A maior aproximação entre Mercúrio e Marte dar-se-á na no dia 6, distado cerca de 4 graus um do outro (pouco menos da largura de três dedos vistos com o braço esticado). Mercúrio será o planeta mais à esquerda e o mais brilhante dos dois. Estes astros serão visíveis na primeira quinzena do mês, passando depois a ser ofuscados pelo Sol. Nessa noite a Lua estará ao lado de Régulo, um sistema estelar quadruplo situado a 79 anos-luz de nós, que associamos ao coração da constelação do Leão.
Aquando do quarto crescente de dia 9, o planeta Saturno estará em oposição, i.e. a posição diametralmente oposta à do Sol. Este é o período em que estamos mais perto desse planeta e em que o vemos completamente iluminado.
Na noite de dia 13 para 14 a Lua será vista ao lado de Júpiter, enquanto na madrugada de dia 16 já estará ao pé de Saturno Por ocorrer junto ao plano da órbita terrestre a Lua Cheia de dia 16 dará origem a um eclipse lunar. Este apenas será parcial pois a umbra (a parte mais escura da sombra) terrestre apenas cobrirá parcialmente a Lua. Este evento terá início pelas 19 horas e 42 minutos (hora no continente), atingindo o máximo às 22 horas e meia, e terminando pela 1 hora e 20 minutos da madrugada. O quarto minguante chegará na madrugada de dia 21 junto da constelação do Aquário.
A melhor altura para observar este evento será pelas 3 horas da madrugada. Esta chuva de estrelas é pouco intensa tendo no pico de atividade, e em condições de observação ideais, entre uma a duas dezenas de meteoros por hora. Porém, estas estrelas podem ser vistas do primeiro fim de semana de julho até à terceira semana de agosto.
O reaparecimento de Mercúrio na madrugada de dia 30 marca o final de mais um mês de observações astronómicas. Neste mês 3 estrelas ocuparão a posição mais cimeira no céu a meio da noite; Vega, Deneb e Altair, pertencentes respetivamente às constelações da Lira, do Cisne e da Águia. Estas são os vértices do celebre Triangulo de Verão.
Boas observações!
Fernando J.G. Pinheiro (CITEUC)
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