Figura 1: céu a leste pelas 7 horas da madrugada de dia 4 com o radiante da chuva de estrelas Quadrântidas. |
Na madrugada de dia 3, iremos encontrar a Lua ligeiramente a norte de Júpiter. Neste mesmo dia a Terra atinge o ponto da sua órbita mais próxima do Sol: o periélio. Apesar disso, como o Hemisfério Norte está voltado na direção oposta à do Sol, em Portugal estes dias são mais curtos e frios do que durante na fase de maior afastamento.
Uma madrugada depois, dar-se-á o pico de atividade da chuva de meteoros das Quadrântidas. Estes restos do antigo cometa 2003 EH1 parecerão irradiar de uma parte do céu (o radiante) que pertencia à constelação Quadrans Muralis. Esta constelação não aparece nas cartas do céu modernas. Ao invés disso podemos usar a constelação do Boieiro como referência. Em condições de observação ideais seria possível observar quatro dezenas de meteoros por hora. Infelizmente a proliferação de fontes de poluição luminosa um pouco por todo o lado terá um grande impacto sobre o número de objetos que realmente serão observados.
A Lua Nova chegará na madrugada de dia 6. A passagem da Lua em frente do Sol dará lugar a um eclipse solar parcial que apenas será visível no Nordeste Asiático e no norte do Oceano Pacífico. O planeta Vénus atingirá a sua maior elongação (i.e., afastamento) para oeste relativamente ao Sol nessa mesma madrugada.
Figura 2: céu a sul às 4 horas da madrugada de dia 21. |
Na madrugada de dia 23, a Lua situar-se-á ao pé de Régulo, o coração do Leão. Já aquando do quarto minguante de dia 27, a Lua será vista ao lado da estrela Espiga da constelação da Virgem.
Ao final da noite de dia 30 para 31 iremos encontrar a Lua junto aos planetas Júpiter e Vénus. Mas enquanto ao início do mês o cruzamento entre a Lua e Vénus deu-se na constelação da Balança, por esta altura já terão passado pela constelação do Escorpião.
Boas observações!
Fernando J.G. Pinheiro (CITEUC e OGAUC)
Conteúdo fornecido por Ciência na Imprensa Regional – Ciência Viva