A química do amor

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-user-listing-4 columns="1" title="" icon="" hide_title="1" heading_color="" heading_style="default" title_link="" filter_roles="0" roles="" count="1" search="" order="DESC" order_by="user_registered" offset="" include="29" exclude="" paginate="none" pagination-show-label="0" pagination-slides-count="3" slider-animation-speed="750" slider-autoplay="1" slider-speed="3000" slider-control-dots="off" slider-control-next-prev="style-1" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" custom-css-class="" custom-id="" override-listing-settings="0" listing-settings="" bs-text-color-scheme="" css=""][vc_single_image image="9391" img_size="500x160" onclick="link_image"][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1616091684336{margin-left: 26px !important;}"]O amor tem sido cantado por poetas, pintado por artistas, celebrado por pessoas. A ideia da existência de “preparados especiais” com que qualquer pessoa se torna irresistível (o «elixir do amor»), percorre o nosso imaginário. O amor surpreende-nos quando menos esperamos e por vezes com quem menos se espera. Por isso, quando se colocou a hipótese científica de os humanos serem influenciados inconscientemente por uma espécie de perfume secreto, a indústria das fragrâncias não se manteve indiferente e investigou essa matéria.

Os cientistas debruçaram-se então sobre a atração entre duas pessoas e foi na atuação de sinais químicos que permitem a membros da mesma espécie comunicarem à distância, que encontraram a chave que permite abrir algumas portas. E também corações!

As glândulas espalhadas pela pele humana produzem secreções que conferem a cada pessoa um cheiro distinto. Estas secreções são captadas pelas pessoas próximas, traduzindo-se num odor característico do sujeito que o está a libertar. Verificou-se que uma pessoa aprecia mais o cheiro de alguém que tem um perfil genético (ADN) mais diferenciado, um sistema imunitário mais distinto (quanto maior essa diferença, maior é a resistência a um número superior de doenças). Esta seleção de parceiro, inconsciente, tem muito a ver com o processo biológico da escolha do melhor par para reprodução, normalmente aquele que irá conferir “melhores garantias genéticas”.

Há quem lhe chame destino, mas os cientistas atribuem esta “escolha” precisamente a essas substâncias químicas (a que deram o nome de feromonas), e que estimulam um dos comportamentos mais comuns no Ser Humano: a atração sexual. O aroma das feromonas é detetado ao nível do sistema límbico, aumentando o efeito passional da dopamina no cérebro (que atua como chamariz sexual).

E como ocorre essa atração? Na fase inicial, somos inundados de esperança e ansiedade, com o cérebro a ser banhado com substâncias estimulantes, como a feniletilamina, a serotonina, a dopamina, a noradrenalina e a própria adrenalina. Estes compostos são responsáveis pela excitação e euforia próprias desses momentos, mas também são geradores de grande desassossego. É por isso que duas pessoas apaixonadas não sentem fome e aguentam a noite em branco.

Essa euforia cria mesmo dependência, mantendo o corpo numa constante ansiedade. Para o evitar, o organismo processa uma segunda secreção de substâncias, os opiáceos naturais. É o caso das endorfinas, compostos que conferem uma sensação de paz e tranquilidade; da vasopressina, a hormona relacionada com a fidelidade; e da oxitocina, responsável pela sensação de ligação e de apego. Estas moléculas contribuem para uma relação duradoura que promove uma nova família.

No entanto, após os primeiros anos, há diminuição das substâncias e o corpo começa a não receber “a sua dose diária”. É a chamada “Química do Desamor”. A Evolução também tem a sua quota-parte de responsabilidade neste processo. Efetivamente, depois da paixão (com o intuito de interação sexual e procriação, para a continuidade da espécie), seguem-se os químicos promotores da estabilidade da relação (apego e fidelidade), responsáveis por manter essa “ligação” durante os anos imediatos ao nascimento da cria.

Contudo, a Natureza segue o seu curso “natural”, e assim que as crias estão aptas, deixa de fazer sentido a manutenção dessa relação. Decai, pois, a presença desses químicos, levando a que os pais partam à procura de novos relacionamentos, cruzando os seus genes com outros parceiros. Uma espécie de “garantia de maior diversidade genética” e assim assegurar a continuidade das espécies…

Também nos humanos, uma em cada três pessoas dispõe-se a terminar a sua relação. Há quem diga que esta “química do desamor” é a responsável pela “tristemente famosa crise dos 7 anos”, que todos já ouvimos falar (a propósito do casamento).[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

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