

A partir da transformação de materiais extraídos dos resíduos de eucalipto, os investigadores desenvolveram um conjunto de “eco-floculantes” de base celulósica com diferentes características que se ajustassem a diferentes aplicações.

«A nossa abordagem ecofriendly consistiu em purificar e modificar estes resíduos lenhocelulósicos para produzir polieletrólitos (polímeros com carga) de base natural que promovessem a floculação. Foi um processo complexo, desde logo porque a celulose não é solúvel, o que é um grande obstáculo, porque os polieletrólitos têm de ser solúveis para atuarem como floculantes. Portanto, tivemos de efetuar extrações da matéria-prima inicial que otimizámos para serem o mais brandas possível e várias modificações para que o produto final fosse solúvel», explica Graça Rasteiro.

Superado este primeiro desafio, a equipa, que teve também como investigador José Gamelas, do Centro de Investigação em Engenharia dos Processos Químicos e dos Produtos da Floresta (CIEPQPF), desenvolveu uma gama alargada de floculantes naturais, biodegradáveis, apropriados para diferentes aplicações para além do tratamento de efluentes (o foco deste projeto), como, por exemplo, na indústria de cosmética ou alimentar. Os produtos obtidos foram extensivamente caracterizados quanto à sua composição química, estrutura e morfologia.

De seguida, os “eco-floculantes” foram testados com sucesso, primeiro em efluentes modelo e posteriormente em efluentes reais fornecidos por uma indústria têxtil (Rosários 4) de Mira de Aire. «Tal como pretendido, permitiram aumentar a remoção de cor e da turbidez. Comparando com o uso de poliacrilamidas comerciais, os desempenhos obtidos usando os floculantes de base natural foram tão bons ou melhores que os tradicionais. Além disso, conseguimos diminuir até 80% a carência química de oxigénio dos efluentes. Este resultado representa um grande avanço em relação aos floculantes tradicionais (de origem fóssil). Realizámos também testes em efluentes oleosos, provenientes de lagares de azeite, e os primeiros resultados são promissores. De salientar que ambos os efluentes (corantes e oleosos) são muito difíceis de tratar», descreve a coordenadora do projecto.

A carência química de oxigénio é um parâmetro que permite avaliar se o efluente tratado reúne as condições necessárias para ser reutilizado ou escoado para meios aquáticos.

Perante os bons resultados obtidos com os resíduos da madeira do eucalipto, os investigadores decidiram estender a investigação a madeira de espécies invasoras, designadamente a madeira de acácia-mimosa, no âmbito de um outro projeto, intitulado MATIS. Os floculantes desenvolvidos estão no momento a ser testados.

Apesar de ainda não ter realizado um estudo económico, a docente e investigadora da FCTUC acredita que os resultados deste projeto «podem ter impactos muito positivos, já que é uma abordagem ecológica não só para tratamento de efluentes, como também para aplicação em diferentes setores de atividade. Estes floculantes baseados em celulose mostraram ser alternativas muito promissoras aos tradicionais agentes de base petrolífera». Se a indústria assim o desejar, os “eco-floculantes” poderão entrar no mercado num período relativamente curto depois de passarem por testes à escala piloto.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Incêndios florestais: investigadores apresentam primeiros resultados dos projetos financiados pela FCT

Dezoito projetos de investigação em curso na área da prevenção e combate a incêndios florestais, financiados pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) no âmbito da “call” de 2017, vão ser apresentados, em Coimbra, na próxima sexta-feira, dia 14 de fevereiro.

Trata-se do “1º Workshop sobre investigação científica e desenvolvimento tecnológico na área da prevenção e combate a incêndios florestais”, que tem como objetivo maximizar os resultados dos projetos em curso e promover sinergias entre os vários grupos de investigação a trabalhar nesta área.

A iniciativa tem lugar, entre as 9h00 e as 17h30m, no auditório Laginha Serafim do Departamento de Engenharia Civil da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC).

Entre os projetos que vão ser apresentados está o FIRESTORM, que está a estudar a dinâmica dos grandes incêndios florestais, nomeadamente as condições associadas a eventos extremos em incêndios florestais, com o objetivo de melhorar a compreensão do seu comportamento e evolução, e a capacidade de os prever.

Esta investigação é liderada por Domingos Xavier Viegas, professor catedrático da FCTUC e coordenador da Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial (ADAI), e tem como parceiros o IPMA, a Universidade de Aveiro (UA) e o Instituto de Engenharia Mecânica do Instituto Superior Técnico de Lisboa (IST).

O FIREFRONT, liderado por uma equipa do Instituto de Sistemas e Robótica do Instituto Superior Técnico de Lisboa (ISR/IST), é outro dos projetos que vai ser exposto. No âmbito desta investigação, está ser desenvolvida uma solução de apoio ao combate a fogos florestais através da deteção e seguimento em tempo real das frentes de incêndio e eventuais reacendimentos.

Para tal, os investigadores recorrem a veículos aéreos tripulados e não tripulados (drones), equipados com sensores e sistemas de comunicação especializados, que sobrevoam a região afetada. Este projeto tem como parceiros o Instituto de Telecomunicações, a ADAI, a Força Aérea Portuguesa, a empresa UAVision e o Aeroclube de Torres Vedras.

Destaque ainda para o projeto McFIRE, que, tendo por base o modelo usado para o cálculo do Índice Meteorológico de Risco de Incêndio, visa desenvolver um modelo de previsão do risco de incêndio face à nova realidade climática, tendo em consideração o comportamento do teor de humidade das espécies presentes na floresta portuguesa a partir de medições do teor de humidade e de parâmetros meteorológicos realizadas em vários locais do território nacional e de ensaios laboratoriais.

Coordenado por Jorge Raposo, da ADAI, o McFIRE conta com a participação da Universidade do Algarve e dos Institutos Politécnicos de Viana do Castelo e de Viseu.

Após um ano de execução dos projetos que foram lançados no concurso de 2017, Domingos Xavier Viegas, um dos organizadores do Workshop, entende que «é importante iniciar um ciclo de eventos que nos permita discutir assuntos de interesse comum. Em particular, devemos pensar em formas de colaboração para maximizar quer os resultados dos projetos, quer os serviços que possamos prestar à comunidade».

«Nos dois concursos (2017 e 2018) promovidos pela FCT, verificámos que há muita complementaridade entre os vários projetos de investigação. Por isso, propomos que haja aproveitamento de recursos e de conhecimentos e partilha de informação entre os investigadores, para que - esta é a nossa visão - possa haver continuidade nos financiamentos, mas com equipas e projetos mais robustos», refere.

O catedrático da FCTUC realça ainda que se pretende «identificar quais são os grandes problemas e onde é que há capacidade para explorar e trabalhar para, posteriormente, se desenvolver projetos de maior dimensão. No fundo, procuramos de alguma forma ajudar a FCT a encontrar novos caminhos de investigação na temática dos incêndios florestais».

Texto: Cristina Pinto

Sociedade Ponto Verde apresenta manifesto por mais e melhor reciclagem

A Sociedade Ponto Verde (SPV) acaba de lançar o “Manifesto da Reciclagem”, que com mensagens simples, pretende alertar os portugueses para a importância de fazer da separação de resíduos um hábito da rotina diária. Uma prática que, por dia, permite reciclar tantas embalagens de papel e cartão como o peso de dois foguetões.

A ilustrar este Manifesto é lançada, em simultâneo, uma série de 14 vídeos [icon name="external-link" class="" unprefixed_class=""], através dos quais são dadas a conhecer dicas, desconstruídos mitos e quantificados resultados sobre a importância da reciclagem.

Além de esclarecimentos como “que embalagens de vidro são colocadas no vidrão?”, estes vídeos explicam, igualmente, o processo de reciclagem, mostrando que “na reciclagem não há misturas, só separação”.

“Na Sociedade Ponto Verde procuramos sempre novas formas de levar os portugueses a reciclar mais e melhor e a nossa mensagem com este manifesto e vídeos é muito simples: reciclar faz parte. De facto, pretendemos que o hábito da reciclagem se torne numa rotina, desde o lar ao trabalho, passando pelos momentos de convívio. Deve ser uma missão de todos nós em qualquer esfera em que estejamos inseridos”, afirma Teresa Cortes, gestora de Marketing e Comunicação da SPV.

Com o manifesto da reciclagem e os novos vídeos digitais, a SPV espera que nos próximos anos a participação dos portugueses na reciclagem permita continuar a empilhar embalagens recicladas suficientes que equivalha a mais de seis viagens de ida e volta à lua.


Sobre a Sociedade Ponto Verde
A Sociedade Ponto Verde é uma instituição privada sem fins lucrativos que tem por missão organizar e gerir a retoma e valorização de resíduos de embalagens, promovendo a ECONOMIA CIRCULAR através da implementação do Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens (SIGRE). A sensibilização e a educação para as melhores práticas ambientais são um dos grandes objetivos da Sociedade Ponto Verde junto dos portugueses.

Realizou-se seminário sobre “Imagem e Comunicação da Reserva da Biosfera Transfronteiriça Meseta Ibérica”

Realizou-se no passado dia 23 de janeiro o seminário “Imagem e Comunicação da Reserva da Biosfera Transfronteiriça Meseta Ibérica”, numa iniciativa do ZASNET AECT com o apoio da Diputación de Zamora e do Ayuntamiento de Villardeciervos.

Enquadrado no projeto “Património cultural, produtos autóctones, natureza e turismo como base económica para o desenvolvimento da Reserva da Biosfera Transfronteiriça Meseta Ibérica”, financiado pelo Programa Operacional INTERREG V-A España-Portugal (POCTEP), o evento decorreu no “Salão da Juventude” do Ayuntamiento de Villardeciervos em Zamora.

Contando com o contributo de alguns dos principais peritos espanhóis e portugueses na área do turismo sustentável em Espanha e Portugal, o seminário centrou-se na temática da promoção, através de instrumentos de imagem e comunicação, da identidade, dos recursos e do património do território transfronteiriço da Meseta Ibérica.

Num primeiro momento, o Quarto Vice-Presidente da Diputación de Zamora, José Luis Prieto Calderon, e o alcalde do Ayuntamiento de Villardeciervos, Lorenzo Jiménez Martínez, frisaram o papel da marca da “biosfera” para o desenvolvimento estratégico de longo prazo deste território, e sublinharam a relevância da valorização desta reserva para a qualidade de vida dos residentes neste território transfronteiriço. A apresentação do projeto esteve a cargo de Ana Carvalho, Diretora do ZASNET AECT, que recalcou a importância da fase de implementação dos objetivos para a obtenção da marca da biosfera, sublinhando o papel deste processo para a mobilização de cidadãos e instituições à volta de uma marca comum.

Sucessivamente, João Teixeira da empresa Cápsula, apresentou a marca corporativa da imagem da Reserva da Biosfera Transfronteiriça, alicerçada na relação entre o homem e o território e na valorização da diversidade e da unicidade existente. Num terceiro momento, a Sociedade Portuguesa da Inovação (SPI), apresentou o “Plano de Comunicação e Difusão da marca de identidade e qualidade da reserva da biosfera”, recalcando neste contexto a importância da colaboração entre stakeholders e empresas na apropriação da marca como meio para a criação de valor e para a promoção do território.

Finalmente, Rosa Villacé e Carolina Vara, da empresa SERVIMA, apresentaram as dimensões constitutivas do estudo para os pacotes e itinerários turísticos, colocando a enfase na identificação dos elementos e valores patrimoniais do território enquanto recursos autóctones a serem valorizados numa perspetiva de turismo sustentável.

O evento contou com cerca de quarenta participantes, que no final das intervenções se demonstraram pró-ativos, colocando questões aos oradores e partilhando ideias e perspetivas.

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