Crise de ansiedade

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-user-listing-4 columns="1" title="" icon="" hide_title="1" heading_color="" heading_style="default" title_link="" filter_roles="0" roles="" count="1" search="" order="DESC" order_by="user_registered" offset="" include="2" exclude="" paginate="none" pagination-show-label="0" pagination-slides-count="3" slider-animation-speed="750" slider-autoplay="1" slider-speed="3000" slider-control-dots="off" slider-control-next-prev="style-1" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" custom-css-class="" custom-id="" override-listing-settings="0" listing-settings="" bs-text-color-scheme="" css=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1612716377524{margin-left: 26px !important;}"]A Direita vive hoje uma crise profunda de ansiedade, emparedada que está pela maioria do PS e dos partidos da Esquerda, e do lado destro por via da dissolução do CDS e da subida do Chega! de André Ventura. E se a isto somarmos o tal conjunto de circunstâncias que não se repetirão tão cedo, bom, percebe-se, com toda a naturalidade, a crise de ansiedade que se vive no seio da Direita, ou seja, no PSD.


Uma tal situação tem-se vindo a materializar na tal luta sem tréguas de mil e um dessa Direita em defesa de um Governo de unidade nacional. No fundo, o que se pretende é parar, de facto, o funcionamento da democracia, de modo a poder pôr em funcionamento um outro Governo mas... da Direita. Eduardo Marçal Grilo e Luís Nobre Guedes serão, porventura, os grandes aríetes deste peregrina ideia. E vão mesmo mais longe, garantindo não se tratar de um qualquer Bloco Central, sim de uma estrutura desconhecida, por si designada como de unidade nacional. Luís Nobre Guedes apontou tal estrutura como devendo ser definida a partir do PS, PSD, CDS e IL.


Como se costuma dizer, não há uma sem duas. Num ápice, Alberto João Jardim surgiu a terreiro, depois de um longuíssimo tempo de ausência, mas agora a defender um Governo de Salvação Nacional. Como usa dizer-se, uma tal solução é mais difícil ainda, porque é de salvação nacional, e não apenas de uma qualquer unidade multipartidária.
Trata-se de manifestações de uma fortíssima crise de ansiedade de origem política, muito acentuada pela COVID-19.


Naturalmente, a Direita, aqui mui bem acompanhada da sua Extrema-Direita, vive agora preocupadíssima com a difícil situação dos portugueses. A de agora e a do futuro, pelo que todos os seus arautos lá nos surgem a defender o que chamam de unidade ou de dever salvífico.


Como seria expectável, e ainda há dias antevi, já nos surgiu António Ramalho Eanes, também ele a colocar a sua posição na vacinação lá muito para diante – o populismo é como era a Bélarte, está em toda a parte. Infelizmente, não lhe terão colocado a tal peregrina ideia do Governo de unidade nacional, ou mesmo de salvação nacional. Mas não creio que, neste fase, se determinasse a alinhar numa tal ideia. Talvez um pouco mais para diante.


Esta ideia dos Governos de unidade nacional, ou de salvação nacional, está muito presente no ambiente católico mais fundamentalista e albicastrense. Em boa medida, um ambiente onde mil e um já se situaram em quadrantes políticos diversos, acompanhado os sinais do tempo político. Perante o desastre europeu das vacinas, percebendo que o mesmo terá sempre de ter ecos entre nós, conhecendo a tendência para o esquecimento e para o desinteresse dos portugueses pela política, não deverão faltar muitos dias para que por aí nos surja a acusação de que a falha europeia nas vacinas foi culpa do Governo de António Costa, com particular ênfase para Marta Temido: eles deviam ter gizado um Plano B para esta situação, e mesmo um Plano C para um hipotético falhanço do anterior.


Por fim, o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa. A Direita e a Extrema-Direita sonham com o seu apoio ao derrube do atual Governo de António Costa. O próprio Chega! também já terá percebido que terá de moderar a sua linguagem, a fim de poder ser considerado como elegível pela Direita e pelo Presidente Marcelo. Era assim como se alguém nazi, depois de dizer as mais terríveis cobras e lagartos, passasse logo a ser bom, só porque moderara a sua linguagem. Um isomorfismo, claro está. Foi o que se deu com Pinochet, desde que diminuiu drasticamente o número de mortos da sua famigerada Junta Militar. E quem diz Pinochet, diz Franco.


Um dado é certo: começa a perceber-se que aquele valor tão supremo do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, que foi sempre, ao longo de cinco anos, a estabilidade política, poderá estar prestes a deixar de o ser. Com a ansiedade profunda em que vivem, a Direita e a Extrema-Direita sonham com um volte-face por parte do Presidente da República...[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

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