“Pontofonia” a música e a arte visual: Uma partilha de dimensões

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Desde sempre a música e a arte visual cruzaram os seus caminhos. Esta convergência representou a convicção artística de vários autores, como os casos de Wassily Kandisnsky, Claude Debussy, A. Scriabin, Paul Kleee, Gustav Klint, F. Kupka, M. Ciurlionis e O. Messiaen, entre muitos outros.

Partindo desta relação artística, em particular da linha conceptual de Kandisnsky e Klee, onde o ponto, a linha e o plano constituem elementos de inter-relação entre os dois domínios artísticos, foi desenvolvido um conjunto de estratégias experimentais, com recurso ao desenho e à imagem, designadas por “Pontofonia”, com o objetivo de reforçar a aprendizagem de diferentes conceitos e conteúdos musicais, como a altura, a duração, a melodia e/ou a harmonia. A sua aplicação desenvolveu-se em três fases: (1) recurso ao desenho (ponto e linha), e às suas diversas formas de exploração; (2) recurso à imagem, partindo de um campo restrito de exploração, definindo-se aspetos particulares para a sua visualização; (3) recurso à imagem e a um campo visual mais vasto e diversificado de exploração. Para cada uma destas fases existiu um processo de desenvolvimento criativo de exploração e construção gradual de notação convencional.

Deste modo, a componente empírica desenvolvida em contexto de Educação Musical no Ensino Básico e no ensino Artístico da Música, seguiu uma linha hipotético-dedutiva com objetivo exploratório e procedimento de pesquisa pré-experimental aplicada de natureza qualitativa e quantitativa. A técnica adotada para a recolha de dados, fez-se através de inquérito em formato pré e pós questionário, em cada uma das fases do processo experimental. Da análise e interpretação dos dados resulta o indicador que a utilização de estímulos visuais em contexto de ensino-aprendizagem, para além de promover o desenvolvimento e estimulação da capacidade percetiva, expressiva, critica e de criação, no quadro particular do presente estudo, impulsiona o desenvolvimento e aprendizagem musical.

Dado o contexto atual e as diversas problemáticas vivenciadas pelo professor, onde a necessidade de uma constante reflexão e questionamento dos processos e eficácia da ação assume um papel fundamental em toda a sua intervenção pedagógica, neste sentido, é apresentado um enquadramento entre as Artes Visuais e a Música como Estratégia de Ensino - Aprendizagem na Educação e Expressão Musical.

As linhas orientadoras metodológicas, estratégicas e pedagógicas de músicos, compositores e pedagogos de renome internacional, tais como, Sérgio Aschero, Jos Wuytack, Murray Chafer, Émile Jaques-Dalcroze, entre outros, como referência na aplicação de conceitos e conteúdos, o compartilhar de dimensões ao nível do tempo e do espaço, do som e da cor na imensidão que é a música.

Tudo o que o nosso campo de visão alcança é denominado imagem, que podem ser externas as que percebemos, internas as que sonhamos ou imaginamos e as que desenvolvemos ou que criamos quando elaboramos simples rabiscos. Esta associação entre correntes artísticas, representa o ponto de partida para a construção de estratégias experimentais no contexto educativo. A necessidade de valorizar o conhecimento que os alunos já possuem e que a escola e a sociedade em geral podem e devem acrescentar, representa um elemento fundamental na projeção de toda a prática educativa.

Todos estes fatores variam em função do espaço onde são desenvolvidos, em sala de aula ou em outro contexto. É necessário criar condições aos alunos, para desenvolverem a sua capacidade criativa, de análise, reflexão, compreensão, motivação e interesse pelo conhecimento e com isso poderão descobrir certas aptidões cognitivas que certamente estarão adormecidas no âmbito das suas múltiplas inteligências.

Com base nos resultados desta investigação, adverte-se que os exemplos que apoiam a descrição, em todas as fases do processo de ensino, sejam escolhidos de modo a que se pareçam ao melhor exemplo da aplicação deste processo de investigação exploratório a “Pontofonia”, na qual surgiu na necessidade da identificação e resolução de um problema, na apreciação e sua pertinência, precisando os seus objetivos e seguindo linhas orientadoras em que acredito, para resolver as dificuldades, obstáculos em qualquer domínio do conhecimento. Optou-se por este procedimento e design em função do gosto pelas artes plásticas, mais especificamente o desenho e a imagem, como forma de não se tornar uma atividade rotineira onde se aplicam apenas metodologias predeterminadas.

O resultado obtido por esta investigação demonstra que há mais valias no uso desta estratégia de ensino e aprendizagem, contudo é necessário explorar a criatividade. De uma forma geral este processo poderá revelar outra dimensão de analise e procedimento, pois a mesma é suscetível de experimentação.

Na condução do processo de ensino e aprendizagem, sendo uma atividade investigativa, inquiridora e fundamentada, suscetível a alterações de algum aspeto da prática e compreensão da natureza dos problemas, confronta com outras atividades parecidas, mas não equivalentes, tendo sempre como finalidade produzir novos conhecimentos e soluções originais, através de um sistema minimamente metódico e sistemático, que possa ser reproduzido por qualquer interveniente.

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