Não faltaram recriações de ferreiros a forjar o ferro e de alquimistas no processo de transmutação do ferro, na procura da “pedra filosofal” necessária à produção de ouro a partir de metais considerados inferiores como o cobre, chumbo, estanho e o ferro.
Nuno Gonçalves, Presidente da Camara Municipal de Torre de Moncorvo considera que “esta recriação histórica que é dedicada à Alquimia do Ferro tem também como objetivo relembrar que estamos na terra do ferro, na terra com a maior jazida de ferro da Europa e na terra onde esperamos ter a perspetiva da reabertura das minas de ferro de Moncorvo”.
Muitas foram as recriações históricas, as músicas interpretadas, as danças e animação de rua nos vários espaços da feira. Outras encenações estiveram ao dispor de quem nos visitou como o cortejo do Rei e sua Corte, pelourinho, casamento real, cortejo de Santa Bárbara, treino de cavaleiros, pracear das aves e espetáculos equestres.
Na edição de 2019, todas as expectativas foram superadas estimando-se que passaram por Torre de Moncorvo, no decorrer dos 3 dias, perto de 80 mil visitantes. De destacar ainda a participação de mais de 90 mercadores e artesãos de vários pontos do país, cerca de 1000 alunos das escolas de Torre de Moncorvo, dos concelhos vizinhos e de Espanha, no âmbito do programa “conociendonos”, 87 comerciantes aderentes, 22 grupos participantes e 10 parceiros.
A Feira Medieval de Torre de Moncorvo tem vindo a crescer ano após ano, sendo já um evento conceituado no panorama das feiras medievais do país. “Estamos a trabalhar já na próxima edição, que será dedicada a D. Dinis e ao ferro, mas com uma nova temática, mas sempre focada no que é mais importante para nós que é, sem dúvida, a arte e os artesãos do ferro de Moncorvo”, referiu Nuno Gonçalves.