O Putin é um marotão das dúzias...

|Hélio Bernardo Lopes|
Já não causa estranheza as constantes acusações à Rússia e a Vladimir Putin por razões as mais diversas e bem acima das usuais mil e uma, como usa dizer-se. Assim, a Rússia de Putin farão tudo o que existe de pior em política. 

Em contrapartida, dos Estados Unidos ouvem-se risadas ee paródias ao redor dos terríveis males que têm causado a toda a humanidade, com mui raríssimas exceções. E tudo consequência de terem tomado para si o direito de pretenderem comandar o mundo, explorar os povos e as suas riquezas. Um dos casos mais recentes prende-se, até, com a receção de escravos brasileiros enviados, alugados ou vendidos por evangélicos do Brasil aos seus congénes norte-americanos. E tudo sem que ninguém, nos Estados Unidos, tivesse conhecimento nem tenha ainda reagido...

Como todos conhecem bem, ao menos se pensarem na temática, qualquer Estado do nosso mundo não hesitará em espiar os restantes, incluindo os seus melhores amigos, ou protetores ou protegidos. Foi o que disse George Schultz sobre Israel, ao redor do caso do espião Pollard: estes tipos até a nós espiam! No fundo, Israel limitou-se a fazer aos Estados Unidos o que estes fazem a todos os Estados, empresas ou pessoas, espiando tudo e todos.

Desta vez, sempre com plena oportunidade, a WikiLeaks deu a conhecer ao mundo três programas utilizados pelos Estados Unidos para atingirem as finalidades antes referidas: os programas Achilles, SeaPea e Aeris. Os seus alvos são, segundo a WkiLeaks, os sistemas operativos MacOS (Apple) e Linux.

O programa Achilles pode ser usado para infetar um computador, instalando uma app maliciosa (como ransomware, ou outra), que corre no background sem que o utilizador note que esta está em execução. Tem mesmo a capacidade de se autodestruir.

Já o Aeris parece desenhado para atacar sistemas portáteis, estando também mais virado para os sistemas Linux. Por fim, o SeaPea. Permite este ao atacante aceder, com nível de utilizador comum, ao conteúdo de computadores Mac sem que o utilizador se aperceba de tal situação, sendo o único caminho para o apagar a formatação completa o disco rígido. Tudo isto se passa no país que apregoa aos sete ventos as regras do Estado de Direito. Apregoa para os outros, claro está. O interessante, no meio destes mil e um casos dados a conhecer ao mundo, é que os ditos aliados dos Estados Unidos nem se dão ao trabalho de emitir um protesto, ou de tomar medidas de natureza retaliatória ou preventiva. O que sobevém é o silêncio típico dos escravos mais submissos, olhando para o lado e fingindo ignorar o que os está a atingir.

Mas a falta de valores e de honorabilidade do ambiente anglo-sexónico consegue mesmo ir mais longe, como há dias se pôde ouvir aos políticos que dirigem o Reino Unido. Sem vergonha, pretendem agora que se institua a proibição de utilizar armas hipersónicas, setor – é assim em quase todos – onde a Rússia leva uma vantagem apreciável. Infelizmente para esse ambiente político, os seus Estados não dispõem dessas armas, pelo que de proonto surgem a defender a sua proibição. Não pensaram assim ao tempo da boma termonuclear, em que foram os primeiros a criá-la, e no meio de grande polémica interna e mundial. Chegaram mesmo a pensar mandar executar De Gaulle, de molde a parar o desenvolvimento das armas nucleares da França!

Infelizmente para os europeus e para o mundo, os seus políticos são hoje muito fracos, incapazes de defender os seus interesses vitais perante as loucas ações da política dos Estados Unidos. Basta recordar o lamentável papel da nossa grande comunicação social, mostrando o horror dos refugiados sírios de Allepo e escondendo, cabalmente, os de Mossul e de Raqqa. Tal como há dias referiu, com verdade, o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, temos hoje uma comunicação (por ele dita) livre, mas a verdade é que temos também aviões que caem sem cair, suicídios em boa escala que nunca tiveram lugar, tentativas para tal, mas que também nunca existiram, listas de mortos em Pedrógão Grande que esconderiam um número de vítimas muito maior, concidadãos a quem é dado amplo tempo de antena, contando histórias sobre outras ditas vítimas não contabilizadas, chegando mesmo ao ponto de se noticiar existir quem tenha referido ser já da ordem de três dígitos o número de mortos, etc.. No meio de todo este alarme sem fundamento, as autoridades da nossa Justiça simplesmente não agem sobre tal boataria, como muito apropriadamente apontou o líder da autarquia de Pedrógão Grande. Tudo isto permite perceber a cabalíssima falta de reação dos políticos europeus em face da desastrosa, mesmo criminosa, política mundial dos Estados Unidos. Ou seja: Vladimir Putin, afinal, é que é apontado como o grande malandrão deste nosso mundo em acelarada decadência. É caso para que exclamemos: eu quér’áplaudirr!

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