O tempo passa mais devagar quando vemos pessoas em movimento

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-user-listing-4 columns="1" title="" icon="" hide_title="1" heading_color="" heading_style="default" title_link="" filter_roles="0" roles="" count="1" search="" order="DESC" order_by="user_registered" offset="" include="19" exclude="" paginate="none" pagination-show-label="0" pagination-slides-count="3" slider-animation-speed="750" slider-autoplay="1" slider-speed="3000" slider-control-dots="off" slider-control-next-prev="style-1" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" custom-css-class="" custom-id="" override-listing-settings="0" listing-settings="" bs-text-color-scheme="" css=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1607793473133{margin-left: 26px !important;}"]Uma recente investigação liderada por uma cientista da Universidade de Coimbra publicada na revista Experimental Brain Research concluiu que o ser humano tem a perceção de que o tempo passa mais devagar quando se observam movimentos biológicos quando comparado com movimentos artificiais.

O estudo decorreu na Universidade Federal do ABC (São Paulo, Brasil) e contou com a colaboração de 32 participantes. A equipa procurou saber como o ser humano avalia a duração de tempo decorrido ao visualizar um vídeo que mimetiza o movimento de um corpo humano a correr (movimento biológico) e um outro de uma forma geométrica movimentando-se como um pêndulo (movimento artificial). Apesar dos estímulos terem a mesma duração, os participantes consideraram que o movimento biológico dura mais tempo do que o artificial em velocidades plausíveis.

“Uma vez que o movimento humano é mais complexo, a forma como percebemos e processamos esse estímulo visual é diferente e, provavelmente, mais complexa do que a forma como percebemos estímulos visuais de objetos artificiais. Por esta razão, os participantes julgam que a duração do estímulo de movimento humano é maior do que a duração do estímulo artificial”, explica Giuliana Giorjiani, agora investigadora no Proaction Lab responsável pelo estudo.

Os investigadores também fizeram variar a velocidade dos vídeos, aumentando e diminuindo o número de fotogramas (ou frames) por segundo a fim de encontrar a velocidade tornava o movimento biológico mais natural. De seguida, verificaram o que acontecia no cérebro, nomeadamente numa região chamada Sulco Temporal Superior (STS), que se sabe responder ao movimento e à forma humana. Para isso recorreram a uma técnica chamada Espectroscopia funcional de luz próxima ao infravermelho que, à semelhança dos oxímetros que são colocados na ponta dos dedos dos pacientes num hospital, medem a presença de oxigénio no sangue.

“Ao medirmos a quantidade de hemoglobina no sangue com e sem oxigénio, conseguimos verificar que existia uma maior atividade no STS quando os participantes visualizaram movimento biológico em relação ao artificial”, clarifica a investigadora.

O cérebro humano é ainda um grande mistério para os investigadores. “Sabemos que o nosso cérebro tem vários vieses, tais como a perceção de tempo. Saber como estes processos funcionam poderão ajudar a sociedade a utilizá-los a nosso favor”, conclui.

Uma demonstração dos estímulos está disponível aqui [icon name="youtube" class="" unprefixed_class=""]

Giorjiani, G.M., Biazoli, C.E. & Caetano, M.S. Differences in perceived durations between plausible biological and non-biological stimuli. Exp Brain Res (2020) [icon name="file-pdf-o" class="" unprefixed_class=""].

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