Sobrinho Teixeira, presidente do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) disse ontem que existe um número anormal de recusas de vistos a estudantes cabo-verdianos que querem estudar no estabelecimento de ensino superior que dirige. O responsável pelo IPB quer que sejam revistos os critérios para deixar entrar os estudantes em Portugal e disse que vai pedir uma intervenção ao mais alto nível do Governo português.
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| istos para Estudantes cabo-verdianos estão a ser recusados. Direção do IPB reage |
Há mais de um milhar de estudantes cabo-verdianos que querem estudar no IPB, na cidade de Bragança, mas até ao momento só foram atribuídos 30 vistos, uma situação considerada anormal pelo diretor do IPB. Cerca de 80% dos vistos foram recusados este ano, cerca do dobro do que se passou no ano transato. "
Como é que no ano passado nós tivemos quase 40% dos vistos aprovados e o rendimento das famílias é o mesmo, não mudou, portanto há algo na aplicação dos critérios este ano que está a errar e que está a falhar e eu acho que isto tem de ser visto ao mais alto nível", afirmou o presidente do IPB citado pela Agência Lusa.
Dos cerca de 400 estudantes com origem em Cabo Verde esperados este ano pelo IPB, apenas 30 receberam o visto que lhes permite entrar em Portugal para realizarem o seu curso superior, facto que não está a ser compreendido pela direção do instituto superior sedeado em Bragança e Mirandela.
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Eu acho lamentável que Portugal, o governo e as diversas instituições estejam a dificultar a vinda de pessoas que se vão qualificar, que vão representar um ativo imenso para o nosso país e que hão de também ganhar essa cultura e essa capacidade de dizer que somos todos lusófonos, somos todos CPLP", salientou Sobrinho Teixeira em declarações à Agência Lusa.
As razões da recusa alegadas assentam nas condições económicas, mas Sobrinho Teixeira diz que "
o rendimento das famílias cabo-verdianas não diminui de um ano para o outro".
No ano passado o IPB recebeu mais de 200 estudantes cabo-verdianos.
