Junta de Freguesia do Pinhão exige manutenção do número de comboios

O número de comboios no vale do Douro, e em particular na vila do Pinhão, vai ser reduzido para menos de metade, a partir do final do mês, situação que a Junta de Freguesia do Pinhão considera incompreensível, num momento em que se fala da aposta no interior e que foi anunciada a intenção de prolongar o investimento na linha, pelo menos, até àquela vila.

Junta de Freguesia do Pinhão exige manutenção do número de comboios
A partir de 26 de novembro irão iniciar as obras que permitirão a eletrificação dos túneis da Linha do Douro entre Marco de Canaveses e Caíde e com isso, o troço entre Marco de Canaveses e Pocinho ficará isolado do resto do país. Com esta alteração também o número de comboios se vai reduzir para menos de metade. No troço entre Marco e Régua passarão a circular 12 comboios em vez dos atuais 26 e entre Régua e Pocinho, 4 comboios em vez dos atuais 10.

A Infraestruturas de Portugal apresentou a solução de encerramento temporário para realização das obras a diversos municípios da região mas não convocou a Junta de Freguesia do Pinhão a estar presente. Sandra Moutinho, presidente da autarquia, não pode deixar de mostrar a sua apreensão: “isto leva-nos a pensar que o interesse do troço entre Régua e Pocinho é reduzido.

No decorrer do debate que se realizou na Régua, em setembro último, Ascenso Simões, deputado eleito no círculo de Vila Real, anunciou que a eletrificação da linha do Douro se fará até ao Pinhão e mais recentemente a estrutura distrital do PS aprovou um pacote de medidas para o próximo programa de candidatura do partido que inclui a eletrificação da linha até ao Pocinho e reabertura do troço até Barca d’Alva. Sandra Moutinho, contudo, estranha esta linha de ação da CP: “a verdade é que parece que vamos assistir a uma redução do número de comboios” e não compreende como pode um troço ficar isolado do resto da rede: “em caso de emergência, vai ficar um comboio de socorro deste lado da linha?”.

Para a Junta de Freguesia do Pinhão esta solução não é aceitável: “estamos a falar de obras que se arrastam há vários anos” e questiona “porque é que a população tem que ser prejudicada com um transbordo rodoviário, e pior, com a redução do número de comboios para menos de metade?

A Junta de Freguesia do Pinhão exige que a CP – Comboios de Portugal mantenha os horários atuais e apresente os horários com que pretende explorar a Linha do Douro até ao Pocinho assim que este período de obras se conclua deixando garantias inequívocas que não só vai manter a oferta atual como reforçar o número de automotoras disponíveis nos períodos de verão depois dos vários problemas que tem surgido pela falta de lugares, nos últimos 3 anos. Apela ainda ao Ministério do Planeamento e das Infraestruturas, que tutela a IP e a CP, que garanta a celeridade das obras e assuma inequivocamente a importância estratégica desta linha e da sua reabertura até Espanha.

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