Um cinismo atroz

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Como se sabe, está em curso mais uma tentativa de destituição de Donald Trump, que será já a segunda. Nunca nutri por Trump um ínfimo de simpatia, e, ao menos a partir de certo momento, dei-me conta de que Trump poderia vir a conseguir deitar por terra a estrutura política dos Estados Unidos, tal como sempre esta foi conhecida.

Indiscutivelmente, Donald apanhou toda a gente desprevenida, em face do seu modo brutal de atuar, um pouco ao tipo quântico – ou és incondicionalmente por mim, ou és contra mim –, mas há um êxito que tem de atribuir-se-lhe: não atirou os Estados Unidos, neste seu mandado, para mais uma guerra. Uma rea-lidade sobre que ainda terei de esperar para ver, agora que Joe Biden chegou à Casa Branca. A verdade, como escrevi logo pouco depois da vitória de Trump, é que os velhos soviéticos sempre preferiram administrações republicanas às democratas.

Nancy Pelosi referiu recentemente que Donald Trump será acusado de ter incitado um ataque ao Capitó-lio, nos termos do que os diretos deste lugar nos permitiram acompanhar, quase ao pormenor. E explicou mais, Nancy Pelosi: sabemos que o Presidente dos Estados Unidos incitou esta insurreição, esta re-belião armada, contra o nosso país, pelo que deve ir embora, pois é um perigo claro e presente para a nação e para todos nós. E continuou: Trump semeou dúvidas egoístas sobre a democracia e procurou, de forma inconstitucional, influenciar funcionários do Estado a repetir esta rebelião armada contra o nosso país. E, por fim, defendeu que Trump mentiu repetidamente sobre o resultado das eleições presidenciais de 03 de novembro, que deu a vitória ao democrata Joe Biden.

Tudo isto tem imenso de verdadeiro, mas ainda atribuo uma probabilidade não nula, embora ínfima, à hipó-tese de poder ter tido lugar uma fraude eleitoral. Em essência, por duas razões. Por um lado, porque, a ser assim, não seria algo novo em absoluto nos Estados Unidos, bastando recordar a vitória de Kennedy sobre Nixon e a de Bush (filho) sobre Al Gore. E, por outro lado, pelo que já expus sobre o meu modelo explicativo para esta hipótese.
Em contrapartida ao exposto por Nancy Pelosi, os republicanos acusam os democratas de terem uma longa agenda política contra Donald Trump desde o início do seu mandato. E isto é uma realidade, porque a clique democrata sediada em Washington nunca conseguiu digerir a vitória de um político com as caraterísticas de Donald Trump.

Tem o republicano Jim Jordan, do Ohio, toda a razão, quando agora salienta que logo que Donald Trump tomou posse, em 2017, o The New York Times escreveu que começara a contagem decrescente para a destituição do 45.º Presidente dos Estados Unidos, sendo o objetivo dos democratas atingir pes-soalmente o líder republicano. Com razão, os republicanos consideram que realizar um julgamento polí-tico a Trump é perigoso, neste momento da democracia norte-americana. Precisamente o que Louie Gohmert, da Câmara dos Representantes, refere: tentar destituir o Presidente é perigoso, porque vai dividir o país e vai criar instabilidade.

Num outro domínio, mas de grande relevância, situa-se o bloqueio a Donald Trump, operado pelas empre-sas de plataformas digitais, com o argumento de que as mensagens daquele ameaçavam a democracia e incitavam ao ódio e à violência. Significa isto, pois, que estes gigantes tecnológicos acabam por reconhecer a sua responsabilidade pelo estado a que tais plataformas permitem chegar um Estado, mormente se nele funcionar um Estado de Direito Democrático. Veremos se alguma mudança irá ter lugar neste domínio, ou a democracia ter-se-á tornado numa simples máscara política. Para já, não consta que uma qualquer iniciativa de reconduzir estas empresas ao seu devido lugar esteja em curso.

Como se percebe, não adivinho o futuro. Todavia, se o Senado vier a condenar Donald Trump, teremos, então, a oportunidade de assistir a uma vil manifestação do mais atroz cinismo, porque o que se passou nos Estados Unidos, com Trump na Casa Branca, dispôs sempre, no plano político, do quase cabal apoio dos republicanos, e logo a começar pelo anterior líder do Senado.

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