UTAD prestou socorro a 350 animais selvagens durante o ano de 2015

O Centro de Recuperação de Animais Selvagens (CRAS) do Hospital Veterinário da UTAD prestou socorro a 350 animais selvagens no ano que agora termina. Ao longo do ano de 2015 foram socorridos nesta unidade animais selvagens, em risco de vida, provenientes de vários pontos do país, e que vão desde o falcão-peregrino ao bufo-real, açor, águia-calçada, penereiro-das-torres, corço, cágado-mediterrânico, águia-d'asa-redonda, coruja-do-mato, ouriço, cegonha-branca, entre muitas outras espécies.

Bufo-Real
Reconhecida a sua enorme importância para o equilíbrio dos ecossistemas, a fauna selvagem tem vindo a merecer uma crescente atenção por parte da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), seja no socorro e tratamento destes animais, seja no reforço da investigação em tal domínio.

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O Centro de Recuperação de Animais Selvagens (CRAS) do Hospital Veterinário da UTAD é o órgão responsável por este serviço, dedicando-se à receção, acolhimento, tratamento e reabilitação da fauna selvagem autóctone, e à formação de profissionais aptos a trabalhar com estes animais, tanto no campo da medicina veterinária como da ecologia aplicada, além da investigação que desenvolve quer na linha da conservação da fauna selvagem e quer do seu habitat.

Segundo Roberto Sargo, um dos jovens investigadores deste Centro, das três centenas e meia de animais selvagens acolhidos em 2015 em risco de vida, o maior número são aves (80%), depois mamíferos (14%) e répteis (6%). “As razões que conduziram à admissão destes animais foram várias, mas na sua maioria devem-se ao impacto do Homem sobre o seu habitat, destacando-se os animais vítimas de disparo, os atropelados ou retidos em cativeiro. Infelizmente muitos destes animais apresentavam lesões que não permitiam a sua devolução à Natureza ou que conduziram à sua morte”.

Ouriço
A devolução à Natureza dos animais recuperados é geralmente acompanhada de ações pedagógicas e pequenas palestras com a participação de crianças e jovens das escolas da região. No ano de 2015 foram realizadas mais de 100 ações. A UTAD procura deste modo – assinala Roberto Sargo – “chegar, de uma forma viva e interativa, aos mais novos, sensibilizando-os para a necessidade de se salvaguardar a sobrevivência dos animais que asseguram o equilíbrio do ecossistema, para que amanhã venham a tornar-se, eles próprios, os novos guardiões da natureza”.

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Estes são, igualmente, momentos para divulgar as melhores formas de lidar com estes animais que o Centro de Recuperação pretende fazer chegar às populações. Diz, a propósito, o jovem investigador: “Ao ser encontrado um animal selvagem ferido deverá, caso seja possível, ser entregue diretamente no CRAS da UTAD ou então contactar uma equipa do SEPNA da GNR, preparada para a recolha e transporte de fauna selvagem até ao centro de recuperação mais próximo. No caso de se proceder à recolha, deverá pegar-se no animal com uma toalha, colocá-lo num ambiente calmo, idealmente uma caixa de cartão ou transportadora de animais, e realizar o transporte logo que possível. Não se deve manter o animal em casa mais tempo do que o absolutamente necessário, nem alimentá-lo ou manuseá-lo”.

Falcão Peregrino


Rosa Rebelo (Assessoria de Comunicação da UTAD)

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