Economia a pedais

[vc_row][vc_column width="1/4"][bs-user-listing-4 columns="1" title="" icon="" hide_title="1" heading_color="" heading_style="default" title_link="" filter_roles="0" roles="" count="1" search="" order="DESC" order_by="user_registered" offset="" include="5" exclude="" paginate="none" pagination-show-label="0" pagination-slides-count="3" slider-animation-speed="750" slider-autoplay="1" slider-speed="3000" slider-control-dots="off" slider-control-next-prev="style-1" bs-show-desktop="1" bs-show-tablet="1" bs-show-phone="1" custom-css-class="" custom-id="" override-listing-settings="0" listing-settings="" bs-text-color-scheme="" css=""][/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1608314072931{margin-left: 2px !important;}"]2021 vai ser um ano de recuperação da Economia, um esforço que todos os sectores terão de despender. E ao contrário do paradigma nacional “trabalhar mais” em vez de “trabalhar melhor”, esse esforço obrigar-nos-á a sermos eficientes na utilização dos nossos parcos recursos. Isso inclui um maior e melhor escrutínio aos gastos públicos: de que forma as receitas dos nossos impostos são aplicadas, e qual o seu retorno, tanto financeiro como económico, isto é, não apenas a riqueza gerada, mas também o bem-estar criado. E este rigor na execução pelos gentes do Estado, mas também e cada vez mais a atenção e exigência de nós próprios no dia a dia, não se limita aos temas mais fracturantes, como a reestruturação da TAP ou a dissolução do SEF. Este movimento de recuperação começa com a forma como as nossas autarquias agem nas nossas vilas, aldeias e cidades.

Ao percorrer Vila Real, apercebo-me da transformação do canal ferroviário da Linha do Corgo, que percorre toda a zona Este da cidade, desde a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro ao centro comercial, Parque Corgo, Teatro, Centro de Saúde de Mateus, até Abambres-Gare, em mais uma ecopista. Um canal privilegiado de comunicação, que liga boa parte das infraestruturas âncora da cidade, convertido numa pista para caminhadas, porque desde há 20 anos nenhum político ou decisor público parou dois minutos para pensar que nem todas as vias férreas encerradas estão condenadas a ficarem assim eternamente, ou a não terem outra solução que não serem convertidas em ecopistas. Pelo menos não sem um estudo de reabertura ser elaborado, e dizer de forma estruturada, e não por opinião ou moda, se a reposição do serviço ferroviário às populações e empresas é viável económica e financeiramente ou não. Os carris, ainda visíveis em alguns troços, vão desaparecendo. Não se vislumbram placas a explicar para o que é a obra. Nos planos consta a recuperação da estação de Abambres para apoio aos utilizadores, mas essa é uma promessa que já vi em inúmeros planos de outras tantas ecopistas cair em saco roto, deixando estações e casas de guarda em estado devoluto. Sublinho a persistência – rara – de sinalização no trajecto: o sinal avançado de Abambres na Rua da Pimenta, bem como o limite de manobras e os sinais principais de entrada e de saída a jusante da estação de Abambres, a qual ainda preserva linhas e agulhas. E este património industrial e histórico, vai ser preservado? Matar a memória ferroviária e as aspirações do território a mobilidade sustentável e dinamizadora da Economia por facilitismo não pode merecer a aprovação parcimoniosa e desinteressada da população. Isto é subverter as prioridades para o futuro em troca de obras de ocasião no presente.

2021 vai ser o Ano Europeu do Transporte Ferroviário, com Portugal a assumir a Presidência do Conselho da União Europeia durante o 1º semestre do ano. Em Vila Real há quem diga “Não!” à Ferrovia. Eu digo “Sim!” ao meu futuro. E esse, goste-se ou não, passa por mobilidade sustentável e Economia dinâmica, conceitos que em países mais esclarecidos andam de mãos dadas com a Ferrovia – sem comprometer o desporto e o bem-estar dos cidadãos, já que espaços para ecopistas e caminhadas não faltam.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

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