Hernâni Dias defende medidas para evitar que os portugueses se abasteçam de combustíveis em Espanha

Menos 35 cêntimos por litro no preço da gasolina é um dos motivos que está a atrair os portugueses que vivem na zona transfronteiriça para se abastecerem de combustíveis no país vizinho. A diferença é significativa e a fuga dos portugueses para Espanha está a afectar a economia portuguesa.

Hernâni Dias defende medidas para evitar que os portugueses se abasteçam de combustíveis em Espanha

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Tal facto já levou o Ministro da economia, Caldeira Cabral, a apelar ao "civismo" de quem vive na fronteira, pedindo para não abastecerem em Espanha, porque, lembrou, são os impostos que servem para financiar os nossos serviços públicos.

Mas o apelo parece não ter tido nenhum efeito e os portugueses continuam a ir a Espanha para encher os depósitos dos seus automóveis. Contas feitas, o acto rende, e bem, ao bolso de quem lá vai.

Perante esta realidade também o presidente da Câmara de Bragança, Hernâni Dias, já reagiu, defendendo que mais do que apelos são necessárias medidas para evitar que os portugueses vão a Espanha abastecer combustível e fazer compras.

O autarca manifesta-se perante um quadro que está a afectar significativamente a economia local, uma vez que Bragança é uma zona de fronteira, o que torna mais fácil a fuga de automobilistas para o país vizinho para se abastecerem de combustíveis.

Em declarações à Lusa, o autarca de Bragança defendeu que "mais do que apelar a que as pessoas não vão, faz sentido tomar medidas que não motivem as pessoas a ir".

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Hernâni Dias defende que "seria algo de muito positivo criar condições para que as pessoas não tivessem ou não se sentissem obrigadas a deslocarem-se para Espanha porque tudo que tem a ver com dinheiro e com a poupança dele, obviamente que é um atractivo para as pessoas", declarou à Agência Lusa.

Segundo o autarca “devia haver uma atenção especial para os territórios de fronteira no sentido de terem algum tipo de incentivos sobre essa matéria para que não se vissem obrigados a deslocarem-se para o lado espanhol, fazendo com que a economia de lá floresça e a de cá comece a morrer ainda mais".

"Se eu souber que vou comprar combustível, encho o depósito com menos dinheiro e ainda consigo fazer outro tipo de compras (...) isso só beneficia a economia espanhola e é uma perda efetivamente para Bragança, para a economia local, para os comerciantes, para aqueles que durante o ano inteiro dão o seu contributo para o desenvolvimento e para a economia nacional", considerou, citado pela Lusa.

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