Bloco de Esquerda de Alijó defende passadiço ao longo do rio Pinhão

O Bloco de Esquerda de Alijó defende a construção de um passadiço ao longo da margem do rio Pinhão. O objetivo, salientam em comunicado, é criar atratividade turística para o concelho e ajudar a disseminar pelo território os turistas que chegam ao cais da vila do Pinhão. 

Bloco de Esquerda de Alijó defende passadiço ao longo do rio Pinhão
Defendido na campanha eleitoral das últimas eleições autárquicas pela candidatura do Bloco de Esquerda de Alijó, o Passadiço do rio Pinhão é encarado por esta força partidária como um projeto estruturante para a dinamização do turismo do concelho. Esta proposta já foi defendida na Assembleia Municipal, mas agora o BE apresenta a ideia à comunicação social.

O Bloco de Esquerda de Alijó considera, desde sempre, que uma forma viável de encaminhar os turistas que chegam aos cais da vila do Pinhão é disseminá-los pelo território concelhio através de um percurso pedestre que corra pela área classificada como Património da Humanidade, devendo arrancar no Pinhão e terminar pelas alturas de Cheires”, refere o partido num comunicado.

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Este percurso deve ser variável, podendo alternar entre uma e outra margem do curso fluvial do rio Pinhão, o que implica, desde logo, o envolvimento intermunicipal, juntando os concelhos de Alijó e Sabrosa num projeto de interesse comum.

Considerado pelo Bloco de Esquerda como um projeto estruturante, o Passadiço do Rio Pinhão deverá ser concebido a partir dos recursos locais, aproveitando antigas estruturas e caminhos vicinais com história, para criar um envolvimento do turista com o passado e o processo evolutivo a que esta “paisagem cultural evolutiva e viva” esteve sujeita ao longo do tempo.

Por tal motivo o BE sugere que “o percurso deverá correr por antigos caminhos entre paredes existentes naquela paisagem mais antiga, devendo os mesmos serem recuperados e tornados circuláveis em condições de segurança. O passadiço em madeira, do tipo Paiva, deverá surgir em áreas ou em espaços da margem do rio acima das cotas de cheia, e apenas onde não seja possível traçar o percurso turístico a partir da recuperação dos antigos caminhos pré e pós-filóxéricos, ou dos antigos caminho de acesso a moinhos que durante os séculos XVIII, XIX e mesmo inícios do século XX, marcaram toda aquela paisagem duriense”.

Também as estruturas ribeirinhas em ruínas, nomeadamente alguns moinhos, podem ser encarados como um recurso com história e depois de recuperados adoptarem a função pedagógica ou de albergue. “Para dar apenas um exemplo de como este projeto poderá ser integrado e enriquecido pela cultura local, vamos apenas aludir ao moinho do Alfredo Moleiro, ainda hoje existente na circunscrição territorial de Vale de Mendiz e cuja história serviu de base a um célebre conto de Miguel Torga”, explicam os bloquistas.

Ainda segundo o BE “um projeto como este terá de ter sempre o envolvimento de todos os agentes locais, começando pela força partidária que o concebeu e passando depois por todas as forças políticas e  entidades de gestão territorial como a Câmara Municipal de Alijó, Câmara Municipal de Sabrosa, Juntas de freguesia, associações e agentes económicos locais como, por exemplo, as quintas e as unidades hoteleiras e de turismo de habitação que já vão existindo ao longo deste percurso”.

Este projeto é, ou poderá ser, subsidiário de um outro localizado sobre as vilas de Alijó, Sanfins do Douro e Favaios, que corresponde ao Castro do Vilarelho. O BE defende também a recuperação e valorização do Castro do Vilarelho como um projecto estratégico para a dinamização do turismo no centro do concelho, com benefícios diretos para o conjunto do aglomerado urbano formado pelas três localidades. Um projecto de longo prazo capaz de gerar atratividade e para onde os turistas podem ser encaminhados, quer por via pedonal, através do possível Passadiço do Pinhão, quer por via motora, através de autocarros.

O BE insiste num projecto de valorização deste espaço, dando-o a fruir à comunidade através de uma estratégia de intervenção de longa duração, criando um campo arqueológico com vertente científica, didáctica e empresarial a que se deverá associar um centro interpretativo e a criação da “Rota do Castrejo”.

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