A sua implantação frente à Praça do Município reveste-se também de uma valoração simbólica, uma vez que se trata do lugar onde atualmente reside o poder administrativo local e onde se acredita que voltará a existir o poder judicial. A representação do rosto esculpido vai buscar inspiração à figura lavrada no capitel do pelourinho original onde, numa das faces, está representado um velho ancião.
Também para Paulo Moura a sua criação “interior (Es)” procura nas raízes locais, que guardam em si um passado, a revelação de um presente sempre atual. As interrogações do autor procuram “quem fomos e quem somos” e a sua sustentabilidade “assenta na interioridade e na diversidade de formas naturais de raízes que nos rodeiam. Essas vivencias trazem em si a mística revelação de uma identidade, abri-las são como descobertas nos processos de vida!”.
No final das inaugurações foi efetuada uma visita à exposição permanente da Galeria Alberto Carneiro, que a partir da tarde de ontem foi renovada com a incorporação de novas peças cedidas pelo escultor.
No discurso final, proferido pelo presidente da Câmara Municipal, José Luis Correia disse que o Parque Internacional de Escultura de Carrazeda de Ansiães e a Galeria Alberto Carneiro são estruturas de extrema importância para a projeção e divulgação do concelho no contexto dos locais associados à arte contemporânea. O autarca sublinhou também a importância de dotar Carrazeda de Ansiães com obras de arte contemporânea, uma vez que, salientou, “estamos a efetuar um investimento no futuro e a deixar uma marca da nossa contemporaneidade artística”.
