Os grilos são pioneiros na comunicação acústica desde há 300 milhões de anos

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[/vc_column][vc_column width="3/4"][vc_column_text css=".vc_custom_1601719067402{margin-left: 26px !important;}"]Os grilos foram as primeiras espécies a comunicarem-se pelo som. Há cerca de 300 milhões de anos, o som dos grilos enchia os prados do planeta, só depois chegou o canto dos gafanhotos. Esta poderá ser a síntese possível para resumir o essencial de um estudo recentemente publicado na Nature Communications [icon name="external-link" class="" unprefixed_class=""].

Todos sabemos que os insetos têm um papel vital nos ecossistemas terrestres, mas para compreender melhor essas relações é preciso estudar a maneira como estes bichinhos podem influenciar, sustentar ou colocar em perigo os ecossistemas. E o que poderá acontecer se os grilos diminuírem ou até mesmo desaparecem? E porque são os insetos tão ricos em diversidade e como evoluíram ao longo de milhões de anos no nosso planeta? Estas são algumas das questões colocadas por um projeto de investigação holandês.

Os “Orthoptera” constituem um grupo de insetos de alta importância evolutiva, ecológica e económica. Aí inserem-se os grilos, catidídeos e gafanhotos. Estes animais usaram ao longo do tempo um tipo de comunicação acústica. A partir de um grande conjunto de dados genómicos, a equipa da investigadora Sabrina Simon, da Universidade de Wageningen [icon name="external-link" class="" unprefixed_class=""], na Holanda, estabeleceu uma estrutura filogenética para analisar como a audição e a produção de som se originaram e se diversificaram durante várias centenas de milhões de anos de evolução.

O som familiar dos grilos surgiu pela primeira vez há cerca 300 milhões de anos, descobriram os investigadores. A produção de som servia originalmente como mecanismo de defesa contra os inimigos, que se assustavam com a vibração das asas do grilo. Mais tarde, a capacidade de produzir som começou a desempenhar um papel proeminente na reprodução, porque os grilos produtores de som eram provavelmente mais facilmente localizados pelas fêmeas.

O número de insetos está a diminuir a um ritmo assustador com as diferentes espécies a tornarem-se invasoras ou a desaparecerem a um ritmo acelerado devido às mudanças climáticas. Esse processo de transformação e extinção irá ter um impacto brutal nos ecossistemas e por consequência no ser humano.

Como afirma Sabrina Simon, “precisamos de entender a história evolutiva desse grupo de animais que foi incrivelmente bem-sucedido ao longo de milhões de anos. Isso também é importante para a nossa vida económica, porque só então é possível perceber o que poderá acontecer quando as espécies de insetos diminuirem ou mesmo desaparecem”.

O projecto 1KITE [icon name="external-link" class="" unprefixed_class=""] permite já o acesso a muitos dados genómicos de grilos e gafanhotos, o que possibilita analisar e elaborar estudos específico sobre as diferentes formas de relacionamentos entre estas espécies. “Geramos uma acumulação de dados genéticos que nos permite perceber a árvore genealógica dos grilos, gafanhotos e seus parentes, o que nos dá uma relação bastante real do seu processo evolutivo enquanto elementos da vida do nosso planeta. Por outro lado, sabemos quais foram as espécies capazes de produzir som pela primeira vez e ouvir. Isso nos levou à criação de uma linha de tempo que mostra quando os primeiros grilos começaram a comunicar. Tudo aconteceu há cerca de 300 milhões de anos atrás”, salienta a investigadora responsável por este estudo publicado na Revista Nature Communications.

O projeto 1KITE (1K Insect Transcriptome Evolution) visa estudar a totalidade dos genes de mais de 1.000 espécies de insetos, abrangendo todas as ordens reconhecidas. Cientistas de onze países (Austrália, Áustria, China, França, Alemanha, Japão, México, Holanda, Nova Zelândia, Reino Unido e Estados Unidos) estão a colaborar no projeto 1KITE.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

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