CDS quer saber que diligências estão a ser tomadas para resolver impasse na linha do Tua

Os deputados do CDS-PP Hélder Amaral, Ilda Araújo Novo e Cecília Meireles querem saber se o Ministro das Infraestruturas e Habitação confirma que as obras previstas para a linha do Tua, e anunciadas em fevereiro com a presença do então Ministro do Planeamento e das Infraestruturas, não foram até agora concretizadas e, se sim, quais os motivos.

Linha do Tua na Brunheda
Apesar de a obra não ser da tutela direta do Estado, os deputados do CDS-PP questionam ainda que diligências estão a ser tomadas no acompanhamento e procura de consensos e solução para este impasse.

Várias notícias veiculadas nos últimos dias dão conta do adiamento do Plano de Mobilidade Turística e Quotidiana do Tua. Agosto de 2019 era a última data prevista para o início do plano que, agora, ao que tudo indica, passou para final do ano.

Em fevereiro deste ano, o então ministro do Planeamento e Infraestruturas apadrinhou a assinatura de contratos para que as obras em falta na linha começassem. No entanto, até à data nada foi feito.

De acordo com o contratualizado no âmbito do Plano de Mobilidade Turística e Quotidiana do Tua – contrapartida pela construção da barragem da Foz do Tua –, o operador turístico que iria explorar a linha do Tua a partir do verão, em Trás-os-Montes, ficaria também responsável pela “gestão, exploração, conservação e manutenção” da infraestrutura.

A barragem de Foz Tua, já em produção, submergiu cerca de 20 quilómetros da linha com a condição de a EDP assegurar um novo plano de mobilidade para responder às necessidades de mobilidade das populações ribeirinhas.

As notícias revelam que o operador já tem prontos e à espera de ordem para começar a circular o comboio turístico que vai reativar a linha e barcos para passeios na nova albufeira.

Por outro lado, o metro de Mirandela deixou de circular em dezembro de 2018 para que as duas carruagens fossem reabilitadas e entregues ao operador para assegurar a mobilidade das populações.

A linha do Tua foi desativada, em quase toda a sua extensão, há mais de uma década depois de uma sucessão de acidentes ferroviários. O novo plano de mobilidade prevê que o comboio circule em pouco mais de 30 quilómetros, com uma vertente turística e outra de transporte público.

Quando o plano estiver no terreno, a mobilidade quotidiana será feita com transporte rodoviário onde não há linha, nomeadamente entre o Tua e a Brunheda, e com as antigas carruagens do metro de Mirandela no troço reativado, entre a Brunheda e Mirandela.

Segundo o CDS-PP "apesar de tudo estar definido, e ter sido oficialmente anunciado em fevereiro com a presença do Governo, o operador turístico responsável pela execução dos trabalhos não concretizou nada do que estava previsto e, de acordo com o veiculado, a Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Tua vai agora chamar a si a responsabilidade de pôr a linha a funcionar desde Brunheda até Mirandela. O operador queixa-se que a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte lhe instaurou um processo por causa da construção de um muro em Brunheda, muro esse que, supostamente, não estará conforme as regras exigidas na região demarcada".

A região do Tua é uma zona de forte interioridade e baixa densidade onde é extremamente difícil manter as pessoas. Com uma população maioritariamente idosa, e com dificuldades de acesso às sedes de concelho, o transporte público é uma mais valia imprescindível à qualidade de vida.

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