Poema “Irmãos” de Celso Emilio Ferreiro, dito por Carlos d'Abreu

[vc_row][vc_column width="1/2"][vc_column_text]Irmãos

Caminham junto a mim muitos homens.
Não os conheço. São-me estranhos.
Mas tu, que te encontras lá longe,
mais além dos desertos e dos lagos,
mais além das savanas e das ilhas,
como a um irmão te falo.
Se é tua a minha noite,
se choram os meus olhos o teu pranto,
se os nossos gritos são iguais,
como a um irmão te falo.
Ainda que as nossas palavras sejam diferentes,
e tu negro e eu branco,
se temos as feridas iguais,
como a um irmão te falo.
Por cima de todas as fronteiras,
por cima de muros e valados,
se os nossos sonhos são iguais,
como a um irmão te falo.
De comum temos a mesma pátria,
de comum a luta, ambos.
A minha mão te dou,
como a um irmão te falo.

Poema “Irmaus” de Celso Emilio Ferreiro.
Tradução de Carlos d’Abreu[/vc_column_text][/vc_column][vc_column width="1/2"][zoomsounds_player source="https://ia801402.us.archive.org/31/items/irmao/irmao.mp3" type="detect" config="sample--skin-wave-with-multisharer-button-and-embed" artistname="``Irmão``, poema de Celso Emilio Ferreiro" songname="Poemário de Carlos d'Abreu" enable_likes="on" enable_download_button="on" wrapper_image="2489" wrapper_image_type="zoomsounds-wrapper-bg-center" play_target="footer"][/zoomsounds_player][vc_btn title="OUVIR MAIS DO PODCAST POEMÁRIO" size="sm" align="center" i_type="openiconic" i_icon_openiconic="vc-oi vc-oi-headphones" add_icon="true" link="url:https%3A%2F%2Fnoticiasdonordeste.pt%2Fpoemario%2F|||" css=".vc_custom_1585397686787{margin-top: -10px !important;}"][vc_wp_text]Celso Emilio Ferreiro (1912-1979)

Celso Emilio Ferreiro foi um escritor galego. Era de família remediada, camponesa e galeguista. Aos 22 anos, em 1934, fundou com José Velo Mosquera a Federação de Mocedades Galeguistas.
Quando estalou a guerra Celso Emílio foi obrigado a entrar no exército franquista. Esteve condenado a morte e, nas quatro noites que passou no cárcere até a família conseguir o indulto, escreveu o poema “Longa noite de pedra“, núcleo central do livro do mesmo título.[/vc_wp_text][/vc_column][/vc_row]

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